sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Financiamento de imóveis bate recorde

Diante do forte crescimento da economia, juros em queda e perspectivas positivas para os próximos anos, o ritmo de concessão de crédito imobiliário nos bancos privados e estatais tem crescido com força neste ano e batido recordes. O movimento não deverá parar por aí: em 2011, os bancos vão continuar buscando oferecer mais financiamento para as pessoas adquirirem imóveis.

"A disposição das pessoas físicas em aumentar seus níveis de endividamento continua elevada, diante da confiança em alta dos consumidores e as boas perspectivas do mercado de trabalho. O crédito imobiliário deverá continuar se destacando e crescendo no mesmo ritmo atual, pelo menos até o primeiro trimestre de 2011, horizonte medido pelo nosso indicador", afirma o gerente de indicadores de mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi. "Diferentemente de outras modalidades, como o cartão de crédito, o financiamento imobiliário trabalha com prazos muito longos, de até 30 anos, e juros relativamente baixos, de 12% ao ano. Esses são pontos que contribuem para estimular sua expansão futura", comenta Rabi. Principal agente financiador da construção civil no Brasil, a Caixa Econômica Federal (CEF) tem batido recordes sucessivos nos últimos anos. Em 2010, não será diferente. O crédito imobiliário deverá chegar a R$ 70 bilhões neste ano - cerca de 50% superior ao resultado de 2009 e 14 vezes maior que os R$ 5 bilhões financiados em 2003. Parte do bom resultado se deve à criação do programa Minha Casa, Minha Vida, destinado a famílias de menor poder aquisitivo. Até o fim de outubro, a Caixa havia contratado 712.902 unidades habitacionais, no valor de R$ 40,1 bilhões, no programa. Em setembro, a média diária de financiamento de imóveis na Caixa chegou a 5.340 contratos. A expectativa é de que, nos meses de novembro e dezembro, se mantenha acima de 5 mil contratos por dia. As perspectivas para 2011 também são positivas, com possibilidade de expansão de até 20%. O otimismo do banco estatal é compartilhado por instituições privadas e se deve a dois fatores: o Brasil convive com um déficit habitacional de aproximadamente 7 milhões de unidades residenciais, e a penetração do crédito imobiliário na economia brasileira ainda é baixa. Cerca de 90% do déficit de residências no país está concentrado nas famílias que recebem abaixo de cinco salários mínimos mensais, 7% nas famílias que recebem entre cinco e dez salários mínimos e o restante nas famílias ganha acima de dez salários mínimos. Segundo estimativas do Bradesco, se somado o crédito a financiamento e construção de imóveis, o financiamento ao setor imobiliário deve chegar a 3,9% do PIB neste ano, bem acima dos 2,1% apurados em 2008 e dos 2,9% de 2009. Em 2014, o número deverá saltar para 14,7%. "O ritmo de concessão está em forte crescimento em todas as regiões do Brasil e as perspectivas são muito positivas", diz o diretor da área imobiliária, Cláudio Borges. De janeiro a setembro, a contratação chegaram a R$ 6,8 bilhões, 25% a mais do que no mesmo período de 2009. Para 2011, Borges também acredita que a demanda por crédito imobiliário deverá permanecer em patamares elevados e crescer bem acima dos dois dígitos. "As classes C e D começaram a ingressar com mais força no financiamento", diz Borges. No Bradesco, cerca de um terço do dinheiro concedido a pessoas físicas para compra de imóveis tem sido direcionado a quem recebe entre três a dez salários mínimos. Em 2010, cerca de 20% dos imóveis financiados têm valores de aquisição entre R$ 100 mil e R$ 150 mil. NO ano passado, 13% dos imóveis adquiridos estavam nessa faixa de preço. No Itaú Unibanco, a carteira de crédito imobiliário também cresce. De janeiro a setembro, atingiu R$ 12 bilhões, alta de 13,9% no trimestre e de 52,7% ante o mesmo período do ano anterior. Do total, cerca de R$ 7 bilhões se referem a operações com pessoas físicas e R$ 5 bilhões em dinheiro financiado a incorporadoras e construtoras. Apesar do crescimento, o segmento representa cerca de 4% da carteira do maior banco privado do país, um percentual que não está muito longe do verificado em outras instituições financeiras privadas. Estimativas de mercado apontam que entre 5% a 7% das carteiras dos bancos privados no Brasil estão direcionadas a imóveis, um número baixo quando comparado a outros bancos no exterior. Na Europa, cerca de metade da carteira dos bancos está ligada a hipotecas. "Na operação global do Santander, as hipotecas chegam a responder por 50% da carteira do banco, o que mostra o potencial que o segmento representa no Brasil", diz o diretor de negócios imobiliários, José Roberto Machado. Entre janeiro e setembro, a filial brasileira do banco espanhol registrou carteira de R$ 11,7 bilhões, sendo que 60% estão relacionados a operações com pessoas físicas e 40% com incorporadoras e construtoras. "Temos visto uma penetração desse produto em todos os segmentos, da renda mais baixa à mais elevada", analisa Machado. Com a economia estável e inflação sob controle, as pessoas de baixa renda têm trocado o aluguel por parcelas da aquisição do primeiro imóvel. Na média renda, os reajustes salariais acima da inflação e o aumento do preço dos imóveis têm feito com que muitos financiem a compra de um imóvel melhor e maior que o antigo. No topo da pirâmide, os consumidores de alta renda investem em residências de olho na remuneração do aluguel, uma forma de ampliar o portfólio de investimentos. Nos últimos meses, uma dúvida tem surgido entre os analistas: o crescimento da concessão de crédito imobiliário no Brasil está sendo sustentável? No caso especifico de financiamento imobiliário, além de avaliar a renda disponível do cliente, os bancos buscam fazer com que a prestação não comprometa além de 30% da renda de quem toma o empréstimo. Na Caixa e no Bradesco, na média, quem tem acesso aos recursos utiliza cerca de 20% da renda para adquirir um imóvel. Fonte: Valor Econômico

Arquitetos dão sinal de alerta para 2014: "somos o país do puxadinho"

Começou ontem (10), em Salvador, o Fórum Projetando o Brasil 2014/2016. O evento promovido pelo Sinaenco (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia) e pelo Portal 2014 reúne arquitetos, engenheiros e representantes do poder público e gestores das 12 cidades-sede com o objetivo de tratar assuntos como infraestrutura e mobilidade urbana para a Copa e a Olimpíada de 2016.

O debate que marcou o primeiro dia do evento foi em torno da infraestrutura logística aeroportuária das cidades-sede, um dos principais problemas apontados tanto pelos gestores, quando pelos arquitetos, alguns deles responsáveis pelas obras de reforma dos terminais. Quem participou das discussões foi o superintendente de obras da Infraero, Ricardo Ferreira. Ele apresentou quais aeroportos do Brasil podem apresentar problemas de gargalo em determinadas áreas. No caso da capital baiana, o maior problema é no pátio. Falou sobre investimentos no setor aviário. Segundo o representante da Infraero, cerca de R$ 6,1 bilhões serão investidos nas 12 cidades-sedes. Além disso, os aeroportos de Porto Alegre, Brasília e Manaus, por exemplo, “já estão com obras de reforma e ampliação do terminal de passageiros”, disse. Em contrapartida às informações da estatal que administra os principais aeroportos do país, o arquiteto Mário Roque, da MD Concept, responsável pelas obras dos aeroportos de Manaus, o sinal de alerta está aceso, o que deve exigir atenção máxima. “Se continuar neste ritmo os aeroportos não vão ficar prontos até a Copa”, afirmou. O arquiteto brasiliense Sérgio Parada, um dos responsáveis pelo projeto do aeroporto de Brasília, fez duras críticas à Infraero. “O órgão não trabalha com o quesito arquitetura. As características arquitetônicas dos projetos são sempre deixadas de lado. Não existe preocupação com as estruturas nem com a estética. Somos o país do puxadinho”, criticou. Parada afirmou que nunca foi consultado para tratar sobre as mudanças e ampliações do projeto original. Wilton Vieira, arquiteto da Engevix, que opera as obras de ampliação do aeroporto de Fortaleza, o planejamento das obras em todo o Brasil, está aquém das exigências do evento. Para o especialista, existem problemas sérios de comunicação e relacionamento entre as contratadas e a Infraero. O consultor Jorge Hori, colunista do Portal 2014, concluiu os debates destacando a importância do planejamento estratégico de projeções à longo prazo. “O planejamento não deve ser para 2014 ou 2016, e sim para 2020 e 2030.” Na opinião do analista, esta perspectiva deve levar em conta não apenas a infraestrutura dos aeroportos, mas a logística e o mapa viário do entorno. “Pensa-se nos aeroportos, mas se esquece da logística de como chegar e sair dele. No Brasil, o único aeroporto que possui metrô é o de Porto Alegre”, exemplificou. O engenheiro Chris Van Not, da CH2M Hill, multinacional americana de infraestrutura aeroportuária, concorda com a opinião do especialista. “Temos de pensar de forma estratégica para atender às demandas daqui a 20 ou 30 anos, caso contrário teremos equipamentos defasados em pouco tempo”, destacou. Durante o encontro, os arquitetos aprovaram a criação de um fórum permanente com o objetivo de abrir canais de diálogo entre as empresas contratadas, o governo e a Infraero. Para Claudemiro Santos, presidente do Sinaenco-BA, a discussão é de extrema importância pela troca de experiência e informações. “Sentimos falta de políticas mais amplas, integradas no setor. Por isso, este evento exerce um papel fundamental. Vamos oferecer ao poder público, um documento com parâmetros, indicando os problemas e as soluções”, assinalou. Ao término do evento os arquitetos vão aprovar uma carta, que será enviada aos órgãos interessados, com os seguintes pontos: a exigência de planejamentos à longo prazo para as obras aeroportuárias; a necessidade de contratar projetos executivos; a defesa do direito autoral dos projetos, assim como a continuidade dos mesmos; a necessidade de concurso público nos órgãos do setor aeroportuário; a atualização dos planos diretores que devem pensar aeroportos como instrumentos integrados às metrópoles; entre outros. O primeiro dia do Fórum Projetando o Brasil 2014/2016, contou com a presença do sub-secretário estadual da Secretaria de Trabalho, Renda e Esporte, Elias Dourado, e do chefe de gabinete do prefeito de Salvador, Leonel Leal, também responsável pelos assuntos da Copa no município. O evento prossegue hoje, com a apresentação do cronograma do andamento das obras das cidades-sede. Durante uma hora, os gestores públicos prestarão contas de como andam as obras de reforma e construção dos estádios. Estão confirmadas as presença de representantes dos governos da Bahia, Paraná, Pernambuco, São Paulo e do Mato Grosso. Os outros sete estados também foram convidados. Na sexta-feira, um debate sobre mobilidade urbana encerra o Fórum. Fonte: Portal Copa 2014

Tecnisa é reconhecida com o Prêmio Intangíveis Brasil

A Tecnisa é uma das 30 empresas brasileiras a ganhar o Prêmio Intangíveis Brasil (PIB), iniciativa pioneira promovida pelo Grupo Padrão e pela DOM Strategy Partners, com o apoio da revista Consumidor Moderno. O prêmio avalia a cultura e a estratégia de inovação das empresas e os consequentes resultados obtidos com cada projeto. A Tecnisa foi a vencedora na categoria Especiais - Prêmio Grife Intangível. O anúncio das empresas vencedoras aconteceu no dia 09, durante evento em São Paulo.

Os ativos intangíveis de uma empresa (valores ocultos e bens não-físicos) são considerados os principais agregadores de valor nos negócios. Para a Tecnisa, essa preocupação sempre esteve presente ao longo dos seus 33 anos. "A importância aos valores intangíveis faz parte do DNA da Tecnisa desde o início. Dessa forma, esse prêmio torna-se o reconhecimento de que o caminho que traçamos está correto e, sobretudo, um estímulo para que continuemos em frente", explica o diretor de Internet e Relacionamento com o Cliente da Tecnisa, Romeo Busarello. Em sua 3ª edição, o Prêmio Intangíveis Brasil foi criado para mensurar e reconhecer as empresas que melhor investem na geração de valor aos /stakeholders/, acionistas, clientes, colaboradores, fornecedores, governo e comunidades. O resultado foi obtido a partir de uma análise minuciosa das 1 mil empresas do País (nacionais e internacionais) presentes no ranking Valor 1000, do jornal Valor Econômico.

Aumento do consumo do drywall

Termômetro da construção civil, o uso das chapas de gesso "drywall" encerrou o terceiro trimestre com alta acumulada de 35,3% ante o mesmo período de 2009.Foram consumidos 24 milhões de metros quadrados de chapas, segundo a associação de fabricantes. A expectativa é de forte alta, já que Brasil e China ainda têm consumo moderado (0,08 m2 por habitante por ano), na comparação com os EUA (10 m2).

