quarta-feira, 30 de junho de 2010

Sonae Sierra entra na Colômbia

30/06/2010

A Sonae Sierra, especialista internacional em centros comerciais, acaba de entrar no mercado Colombiano com a criação da Sierra Central, uma empresa de prestação de serviços na área dos centros comerciais, incluindo as atividades de desenvolvimento e de gestão de centros comerciais. A Sierra Central é detida em 50% pela Sonae Sierra e em 50% pela Central Control, uma empresa Colombiana que já presta serviços de gestão no Jardim Plaza, um dos principais centros comerciais em Cali – a terceira maior cidade do país.
Os proprietários da Central Control foram também os responsáveis pelo desenvolvimento deste centro e do Centro Chipichape, na mesma cidade. Para Fernando Guedes de Oliveira, CEO da Sonae Sierra, a “entrada na Colômbia reforça a presença internacional da Sonae Sierra num mercado atrativo com 49 milhões de habitantes, onde 70% da população tem menos de 40 anos, em franco desenvolvimento econômico e com uma indústria dos centros comerciais com grande potencial de crescimento, pois tem uma Área Bruta Locável por habitante relativamente baixa – 33 m2/1.000 habitantes -, comparativamente com a União Europeia, por exemplo, que se situa nos 226 m2/1.000 habitantes.” Em termos macroeconômicos, a economia Colombiana apresentou uma taxa de crescimento do Produto Interno Bruto de 2,5% entre 2008 e 2009, existindo perspectivas de atingir um crescimento anual de 3% até 2013. A Sonae Sierra opera há 21 anos no mercado Português, iniciou a sua internacionalização em 1999 com a entrada em três mercados: Espanha, Grécia e Brasil. No ano de 2000 foi a vez da Alemanha e de Itália e em 2007 foi o ano de chegada ao mercado Romeno. Em 2010 a entrada na Colômbia reforça a internacionalização da Empresa e um novo mercado na América do Sul. Atualmente a Empresa têm 52 Centros Comerciais em operação, sendo que 31 destes centros se encontram fora de Portugal, nomeadamente em Espanha (11), Itália (4), Grécia (2), Alemanha (3), Romênia (1) e Brasil (10). Quanto a novos projetos a Sonae Sierra tem 2 projetos em construção e outros 9 novos projetos em diferentes fases de desenvolvimento em Portugal (1), Itália (1), Alemanha (1), Grécia (2), Roménia (3) e Brasil (3).

No Rio, empreendimentos tentam atrair a classe média emergente

30/06/2010

O Rio vai ganhar cinco shoppings até 2012, que ultrapassam R$ 1 bilhão em investimentos. Três deles, Jardim Guadalupe, Via Brasil e Campo Grande, serão voltados para a classe média emergente, nas zonas Norte e Oeste da cidade. Além disso, quatro shoppings cariocas estão em expansão, sendo três populares, em obras que superam R$ 300 milhões. Considerando o Estado como um todo, os investimentos totais chegarão a R$ 2 bilhões, segundo a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce).
Os projetos são portentosos. Localizado na Avenida Brasil, o shopping Jardim Guadalupe, do fundo Prosperitas e do grupo Saphyr, terá investimentos de R$ 300 milhões, incluindo os aportes dos lojistas, e será o primeiro do bairro que leva o mesmo nome. Uma das vantagens, segundo o presidente do Saphyr, Paulo Stewart, é a localização. O shopping terá em seu entorno 48 linhas de ônibus e dezenas de vans, além de passarelas para pedestres e proximidade com estações de trem e metrô. A ideia é trazer para o público emergente o conceito de sustentabilidade: o empreendimento vai captar água das chuvas para reuso nos banheiros e resfrio de equipamentos, e empregará lâmpadas de baixo consumo, além da energia solar. "Com o aumento do emprego formal e das possibilidades de crédito, essa classe C está cada vez mais inserida num contexto de consumo que vai além das necessidades básicas ou de iogurte e achocolatado", diz Stewart. O shopping está negociando com três universidades e fechou acordos com Riachuelo, C&A, Marisa, Lojas Americanas, Casas Bahia, Ponto Frio e Cine Araújo, o terceiro maior operador de cinemas do Brasil. O diretor da Associação Comercial do Rio de Janeiro Daniel de Plá diz que os bairros mais afastados, onde predomina a classe C, estão afoitos por consumir e contam com poucas alternativas. "Para se ter uma ideia, aluguel de imóvel no calçadão de Campo Grande hoje já pode ser mais caro que na Visconde de Pirajá (um dos metros quadrados mais caros do Rio)." Não é à toa que Campo Grande está para receber um novo shopping da Multiplan, que deverá ser lançado no segundo semestre. A empresa não revela o valor do investimento, mas a estimativa da Abrasce é de que um shopping custe em torno de R$ 250 milhões. Segundo o superintendente de incorporação da Multiplan, Pedro Côrtes, o shopping será um um misto de empreendimento comercial e residencial, a exemplo do que já ocorre em São Paulo, no Cidade Jardim, de altíssimo padrão. Também em Campo Grande, a BR Malls faz a expansão do West Shopping. O grupo está investindo R$ 220 milhões entre obras e construções de novos shoppings no Rio. Com a reforma, o West Shopping vai ganhar 9 mil m2 de Área Bruta Locável (ABL), atingindo 39 mil metros quadrados. Além disso, abrigará lojas de peso como a Renner, a primeira da zona Oeste, um boliche e salas de cinema 3D. "Ele fica pronto neste trimestre e tem uma demanda enorme. Já está 100% alugado", diz Ruy Kameyama, diretor operacional da BR Malls. A empresa também está de olho na Avenida Brasil, onde está erguendo o Via Brasil. O empreendimento terá 29 mil m2 de ABL, com seis salas de cinema e 238 lojas, sendo oito âncoras. Um dos maiores projetos de expansão na cidade é do Nova América. O shopping, da Ancar Ivanhoé, está localizado na zona Norte e conta com 46 mil m2 de ABL. Com a reforma, vai ganhar 20 mil metros quadrados: um investimento de R$ 200 milhões, quase o custo de um empreendimento novo. "Hoje temos uma torre empresarial com 156 salas, uma universidade com seis mil alunos e a sede da White Martins. Vamos criar mais três torres empresariais, com mil salas, e 22 mil m2 de escritórios. Alguns com, no mínimo, 500 m2, para que possamos sediar outras empresas, conta o CEO da Ancar Ivanhoé, Evandro Ferrer. Fonte: Valor

