segunda-feira, 31 de maio de 2010

26/05/2010
Dilema olímpico


Uma vez conquistado o direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016, o Rio de Janeiro se vê agora diante de três grandes desafios. O primeiro é cumprir um cronograma rígido e realizar uma infinidade de obras complexas que consumirão cerca de 14 bilhões de dólares nos próximos seis anos. O segundo é aproveitar todas as chances possíveis que um evento de tal magnitude oferece para renovar drasticamente o espaço urbano.
Já o terceiro, e mais complexo, é fazer com que uma coisa não prejudique a outra. Desde que a cidade conquistou a honraria, começou a ganhar corpo um projeto paralelo ao que consta no dossiê oficial, cujo objetivo é usar a competição para resgatar a área portuária da degradação e do abandono. Na terça-feira (18), o prefeito Eduardo Paes aproveitou a presença dos membros da Comissão de Coordenação do Comitê Olímpico Internacional (COI) no Rio para apresentar o projeto que pretende transferir parte das instalações da Barra da Tijuca para a região central. O COI a princípio se mostrou reticente à mudança, mas se dispôs a analisar a proposta. Agora, cabe à prefeitura aprofundar os estudos que justifiquem a alteração, levando em conta logística de transporte, segurança e viabilidade econômica. As autoridades terão ainda de apresentar garantias de execução das obras nos mesmos moldes das existentes para a Barra da Tijuca, onde há financiamento e construtores definidos. "Mostramos ao COI que essas adaptações trarão mais benefícios, mas deixamos claro que, se não forem aprovadas após os estudos, cumpriremos tudo o que já estava acertado", disse Paes, após o encontro. Mudanças como as sugeridas pelo prefeito não são exatamente uma novidade na história dos Jogos Olímpicos. No primeiro ano após a escolha da cidade-sede, o COI considera normal a realização de ajustes nos projetos apresentados na fase de candidatura. O mesmo ocorreu em Barcelona, Sydney, Atenas, Pequim e Londres - a sede das competições em 2012. Pela nova proposta, os centros de mídia impressa e de televisão, previstos para ficar junto ao Parque Olímpico, na Barra, seriam erguidos em terrenos municipais e da União nas proximidades do porto. Da mesma forma, parte da Vila de Mídia, complexo de prédios onde ficarão acomodados jornalistas do mundo todo, seria transferida das vizinhanças do Riocentro para as imediações da Avenida Francisco Bicalho, na Zona da Leopoldina. A terceira e última alteração previa o deslocamento das provas de boxe, levantamento de peso, tênis de mesa e badminton, que aconteceriam em Jacarepaguá, para um conjunto de galpões hoje abandonados, na área do porto - proposta já descartada pelo COI. A justificativa para tamanha alteração é que, com o encerramento da Olimpíada, os apartamentos da Vila de Mídia seriam vendidos, enquanto as demais instalações poderiam ser usadas para convenções e outros eventos. "É justamente esse o tipo de ocupação que tem potencial para revitalizar uma região como aquela", argumenta o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Felipe Góes. Apesar da boa intenção, a possibilidade de mudanças de planos provoca inquietação nos membros do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), entidade que coordena a organização do evento. Um dos problemas já identificados pelo COB é o impacto que a alteração poderá acarretar no trânsito do Centro e da Zona Sul durante os Jogos. Caso a proposta da nova Vila de Mídia vingue, os cerca de 24 000 jornalistas que se credenciarão para cobrir as provas terão de atravessar diariamente essas regiões para ir da área de alojamento aos locais de disputa. Outra preocupação diz respeito à liberação dos terrenos públicos destinados às instalações, que pode atrasar os projetos e o cronograma das obras. "Nós concordamos que a revitalização do porto é um legado importante. Mas essas modificações envolvem questões complexas e requerem uma análise detalhada", pondera Leonardo Gryner, diretor de comunicação e marketing do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Depois da reunião com o COI, a prefeitura já aceitava adotar uma versão menos ambiciosa do projeto para a zona portuária. Em vez de levar toda a estrutura de mídia e parte das provas para a área, seriam transferidos apenas os centros de tecnologia, logística, credenciamento e distribuição de uniformes. Para lá também poderia ir o núcleo destinado aos jornalistas não credenciados, os que não cobrem diretamente as provas - só em Pequim foram 10 000 desses profissionais. Seja qual for a solução escolhida, os organizadores precisam ter em mente que, por mais tentadora, a perspectiva de aumentar os ganhos para a cidade não pode se transformar em um estorvo de repercussão global. Fonte: Veja Rio


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