sábado, 22 de maio de 2010

21/05/2010
Portugueses incrementam investimentos em imóveis


Com larga tradição em Portugal, mas com o mercado patrício numa situação extremamente complicada, grupos empresariais e bancos portugueses estão drenando recursos para o setor imobiliário brasileiro - onde a resposta da demanda é radicalmente oposta. Em comum, além do conservadorismo, procuram oportunidades nos mais diversos segmentos - de centros logísticos e prédios comerciais a loteamentos e residenciais de médio e alto padrão.
O braço imobiliário dos bancos Banif e Espírito Santo estão bastante ativos, assim como o grupo Teixeira Duarte , que atua em vários setores em Portugal e se capitalizou no início deste ano após a venda da sua participação na cimenteira Cimpor por quase € 1bilhão para o grupo Camargo Corrêa. O banco Banif, que já estava com vários investimentos na área logística (tem um fundo imobiliário só com galpões alugados), está investindo em prédios comerciais e testa novos mercados na área residencial. Ao mesmo tempo em que colocou cerca de R$ 16 milhões na transformação de um prédio comercial em residencial na Vila Nova Conceição (em São Paulo), estreia no programa Minha Casa, Minha Vida. Em parceria com a construtora Cisam, lança, no dia 29 de maio, em Osasco (SP), um empreendimento que terá 1440 unidades em cinco fases. Também fará um empreendimento de oito torres em Taboão da Serra. A empresa tem R$ 100 milhões investidos em um primeiro fundo, cerca de R$ 70 milhões no segundo e estuda a estruturação de um novo fundo. "Nosso foco são os mercados de São Paulo e Rio, porque o mercado imobiliário exige acompanhamento intenso e não queremos ter custos muito altos da nossa estrutura", afirma Pedro Sezerdelo, diretor da área imobiliária do Banco Banif. "A maioria dos nossos investimentos é para a classe média; há muita oportunidade de negócios nos próximos 15 anos", afirma. Sempre em parceria com outras empresas, o banco está ativo na busca de terrenos para prédios e galpões. O Banco Espírito Santo, que investia em parceria com os antigos donos da construtora CBPO, constituiu uma empresa há cerca de um ano e meio. A Espirito Santo Properties Brasil, prevê lançamentos este ano na casa de R$ 500 milhões de valor geral de vendas. A empresa tem uma carteira de terrenos que soma R$ 5,6 bilhões em empreendimentos. "Nossos acionistas portugueses vêm aqui e respiram oxigênio mais rico do que em outros lugares", afirma Sérgio Vieira, diretor da Espirito Santo Properties Brasil, que trabalhou por 15 anos na Coelho da Fonseca. "Estão muito entusiasmados e estimulados para crescer no Brasil." O Espírito Santo vai lançar a última fase de terrenos do Quinta da Baronesa, loteamento de altíssimo padrão entre Itatiba e Bragança Paulista (interior paulista) e se prepara para lançar um condomínio de casas prontas no local. Também lançou, em parceria com a empresa Pedra Branca, um bairro sustentável na Grande Florianópolis, com investimento de R$ 82 milhões na primeira etapa da obra. Outro negócio é o desenvolviemnto de um parque logístico na rodovia Dom Pedro. Com estilo ainda mais "low-profile", outro grupo português que está acelerando sua atuação no mercado imobiliário brasileiro é o Teixeira Duarte. Com foco pulverizado em vários segmentos em Portugal - do comércio de alimentos e combustíveis às concessões rodoviárias e hotelaria - a empresa escolheu o setor para ampliar sua presença no Brasil, embora por aqui também siga o caminho da diversificação e tenha desde pequenas centrais hidrelétricas e até exploração de petróleo no recôncavo baiano. O grupo, que começou a comprar terrenos em São Paulo no fim de 2006, está com quatro empreendimentos em São Paulo - Alto de Pinheiros, Santana, Campo Belo e Vila Mascote e já tem outros dois lançamentos previstos - um em Jundiaí (SP) e outro no bairro paulistano de Santo Amaro. O valor geral de vendas lançado até agora é de R$ 350 milhões. Em 2007, a companhia adquiriu a construtora Empa, criada há 50 anos e sediada em Minas Gerais, e que agora é responsável pelas obras do grupo no país. Com experiência no mercado de prédios corporativos em Portugal, o Teixeira Duarte já começa a procurar terrenos para construir esse tipo de edifício também no Brasil. Segundo o Valor apurou, o grupo também começa a olhar negócios imobiliários na área de varejo e tem projetos hoteleiros em fase de aprovação. Com encolhimento dos negócios em Portugal - cuja receita recuou 10% em 2009 - o grupo, dono de faturamento global de € 1,2 bilhão, vem procurando uma expansão geográfica. O Brasil, que em 2008 gerou um volume de negócios de € 53 milhões, fechou o exercício passado com € 78,2 milhões, aumento de 46,4%. Fonte: Valor Econômico


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Desde os primordios das mais primitivas civilizações, o homen sempre se organizou em grupos. Considerou indispensável e necessário os avanços da urbanização, para facilitar e organizar o convivio dessa sociedade em crescente evolução ,bastando lembrar que o bem imovel é o combustivel indispensável e essencial a preservação e desenvolvimento da vida.