Santander cria área para médias incorporadoras

30/06/2010

O banco Santander anunciou a criação de uma área específica para atender à demanda de crédito imobiliário de pequenas e médias incorporadoras. A instituição estima que essas empresas movimentem entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões por ano. Segundo Alda Rosseli, superintendente executiva de Negócios Imobiliários do banco, o público-alvo da nova unidade são incorporadoras que constroem com recursos próprios e por isso têm um ritmo menor de entregas.
A executiva estima que, com o financiamento bancário, o ritmo da construção pode ser otimizado e os custos, reduzidos. A equipe do Santander contará com 15 profissionais treinados e uma plataforma on-line, o Webcasas (www.webcasas.com.br), para tramitação dos processos. Por meio do site, o construtor poderá enviar a documentação para solicitar o crédito e acompanhar toda a contratação do financiamento. Hoje, o Santander ocupa o segundo lugar no segmento pessoa jurídica, com 25,8% de market share, montante de que o Business, como são classificadas as pequenas e médias construtoras, representa 5,5%. "Vamos trabalhar em todo o Brasil. Com essa força de vendas, esperamos ampliar nossa participação no mercado", finaliza Alda. Os bancos investem para aumentar sua carteira de crédito imobiliário, mas ainda sofrem para conseguir fontes de captação para este tipo de operação, que geralmente chega a ter prazo de até 30 anos. O Banco Central exige que 65% dos recursos depositados em poupança sejam direcionados pelos bancos para este fim, mas as instituições privadas afirmam que a poupança não deve ser suficiente para atender toda a demanda em três anos, e estudam, juntamente com o governo, criar outras fontes de captação para atender especificamente ao crédito imobiliário. Fonte: DCI

Índice de transparência JLL reconhece IPD e LPI

30/06/2010

A Jones Lang LaSalle considera Portugal como o 4º país que mais evoluiu em termos de transparência, destacando a contribuição do IPD e da Lisbon Prime Index
O relatório de índice de transparência da Jones Lang LaSalle ressalta que Portugal e Grécia, apesar das dificuldades econômicas enfrentadas recentemente, têm mostrado bons progressos em matéria de transparência nos dados do setor imobiliário. Segundo a consultoria, em Portugal a melhora reflete um crescente profissionalismo e uma maior adesão por parte do setor imobiliário aos quadros jurídicos e regulamentares. A evolução é verificada tanto em termos de qualidade quanto de acesso aos dados imobiliários com o crescente papel de organizações como o IPD e a Lisbon Prime Index. Em um contexto global, a Europa é caracterizada por níveis relativamente altos de transparência no mercado, nos processos de transação e coerência nas normas profissionais.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Caixa projeta até R$ 60 bi em negócios com imóveis