Muito usado em construções de hotéis e escritórios, o sistema reflete o desenvolvimento da economia local. São Paulo lidera o consumo no Brasil com 44% de participação no período. É seguido pelo restante da região Sudeste (21%) e pela região Sul (15%).A construção civil deve fechar o ano aquecida, com produção de cimento em 58 milhões de toneladas. Fonte: Folha de São Paulo

País atrai investidores estrangeiros e surgem ofertas de novos serviços

O aquecimento do mercado imobiliário tem atraído investidores do exterior e contribuído para o surgimento de novos produtos e serviços. Em 2007, o empresário alemão Raphael Rottgen resolveu deixar o trabalho em um grande banco de investimentos em Londres e dar vazão ao seu lado empreendedor.

Tinha a ideia de investir dinheiro em um negócio na área imobiliária em um país emergente, em que as condições de crescimento fossem muito mais atraentes do que nas nações desenvolvidas, que já sofriam com os problemas do refinanciamento de hipotecas. Pegou as malas e embarcou para Rússia, China, Índia, África do Sul, Emirados Árabes e Brasil. Depois da longa pesquisa pessoal feita nesses seis países, resolveu apostar suas fichas, em dezembro de 2007, em São Paulo, com o projeto de uma consultoria de crédito imobiliário. O negócio começou a ser desenhado no fim de 2007, mas se tornou operacional no fim de 2009. Dois anos foram consumidos na elaboração do desenho do negócio, criação do site e treinamento dos funcionários. Com escritórios em São Paulo e Rio de Janeiro, a empresa prevê faturar entre R$ 1 milhão a R$ 5 milhões neste seu primeiro ano, diz Rottgen, presidente e principal sócio da Sagace, que não revela nenhuma meta de desempenho futuro da consultoria. "O Brasil tem um mercado muito promissor, e as operações começam a ficar complexas. Isso exigirá a figura de um consultor que analise empréstimos e financiamentos e identifique qual o produto mais adequado ao cliente, além de também ajudar no processo de concessão do crédito", diz Rottgen. Há dez anos, poucos bancos atuavam com crédito imobiliário. Hoje, as instituições disputam espaço e contam com a concorrência de agentes financeiros focados em financiamento imobiliário ou em refinanciamento a imóveis. A Sagace tem entre 1.200 a 1.500 processos de financiamento, sendo a maioria de pessoas físicas, e irá buscar ampliar esses números e sua capilaridade no país. Em 2011, a empresa irá abrir escritórios na região Sul, em Curitiba ou Porto Alegre, um no Centro-Oeste, provavelmente em Brasília, e três nas regiões Norte e Nordeste, provavelmente em Salvador, Recife e Manaus. Em países desenvolvidos, os serviços de consultoria de financiamento imobiliário chegam a ter participação superior a 50% do total de contratos de crédito fechados no mercado. No Brasil, esse nicho ainda é praticamente virgem. Fonte: Valor Econômico

Mercado espera mudança no perfil dos compradores

Em 2005, o PIB do setor da construção civil era de R$ 90,2 bilhões. Cinco anos depois, deve saltar 69% e somar R$ 152 bilhões, resultado da ampliação do crédito imobiliário, juros em queda e estabilidade macroeconômica. O futuro deverá continuar promissor, impulsionando os diversos elos da cadeia produtiva. Segundo estudo da FGV e da Ernst & Young, entre 2007 e 2030, o número de famílias no Brasil passará de 60,3 milhões para 95,5 milhões, em meio ao maior envelhecimento da população e maior número de adultos aptos a formar família e demandar moradias.

Entre 2007 e 2030, 37 milhões de moradias serão construídas - uma média de 1,6 milhão de novas residências por ano. Em 2017, a idade média do brasileiro será de 32,5 anos, enquanto a expectativa de vida será de 74,7 anos. Cerca de metade da população terá 30 anos ou mais. No Brasil de 2030, que terá 91,1% da população nas cidades, a idade média será de 36 anos e quase 60% da população terá 30 anos ou mais. Dados que mostram que a parcela dos adultos aptos a formar famílias crescerá. O crescimento do setor de construção deverá ocorrer em paralelo à expansão do consumo. Segundo outro estudo da Ernst & Young com a FGV, o Brasil deverá saltar da posição de 8º maior mercado consumidor do mundo para a 5ª posição em 2030. "O acesso ao crédito e a melhoria do poder de consumo criam condições muito positivas para toda a cadeia, ao mesmo tempo em que existe uma demanda elevada: o déficit habitacional está estimado em pouco mais de 7 milhões de moradias", diz Cristiane Amaral, sócia da área de risk advisory services da Ernst & Young. Entre 2007 e 2030, o estudo identifica dois períodos distintos: das 15,3 milhões de novas famílias que se formarão entre 2007 e 2017, 57% estarão na base da pirâmide social, com renda familiar inferior a R$ 2 mil. De 2017 em diante, essa tendência irá mudar, com 78% das 19,9 milhões de novas famílias tendo rendimentos entre R$ 2 mil e R$ 8 mil. Esses dois ciclos poderão ter implicações diferentes na forma de condução da política habitacional e nos negócios das empresas que atuam na área. As incorporadoras e construtoras deveriam se planejar para oferecer imóveis entre R$ 70 mil e R$ 150 mil. Fonte: Valor Econômico

CCDI reverte prejuízo com maior redução de despesas

A Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário segue com a estratégia de melhorar a rentabilidade, embora ainda esteja abaixo da média de mercado. O lucro líquido da companhia no terceiro trimestre foi de R$ 26,1 milhões. No mesmo período do ano passado, a companhia obteve prejuízo líquido de 61,8 milhões. A margem líquida, 59,4% negativa de julho a setembro do ano passado, ficou em 9,6% no terceiro trimestre deste ano. No primeiro semestre, a margem líquida do setor foi de 15%.

O cenário hoje é bastante diferente do ano passado, quando precisou vender 50% do Ventura no Rio para a holding Morro Vermelho, para fazer caixa, além de ter desistido e dado baixa contábil em 7 empreendimentos. A CCDI acelerou sua presença na baixa renda, por meio da HM Engenharia, reduziu custos e aumentou o número de parcerias nos projetos, especialmente fora de São Paulo. A receita líquida atingiu R$ 272,4 milhões no trimestre, alta de 162% sobre o mesmo período do ano passado. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) foi de R$ 46,2 milhões e a margem lajida, de 16,9%. O lucro e a margem líquida ficaram acima das projeções do Credit Suisse - que apontou lucro de R$ 22 milhões, margem líquida de 8,2% - e em linha no lajida e margem lajida - respectivamente R$ 44 milhões e 16,7%. A dívida líquida teve um aumento de 62,1%, passando de R$ 275 milhões no terceiro trimestre de 2009 para R$ 446 milhões este ano. A relação dívida líquida sobre patrimônio líquido subiu de 49,1% para 56,3%. Segundo Francisco Sciarotta Neto, presidente da CCDI, a companhia conseguiu uma redução nas despesas gerais e administrativas de 5,6 pontos percentuais até setembro. "Crescemos com a mesma estrutura e, como as vendas estão indo bem, diminuímos os gastos em marketing", afirma. Os lançamentos da companhia nos primeiro nove meses do ano somam R$ 971 milhões e a projeção da companhia para o ano oscila entre R$ 1,35 a R$ 1,55 bilhão. Somando os três novos projetos de outubro, todos na baixa renda, o segmento representa 42,3% dos lançamentos do ano. A CCDI tem dois grandes projetos de escritórios corporativos para lançar, mas devem ficar para 2011. Um, na avenida Paulista, no antigo terreno dos Matarazzo, em parceria com a Cyrela e o terreno de 40 mil m2 na Vila Olímpia, onde está a sede da companhia. O projeto, com duas torres que somam 122 mil m2, ainda está em aprovação. O objetivo da incorporadora é vender os edifícios. Fonte: Valor Econômico

Loteamentos de alto padrão: Incorporadoras intensificam lançamento no interior de São Paulo

Vários fatores impulsionam o lançamento dos loteamentos de alto padrão em cidades do interior de São Paulo. Dois pontos que merecem destaque e contribuem com o surgimento deles é a inexistência na capital de grandes áreas que possam contemplar as casas e os equipamentos comuns neste tipo de empreendimento, como pista de cooper, quadras poliesportivas e a presença de áreas verdes.

O outro que é a busca crescente das pessoas pela qualidade de vida, ou seja, fugir do trânsito, poluição e a insegurança proveniente dos centros urbanos. Amparadas neste cenário surgem imobiliárias que constroem condomínios horizontais em cidades como Pindamonhangaba, Jacareí, São José dos Campos e outras que integram o Vale do Paraíba. Um dos últimos lançamentos na região foi o Reserva dos Lagos, criado de uma parceria entre a Apoena Imóveis e a Carmel Marketing e está localizado no km 99 da Rodovia Presidente Dutra, em Pindamonhangaba. O empreendimento em 30 dias teve cerca de 70% dos lotes vendidos. O sucesso das vendas do empreendimento está fundamentado não apenas na qualidade de vida, mas no aumento do poder aquisitivo, reflexo do aquecimento da economia nacional. “Os loteamentos de alto padrão são direcionados às classes A e B. Um público que cresce e que tem condições de investir em um espaço para passar os finais de semana ou como uma moradia fixa. Várias pessoas moram nesse eixo da Dutra e deslocam-se para São Paulo para trabalhar e retornam para casa no fim do dia. É uma opção para as pessoas que não encontram em São Paulo terrenos para construir uma casa ampla, de alto padrão e contar com a segurança, que é primordial”, complementa o executivo. O mercado de incorporação de loteamentos é restrito, ou seja, não são muitas empresas que apostam no nicho, pois requer diversas autorizações junto aos órgãos competentes, como por exemplo, do Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais (Graprohab), que em média leva 2 anos para ser aprovada. Além da complexidade para a criação de todos os aparelhos urbanos necessários nestes empreendimentos, como redes de luz e água. “Muitos empreendimentos verticais em 12 meses já estão prontos para a entrega das chaves aos moradores, nos loteamentos temos que apresentar aos órgãos competentes os projetos de logradouros, os esgotos e a parte ambiental, pois é um minibairro que será construído. Estas questões demandam tempo e devem ser acompanhados de perto pelas incorporadoras”, diz Alexandre Cardoso. Esta série de aprovações, os valores investimentos e análises que são submetidas estas empresas inibem a entrada imediata de outras imobiliárias e empresas no ramo e para o diretor é um sinal que a empresa continuará a realizar a expansão em cidades do interior de São Paulo. “Estamos prestes a finalizar a compra de mais um terreno na cidade de Itu para lançar um outro loteamento com os mesmos moldes do Reserva dos Lagos. Já tivemos a procura antecipada de interessados e isso mostra que será outro sucesso de vendas. Acreditamos em um mercado promissor e com espaço para uma concorrência saudável. O interior ainda receberá vários investimentos, pois esses empreendimentos proporcionam a movimentação da economia, com a criação de comércio e a geração de novos negócios. O beneficio é disseminado entre muitos”, finaliza Cardoso. Fonte: Portal VGV

Secovi-SP e IREM® promovem evento sobre história da hotelaria paulistana

O Secovi-SP, por meio do Núcleo de Empreendimentos Hoteleiros e Imobiliário-Turísticos, e o IREM® (Institute of Real Estate Management), entidade com a qual o Sindicato mantém parceria há 10 anos, promovem no dia 27/11 o evento "100 anos da hotelaria no centro de São Paulo". Com palestra e passeio pelo centro de São Paulo – região que abrigou por mais de um século os principais hotéis da capital paulista –, o evento terá início às 8h30 com a palestra na sede do Sindicato.

