segunda-feira, 31 de maio de 2010

26/05/2010
Ações de incorporadoras se aproximam do valor de liquidação


As ações das principais empresas do setor imobiliário e de construção civil atualmente são negociadas próximas do seu valor de liquidação, o que segundo analistas consultados pela Agência Estado pode representar um ponto de entrada para investidores, apesar de sua volatilidade característica. Conforme os analistas do Barclays Capital, o único motivo que explicaria o atual patamar dos papéis seria uma percepção de risco futuro, o que na avaliação do banco não seria justificável.
O cálculo do valor de liquidação considera o caixa, recebíveis de empreendimentos já construídos e em construção, estoque de terrenos, estoque dos lançamentos a valor de mercado, menos o endividamento bruto, impostos (PIS, Cofins), terrenos a pagar, minoritários e obrigações de construção. Em resumo, essa soma representa o valor total do patrimônio se a empresa fosse encerrar suas operações imediatamente, considerando a venda apenas das unidades em estoque. No início da semana passada, as incertezas com relação a economia europeia, que levaram o Ibovespa a perder o patamar de 60 mil pontos, derrubaram as ações do setor. Entre quinta e sexta-feira, porém, a notícia de que o Equity International, do investidor multimilionário Sam Zell, está procurando captar cerca de US$ 500 milhões para aumentar o investimento no mercado imobiliário brasileiro, impulsionou um novo rali. Como resultado da volatilidade dos últimos dias, o Imob, índice que reúne as empresas mais representativas do setor na Bovespa, apresentou leve avanço de 0,11% na semana passada, enquanto o Ibovespa recuou 4,97%. No ano, porém, o Imob ainda acumula queda de 17,5%, após ter disparado 205,2% em 2009. O Ibovespa, por sua vez, registra retração de 12,6% neste ano, ante alta de 82,6% no ano passado. Devolvendo parte dos ganhos acumulados no final da semana passada, segunda-feira Gafisa, Rossi, Cyrela, PDG Realty e Agre figuram entre as maiores baixas do índice. O analista de Construção Civil do Barclays, Guilherme Vilazante observa que as ações da PDG, por exemplo, estão sendo negociadas abaixo do valor de liquidação, e até mesmo companhias transacionadas com prêmio estavam operando apenas um pouco acima do seu valor recuperável dias atrás. Para o analista, isso poderia ser um sinal de que o forte movimento de venda de ações teria ido longe demais. Em relatório, Vilazante destaca que muitos clientes, recordando o forte movimento de venda de papéis ocorrido em 2008, se mostraram temerosos de que o limite de valor de liquidação não seria respeitado. Do ponto de vista do Barclays, o atual cenário parece ser menos complexo do que o visto dois anos atrás. Além disso, a situação estrutural das incorporadoras brasileiras melhorou muito desde então, o que torna o valor de liquidação uma referência melhor e mais confiável para análise do que poderia ter sido em 2008. Pelos cálculos do Barclays, mesmo se for atribuído valor zero ao banco de terrenos ou assumir que o estoque restante seja vendido com margem zero (30% de desconto), Gafisa, Brookfield, Even ainda seriam negociadas a valor recuperável. O banco destaca em relatório que a PDG, que passou a figurar entre as maiores incorporadoras do País após a aquisição da Agre, ainda é negociada ao par com seu valor de liquidação a 1 vez o preço/valor de liquidação (P/LV, na sigla em inglês). "O mercado está excessivamente avesso a risco. O clima é de cautela, dado que o setor é extremamente sensível ao cenário macroeconômico", pondera o analista da Fator Corretora, Eduardo Silveira. Apesar da expectativa de redução na volatilidade do setor no próximo ano, o especialista observa que o ciclo de produção continuará sendo longo, especialmente na média renda, e a demanda sempre será muito suscetível aos dados macroeconômicos. O setor, em especial, tem uma participação maior de investidores do exterior, diz Silveira, ao lembrar que nos IPOs realizados pelas incorporadoras em 2007 os estrangeiros levaram mais de 70% do volume das ofertas. "Embora tenham subido muito no ano passado, o que justificaria a devolução de parte desses ganhos, não acredito que os atuais valores das ações reflitam a realidade do setor, que tem apresentado vendas recorde e perspectivas de crescimento bem positivas", avalia Henrique Kock, da BB Investimentos. Para André Rocha, analista do Bradesco, o que mais chamou a atenção na semana passada foi que nomes mais líquidos como Brookfield, Gafisa e Rossi estão sendo negociados perto ou abaixo do seu valor contábil, o que considera um exagero. Rocha aponta ainda que o índice de volatilidade das ações das incorporadoras ainda é muito alto, mas isso deve começar a mudar em 2011. Com a entrada de caixa esperada para o próximo ano, gerada pela entrega de empreendimentos iniciados entre 2007 e 2008, essa taxa deve começar a diminuir. "Com isso, os papéis do setor tendem a ser mais negociados pelos seus fundamentos e menos pelo cenário macroeconômico", diz o analista. Fonte; Agência Estado


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