29/06/2010

O setor de crédito imobiliário da Caixa continua fortemente aquecido. O banco encerrou o ano de 2009 com a maior contratação habitacional de sua história e segue este ano em ritmo acelerado. Segundo balanço, os empréstimos em 2009 representaram 71% de todas as concessões. O volume de financiamentos fechou em R$ 47,05 bilhões, dos quais R$ 14,1 bilhões foram destinados ao Programa Minha Casa, Minha Vida. Foram beneficiadas 896 mil famílias, das quais 275 mil dentro do programa.
Esse volume de crédito é 102 % superior ao de 2008 e 9,4 vezes o realizado em 2003. Até a primeira quinzena de junho, foram concedidos mais de 483 mil financiamentos, no valor total de R$ 29,3 bilhões. São mais de 4,3 mil contratos assinados por dia, o equivalente a financiamentos diários de R$ 263,8 milhões. Depois dos recordes registrados em 2009, 2010 já tem um crescimento de 107% em relação ao mesmo período do ano passado, em valores, e de 66% em quantidade. "Nossa meta é de R$ 55,8 bilhões, o que já é novo recorde. Porém, não nos surpreenderemos se chegarmos ao montante de R$ 60 bilhões aplicados", entusiasma-se a presidente, Maria Fernanda Ramos Coelho. Para atender a essa demanda, a Caixa, desde 2003, revisa seus processos e faz um reposicionamento estratégico com vistas a ganhar eficiência. No caso do crédito imobiliário, isso se traduziu em uma redução dos prazos e racionalização do processo de contratação. "Com toda a certeza, temos hoje na Caixa um dos processos de concessão de financiamento habitacional mais ágeis do mercado, sem que isso signifique uma flexibilização nos critérios de avaliação de risco ou da capacidade de pagamento do cliente", observa Maria Fernanda. Segundo ela, a Caixa agora investe na revisão do modelo de correspondentes imobiliários, buscando um atendimento semelhante ao usado no financiamento de veículos. "Nosso objetivo é oferecer o crédito no local em que os clientes procuram seu imóvel." Para Maria Fernanda, os resultados obtidos são fruto dos avanços institucionais realizados nos últimos seis anos, que redundaram em maior segurança no processo de concessão do crédito imobiliário. Além disso, o setor foi positivamente impactado por políticas públicas que garantiram a inclusão de milhares de famílias ao mercado. Exemplo disso é o próprio Minha Casa Minha Vida, que articula as esferas pública e privada, dando mais subsídios às famílias de baixa renda para acessar um financiamento habitacional. "Em um ano de programa, a quantidade de imóveis novos contratados foi a maior na década. Hoje, na Caixa, 48% dos contratos realizados se dão com famílias de renda de até seis salários mínimos." A perspectiva de um crescimento acentuado da economia brasileira deve colaborar para que o programa atinja o resultado esperado, de contratação de 1 milhão de unidades até dezembro. Os dados do Banco Central confirmam essa percepção, pois, em abril de 2010, o saldo total de crédito imobiliário atingiu R$ 98,9 bilhões, um crescimento de 50,5% em relação ao mesmo período de 2009. Nem mesmo a expectativa de alta de juros, no curto prazo, afeta esses objetivos, segundo Maria Fernanda. "O recurso aplicado no crédito imobiliário é quase que integralmente originado da caderneta de poupança e FGTS, logo, não diretamente sensível às variações da taxa Selic. Portanto, nossa expectativa é de se manterem inalteradas as taxas de juros dos produtos habitacionais, da mesma maneira que não há previsão de alteração da meta de contratação", avalia. Na medida em que os bons fundamentos da economia condicionam um horizonte de crescimento de longo prazo e o governo federal sinaliza a redução do déficit habitacional como uma política de Estado, a Caixa também tem buscado se preparar para este novo ciclo do setor habitacional. "Além de redimensionar nossos modelos de distribuição, estamos buscando alternativas de funding e parcerias com investidores nacionais e internacionais que possam fazer frente à demanda." Fonte: Valor

Classe C desperta interesse das grandes

29/06/2010

Estimulado pelo programa do governo federal Minha Casa Minha Vida e também pela ampliação do crédito bancário destinado a imóveis de menor valor, o segmento voltado às classes de renda C e D acompanha o bom desempenho de vendas vivido pelo setor imobiliário, cresce e atrai também o interesse de grandes incorporadoras. Além de uma infinidade de médias empresas que atuam no segmento, grandes corporações como Gafisa, MRV e Cyrela, entre outras, passaram a investir grandes somas no segmento.
No caso dessa última, foi até criada uma nova empresa, a Living Construtora para se dedicar especificamente a essa área. A Gafisa, por sua vez, incorporou a Tenda e a MRV já tinha forte atuação nesse segmento. Todas essas companhias têm experimentado intenso crescimento. A Living, criada em 2006, chegou a dobrar de tamanho em 2008 e, no primeiro trimestre deste ano, apresentou vendas de R$ 323 milhões, 143,7% superiores às do mesmo período de 2009. "Embora não seja razoável supor que manteremos tal ritmo de crescimento, estamos certos de que uma expansão anual na casa dos 30% é perfeitamente sustentável durante os próximos cinco anos", diz Antonio Guedes, diretor-geral da Living. Com a nova empresa, a Cyrela passa a atuar em imóveis desde R$ 80 mil até R$ 20 milhões. Empresas que tradicionalmente atuam nesse ramo da indústria da construção confirmam o grande crescimento registrado no segmento popular, como é o caso da mineira MRV. Prova disso é que o primeiro trimestre foi o melhor dos 31 anos de existência da construtora. Suas vendas no período totalizaram R$ 732 milhões, um crescimento de 70,4% em comparação ao desempenho do mesmo período de 2009. É uma taxa de expansão comparável à registrada em segmentos top do mercado. Outra empreiteira com desempenho expressivo nessa área é a Cury Construtora e Incorporadora. De receitas de R$ 35 milhões, em 2006, ela deve fechar 2010 com vendas da ordem de R$ 500 milhões, um incremento anual médio de 330%. "O programa Minha Casa, Minha Vida veio num momento em que o mercado já apresentava um aquecimento importante. Ele potencializou um cenário com demanda reprimida. E penso que a tendência é de nova expansão no futuro próximo. Não vejo como esse movimento possa retroagir", afirma Fábio Cury, presidente da empresa. A meta para 2011 é de uma receita de R$ 750 milhões. Se mercado existe e a demanda tende ainda a durar por longos anos, competir nesse segmento exige um rígido controle de custos, pois a rentabilidade alcançada é inferior à dos produtos voltados para camadas sociais mais elevadas. "Temos de ser criativos em termos de técnicas de produção para racionar o processo de construção e, assim, evitar desperdícios e retrabalho, já que os preços permitem margens menores", comenta Cury. Vários consultores chamam a atenção exatamente para essas dificuldades. "Este é um segmento de grandes volumes e margens mais apertadas, o que exige uma forma de atuação para a qual muitas empresas não estão preparadas", afirma Mauricio Kerbauy, da Dextron, consultoria especializada em gestão. Fonte: Valor

Construtoras comemoram "boom"