O engenheiro Caio Calfat, consultor hoteleiro e coordenador do Núcleo de Empreendimentos Hoteleiros e Imobiliário-Turísticos do Sindicato, abordará os aspectos históricos do setor hoteleiro na região central desde o século XIX, traçando um paralelo com a evolução urbana e arquitetônica, turística e sócio-político-econômica da capital, com apresentação dos empreendimentos hoteleiros em detalhes. Logo depois, os participantes irão percorrer (de ônibus e a pé) a região central da cidade de São Paulo que abrigou os principais hotéis neste período. O roteiro inclui uma visita ao espaço Memória Votorantim, instalado no prédio que abrigou o Hotel Esplanada entre 1923 e 1957. O passeio terminará no Hotel Novotel Jaraguá, seguida de almoço. “É uma oportunidade única para resgatarmos as nossas origens, entender o crescimento urbano da cidade e como o setor hoteleiro que se formou a partir desta evolução, além de projetar, apoiados em claros e ainda tímidos sinais de reabilitação urbana, uma nova história de desenvolvimento hoteleiro no centro de São Paulo”, destaca Caio Calfat. Informações e inscrições pelos telefones (11) 5591-1304 a 1308. Fonte:Secovi-SP

Construtora WTorre venderá sede da Petrobrás, no Rio, por R$ 1,2 bilhão

Empresa está criando um fundo imobiliário para fechar o negócio, que será a maior transação imobiliária do País; prédio que está sendo construído para abrigar a estatal tem aluguel garantido, de cerca de R$ 100 milhões por ano, até 2029. A construtora e incorporadora WTorre vai protagonizar mais uma mega transação imobiliária.

Depois de vender o prédio sede do banco Santander por R$ 1 bilhão, em junho do ano passado, a construtora está prestes a negociar o futuro edifício da Petrobrás, no Rio de Janeiro, por um valor recorde de R$ 1,2 bilhão. Para isso, a empresa criará um fundo de investimento imobiliário (FII) e venderá cotas no mercado. O valor da operação é inédito no Brasil para esta modalidade de investimento. O prospecto para constituição de fundo e o pedido de distribuição de cotas foram registrados na última sexta-feira na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A autarquia leva em média 20 dias para emitir uma autorização desse tipo. Só então a empresa poderá ir à caça de investidores - pessoas jurídicas e também pessoas físicas. Itaú e Banco do Brasil serão os administradores do fundo e a gestão ficará por conta da butique de investimentos Plural Capital, de ex-sócios do Pactual. Nenhuma das empresas envolvidas na operação quis conceder entrevista. A WTorre anunciou, no fim de setembro, a intenção de criar dois fundos de investimento para reunir seus ativos. É uma das novas estratégias da empresa depois de ter desistido de vez da abertura de capital - meta perseguida desde 2007, mas que se tornou inviável, primeiro por conta da instabilidade do mercado e agora, por falta de interesse de investidores. Em princípio, só o fundo lastreado no prédio da Petrobrás será levado ao mercado. O outro deve reunir um portfólio de nove imóveis, que continuarão entre os ativos da construtora. O edifício da estatal, localizado no centro do Rio de Janeiro, está em construção e deve ser entregue entre o fim do ano que vem e o início de 2012. A obra foi feita sob encomenda da estatal - tem 115 mil metros quadrados de área construída e 95 mil metros de área bruta locável. A Petrobrás é a única locatária até 2029. O contrato prevê aluguéis de cerca de R$ 100 milhões ao ano por esse período. Com inquilino certo para o empreendimento, a WTorre levantou no ano passado R$ 524 milhões por meio de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) para financiar a obra, que terá um custo total de cerca de R$ 600 milhões. Com a captação de R$ 1,2 bilhão, cerca de R$ 400 milhões serão embolsados pela WTorre - recursos que devem aliviar o caixa da empresa, conhecida no mercado por manter uma operação de risco e altamente alavancada. Diferentemente das concorrentes, que compram, alugam e depois vendem imóveis comerciais, o empresário Walter Torre atua numa fase anterior a esse processo, que inclui a incorporação do terreno e a construção do prédio. Isso exige financiamento. De acordo com o último balanço, a empresa tinha uma dívida de curto prazo (a vencer em 12 meses) de R$780 milhões. Outros negócios. Para engordar o caixa, desde a desistência do IPO, a WTorre está vendendo ativos. Em outubro, o banco BTG Pactual comprou duas torres do Complexo JK, em São Paulo. Ao mesmo tempo, o banco comprou 40% de participação em um terreno da WTorre perto do Shopping Morumbi, também em São Paulo, onde será construído um edifício comercial de 96 mil metros quadrados. Mas o próprio BTG Pactual é um forte concorrente da WTorre no segmento de fundos imobiliários. O banco está estruturando o lançamento de cinco FIIs que somam um total de R$ 5 bilhões. No último mês de setembro, a WTorre desistiu definitivamente de abrir o capital. A primeira tentativa da empresa de fazer o IPO (oferta inicial de ações) foi em 2007. A empresa chegou a iniciar o processo, mas foi surpreendida pelo desinteresse dos investidores. Em fevereiro deste ano, a Wtorre retomou os planos e protocolou o pedido de registro de capital aberto. Desde então, a empresa pediu duas vezes a prorrogação do prazo de definição do IPO. A saída encontrada pela construtora para se capitalizar foi a venda de ativos e a criação de dois fundos de investimento imobiliário. Fonte: O Estado de S. Paulo

Promotor diz que construção do estádio do Corinthians é ilegal

Após a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o governo do estado de São Paulo anunciarem que o Corinthians pretende construir um estádio de futebol com mais de 65 mil lugares para abrigar o jogo inaugural da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, o promotor José Carlos de Freitas, em entrevista ao G1, diz que a realização da obra é ilegal e que fará o que estiver dentro da lei para impedi-la.

Procurado pela reportagem, o Corinthians contesta os argumentos do promotor, mas diz que está à disposição para solucionar o impasse. A Secretaria de Negócios Jurídicos da Prefeitura de São Paulo informa ser "prematuro" se manifestar, já que a ação ainda não foi julgada. Segundo a Promotoria de Habitação e Urbanismo na capital paulista, a decisão sobre o destino da área na Zona Leste, onde o clube pretende erguer o “Fielzão”, ainda está sob análise da Justiça e qualquer “promessa" pode ser encarada como desrespeito ao Poder Judiciário. “A construção do estádio do Corinthians é ilegal”, afirma o promotor José Carlos de Freitas, responsável por uma ação civil pública que pede à Justiça que o Corinthians devolva à Prefeitura de São Paulo o terreno onde quer construir o seu estádio, atualmente ocupado pelo centro de treinamento do time alvinegro. A área, com mais de 200 mil metros quadrados e que fica próxima à Avenida Jacu Pêssego e estação de Metrô Corinthians-Itaquera, foi concedida ao clube paulistano em 1988 para ser usufruída por 90 anos. Segundo o promotor Freitas, em contrapartida, o Corinthians se comprometeu a construir um estádio em cinco anos, mas isso não foi cumprido dentro do prazo estabelecido. “Por isso peço a anulação da concessão”, diz Freitas. Há mais de dez anos, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal havia divulgado que o time de futebol desrespeitou o acordo da concessão, e a Prefeitura não cobrou a devolução do terreno. A partir desse dado, o Ministério Público entrou com uma ação civil pública em 2001 pedindo a anulação da concessão. Um ano depois, o processo foi extinto a pedido da Justiça. Mas em 2005 o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou essa sentença e pediu que o caso fosse reaberto. Após declarações da Prefeitura e do Corinthians no processo, em 2008 a Promotoria pediu ao juiz Randolfo Ferraz de Campos, da 14ª Vara da Fazenda Pública, que sentencie o clube a devolver a área. No início do ano passado, o juiz determinou novas diligências à administração pública. “A construção do estádio é um desrespeito à Justiça. Neste momento sou contra a construção do estádio. Falar em construção do estádio é irregular. Estão passando por cima do Poder Judiciário. Eles não podem desconsiderar que há um processo em curso e sob júdice”, reitera o promotor Freitas. “Embora não tenhamos decisão é desrespeito porque juiz ainda precisa apreciar o processo.” De acordo com a Promotoria, não existe previsão a respeito de quando sairá a decisão da Justiça sobre o impasse que envolve o terreno que o Corinthians recebeu da Prefeitura. Procurada, a assessoria de imprensa do TJ-SP informa que o juiz Ferraz de Campos ainda analisa o processo. Enquanto isso, o promotor Freitas afirma que fará o que estiver dentro da lei para impedir a construção do estádio. “É proibido construir edificação sobre qualquer área pública sem a anuência do poder público. Eu vou pedir a paralisação da obra à Justiça se começarem a construir o estádio antes da decisão da Justiça sobre a concessão do terreno que o Corinthians recebeu da Prefeitura. Ouvi dizer que tem movimentação de terra no local, mas o presidente do Corinthians [Andrés Sanches] disse que são obras da Sabesp [Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo]. Pedi informações sobre essas obras e aguardo essas informações”, diz Freitas. O promotor informa, no entanto, que existe uma possibilidade de o Corinthians continuar no terreno concedido pela Prefeitura, mas que para isso será preciso haver um novo acordo entre Promotoria, clube e administração pública. “Precisa haver o interesse do clube e da Prefeitura, mas o Ministério Público precisará acompanhar que acordo será esse, se vai beneficiar a população, que impacto isso trará para o trânsito etc. Depois disso, a Justiça terá de homologá-lo.” Procurado pelo G1, o Corinthians afirma que a ação ainda não foi julgada em primeira instância e não há, pois, qualquer impedimento para a construção do estádio. “Respeitosamente, o Corinthians discorda da opinião de que seria "prematura" a construção do estádio”, informa a nota assinada pelo diretor jurídico do clube, Sérgio Alvarenga. O Corinthians vê ainda uma contradição na ação do Ministério Público. “Primeiro, o MP entra com a Ação Civil Pública afirmando que o Corinthians teria descumprido sua parte, ao não obedecer o prazo para a construção do estádio - o que não é verdade, diga-se de passagem, já que, até bem pouco tempo atrás, razões alheias à vontade do Corinthians impediam, até mesmo, o registro da escritura de cessão de uso. Agora, ele entende ser prematuro? “, questiona Alvarenga. O clube diz ainda que está à disposição do promotor. “De qualquer forma, por meio de manifestação oficial e expressa, o Corinthians, independentemente da inexistência de qualquer impedimento de ordem legal, já externou ao promotor de Justiça seu interesse em apresentar contrapartidas de interesse social pela cessão de uso, na esteira do que está administração já vem fazendo espontaneamente", afirma Alvarenga. Na segunda-feira (8), no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, recebeu das mãos do governador de São Paulo, Alberto Goldman, e do prefeito, Gilberto Kassab, uma carta do Corinthians apresentando seu futuro estádio como palco para receber jogos do Mundial, incluindo o de abertura. O futuro estádio do Timão passa a ser o representante do estado para o evento. A partir daí, o projeto será entregue ao COL (Comitê Organizador Local) durante a próxima semana, e passará por todas etapas que os outros estádios já enfrentaram: aprovação do COL, da Fifa e, por fim, apresentação das garantias financeiras. De forma incisiva, Ricardo Teixeira se mostrou confiante na realização da abertura em São Paulo. Porém, apesar do clima festivo, segue o impasse sobre quem pagará a ampliação da futura arena corintiana. Para executar uma obra que receba 65 mil espectadores, o Timão gastará cerca de R$ 600 milhões, e por enquanto tem garantido investimento de R$ 400 milhões, oferecidos pela Odebrecht. Como o projeto ainda passará por todas as etapas de aprovação, teoricamente há tempo para que o clube consiga captar os recursos restantes. O governo reiterou que não tem como investir financeiramente no estádio, mas fará todas as obras necessárias para adequar o bairro de Itaquera ao recebimento do evento, com investimento estrutural. O Corinthians ainda não formalizou ao BNDES o pedido de empréstimo dos R$ 400 milhões para a construção do seu estádio em Itaquera, na Zona Leste de São Paulo. Pretende fazer isso no próximo mês. Mas, caso a liberação do valor não saia até janeiro de 2011, o clube estuda um “empréstimo ponte” para iniciar as obras. A previsão para o início das obras no Fielzão é março de 2011. Alguns falam em finalizar a obra até dezembro de 2012, mas o mais provável é que seja apenas no último trimestre de 2013.Anteriormente, a cidade de São Paulo apostava na escolha do Morumbi para a abertura da Copa do Mundo, mas o projeto de modernização do estádio, aprovado pela Fifa inicialmente, não obteve garantias financeiras. O clube paulista ainda tentou emplacar um projeto mais barato, mas não conseguiu e foi retirado do Mundial. Fonte: G1

Even aumenta lucro em 51% e mostra operação "redonda" para possível venda

A Even está procurando apresentar fôlego ao mercado. Vende mais do que lança há sete trimestres consecutivos, tem a maior velocidade de vendas do setor (37%) e tem presença forte em São Paulo, o maior mercado do país. Embora a empresa negue que esteja à venda - nos bastidores, fala-se que já teve conversas mais consistentes do que agora -, continua na prateleira.