29/06/2010

Após um pequeno intervalo de incertezas decorrentes da crise financeira internacional de 2008, as vendas das construtoras crescem de forma consistente e a estimativa de empresas líderes, como PDG Realty, MRV e Rossi, é de um aumento da ordem de 50% nas vendas neste ano. Também o lucro, que na média do setor subiu 85% no ano passado, segue em rota crescente. A Even Construtora e Incorporadora, por exemplo, registrou lucro líquido de R$ 44 milhões no primeiro trimestre, um avanço de nada menos que 283% sobre o mesmo período de 2009.
Outra das grandes do setor com expressiva expansão nos seus negócios foi a Gafisa. No primeiro trimestre, além de ampliar em 495% o número de lançamentos, a construtora e incorporadora apresentou crescimento de 53% nas vendas, que saltaram de R$ 558 milhões no primeiro trimestre de 2009 para R$ 857 no mesmo período deste ano. Com tudo isso, também o lucro líquido da Gafisa teve alta de 76%. E as perspectivas para os próximos anos também são animadoras. "Também o segmento de imóveis para a classe média, na faixa dos R$ 500 mil, e até os de alto padrão, apresentam uma retomada muito consistente na demanda", comenta Eduardo Cytrynowicz, diretor de finanças corporativas da Even. "Estamos bastante confiantes em relação a futuro, pois o cenário é de manutenção do atual ritmo de crescimento do país, em virtude do aumento da confiança dos consumidores", acrescenta Antonio Ferreira, diretor de incorporação da Gafisa. Os principais motivos para essa fase de expansão dos negócios, segundo as empresas líderes, são: maior disponibilidade de crédito para todas as faixas de renda, alongamento dos prazos dos financiamentos, redução dos juros, aumento da confiança do consumidor em razão da estabilidade econômica e do menor risco de desemprego e maior competição entre os bancos por financiar os clientes. "Comprar um imóvel é algo que a pessoa só faz se tiver plena confiança na manutenção do seu emprego e na sua fonte de renda. E hoje essa confiança é assegurada pelo ambiente econômico estável que o país construiu ao longo dos últimos 15 anos", pondera Ferreira, da Gafisa. Embalada por esse bom momento, a Cyrela, maior empresa brasileira do setor, planeja dobrar de tamanho até 2012, quando alcançaria um total de vendas anuais de R$ 9,7 bilhões. "É claro que existem as dores do crescimento. Poderemos enfrentar, de forma momentânea, alguma falta de mão de obra, além de certa elevação nos preços de materiais, mas é um movimento que o próprio mercado se encarregará de equilibrar", diz Luis Largman, diretor de relações com investidores da Cyrela. E já há, efetivamente, um leve aumento nos preços de materiais usados pelo setor. No acumulado de janeiro a maio deste ano, o INCC - Índice Nacional da Construção, da Fundação Getúlio Vargas estava em 4,47%, contra uma inflação oficial, medida pelo IBGE, de 3,09% no mesmo período. No médio e longo prazos, alguns analistas enxergam novas pressões de custos para o setor. "Acredito que em função das grandes obras de infraestrutura que o país necessita, inclusive para a realização da Copa do Mundo de 2014, deveremos ter uma maior disputa por produtos como cimento e aço", afirma Mauricio Kerbauy, da Dextron. Outro gargalo que já pode representar certo limite aos investimentos futuros das incorporadoras é o sinal de escassez de terrenos necessários aos empreendimentos, com a consequente elevação dos preços do insumo básico da indústria da construção. Algumas regiões metropolitanas como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Fortaleza já sentem o problema e, em alguns casos, os preços dobraram de valor em menos de um ano. Fatores como esses, aliados a uma possível elevação maior dos preços de insumos podem acender uma luz amarela na questão dos custos, afetando também outra variável correlata, que é a das dívidas. Segundo cálculos da Dextron, o nível de endividamento médio das construtoras brasileiras listadas na bolsa estava, na média, em 21% em 2007, subindo para 34% no ano seguinte e atingindo os 43% em 2009. "Endividamento não é necessariamente ruim, pois as empresas só crescem se contrair alguma dívida. Agora, o endividamento não pode é crescer de forma desordenada", afirma Kerbauy. Apesar desses alertas, a maior parte dos analistas e executivos do setor está certa de que a situação de carência crônica de moradia, aliada às condições excepcionais de crédito e de confiança do consumidor devem sustentar a expansão dos negócios ainda por um bom tempo. Além do déficit histórico de casas, um estudo feito pela Ernst & Young apontando que anualmente um contingente de 1,5 milhão de novos lares são formados, ampliando a necessidade de novas moradias. Fonte: Valor

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Bancos ampliam ações para estimular consumo consciente do crédito

28/06/2010

Instituições financeiras tentam ensinar clientes a não se perder em meio ao forte crescimento da oferta de empréstimos no País nos últimos anos. Com a forte expansão do crédito nos últimos anos, instituições financeiras e outras entidades ligadas ao setor começam a fazer movimentos para estimular o consumo consciente dos empréstimos. Os motivos para a ampliação dessas iniciativas são basicamente dois: educar o cliente e - consequentemente - evitar a explosão da inadimplência.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que o crédito consciente tem sido tema recorrente nas reuniões da entidade. "Despertamos nas instituições a preocupação de que eles têm de educar o consumidor para que o crédito não o prejudique", diz Fábio Moraes, diretor de educação financeira da Febraban.Pensar no longo prazo, entender o que é crédito e quais as modalidades disponíveis são os pontos básicos do consumo consciente de financiamentos. "É preciso pensar no aspecto social e econômico para o cliente e a sociedade", completa Moraes, que explica que o crédito consciente faz parte de um programa de finanças sustentáveis da Federação. Para Angela Menezes, professora de Finanças do Insper, o interesse dos bancos pelo crédito consciente se dá sobretudo por causa da forte entrada das classes C e D no setor bancário. "Estamos falando de uma fatia da população que nunca teve conta em banco e quer comprar uma porção de coisas", diz Angela. Os dois aspectos somados resultam na procura pelo crédito. "Eles não têm dinheiro para comprar à vista e tampouco têm a consciência de que seria bom poupar para comprar", emenda. Com a falta de experiência com produtos bancários, Angela reforça que o risco de haver forte inadimplência, sem esse processo de conscientização, é "bem grande." As iniciativas dos bancos são, em geral, muito semelhantes. Cartilhas, sites específicos e prospectos mais curtos são repetidos no Itaú-Unibanco, no Santander, no HSBC, no Banco do Brasil e no Bradesco. Rogério Estevão, diretor de empréstimos pessoais do Santander, diz que o projeto do banco também tem a ver com o intuito de fidelizar o cliente. "Nós queremos ficar com o cliente por muito tempo e, se não há crédito consciente, há inadimplência e podemos perdê-lo." No vermelho. No Itaú-Unibanco, a principal aposta, além das cartilhas, é estreitar o relacionamento com o cliente. Saber se o correntista está "no vermelho ou no azul" é o primeiro passo, conta Denise Hills, superintendente de sustentabilidade. "Depois, explicamos como o crédito funciona, para que cada linha serve e por aí vai." Os dois executivos admitem que a preocupação se dá principalmente porque o crédito no Brasil é usado, sobretudo, para o consumo e não para empreender, por exemplo. "É perceptível que há muita gente que não sabe o que é cheque especial, cartão de crédito e crédito", diz Estevão. O HSBC aposta nas informações online. No site do banco, há uma página bem elaborada e interativa para que o cliente pesquise antes de adquirir o crédito. Dicas de como elaborar um orçamento, ferramentas que calculam quanto de juro a pessoa pagará com determinado financiamento e explicações didáticas sobre cada uma das linhas de crédito são algumas das opções disponibilizadas. Fonte: O Estado de S. Paulo

domingo, 27 de junho de 2010

Mudança no Código Civil eleva responsabilidade do corretor

27/06/2010

EDSON VALENTE
EDITOR-ASSISTENTE DE IMÓVEIS

Duas expressões a menos no texto do Código Civil, retiradas por determinação da lei federal nº 12.236, aprovada em 19/5, ampliam a responsabilidade dos corretores nas transações imobiliárias.

A legislação altera o artigo 723 do código de 2002. Onde se lia "O corretor é obrigado a executar a mediação com a diligência e prudência que o negócio requer", o complemento "que o negócio requer" foi suprimido.

Em "Deve, ainda, sob pena de responder por perdas e danos, prestar ao cliente todos os esclarecimentos que estiverem ao seu alcance, acerca da segurança ou risco do negócio, das alterações de valores e do mais que possa influir nos resultados da incumbência", eliminou-se a complementação "que estiverem ao seu alcance".

"A lei ficou mais dura para o corretor", frisa Olivar Vitale Junior, coordenador da pós-graduação em negócios imobiliários da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado).

"Ele não poderá argumentar, por exemplo, que determinada informação sobre o negócio não estava ao seu alcance", cita José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP (conselho regional de corretores de imóveis).

"Ele efetivamente responderá, em qualquer instância, por qualquer coisa que não houver sido informada ao cliente, podendo ser processado por perdas e danos."

Sobre os conceitos de diligência e prudência, condicioná-los aos termos "que o negócio requer" tornava-os "muito subjetivos", diz Marcelo Lara, CEO da Marcelo Lara Negócios Imobiliários.

"Isso ficava muito a critério do profissional. Às vezes o corretor achava desnecessário pedir toda a documentação do dono de um imóvel a ser vendido por ele ser seu amigo", exemplifica. "Agora ele não terá como se defender se a falta de uma certidão comprometer o negócio."

Creci-SP e Cofeci (conselho federal de corretores) apontam benefícios com a lei. "Profissionais um pouco mais displicentes vão acordar para a nova realidade", comenta João Teodoro da Silva, presidente do Cofeci.
Fonte: Folha On Line

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Tarifa zero na importação do aço pode aliviar mercado da construção civil

25/06/2010

A possibilidade do governo zerar as tarifas de importação do aço poderá beneficiar construtoras. O aço é elemento fundamental na construção civil. No início da obra, quando se faz a fundação, por exemplo, já se utiliza o insumo. - É um valor significativo, porque hoje a compra de aço representa muito no valor final da obra. Não deixa de ser um monopólio, que vem pressionando o preço da construção civil.
A tarifa zero viria em boa hora, para diminuir o alto número de impostos que vem do aço – afirma o Presidente da Criciúma Construções, Rogério Cizeski. A intenção é evitar novo aumento do preço no setor e conter o impacto na inflação. Os preços elevaram-se entre 10% e 15% em abril e um novo aumento estaria previsto para junho ou julho. A base de tudo na construção civil é o aço, avalia o presidente da empresa. Segundo Rogério Cizeski, no cálculo do valor da obra, o material acaba tendo peso significativo. O fato de ter apenas um ou dois concorrentes também vem prejudicando o setor. Para o mercado da construção civil a importação sem tarifas, se confirmada, compensaria os últimos aumentos que o insumo tem causado em diversos setores. Dessa forma, o valor não precisaria ser repassado aos clientes. Apesar das expectativas das construtoras as empresas siderúrgicas pressionam. Representantes do setor conseguiram na última semana convencer os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Miguel Jorge, a adiar a discussão sobre a redução na tarifa de importação de aço. O tema seria analisado na última quinta-feira, durante reunião da Câmara de Comércio Exterior (Camex), mas o governo cedeu às pressões dos empresários, que argumentaram não haver qualquer anormalidade no mercado que justifique a queda do imposto.