O Itaú BBA tem o mandato para negociar a companhia, conforme divulgou o Valor. "Não há nenhuma conversa em andamento, mas é óbvio que somos ativo interessante e temos grande poder de atração", diz Dany Muszkat, diretor financeiro e de relações com investidores. Entre as empresas médias, está entre as que mais cresceram. Nos primeiros nove meses do ano, a companhia lançou R$ 1,28 bilhão - 85% do total projetado para o ano - contra R$ 927 milhões o ano passado inteiro. "Antecipamos lançamentos e estamos confortáveis de não ter que acelerar tanto no quarto trimestre, que é o mais concorrido", diz. A Even, que vende apartamentos de até R$ 3 milhões, não entrou no Minha Casa, Minha Vida. A companhia, que incorpora e constrói, foca nos empreendimentos de até R$ 500 mil, que representam 75% das vendas. O lucro líquido no terceiro trimestre foi de R$ 78,6 milhões, alta de 51,3% em relação a igual período de 2009. A receita líquida cresceu 58,5% na mesma comparação e atingiu R$ 564,9 milhões. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (lajida) subiu 42,7% e ficou em R$ 120,9 milhões. A dívida líquida é de R$ 585 milhões. A relação dívida líquida sobre patrimônio líquido é de 42%. Fonte: Valor Econômico

Minha Casa, Minha Vida foi destaque em Londres

Minha Casa, Minha Vida foi destaque durante o Brazil Investment Connection, na última semana, em Londres. Os investidores demonstraram interesse em participar do projeto através de parceiros locais.

O evento, promovido pela Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico, atraiu empresas como Tishman Speyer, Ernest Young, Starwood Asset Management e UBS Pactual. Rodrigo de Azeredo dos Santos, ministro da embaixada do Brasil em Londres, destacou o bom momento brasileiro. "É evidente a força e a estabilidade econômica de um país que tem o segundo maior investimento estrangeiro direto, perdendo só para a China". Fonte: Jornal do Commercio

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Índice Nacional da Construção Civil acelera para 0,51%

O índice foi pressionado pelo preço da mão de obra, que teve avanço de 0,53% em outubro. O Índice Nacional da Construção Civil, divulgado nesta terça-feira (9/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teve variação de 0,51% em outubro, ante 0,35% no mês anterior. O indicador acumula alta de 6,34% no ano, e foi pressionado pelo custo da mão de obra, que teve avanço de 0,53% em outubro, contra 0,27% no mês anterior.

A inflação dos materiais também acelerou, de 0,41% em setembro para 0,50% em outubro. O custo por metro quadrado ficou em R$ 761,74. Dessa média, R$ 430,21 corresponde a materiais, enquanto R$ 331,53 à mão de obra. O maior destaque de alta no índice ocorreu na região Nordeste, com avanço de 1,21%. A região foi pressionada pelos reajustes salariais no Rio Grande do Norte e Pernambuco, segundo o IBGE. A região, no entanto, ainda tem o menor custo por metro quadrado, a R$ 715,80. Já a região Sudeste teve a menor variação, de 0,23%. Fonte: Brasil Econômico

Teixeira decide: Copa 2014 terá abertura em Itaquera

O novo estádio do Corinthians em Itaquera será, de fato, o palco da abertura da Copa de 2014. A decisão foi anunciada na tarde desta segunda-feira (8), em São Paulo, pelo presidente do COL/2014 (Comitê Organizador Local), Ricardo Teixeira. O dirigente se reuniu a portas fechadas com o governador do estado, Alberto Goldman, e o prefeito da capital paulista, Gilberto Kassab, para tratar dos últimos detalhes do acerto. Goldman esclareceu ter recebido ontem a carta oficial do Corinthians.

O anúncio põe fim a mais de um ano de indefinições, que fizeram de São Paulo a sede mais atrasada do Mundial brasileiro. Resta saber quem bancará parte da reforma da arena corintiana. O clube se dispõe a construir estrutura para 48 mil pessoas com auxílio da construtora Odebrecht, que pode captar até R$ 400 milhões no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Os 17 mil assentos restantes necessários para o jogo custarão cerca de R$ 200 milhões, mas ainda não dispõe de financiadores. Teixeira, porém, vê que grande parte da questão financeira está bem equacionada pelo Corinthians e que, em sua visão, falta pouco para que seja fechada a demanda financeira. "Dois terços já foram viabilizados".Goldman reiterou que o estado não poderá fazer qualquer investimento de recursos públicos na obra do Corinthians, que é privada. "O que podemos fazer são as ações de infraestrutura, saúde e segurança, para que a Copa seja realizada com todo o sucesso", disse. Teixeira disse que após o recebimento do projeto da arena corintiana haverá a análise de todos os detalhes para verificar sua adequação à abertura da Copa. "Eu sempre acreditei que a abertura da Copa seria em São Paulo", disse o dirigente. Segundo Goldman, a decisão teve o aval do governador eleito de São Paulo Geraldo Alckmin, que toma posse em janeiro. "Recebi telefonema de Alckmin e ele disse que vai dar continuidade ao projeto." Fonte: Portal Copa 2014

Setor de imóveis em SP prevê nova disparada

Apesar de faltarem menos de dois meses para o fim do ano, o mercado imobiliário residencial da cidade de São Paulo, que viu variações nas vendas durante o ano de 2010, projeta uma retomada forte e crescimento nestes últimos dias do ano, além de apostar em bons resultados também para 2011.

Uma das expectativas do setor no Estado de São Paulo é que o novo governo da presidente eleita, Dilma Rousseff, reforce os investimentos feitos no programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" - iniciado no governo de Lula e centrado na construção de moradias populares para diminuir o déficit habitacional do Brasil. Entre cidades do interior paulista que apostam na expansão do programa do governo federal, está Jacareí, localizada a 80 quilômetros da capital paulista e que ganhou um reforço de R$ 33 milhões em investimentos para a construção de mais 535 unidades do programa "Minha Casa, Minha Vida", sendo os imóveis destinados a famílias com faixa de renda de zero a 3 salários mínimos. Com isso, a cidade reúne 1.836 unidades habitacionais feitas pelo programa, com um investimento total de R$ 112 milhões. Para as empresas do setor, o programa está contribuindo para a expansão dos negócios. Um exemplo é a Direcional Engenharia, que atua na cidade de Campinas e que divulgou recentemente um aumento de 51,3% do lucro líquido do terceiro trimestre, ante igual período de 2009 e que chegou a R$ 43,9 milhões. Nos meses de julho a setembro, 98,7% das unidades lançadas pela empresa em todo o País eram destinadas ao programa habitacional feito pelo governo federal. O programa habitacional do governo federal deve manter o mercado imobiliário aquecido ainda por muitos anos. De acordo com Fábio Romano, diretor de Incorporações da Yuny Incorporadora, a expectativa é que o programa ainda dure muito tempo. "O déficit habitacional no Brasil é muito grande. O 'Minha Casa, Minha Vida' foi feito para durar muitos anos. É uma medida que vai sempre perdurar, já que existe muita demanda para a construção de residências no País", explica o executivo. Apesar de uma queda expressiva das vendas de imóveis novos em São Paulo no mês de agosto, quando as vendas foram 48,5% inferiores ao registrado no mês de julho, de acordo com pesquisa do Sindicato de Habitação de São Paulo (Secovi-SP), o setor imobiliário da capital não acredita em um impacto negativo para 2010, e confia que uma retomada do crescimento acontecerá nos meses que encerram o ano de 2010. Responsável pelo estudo, o sindicato afirma que essas variações são normais e que mudanças significativas já foram observadas em outros momentos deste mesmo ano. Em comparação a janeiro, o mês de fevereiro, por exemplo, teve um crescimento de 89,5%, chegando a 2.858 unidades. No mês seguinte, março, as vendas atingiram 4.095 moradias, seguidas de uma queda de 21% no mês de abril. Em julho, as vendas de imóveis novos caíram 5,4% em relação a junho. Segundo o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, essas variações não mostram uma tendência do mercado, mas algumas questões pontuais referentes aos meses em estudo. "Quem faz pesquisa mensal vê essas distorções que podem acontecer no mês a mês. O mercado está vendendo muito bem, e as vendas sobre oferta (VSO) estão maiores do que as do período de janeiro a agosto do ano passado", explica. De acordo com Petrucci, o mercado imobiliário residencial da cidade de São Paulo recebeu menos lançamentos em julho do que em agosto, mas a situação deve mudar nos próximos meses. "Fizemos sondagens com empresas para ver se isso seria revertido, e parece que sim. Parece que foi pontual", explica, reforçando o sentimento de que a queda não indica uma tendência de desaquecimento do mercado. Fábio Romano, da Yuny Incorporações, segue o pensamento do Secovi e afirma que a baixa registrada em agosto é apenas pontual e que mesmo assim o mercado segue em alta. "Este ano já foram lançados muito produtos, e tudo que é lançado está sendo vendido", afirma. A diretora de Relacionamento da Brev Soluções Imobiliárias, Cássia Castro, afirma que a venda segue em alta e o mercado ainda está aquecido. "Percebemos que a procura por imóveis está aumentando. Muitas pessoas estão conseguindo linha de crédito, têm dinheiro extra e uma condição financeira que favorece quem quer investir em imóveis", explica ela.Em relação ao mau desempenho registrado em agosto, Cássia aponta questões burocráticas para a queda expressiva registrada pelo Secovi. "Para aprovar um projeto em São Paulo é necessário um período de 6 a 8 meses. O incorporador compra o terreno e tem de esperar esse tempo para receber a aprovação da prefeitura. O que pode ter acontecido é que agosto se encontrou nesse timing entre a compra e a aprovação do projeto", afirma. De acordo com a executiva, a compra de terrenos está em alta e a expectativa é de que continue a crescer em 2010, e o mercado deve seguir aquecido nos próximos anos.De acordo com Alexandre Cardoso, presidente da Apoena Imóveis, a cidade de São Paulo enfrenta diversos problemas que podem prejudicar o desempenho do mercado imobiliário. "É difícil encontrar terrenos. Além disso, o Plano Diretor tem muitos erros. Isso faz as pessoas buscarem cidades próximas a São Paulo", explica. O executivo reforça o sentimento positivo registrado pelo setor. "Mesmo assim, o mercado está muito bom e deve continuar aquecido por pelo menos mais cinco anos", finaliza.A construtora Cyrella, que recentemente divulgou dados relacionados ao terceiro trimestre do ano, quando registrou queda de 34,4% das vendas na comparação com as de igual período de 2009, também demonstra que o mau desempenho é apenas uma questão pontual. Dados preliminares divulgados pela empresa indicam que em outubro foram feitos mais lançamentos do que o total registrado de julho a setembro. Fonte: DCI

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Secovi-SP mostra como recuperar créditos condominiais por meio do leilão judicial eletrônico

Explicar como o condomínio pode ser mais eficaz na recuperação de seus créditos condominiais, por meio do leilão judicial eletrônico, é o objetivo de mais uma edição do Ciclo de Palestras para Síndicos, no próximo dia 18/11, a partir das 18h30, na sede do Secovi-SP (rua Dr. Bacelar, 1.043, Vila Mariana).

Sob a coordenação de Sergio Meira de Castro Neto, diretor de Condomínios da vice-presidência de Administração Imobiliária e Condomínios do Secovi-SP, o evento contará com palestras dos advogados e diretores da empresa Megaleilões, Thiago Nastri Antunes e Geraldo Gomes de Almeida Neto. O evento é gratuito, mediante a doação de brinquedo (novo ou usado, em boas condições) para a campanha do Projeto Ampliar, programa de educação e formação profissional apoiado pelo Secovi-SP. Conta 15 pontos para o segmento de Administração de Condomínios e Associações de Adquirentes de Lotes do Programa Qualificação Essencial (PQE). Informações e inscrições: (11) 5591-1304 a 1308, e-mail callcenter@secovi.com.br. Fonte:Secovi-SP

Brookfield lança campanha publicitária com o conceito Invente Sua Fórmula

A Brookfield Incorporações acaba de lançar uma campanha publicitária. Assinada pela Eugenio Marketing Imobiliário, a ação tem como objetivo captar informações sobre quais itens de lazer as pessoas gostariam em um condomínio para ajudar na formatação do próprio empreendimento. Com o conceito “Invente sua Fórmula”, a campanha contará com filme em TV aberta, outdoor, spot para rádio, anúncios em jornal, ações de rua e na internet

As peças trazem imagens que remetem a itens de lazer dentro de recipientes químicos. Os anúncios pedem para que as pessoas acessem o site http://www.inventesuaformula.com.br/ e escolham os elementos que julgam mais importantes em um residencial. Com os resultados da pesquisa, a Brookfield Incorporações terá um levantamento do que a população quer em um empreendimento. Esses dados ajudarão na concepção do próximo lançamento da empresa em Goiânia. Para motivar as pessoas a participarem, a incorporadora está fazendo uma ação promocional com sorteio de um carro, realizada pela agência Mix. “Trata-se de uma ação diferenciada, pois a campanha funcionará como uma pesquisa sobre o mercado local e ajudará na elaboração do empreendimento, ou seja, o produto será formatado de forma colaborativa, com a participação das pessoas pela internet”, afirma Rubens Oseki, superintendente comercial da Brookfield Incorporações. Os anúncios serão veiculados até o dia 27/11. De acordo com o Oseki, a expectativa é obter mais de 30 mil acessos no portal neste período. Fonte: Portal VGV

Mercado de escritórios de luxo vive ‘febre’

"Grande companhia quer se instalar em São Paulo ou no Rio de Janeiro. Procura escritório amplo, bem localizado, com pé direito alto, ar-condicionado central, vidros antirruído e sistema inteligente de elevadores e energia. Paga-se bem." Ainda não chegou ao ponto de as empresas publicarem anúncio em jornais em busca de espaços comerciais de alto padrão.