Incorporadoras partem para a verticalização do interior

25/06/2010

O bom momento da economia brasileira tem contribuído para a transformação cada vez mais rápida das cidades mais distantes das capitais. Impulsionadas pelo agronegócio, elas começam a ganhar ares de metrópole com a multiplicação do número de prédios residenciais e comerciais. A alta expressiva dos terrenos nas principais capitais do País, em razão da escassez de espaço disponível, também tem contribuído para a progressiva verticalização do interior, em especial no Estado de São Paulo, o maior mercado do País.
Na capital paulista, o preço do metro quadrado de imóveis de dois dormitórios subiu 42,86% entre janeiro e abril de 2010, na comparação com igual período do ano anterior, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp). Entre janeiro e fevereiro, o segmento havia apresentado alta de 25%. Com a pressão dos preços na capital, o interior acaba sendo uma alternativa às incorporadoras, que já começam a sentir os primeiros sinais de aquecimento nas principais cidades paulistas. Estudo divulgado recentemente pelo Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), que mede o desempenho de venda de imóveis novos nos principais municípios paulistas, sinaliza a tendência de verticalização de várias cidades. Em São José do Rio Preto, por exemplo, entre janeiro de 2007 e maio de 2010, das 3.331 unidades lançadas 83% são de prédios. O segmento com maior participação foi o de apartamentos com três dormitórios, com 52% do total; seguido pelo de dois dormitórios, com 41%. Entre as principais incorporadoras do País, Cyrela, PDG Realty, MRV, Rossi, Rodobens e Trisul possuem projetos em andamento na cidade. Além de São José do Rio Preto, as incorporadoras enxergam grande potencial de verticalização em Bauru, Ribeirão Preto, São Carlos e Araraquara, no interior paulista. Isso sem contar Londrina e Maringá, no norte do Paraná. A pesquisa do Secovi, foi conduzida pela assessoria econômica Robert Michel Zarif e pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP. Em julho, a estudo se concentrará na região de Campinas. Atenta ao potencial do interior paulista, em sua estratégia de expansão a Rossi Residencial selecionou 120 municípios para atuar até o fim de 2011, com base em estudo mercadológico realizado no ano passado. No momento, a empresa atua em 73 cidades no interior paulista. Em São José do Rio Preto, por exemplo, comercializou em menos de sete meses todas as unidades do Totalité, uma torre com salas comerciais, e o Dueto Boulevard, duas torres residenciais com entrega prevista para o início do ano de 2011. De acordo com informação da Rossi mais de 70% das unidades já foram vendidas em quatro meses. A verticalização dessas regiões se fortalece ainda a partir do reforço da infraestrutura, que ganhou fôlego com os novos investimentos da Petrobras. Entre as obras que têm acelerado o desenvolvimento da região estão a construção do alcoolduto da estatal que atravessa todo o interior paulista a partir da cidade de Paulínia e segue até Senador Cañedo (GO).Além disso, a Infraero estuda a possibilidade de reativação e ampliação para uso para voos comerciais e de carga de aeroportos em algumas cidades do Estado, entre elas Botucatu, Barretos, Bauru e Sorocaba. Isso sem contar com a recuperação da malha ferroviária, que parte de São Paulo e pretende ligar o porto de Santos ao interior do Mato Grosso. Fonte: Agência Estado

Terreno do Playcenter vale R$ 100 milhões

25/06/2010

Com exatos 97.776 metros quadrados, o terreno onde está instalado o Playcenter é uma das áreas mais cobiçadas pelo setor imobiliário em São Paulo. Avaliado em cerca de R$ 100 milhões, o terreno despertou as atenções das maiores construtoras da capital. Embora admita o interesse, a Cyrela garante que não está participando oficialmente de nenhuma negociação. No entanto, a Cyrela teria um forte trunfo a seu favor para ficar com a gleba.
Segundo fontes do mercado, uma parte dela pertenceria à construtora Mac, que mantém uma joint venture com a Cyrela desde 2006. (Fonte: Estado de São Paulo)

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Disney faz aposta no mercado imobiliário

24/06/2010

A Walt Disney Co. planeja lançar hoje sua primeira investida no mercado de comunidades planejadas em mais de uma década, com um loteamento de casas de veraneio no Walt Disney World da Flórida, com residências que vão de US$ 1,5 milhão a US$ 8 milhões. Pode ser uma jogada arriscada. O índice de execuções judiciais de imóveis na Flórida chegou ao nível mais alto dos Estados Unidos este ano.
Em Orlando, onde os corretores dizem que o valor da casa própria caiu entre 50% e 60% frente ao auge do mercado, o preço cobrado pela Disney colocaria suas casas no segmento mais caro. Segundo o Realtor.com, o preço médio das casas à venda na região metropolitana de Orlando é apenas US$ 243.000. Mas a Disney acredita que o mercado de casas de alto nível está se recuperando. Apesar de ter criado eventos de degustação de vinho e passeios de luxo pelo parque nos últimos anos, "o mercado afluente é uma área em que não temos oferecido muitos produtos", diz Matt Kelly, vice-presidente de desenvolvimento imobiliário da Disney. O plano do loteamento Golden Oak, de 400 hectares, que até então eram ocupados por dois campos de golfe contidos nos 100 quilômetros quadrados dos parques temáticos da Disney em Orlando, deve contar com 450 casas e um hotel Four Seasons de 445 quartos quando estiver pronto. O Golden Oak servirá de teste para determinar se o Walt Disney World é atração suficiente para convencer endinheirados a comprar uma casa lá em vez de em outras cidades de veraneio voltadas para famílias. Mas será um teste limitado: menos de 30 lotes estarão à venda este ano e as primeiras casas devem ficar prontas em 2011. A Disney não quis revelar quanto investiu no projeto.

BNCorp vende empreendimento à BR Properties

24/06/2010

A incorporadora BNCorp acaba de vender para a BR Properties seu empreendimento de estreia na cidade do Rio de Janeiro, o Rio Branco 115. Chegando à etapa final de um retrofit que modernizou suas instalações e fachadas, o edifício foi comercializado por R$ 94,1 milhões. Inicialmente, o objetivo era a locação de escritórios comerciais, mas o cenário extremamente aquecido do mercado do Centro do Rio fez com que a venda do prédio ocorresse cinco meses antes do término das obras.
A venda antecipada confirmou as expectativas da BNCorp. “O Centro do Rio foi escolhido para a entrada da BNCorp no mercado carioca por estar no meio de um processo intenso de revalorização. O mercado nesta região se mostra tão aquecido que, em um período tão curto, recebemos uma proposta irrecusável e optamos pela venda do prédio”, destaca César Worms, CFO da BNCorp”. Após a estreia de sucesso, a empresa pretende fazer outras aquisições no Rio de Janeiro e já avalia novas oportunidades de negócio na cidade. Adquirido pela incorporadora em outubro de 2008, o Rio Branco 115 passou por um processo de retrofit que transformou seu interior e fachadas em padrão AAA , preservando as referências arquitetônicas originais. Com previsão de entrega para outubro deste ano, um dos principais atributos do empreendimento é a tecnologia para os sistemas de infraestrutura e de segurança, e a decoração, assinada pelo escritório Índio da Costa.

BR Malls e CCP Construção Shopping em Belo Horizonte

24/06/2010

A administradora de shopping centers BR Malls e a Cyrela Commercial Properties - empresa de investimento em imóveis comerciais - vão desenvolver, em parceria, o Shopping Estação BH. O empreendimento localiza-se na Zona Norte de Belo Horizonte e deve ser entregue no segundo trimestre de 2012. Segundo comunicado divulgado nesta terça-feira, a CCP controlará indiretamente 40% do projeto.
O novo shopping será construído sobre a Estação Vilarinho do metrô da capital mineira, devendo se beneficiar do movimento de passageiros e também do fluxo de pessoas no terminal rodoviário vizinho à estação. De acordo com a nota da BR Malls, a área onde o projeto se localiza é a de "maior desenvolvimento na cidade de Belo Horizonte, em grande parte devido à construção da Linha Verde, uma via expressa de acesso ao aeroporto de Confins, e a uma série de desenvolvimentos imobiliários". (O Globo)

Pacificação, Copa e Olimpíadas mexem com os aluguéis no Rio

23/06/2010

O carioca já faz fila para alugar imóveis em alguns bairros, como Tijuca e Centro, onde a grande procura eleva preços. Em sentido contrário, o movimento em direção a esses bairros força preços promocionais em outras regiões, onde antes os valores costumavam a ser altos, sem muitas unidades disponíveis. No Flamengo, apartamentos de dois quartos estão, por exemplo, com aluguéis 30% mais baratos do que no ano passado, segundo pesquisa do Secovi.
A Barra também apresentou queda, aluguéis estão 20% menores em algumas unidades. Regiões que receberam UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) estão entre as que registram maiores altas, como Ipanema, 33% de aumento para um dois quartos. Nessas áreas, há mais de 10 interessados por imóvel e hora marcada. Na Tijuca, aluguéis também estão até 30% mais caros, de acordo com a administradora Apsa. Outro fator que impulsiona o segmento é que, ao fugir de investimentos de risco, muita gente passou a comprar imóvel para locação. Segundo o vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider, o aluguel residencial representa de 0,5% a 0,6% do valor do imóvel e o comercial, de 0,7% a 1%. Para ele, Copa do Mundo, Olimpíadas, UPPS e a recuperação da Zona Portuária estão levando mais pessoas a investir na aquisição do imóvel para alugar. "O mercado de aluguel está vivendo uma ótima fase. Hoje, tem várias propostas para o mesmo imóvel, principalmente nas áreas que eram de risco e foram pacificadas, como Tijuca e Ipanema", explica o diretor de Locação da Abadi, Carlos Samuel Freitas. A médica Veronica Dias deu sorte e não precisou entrar na maratona. Uma amiga indicou apartamento na Zona Norte que ainda não havia sido anunciado. "Aqui no prédio tem um imóvel vazio, e a procura está grande. Isso deve aumentar o valor do aluguel", avalia Veronica. Samuel Freitas lembra ainda que, mesmo com as alterações na Lei do Inquilinato, o fiador continua a ser a garantia mais utilizada. Levantamento do Creci-RJ (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis) mostra que a figura do fiador responde por 65% dos contratos de locação. A Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis) vai lançar uma cartilha com as mudanças na lei. O manual contará com artigos de especialistas e estudiosos do mercado imobiliário. A cartilha será apresentada durante o VIII Encontro Nacional de Inquilinos e Locadores, no dia 30 de julho, no auditório do Centro de Convenções Bolsa do Rio. Os interessados já podem obter outras informações no site www.abadi.com.br. A Tijuca volta a atrair construtoras. A Calçada e Montserrat preparam lançamento na região, que começa a se recuperar com uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora). Segundo o diretor da construtora, João Paulo de Matos, os anos dourados da Tijuca voltaram. Ele lembra que, na década de 70, as pessoas tinham orgulho de morar na região. A construtora reuniu os corretores que vão comercializar as unidades do novo empreendimento para relembrar a história do bairro e apresentar o condomínio, voltado para a classe média. O residencial também vai contar com financiamento bancário. De acordo com o diretor da Abadi, Carlos Samuel Freitas, o bairro voltou apresentar valorização tanto para compra quanto para locação. Isso porque é bem localizado e conta com metrô e ônibus para vários bairros da cidade, além de bancos e comércio. Em geral, o contrato é por 30 meses, mas admite-se 12. O contrato de locação deve ser feito no prazo de 30 meses, como prevê a Lei do Inquilinato. Mas existe a possibilidade da inclusão de cláusula de 12 meses no documento, ou seja, o inquilino poderá deixar o imóvel nesse prazo sem pagar multa. Para que isso aconteça, o proprietário precisa aceitar a mudança nas regras. O diretor de Locação da Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis), Carlos Samuel Freitas, orienta que os contratos de apenas 12 meses não são recomendados, porque garantem ao inquilino, por meio de ação judicial, o direito de ficar mais cinco anos no imóvel, mesmo que o proprietário o queira de volta. O índice de reajuste pode ser acordado entre as partes. O mais utilizado é o IGP-M. Não é permitido reajustar pelo salário mínimo e nem por variação cambial. Para os contratos comerciais, o prazo é de 60 meses. Tem sido usado como garantia na locação, sendo muito aceito por proprietários. Representa de 1,4% a 1,5% do valor do aluguel mais taxas. O diretor de Locação da Abadi, Carlos Samuel Freitas, diz que a garantia funciona como um seguro de automóvel. Se somarem R$ 1 mil, o seguro será de R$ 1.400 aproximadamente por ano. "Atualmente, a Porto Seguro é quem oferece a modalidade. A seguradora aceita o parcelamento da garantia, desde que o proprietário aceite", explica Freitas. Também há a opção de três meses de depósito. Inquilinos que pagam o aluguel com atraso pagam multa de até 10%. A obrigação de quem aluga é pagar a despesa todo dia 30, ou seja, o valor é pago vencido. Mas a lei permite concessão de mais cinco dias. A multa por atraso na cota condominial é de 2%, de acordo com determinação do Novo Código Civil. Como essas despesas (aluguel, condomínio e IPTU) estão incluídas no mesmo boleto para pagamento, se houver atraso, a multa será de 10% sobre o valor total do recibo. Esse procedimento deve constar no contrato de locação. Fonte: O Dia