Mas a falta de escritórios é tão grande que os aluguéis praticados no Rio e em São Paulo se equiparam aos de bons endereços de Nova York. De olho nessa tendência, investidores e construtoras juntaram forças para aumentar a oferta, mas o movimento está longe de suprir a carência de espaços comerciais de qualidade nas cidades mais ricas do País. De acordo com a consultoria Cushman & Wakefield, a expansão da oferta de escritórios nos bairros mais nobres de São Paulo será de 5% este ano, a maior em uma década. Mas a procura por espaços comerciais ainda está muito acima do recente movimento de construtoras e investidores - e a maior demanda está justamente em áreas como Faria Lima, Itaim e Marginal Pinheiros. Segundo a gerente de pesquisa de mercado da Cushman, Mariana Hanania, o equilíbrio do mercado de escritórios ocorre quando 15% dos espaços estão vagos - neste patamar, explica ela, as empresas têm boas opções a escolher, enquanto administradoras ainda conseguem lucrar com a operação. Quando o número se distancia do "ponto ideal", a balança pende para um dos lados. E, neste momento, a vantagem é do locador. Segundo a consultoria Jones Lang LaSalle, na Vila Olímpia, em São Paulo, há 3,4% de espaços vagos, o que limita o poder de negociação das empresas que querem se instalar nessa região. O cenário se repete no Rio, onde apenas 5% dos escritórios estão vazios no centro e na zona sul, as áreas mais procuradas. A demanda crescente se reflete em aluguéis mais altos. Segundo a Cushman & Wakefield, nos últimos 12 meses, o valor dos aluguéis aumentou 13,5% nos principais bairros da capital paulista. Nas duas regiões mais procuradas - Faria Lima e Itaim -, o preço médio do metro quadrado já passa de R$ 100. No Rio de Janeiro, onde há mais restrições a novas construções, a variação de preços foi da ordem de 60%. Na região central, o metro quadrado de um edifício de escritórios é locado por R$ 140, em média. Fundos. Com o aumento do interesse pelo mercado de escritórios de alto padrão, o volume de recursos dos fundos imobiliários no País também explodiu. Hoje, o patrimônio deles é de R$ 7 bilhões, segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - alta de quase 40% neste ano. Entre as instituições mais agressivas está o BTG Pactual: além de ter ajudado no desembolso de R$ 680 milhões por uma das torres do Ventura Corporate, no Rio, o banco pleiteia à CVM novos fundos imobiliários que totalizam R$ 5 bilhões. Com mais recursos disponíveis, construtoras e incorporadoras disputam terrenos em regiões nobres, apostando em aluguéis ainda mais altos para os próximos anos. A WTorre Properties, que vendeu um edifício por R$ 1,1 bilhão para o Banco Santander, na Marginal Pinheiros, agora constrói duas torres comerciais que farão parte do Shopping JK, do Iguatemi. Embora o preço médio para locação na região esteja hoje perto de R$ 100 o metro quadrado, os espaços do empreendimento, a ser entregue no fim de 2011, já são negociados por R$ 180. De acordo com Bruno Laskowsky, presidente da construtora, trata-se de um "prêmio" pelo fato de os edifícios oferecerem o que o mercado procura: construções novas, bem localizadas e dentro do padrão "AAA". Tendências. Os projetos com data de entrega no horizonte não ficam muito tempo no mercado: o Acqua Faria Lima, da Gafisa, ficará pronto em março, mas está totalmente locado. Segundo o diretor de operações da Gafisa, Luís Fernando Bueno, além dos diferenciais tecnológicos, o Acqua terá lajes de até 2 mil metros quadrados - com isso, as empresas ganham eficiência e não precisam distribuir a equipe em vários andares. "O preço no Brasil se compara ao de Nova York, onde bons escritórios são locados a US$ 60 o metro quadrado", diz Bueno. Para Laskowsky, da WTorre, a tendência é que as construtoras invistam cada vez mais no altíssimo padrão. "Menos de 10% do estoque de São Paulo é de edifícios "AAA". A oferta é bem muito inferior à demanda. Acho que vale a pena gastar mais com o terreno e oferecer a localização que o cliente quer." A falta de terrenos nos bairros mais procurados, entretanto, faz as construtoras abrirem novos fronteiras de escritórios de alto padrão, como Alphaville, em Barueri, a 25 quilômetros de São Paulo. A distância se reflete em aluguéis mais baixos: hoje, o metro quadrado para locação de um edifício "AAA" em Alphaville custa menos de R$ 60, menos da metade do valor da Faria Lima. A Tishman Speyer desenvolve um condomínio de edifícios em Alphaville, onde se instalaram companhias como Philips e Redecard. Outra opção para aumentar a oferta de escritórios de alto padrão é o "retrofit". No Rio, onde há pouco espaço para novos empreendimentos, a reforma é o jeito de adaptar imóveis às necessidades tecnológicas de grandes empresas. Em São Paulo, a estratégia é adotada na Avenida Paulista. A Tishman Speyer atualmente "repagina" um antigo edifício no centro do Rio. "É um prédio dos anos 30, com pé direito alto, que permite a adequação tecnológica", diz Daniel Cherman, presidente da Tishman. Fonte: O Estado de S.Paulo

Setor da construção avalia positivamente primeiras declarações da presidenta eleita

As primeiras declarações feitas pela presidenta eleita Dilma Rousseff nos momentos seguintes das apurações das eleições do último dia 31, não surpreenderam o setor da indústria da construção e do mercado imobiliário. Em seu discurso da vitória e nos pronunciamentos seguintes, de forma determinada, a presidenta eleita voltou a reafirmar compromissos de campanha na linha do respeito aos contratos firmados, da melhoria dos gastos públicos, pela simplificação e atenuação da tributação e do controle da inflação.

Além disso, no aspecto político, a ex-ministra defendeu a meritocracia no preenchimento dos cargos públicos federais e o combate aos escândalos administrativos. São ainda as primeiras palavras da futura governante, mas que deixam o empresariado brasileiro e, em particular, os empresários da construção, com excelentes expectativas. A partir de junho de 2010, com a realização do 82º Encontro Nacional da Indústria da Construção juntamente com vários representantes da cadeia produtiva da construção, mantiveram diálogo com as três principais forças postulantes da Presidência da República. Na pauta, reflexões do setor quanto aos principais desafios que o país deverá enfrentar nos próximos anos para avançar em áreas como: infraestrutura; melhoria do ambiente de negócios; inovação, sustentabilidade e meio ambiente além de mobilidade urbana, saneamento e a busca de novas fontes de financiamento para construção de moradias populares. O setor compreende que é imprescindível consolidar os avanços alcançados em ações como o Programa Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento e, ao mesmo tempo, aprimorar essas políticas públicas. As ações implementadas pelo Governo Federal nos últimos anos e que geraram investimentos importantes principalmente nas áreas de moradia popular e infraestrutura, contribuíram bastante com o desenvolvimento econômico e social do país, fazendo com que a Indústria da Construção, recuperasse o seu papel de destaque no contexto da economia nacional. Voltamos a gerar empregos em quantidade e qualidade, o que nos fará concluir o ano com mais de 2,55 milhões de empregos formais e termos um crescimento do PIB de aproximadamente 12%. Fonte: CBIC

Prefeito aponta investimento na região de Itaquera como prioridade

Apesar de o estádio do Corinthians ainda não estar confirmado na Copa do Mundo de 2014, a Prefeitura de São Paulo já projeta melhorias para o bairro de Itaquera. Gilberto Kassab reconheceu que a região apresenta problemas e precisa de investimento para receber a enorme quantidade de pessoas que serão atraídas pelo Mundial. “A Zona Leste precisa de desenvolvimento social, mas também de melhorias na infra-estrutura.

O futuro estádio do Corinthians é uma peça fundamental para o desenvolvimento da Zona Leste, vai ser uma mola propulsora para outros investimentos, inclusive da iniciativa privada. O estádio vai dar um impulso nessa prioridade de desenvolvimento na região”, explicou o prefeito, nesta quinta-feira, durante evento com arquitetos e engenheiros. A Prefeitura não vai investir dinheiro público diretamente na construção do estádio, mas, sim, nas obras estruturais da região, como nos transportes, por exemplo. Kassab evitou fazer comparações da região de Itaquera com o Morumbi, bairro que abriga o estádio do São Paulo e inicialmente seria sede da Copa.- A cidade é uma só. Não importa onde ficarão os hotéis, hospitais, pode ser em qualquer bairro - afirmou o prefeito.Durante o evento desta quinta-feira, José Roberto Bernasconi, presidente da Sinaeco-SP (Sindicato da Arquitetura e da Engenharia), fez uma comparação de Itaquera com Stratford, bairro onde está sendo construído o Parque Olímpico para os Jogos de Londres, em 2012. O local, na Zona Leste da capital inglesa, é deteriorado e habitado por população de baixa renda, mas está sendo revitalizado para as Olimpíadas. O investimento já pode ser observado e a melhoria no sistema de transportes, hotelaria e comércio é evidente por lá. “Temos que tomar como exemplo o que está acontecendo em Londres. Foi um projeto de anos pensando não só nas Olimpíadas, mas também no legado que isso deixará para a cidade. A Zona Leste vive a iminência de um processo de valorização, a região também é considerada o novo pólo de atração imobiliária na cidade e tem enorme potencial logístico”,disse Bernasconi. Kassab disse que São Paulo também pode sediar o Congresso da Fifa e o Centro de Imprensa do Mundial, estruturas que atrairiam milhares de profissionais com potencial de gasto, o que movimentaria a economia da cidade. Segundo o prefeito, o Congresso seria instalado no centro de eventos planejado para ser feito em Pirituba. Já o Centro de Imprensa ficaria no Parque do Anhembi. Além da capital paulista, o Rio de Janeiro está pleiteando ser sede dessas duas instalações durante a Copa. Fonte: Newmark Knight Frank

São Carlos compra 2º prédio comercial em 5 dias e investirá R$ 64 mi

A São Carlos anunciou o investimento de R$ 64 milhões na compra e revitalização de um prédio comercial na Avenida Nove de Julho, no Itaim Bibi, em São Paulo, a segunda aquisição da empresa do setor imobiliário em cinco dias.O edifício Barros Loureiro, desativado há três anos, foi comprado por R$ 39 milhões e demandará investimentos da ordem de R$ 25 milhões em modernização e adequação aos requisitos de sustentabilidade e redução de impacto ambiental.

A obra, que tem previsão de conclusão em 12 meses, inclui a construção de um edifício garagem no terreno vizinho, que já pertencia à São Carlos. O investimento faz parte da estratégia da companhia de compra, revitalização e valorização dos empreendimentos com o objetivo de aumentar a rentabilidade do negócio.No último dia 29, a São Carlos já havia comunicado a compra do Centro Administrativo Santo Amaro (CASA), no bairro de Chácara Santo Antônio, em São Paulo, por R$ 165 milhões. Com o negócio anunciado hoje, o investimento da companhia em aquisições chega a R$ 446 milhões apenas este ano. O portfólio da São Carlos conta com 38 imóveis, mais de 412.615 mil metros quadrados de área locável própria e valor de mercado estimado em R$ 1,84 bilhão. Fonte: Newmark Knight Frank

Centro de SP entra na mira do "retrofit"

A cidade de São Paulo tem um estoque de 9,7 milhões de metros quadrados úteis de escritórios. E quase metade desse total (47%) é catalogada como "classe C", com bom potencial para "retrofit". São prédios com mais de 25 anos, que não possuem sistemas desenvolvidos -como o de segurança- nem ar condicionado central e, muitas vezes, não têm garagem.

Outros 32% são "classe B" -apesar de já possuírem ar condicionado central e garagem, não oferecem outras comodidades (como sistema de segurança). Levantamento feito pela imobiliária Herzog mostra que, no centro da cidade, 85% dos edifícios comerciais são "classe C", o que coloca a região entre as com maior potencial de "retrofit". Avenidas nobres, como Paulista e Faria Lima, também entram na lista. São endereços cobiçados pelas empresas, que já abrigam edifícios mais modernos e têm poucos terrenos vagos, mas ainda guardam prédios antigos -"classes B e C"- que podem ser "retrofitados". A construtora Rossi, que já tem experiência em "retrofit" residencial no Rio de Janeiro (veja fotos ao lado), é uma das companhias de olho no centro paulistano. "A região é uma grande oportunidade tanto no mercado residencial quanto no comercial", diz Alcides Gonçalves, diretor de gestão de negócios da Rossi. Na avaliação do executivo, a prefeitura "está mais consciente de que precisa da iniciativa privada para efetivamente revitalizar o centro". "As construtoras devem começar a explorar esse mercado no curto prazo; é só questão de acertar os subsídios do município para a conta fechar", completa. A BR Properties é outra construtora que começa a trazer para São Paulo a experiência adquirida no Rio. No mercado carioca, a empresa deve entregar, em 2011, o "retrofit" do edifício Manchete, que foi construído em 1978 na praia do Flamengo com projeto do arquiteto Oscar Niemeyer. Investimento total: R$ 120 milhões. "Um projeto arquitetônico importante valoriza o empreendimento e pesa a favor do "retrofit'", diz Martín Jaco, diretor de investimentos da empresa. Na capital paulista, a companhia já fez duas obras comerciais: uma no bairro de Pinheiros (investimento de R$ 5 milhões) e outra na marginal Pinheiros, zona sul (R$ 6 milhões). O executivo diz ainda que uma das grandes vantagens do "retrofit" é o tempo de obra, de até um ano e meio -bem menor que o de uma construção integral, de pelo menos três anos. "O potencial de valorização do imóvel "retrofitado" também é fundamental. Para valer a pena, precisa ser de pelo menos 20%", afirma. Propriedade pulverizada é uma das dificuldades para "retrofit" Uma das grandes dificuldades no mercado de "retrofit", na avaliação de construtoras e imobiliárias, tanto em São Paulo quanto no Rio, é a compra dos imóveis. Geralmente, a propriedade dos edifícios nessas cidades é pulverizada. Ou seja, são vários donos que precisam concordar em vender sua parte -ou então aceitar o projeto de "retrofit". Em cidades do exterior, é mais comum que edifícios tenham um fundo de investimento como único dono. "A costura fina com diversos proprietários é difícil", diz Ubirajara Spessotto, diretor-geral da Cyrela em SP. A empresa é recém-chegada ao mercado de revitalização de edifícios. Entregou este ano, na capital paulista, um prédio de escritórios no Jardim Europa, zona oeste. E, na avaliação de Spessotto, a companhia "teve sorte" na empreitada. "Compramos o prédio de um único dono, coisa rara de acontecer no mercado doméstico", diz o executivo. Danilo Monteiro, diretor de desenvolvimento e investimento da consultoria CB Richard Ellis, acredita que a questão da propriedade múltipla é um limitador do mercado de "retrofit", especialmente em São Paulo. "Acaba ficando muito difícil e caro comprar um prédio inteiro para "retrofitar". Construções maiores, como o Conjunto Nacional na Av. Paulista, chegam a ter até 15 donos em um só andar", diz. Simone Santos, diretora de serviços corporativos da imobiliária Herzog, concorda que haja dificuldade. Mas acredita que as construtoras vão equacionar soluções. "O ponto é que os terrenos vão ficando cada vez mais raros em áreas atrativas de São Paulo, como já aconteceu no Rio de Janeiro. E o "retrofit" surge como alternativa", diz a executiva. Fonte: Folha de São Paulo

sábado, 6 de novembro de 2010

Imóveis usados na capital paulista valorizam 11 vezes mais que inflação

Os preços dos imóveis usados na cidade de São Paulo aumentaram 39,64% entre janeiro e setembro deste ano, o que representa uma valorização 11 vezes maior do que a inflação do período, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (3) pelo Creci-SP. “Esse número mostra o potencial de valorização dos imóveis e a oportunidade de se fazer bons investimentos no setor”, afirmou o presidente da entidade, José Augusto Viana Neto, acrescentando que essa tendência deve se manter.

“Enquanto houver maior demanda que oferta, e nós temos em São Paulo um deficit estimado em 1,5 milhão de moradias, os preços tenderão a subir, independentemente das flutuações mensais nas operações de compra e venda”. Considerando somente o mês de setembro, os preços dos imóveis caíram 5,81%. O levantamento mostra também que 286 casas e apartamentos usados foram vendidos no mês retrasado na capital paulista, levando o índice de vendas a fechar em 0,5386. O número é 19,71% superior ao de agosto. Os imóveis de valor superior a R$ 200 mil tiveram a preferência dos compradores, ao registrar 54,01% das vendas em setembro. Já na faixa de preço inferior a R$ 200 mil, os mais procurados foram os de R$ 161 mil a R$ 180 mil, conforme mostra a tabela a seguir: A maioria das vendas foi realizada com financiamento, sendo 34,27% delas por meio da Caixa Econômica Federal e 18,53% por outros bancos. Já as vendas à vista representaram 44,06% e as negociações diretamente com o proprietário, 3,15%. Não houve vendas por meio de consórcio em setembro. O Creci-SP aponta ainda que as imobiliárias pesquisadas comercializaram mais apartamentos (59,09%) do que casas (40,91%). Fonte: InfoMoney

Governador e prefeito de SP discutem perspectivas de investimento abertas pela Copa

A zona leste reúne um terço da população de São Paulo (cerca de 4 milhões de habitantes), em uma área equivalente a 22% do território do município. Embora sua população represente parcela expressiva dos trabalhadores da cidade, a região ainda se ressente dos baixos níveis de renda e da falta de infraestrutura urbana adequada.

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH, da ONU) de Itaquera, um dos principais bairros da zona leste, é de 0,795, enquanto o do bairro de Pinheiros, na zona oeste, o mais alto da cidade, chega a 0,960. Perspectivas de desenvolvimento para essa região estratégica da cidade estarão em debate no 10º Encontro da Arquitetura e da Engenharia Consultiva de São Paulo, que acontece hoje, no Centro Brasileiro Britânico. A promoção do evento está a cargo do Sinaenco/SP (Sindicato da Aquitetura e da Engenharia). “A zona leste vive a iminência de um processo de valorização, após o anúncio de construção do estádio do Corinthians em Itaquera. A região também é considerada o novo polo de atração imobiliária na cidade e tem enorme potencial logístico”, diz o presidente do Sinaenco/SP, José Roberto Bernasconi. Para o executivo, especialmente a construção do megacomplexo esportivo corintiano representa uma grande oportunidade de aproveitar o poder mobilizador do futebol para modernizar e transformar a região. Participam das discussões sobre o tema Miguel Bucalem (Secretário de Desenvolvimento Urbano do Município de São Paulo), Pedro Taddei (arquiteto e urbanista, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e vice-presidente do Sinaenco/SP) e Luiz Augusto Contier (Coordenador do Curso de Arquitetura da Universidade São Judas Tadeu), sob a mediação de Jurandir Fernandes (professor da Unicamp e ex-secretário dos Transportes Metropolitanos do estado de São Paulo). O encontro focará ainda a desconcentração regional e as oportunidades geradas para as empresas de projetos a partir da adoção desse modelo. Na mesa de debates, estão confirmadas as presenças de Frederico Victor Moreira Bussinger (diretor-presidente da Companhia Docas de São Sebastião e diretor do Departamento Hidroviário da Secretaria Estadual dos Transportes) e Carlos Roberto Silvestrin (vice-presidente executivo da Cogen/SP), coordenados pelo vice-presidente de Gestão e Assuntos Institucionais do Sinaenco/SP, Valter Boulos.

10º Encontro da Arquitetura e da Engenharia Consultiva de São Paulo
Data: 4 de novembro, às 14h.
Local: Centro Brasileiro Britânico (Rua Ferreira de Araújo, 741 – Pinheiros).Fonte:Portal Copa 2014

Ritmo de venda de imóveis no ABC supera a Capital

O ritmo de vendas de imóveis no Grande ABC segue forte e supera a capital paulista, segundo levantamento do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis). Em agosto, a região teve alta de 36% na comercialização imobiliária em relação ao mês anterior. A Capital apresentou crescimento de apenas 4%. A pesquisa mostra ainda que 64% das vendas fechadas nas sete cidades contaram com a ajuda de financiamentos.

Em São Paulo, o percentual foi de 60% na Capital. O presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, garante que o bom momento não possui ligação com a migração de moradores da Capital para a região e corresponde apenas ao crescimento forte da economia regional, que eleva as chances dos moradores daqui conquistarem o sonho da casa própria. "O Grande ABC possui empregos estáveis e não depende desse movimento migratório, pois está mais do que consolidado na economia e vivendo ótimo momento com as indústrias contratando muito mais." O índice estadual de vendas apresenta expansão de 4,29%. E os 1.342 imóveis vendidos pelas imobiliárias dividiram-se entre casas (51,58% do total) e apartamentos (48,42%). O número prova que as casas, mesmo usadas, seguem na preferência dos consumidores, assim como apartamentos com dois dormitórios. Os imóveis mais vendidos em agosto tiveram preços mais altos do que em julho. Na região, o valor médio subiu para R$180 mil, com 58,62% da procura. No mês anterior, casas de até R$ 150 mil foram o destaque do período. Na Capital, prevaleceram os de valor superior a R$ 200 mil, com 63,29% dos contratos formalizados nas imobiliárias pesquisadas. O estudo aponta que o setor recuperou a queda sofrida em julho, o que anima o presidente do Creci. "A expectativa continua sendo positiva uma vez que as famílias terão mais dinheiro em caixa com o recebimento de bônus, participações em lucros e resultados de empresas, 13º salário e férias", afirma Viana Neto.Para ele, parte dos consumidores vai dedicar os recursos recebidos no fim do ano para realizar o sonho da casa própria. "É esperado que parte desses recursos seja destinada à compra ou troca da casa própria, ainda mais porque já se percebeu aumento no percentual de imóveis financiados em agosto na comparação com julho e há tendência de que isso se mantenha até o fim do ano.” Fonte: Newmark Knight Frank

Locação volta a registrar desempenho positivo

Depois de registrar redução de 18,73% em junho e de 8,08% em julho no volume de imóveis alugados, o mercado de locação residencial teve desempenho positivo em agosto. As 1.805 imobiliárias pesquisadas pelo Creci-SP alugaram 3.733 casas e apartamentos e receberam de volta as chaves de 1.831 imóveis, equivalentes a 49,05% do total de novas locações.

Na região, o desempenho também recuperou níveis e fechou o mês com saldo positivo de 20% em relação ao mês anterior. Para o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, a situação demonstra que ao mesmo tempo há maior interesse da nova classe média na compra da sua primeira casa, o mercado também segue aquecido para quem possui imóveis para alugar. "Na realidade, faltam mais investidores, mais opções para colocar em locação", afirma. Para Viana Neto, o segmento sofre por conta da escassez de imóveis disponíveis, o que faz com que o preço dos espaços fique mais caro. "Os investidores ficaram afastados do mercado de locação por muito tempo, por conta dos problemas que acabavam na Justiça e sem resolução para o dono do imóvel. Agora, com a Lei do Inquilinato, eles podem voltar a ter interesse, mas ainda demora para sentirmos essa melhora." A pesquisa da entidade apurou que, no período, foram alugadas mais casas (58,08%) do que apartamentos (41,92%). A faixa de aluguel mensal de até R$ 800 representou 71,18% dos contratos fechados na região. As casas são a preferência da maioria dos interessados, seguida de perto pelos apartamentos de dois quartos. FIADOR - Nos aluguéis fechados no período, a maioria optou por garantir o contrato com fiador. Ele foi a modalidade escolhida por 42,23% dos novos inquilinos. Fonte: Newmark Knight Frank

Iniciativas repensam centro e zona leste

Duas ações urbanísticas contribuem para a mudança de perspectivas habitacionais e econômicas nas regiões leste e central da cidade de São Paulo. A primeira ação, assinada na última sexta-feira (29), prevê a construção de três prédios no bairro da Bela Vista ao custo de R$ 20 milhões. O negócio entra para a série de obras e intervenções em andamento na revitalização urbana e residencial do centro, a exemplo de bairros como Bom Retiro, Consolação, Higienópolis, Brás, Liberdade e Santa Cecília.

Para empreender a construção dos três edifícios, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a Prefeitura de São Paulo fizeram uma parceria com a empresa de desenvolvimento imobiliário Requadra, que apresenta um histórico de obras feitas na região central - em setembro deste ano, a construtora lançou o conjunto residencial Jardim Paulista, na Rua Paim, na mesma Bela Vista. A entrega dos novos prédios está prevista para maio de 2011. A zona leste da cidade, onde reside um terço da população paulistana, também poderá ser foco de investimentos urbanísticos a partir de uma reunião de especialistas que acontecerá na próxima quinta-feira (4). O 10º Encontro da Arquitetura e da Engenharia Consultiva, promovido pelo Sindicato da Arquitetura e da Engenharia (Sinaenco-SP), irá discutir as perspectivas para o desenvolvimento socioeconômico da região, que ocupa 22% do território da capital paulista. A escolha desse tema para a próxima reunião de profissionais do setor está ligada ao anúncio da construção do estádio de futebol do Corinthians, já oferecido para a realização jogos da Copa do Mundo de 2014, em Itaquera, um dos principais bairros da região. "A zona leste vive a iminência de um processo de valorização", explicou o presidente do Sinaenco-SP, José Roberto Bernasconi. "A região também é considerada o novo polo de atração imobiliária na cidade e tem enorme potencial logístico." Fonte: DCI

Preço de unidades da Cohab dispara e valorização é recorde

A especulação imobiliária na periferia de São Paulo não poupou sequer as unidades habitacionais da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab), da Prefeitura paulistana. Alguns desses imóveis - usados - estão sendo vendidos a preços que esbarram no valor máximo estabelecido pelo programa Minha Casa, Minha Vida, para unidades novas: R$ 130 mil.

São imóveis de dois dormitórios, com menos de 60 metros quadrados, em alguns casos sem nenhuma opção de lazer nem garagem. "Os preços ficaram impraticáveis", diz Gerisvaldo Ferreira da Silva, corretor de imóveis no bairro de São Miguel Paulista. Na região em que ele atua, segundo a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio, o preço dos imóveis passou de R$ 87 mil para R$ 112 mil em três anos.A dona de casa Sandra e o marido, que é motorista particular, saíram ganhando com a valorização. Eles compraram um apartamento da Cohab há cinco anos por R$ 35 mil. "Na época, vendemos um apartamento, um Monza 88 e parcelamos o resto em 34 vezes de R$ 500", lembra. O imóvel foi vendido no mês passado por R$ 110 mil. Com o dinheiro, deu para comprar um apartamento menor, mas com garagem e opções de lazer para os dois filhos.A Prefeitura de São Paulo informou que os imóveis da Cohab só podem ser vendidos depois de quitados. Fonte: O Estado de S.Paulo

Stan vai para novos mercados com apoio de sócios bilionários

A Stan é uma incorporadora média, familiar, de capital fechado, especializada em imóveis de alto padrão em São Paulo. Até aí nada a diferencia de uma centena de empresas imobiliárias que atuam no setor. Mas é, certamente, a única que reúne um grupo de sócios bilionários. Desde 2007, a Stan é sócia de João Alves de Queiroz Filho - que já foi conhecido como o Júnior da Arisco e hoje é acionista da maior empresa de bens de consumo brasileira, a Hypermarcas - e os mexicanos Esteban Malpica, Alfredo Harp Helu e Roberto Ramirez, antigos sócios do Banco Nacional do México (Banamex), vendido para o Citigroup em 2001.

Aproveitam a expansão acelerada do mercado para testar novos mercados, como galpões industriais e residenciais para a classe média. O que começou como uma parceria de Júnior em um ou outro empreendimento tornou-se a empresa agrega os ativos imobiliários da holding Monte Cristalina, que reúne outros negócios do empresário goiano fora da Hypermarcas. O veículo que reúne a sociedade entre a Monte Cristalina, os ex-donos do Banamex e a Stan Desenvolvimento Imobiliário é a Bramex. A Stan é a responsável por todos os projetos e pela gestão de incorporação da Bramex, que injeta recursos na empresa e serviu como alternativa de capitalização na euforia da abertura de capital do setor em 2007. Os investimentos da Bramex não são revelados, o estilo reservado e avesso à exposição dos sócios, especialmente Júnior, é mantido na área imobiliária. A Stan não é uma empresa nova, apesar da entrada recente dos sócios renomados. A família Neuding, que comanda a Stan, começou na área imobiliária há 60 anos com a Espécie, incorporadora que fez fama nos anos 70 com lançamentos residenciais nos tradicionais bairros de Higienópolis e Jardins. Foi uma das primeiras empresas a vender apartamento na planta, quando era praxe exibir o nome dos compradores para convencer os demais a entrar no projeto. Comandada pelos irmãos Stefan Neuding e André Neuding - o pai André continua no dia a dia da companhia - a Stan procura investir em projetos diferenciados e fugir do convencional. De alguma forma, carrega do universo do consumo a preocupação em criar uma marca forte- com as respeitáveis diferenças entre os dois mercados. Faz projetos assinados por arquitetos renomados, como Isay Weinfeld, que criou o 360 graus (edifício residencial que permite visão panorâmica do apartamento) ou um prédio no Itaim-Bibi com um painel de 70 metros de altura, concebido pelos Irmãos Campana. "Nosso objetivo é sair do lugar comum", diz Stefan Neuding Neto. Essa exclusividade, no entanto, dificulta a expansão e restringe, consideravelmente, o número de possíveis empreendimentos. Até porque a concorrência está mais capitalizada - as empresas abertas fizeram uma nova rodada de captações na bolsa no ano passado - e agressiva nos projetos. O que era um diferencial no passado, ganha ares corriqueiros em pouquíssimo tempo. Por esse motivo, começa a ampliar sua atuação e adota novas estratégias: desceu um degrau e começa a vender para a classe média e média alta. Para aproveitar a demanda gerada pela ampliação do SFH (que permite o uso do FGTS para imóveis de até R$ 500 mil), pretende concentrar 60% dos lançamentos em apartamentos entre R$ 320 e R$ 750 mil. Está migrando para regiões menos nobres que seus endereços tradicionais, como Taboão da Serra e Barra Funda. Ao contrário das companhias abertas que chegaram a quadruplicar de tamanho nos últimos dois anos - a Stan está no mesmo nível de lançamentos desde 2008, na casa dos R$ 300 milhões. Para este ano, a companhia estima chegar a R$ 350 milhões. Mas todos os lançamentos previstos para 2010 ficaram concentrados no último trimestre, por conta de atraso nas aprovações. Empresas de todos os portes têm postergado lançamentos por conta de entraves burocráticos, especialmente em São Paulo. A empresa tem mais R$ 150 milhões de VGV programados para o primeiro trimestre de 2011. A Stan também está investindo em galpões logísticos - o setor está atraindo investidores e incorporadoras de outras áreas, como a MRV, maior construtora popular do país. Já fizeram um empreendimento em Barueri, alugado e 35% vendido para investidores institucionais e planeja o próximo em Campinas. "Tem mais capital do que negócio nessa área. O desafio está em encontrar boas oportunidades", diz Neuding. A empresa tem, ainda, um portfólio de imóveis corporativos, cujo valor não divulga. Uma parte fica na companhia, como patrimônio, e outra é vendida - depois de alugada. Este ano, entregou um prédio na Marginal Pinheiros e, em parceria com a WTorre, iniciou a construção de um edifício corporativo em Pinheiros. "A procura dos fundos e bancos de investimentos por prédios de alto padrão alugados é enorme." A Stan tem aproveitado o momento para vender parte dos ativos, atualizar a carteira e investir em novos projetos. Apesar da tradição dos sócios mexicanos em crédito imobiliário e o México ter sido, por muitos anos, referência na construção de imóveis populares, a Stan não pretende atuar nesse mercado. "Não vamos entrar no Minha Casa, Minha Vida", afirma. Fonte: Valor Econômico

"Minha Casa" só libera 6% da linha destinada à infraestrutura

Apesar da necessidade crescente de urbanização de áreas para atender ao programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, apenas R$ 300 milhões dos R$ 5 bilhões reservados para investimentos de infraestrutura do programa foram liberados até o momento - 6% do total. A linha foi lançada no começo do ano passado, com o programa habitacional, mas só recentemente os recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) foram alocados pela Caixa Econômica Federal, operadora da linha.

A Caixa informou, por nota, que não buscou antes os recursos por sentir que a demanda estava sendo financiada "de forma satisfatória ao mercado pela própria linha de crédito destinada ao financiamento da produção dos empreendimentos". No entanto, o setor privado reclama da falta de recursos para infraestrutura, como saneamento e pavimentação, o que acaba limitando os locais para se investir em moradias populares, ou atrasando os investimentos, quando é preciso esperar investimentos públicos. Eduardo Gorayeb, presidente da Rodobens Negócios Imobiliários, conta que a empresa chegou a buscar essa linha no ano passado para sete projetos e foi informada que os recursos ainda não tinham sido repassados para a Caixa. "Não precisamos abortar nenhum deles, mas a falta do financiamento prejudicou o caixa da empresa", conta. Segundo ele, outra consequência foi a decisão da empresa de investir apenas em locais já urbanizados, reduzindo as opções de empreendimentos. A construtora trabalha com condomínios de casas, chamados horizontais, o que aumenta a necessidade de investir em áreas externas. "Cerca de 25% dos custos dos empreendimentos são referentes à infraestrutura urbana. Considerando que temos R$ 1 bilhão em lançamentos ao ano, é uma necessidade de R$ 250 milhões por ano só para esse tipo de investimento", diz. A empresa possui 19 projetos em análise na Caixa, que somam R$ 37,8 milhões.Para Gorayeb, não faz sentido não haver demanda para os recursos da linha. "Considerando as necessidades do setor e o crescimento do mercado, R$ 5 bilhões seriam consumidos rapidamente", diz. O ministro das Cidades, Márcio Fortes, diz que a baixa execução da linha não afetou o desenvolvimento do Minha Casa, Minha Vida. "Há outras soluções para atender o programa." Uma comparação entre o balanço das contratações de moradias por Estado e os índices de atendimento de água e esgoto indica que muitos dos Estados com baixo desempenho nas contratações de habitação possuem infraestrutura escassa de saneamento. O ministro não acredita, porém, que esse fator pese na implantação do programa. "A questão maior não é infraestrutura, mas o preço dos terrenos", diz. A preocupação com infraestrutura, porém, está presente entre os investidores. Na semana passada, houve uma reunião entre a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e a Aesbe, entidade que reúne as companhias estaduais de saneamento, para discutir como viabilizar os investimentos de saneamento demandados pelas habitações do Minha Casa, Minha Vida. Segundo Ricardo Simões Campos, diretor da Aesbe e presidente da Copasa, estatal de saneamento de Minas Gerais, é preciso ajustar os procedimentos de acesso. "Estamos nos preparando, porque o programa deve deslanchar cada vez mais e, naturalmente, surge uma demanda de investimentos para as companhias de saneamento", diz ele. Segundo Campos, a Copasa ainda não precisou atender nenhum empreendimento do Minha Casa, Minha Vida, mas já há companhias em busca de financiamento, como a Cesan, estadual de saneamento do Espírito Santo.
A Cesan precisa investir R$ 54 milhões para atender aos projetos do programa habitacional contratados no Estado e é uma das empresas preocupadas em descobrir as formas de viabilizar o investimento, sem entrar na fila de avaliação do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que seleciona empreendimentos prioritários nas regiões metropolitanas. Paulo Ruy Carnelli, presidente da Cesan, diz que a situação ainda não virou um impasse, mas como algumas decisões de investimento das construtoras estão sendo inviabilizadas, a estatal está em contato com a Caixa para discutir saídas. "Em nenhum momento a linha do programa habitacional para infraestrutura foi colocada como opção pela Caixa", diz ele. João Crestana, presidente do Secovi, entidade que reúne empresas do setor da construção, considera que a linha ficou até o momento fora das prioridades do programa. "A linha não andou, porque não houve provocação, nem de um lado nem de outro, para que fosse utilizada. Estavam todos preocupados em aprender a operar o programa habitacional e não houve maior dedicação para usar esses recursos para infraestrutura." Ele conta que, na última reunião que o setor teve com a equipe do governo que faz o monitoramento do programa, foi levantada a questão da baixa execução dos recursos. O ministro Fortes diz que para dar continuidade ao programa não está prevista nenhuma mudança em relação à linha de financiamento à infraestrutura. O ministério deve enviar em breve, porém, um projeto ao Congresso Nacional para regulamentar o programa e ajustar o preço-teto das habitações "à realidade do mercado". O ministro não adianta qual o percentual do reajuste. Segundo ele, serão considerados aumentos de custo, como o de materiais. Fonte: Valor Online

Construtoras atrasam entrega de imóveis

Os efeitos negativos da expansão do mercado imobiliário começam a chegar ao consumidor; segundo um levantamento feito no Tribunal de Justiça de São Paulo, o número de processos contra construtoras aumentou 159% em dois anos., O ciclo agressivo de crescimento do mercado imobiliário brasileiro começou há dois anos, mas só agora os reflexos negativos desse boom estão chegando ao consumidor.

Levantamento feito no Tribunal de Justiça de São Paulo mostra que o número de processos contra construtoras aumentou 159% entre 2008 e 2010, passando de 202 para 523. Alguns dos empreendimentos lançados no momento de euforia do setor estão atrasados, o que gerou a corrida de proprietários insatisfeitos à Justiça. As construtoras viraram alvo até de uma ação do Ministério Público de São Paulo. Há pouca informação disponível sobre como estão evoluindo as reclamações. O advogado Marcelo Tapai se especializou em processos contra construtoras e fez por conta própria uma pesquisa no Tribunal de Justiça de São Paulo. "Cerca de 90% dos processos foram motivados por atraso na entrega das chaves", afirma. A MRV, por exemplo, tinha apenas 5 processos tramitando na Justiça paulistana em 2008. Em setembro deste ano, eram 70 - ou 14 vezes mais. A empresa é uma das que mais tem faturado com o programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida, voltado para a população de baixa renda. Para reduzir custos, e enquadrar os preços dentro da faixa estabelecida pelo programa, a empresa mineira adotou uma estratégia agressiva de crescimento, com canteiros de obras maiores e mais imóveis por empreendimento. A Tenda, braço da Gafisa no segmento imobiliário econômico, tinha 95 processos em 2008 e 196 até setembro deste ano. A assessoria de imprensa da empresa contestou os números apresentados pelo advogado, mas não quis divulgar o que eles dizem ser os "dados corretos". As empresas alegam que o atraso na entrega dos imóveis é pontual e "insignificante" diante do volume de lançamentos dos últimos dois anos. Dizem que os poucos casos registrados são consequência da falta de mão de obra e da dificuldade para obter os documentos nos órgãos de fiscalização - procedimentos que não acompanharam a agilidade e o crescimento do setor. Só na Região Metropolitana de São Paulo, foram lançados 26,8 mil imóveis no primeiro semestre deste ano, contra 14,3 mil no mesmo período do ano passado. Segundo Tapai, os problemas enfrentados agora pelos clientes são reflexo da injeção de capital que essas empresas receberam principalmente em 2007 com a realização de ofertas públicas iniciais na bolsa. "As construtoras se preocuparam em investir os recursos nos lançamentos, mas esqueceram do pós venda e da construção", diz o advogado. Vida real. O gerente financeiro Ricardo Nozeia, 32 anos, comprou um apartamento no fim de 2008. Desde então, vinha organizando a festa de casamento, a compra dos móveis e a mudança. Ele esperava sair da casa dos pais em abril deste ano, mas teve de adiar os planos para 2011 porque o apartamento ainda não ficou pronto. Nozeia e a noiva transferiram a festa de casamento, suspenderam a entrega dos móveis e retomaram a peregrinação atrás de um novo imóvel. "Já estamos recebendo presentes dos padrinhos e não temos onde colocar." O casal não quer mais negociar com a construtora Ecoesfera, responsável pelo empreendimento. Eles acabaram de entrar na Justiça para reaver o que já investiram no apartamento e pedir uma indenização. "Pagamos R$ 150 mil, só que não encontramos mais imóveis semelhantes por esse preço. Por isso, queremos uma indenização." Em geral, as construtoras podem atrasar a entrega da obra em até 180 dias, sem sofrer nenhuma consequência. "Só que essa tolerância não existe para o consumidor", diz o ex-promotor de defesa do consumidor do MPE-SP, Paulo Sérgio Cornacchioni. Ele foi o autor dos sete inquéritos contra as construtoras e hoje ocupa o cargo de procurador de Justiça. Cornacchioni defende a extinção do prazo de tolerância que beneficia as construtoras e a definição de uma multa pelo atraso. A sugestão do procurador é que a punição seja de 2% do valor do imóvel, com juros e correção monetária. Fonte: O Estado de S.Paulo

CDHU inicia entrega de apartamentos destinados a servidores públicos no Ipiranga, São Paulo-SP

As unidades serão ocupadas por servidores públicos, sorteados por meio do Programa Habitacional de Integração (PHAI), que visa aproximar a moradia do local de trabalho dos servidores. As primeiras 33 famílias que assinaram o contrato de financiamento com a Caixa Econômica Federal receberam as chaves dos imóveis e já podem ocupar as suas unidades.

Os demais mutuários receberão os apartamentos de maneira gradativa, assim que assinarem o financiamento bancário junto ao banco. Cerca de 140 processos já estão em fase de finalização e os contratos devem ser lavrados ainda no mês de novembro. A CDHU investiu R$ 18,3 milhões na construção dos edifícios, localizados na Rua Agostinho Gomes, 851, no Ipiranga. São 162 unidades com um dormitório e 214 com dois, além de sala, cozinha banheiro e área de serviço. O PHAI é desenvolvido pela Secretaria Estadual da Habitação, por meio da CDHU, em parceria com a Secretaria Estadual da Gestão Pública e com a Caixa Econômica Federal. Para ter direito ao imóvel, caso contemplado, o servidor deve ter renda familiar entre R$ 1.300,00 e R$ 4.650,00, não possuir imóvel ou financiamento habitacional e não ter recebido atendimento habitacional da CDHU ou de outro agente promotor. Uma cota de 7% das moradias foi reservada a servidores que morem com pessoas com deficiência. O prazo de amortização do imóvel é de até 360 meses, com juros que variam entre 5% e 8,16%. O servidor poderá utilizar recursos do seu FGTS e da poupança para abater do valor do financiamento ou financiar até 100% do imóvel. Fonte: Portal VGV

Direcional Engenharia tem lucro 51,3% maior no 3º trimestre

A Direcional Engenharia, uma das maiores incorporadoras e construtoras do Brasil, anunciou hoje lucro líquido de R$ 43,916 milhões no terceiro trimestre de 2010, representando expansão de 51,3% em comparação com os mesmos meses do ano anterior. De janeiro a setembro, o lucro da companhia cresceu 97,3%, para R$ 118,447 milhões.

A receita operacional líquida foi contabilizada em R$ 210,707 milhões, com avanço de 86,9% em relação a igual época de 2009. No acumulado do ano, a receita somou R$ 518,622 milhões, acréscimo de 97,9% na variação anual. Fonte: Agência IN

Inflação para a casa própria

O governo estuda criar no ano que vem o Índice Nacional dos Preços de Imóveis, em parceria com o IBGE. Isso porque o setor está em expansão - em 12 meses, o crédito para casa própria cresceu mais de 50%, e a equipe econômica quer evitar uma "bolha imobiliária" como a que provocou falência nos bancos americanos a partir de setembro de 2008 e causou uma crise financeira mundial.

Segundo especialistas, o mercado imobiliário brasileiro é bastante cauteloso, mas é preciso criar mecanismos, como o novo índice de preços de imóveis, para acompanhá-lo mais de perto. O presidente do Secovi-SP, João Crestana, diz que o novo indicador é bem-vindo para dar um parâmetro sobre o comportamento dos preços de imóveis. A casa própria no País costuma ser financiada com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e poupança. Só a caderneta já financiou este ano, até agosto, 263.701 unidades, somando R$ 34 bilhões. Para o diretor da Basimóvel, Ariovaldo Rocha Filho, criar um índice específico só funcionará se o indicador setorial for deslocado. Atualmente, já existem o CUB (Custo Unitário Básico da Construção), INCC (Índice Nacional da Construção Civil) e ICC (Índice do Custo da Construção). "Não vejo necessidade ainda da criação de um índice. O próprio mercado se autorregula. O setor está vivendo um momento atípico, de glória. Mas quando tiver a desvalorização como será?", questiona o especialista. O governo discute internamente editar medidas que estimulem o crédito de longo prazo. Entre elas, estaria a redução dos depósitos compulsórios nos financiamentos para habitação e infraestrutura. Essa seria uma das fontes de financiamento da segunda fase do projeto de Minha Casa, Minha Vida, de estímulo à construção e aquisição de moradias próprias. O depósito compulsório é formado por recursos que os bancos são obrigados a depositar no Banco Central (BC) com o objetivo de não circular como crédito nem forçar alta na inflação. Hoje os bancos precisam deixar no BC (sem remuneração) 43% de todos os depósitos feitos diariamente nas contas corrente. Fonte: O Dia

Investindo em imóveis

Com o mercado imobiliário batendo recorde atrás de recorde é natural que muitos passem a encará-lo como alternativa de investimento aos títulos públicos e demais aplicações de renda fixa. Aliás, fica aqui o meu registro: tenho pouca certeza e muitas dúvidas sobre quem causa o quê: o aquecimento do mercado é que atrai novos investidores ou são os novos investidores que aquecem o mercado?

Independentemente da resposta - talvez seja um pouquinho de cada! - achei interessante uma coluna abordando o tema e, no caso, quando falo de investidor, refiro-me ao indivíduo que adquire imóveis com objetivos distintos dos de quem compra para ter a casa própria (usualmente viver da renda do aluguel). Nas simulações utilizei como base os dados divulgados pela Economática e as do caderno Morar Bem, que sai todos os domingos neste jornal (valores de setembro/ 2010). Os preços lá listados refletem valores médios para imóveis residenciais, sendo fornecidos pelo Secovi-Rio; sendo valores médios, recomendo cautela em suas próprias conclusões.

1. Aluguel: Parte do ganho associado ao imóvel provém do aluguel e, no atual mercado carioca, recebe-se em média 0,39% ao mês antes do pagamento dos impostos. Com a cabeça de investidor, certamente você, meu querido leitor, irá preferir imóveis menores, mesmo que saiba que não irá residir neles: os sala-equarto rendem 0,46% mensais contra 0,33% dos sala-e-quatroquartos, sem contar que, por serem mais baratos, são mais fáceis de vender ou alugar (enquanto não se aluga, condomínio, IPTU e demais despesas correm por conta do proprietário).

2. Valorização: A outra parte do ganho nos imóveis provém da sua valorização e, apesar da expressiva alta verificada nos dois últimos anos, quando consideramos o período correspondente à Era Lula (início em janeiro de 2003), concluímos que outros investimentos também foram muito atrativos: na média, os imóveis valorizaram-se 139% no período, acima da inflação (IGP-M de 61,11%) ou da poupança (86,17%), mas ainda abaixo do CDI (189,58%), do Ibovespa (516,16%) e das vedetes Vale (PNA, 629,65%) e Petrobras (PN, 734,56%). Mas também houve as vedetes imobiliárias: os sala-e-quatro-quartos em Ipanema ou Leblon com valorizações de 331,67% e 270,19%, respectivamente, sem contar as receitas do aluguel, que tal? Saber quais serão as apostas certas no futuro é difícil prever, e acredito que os especialistas na área imobiliária poderão evitar decisões baseadas apenas no acaso.

3. Diversficação: No caso imobiliário e pensando no aluguel, não colocar todos os ovos em uma só cesta significará preferir ter cinco imóveis mais baratos - R$ 100 mil por exemplo - do que apenas um no valor de R$ 500 mil, pois a chance de todos os cinco inquilinos desalugaremnos simultaneamente é menor do que o inquilino do imóvel mais caro fazê-lo, não é mesmo? Infelizmente, tendo em vista o elevado preço de cada unidade, poucos terão recursos suficientes para adquirir vários imóveis e, assim, usufruírem dos benefícios da diversificação, em que a perda de um lado pode ser compensada com o ganho do outro. Um incentivo para os fundos imobiliários, assunto que prometo abordar em um futuro artigo, combinado? Um grande abraço e até a próxima semana!

Roberto Zentgraf é coordenador dos MBAs do Ibmec Rio.Fonte: O Globo


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Esse blog é destinado, à todos que apreciam a informação, como fonte de cultura e entretenimento.
Desde os primordios das mais primitivas civilizações, o homen sempre se organizou em grupos. Considerou indispensável e necessário os avanços da urbanização, para facilitar e organizar o convivio dessa sociedade em crescente evolução ,bastando lembrar que o bem imovel é o combustivel indispensável e essencial a preservação e desenvolvimento da vida.