Aumento na locação de imóveis comerciais em Curitiba

23/06/2010

Entre os imóveis mais locados durante o mês de maio, em Curitiba, estão os comerciais. De acordo com os dados do Inpespar, o Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar) – um dos agentes de serviço do Secovi-PR, o índice Locação sobre Oferta (LSO) foi 12,97%, cerca de quatro pontos percentuais acima do mês de maio de 2009 (8,55%).
Já em relação ao preço de oferta, os imóveis comerciais apresentam aumento de 14,75% nos últimos 12 meses. Para o presidente do Inpespar, Luiz Fernando Gottschild, o comércio e o setor de prestação de serviços na capital do Estado estão aquecidos e refletem diretamente no setor imobiliário. “Desde o começo de 2009, a procura por imóveis comerciais voltou a aumentar. De lá para cá, tivemos índices crescentes que devem permanecer durante todo este ano. Com a facilidade dos agentes financeiros, por meio da diminuição de juros e da alta oferta de crédito, Curitiba está com um aumento de fluxo monetário, que acaba resultando também na locação de imóveis comerciais”. Um dos dados que chama a atenção do mercado imobiliário é o índice de desocupação de imóveis. De acordo com o Inpespar, do total dos imóveis desocupados em maio, cerca de 6,5% dos antigos inquilinos passaram a comprar novos imóveis. “A lógica seria uma queda nos índices de locação quando há desocupação por conta da compra de um novo imóvel. Mas o perfil de Curitiba é outro, ao mesmo tempo em que pessoas estão comprando, outras estão locando, uma relação interessante que envolve desde a cultura do momento atual da sociedade até as oportunidades econômicas”, completa Gottschild. Em maio, as vendas dos imóveis comerciais usados foram estáveis. O índice de Venda de Usado Sobre Oferta (VUSO) foi de 4,5%, não apresentando variação significativa em relação aos números registrados no mês de abril (4,7%). Já quanto à variação do preço de oferta para venda, os imóveis comerciais apresentaram média de 1,55%. Nos últimos 12 meses, variação de 22,1%. “Resultado da combinação entre mais financiamentos e juros mais baixos”. Um dado interessante levantado pelo Inpespar foi de que o índice de inadimplência em 2010 teve uma queda bastante significativa em relação à 2009. Fonte: Portal Paranashop

Nordeste terá mais 7 mil imóveis para segunda residência até 2014

23/06/2010

Os últimos três anos apontaram para o setor imobiliário uma nova direção de investimento: o mercado da segunda residência. A facilidade para financiar um segundo imóvel foi um dos fatores que abriu os olhos dos investidores. Uma pesquisa encomendada pela Adit e pelo Ministério do Turismo prevê que, até 2014, o Nordeste terá 7.240 novas unidades voltadas para o público que procura a segunda residência.
E são compradores bem-vindos, inclusive, pelos bancos. São clientes que costumam fazer aplicações, seguros e movimentações e oferecer boas garantias na hora de fazer empréstimos. A análise desse cliente, segundo o presidente da Associação de Desenvolvimento Imobiliário e Turístico (Adit), Felipe Cavalcante, é fundamental para quem planeja construir para ele.

Secretários de Habitação querem que governo priorize programas para baixa renda

22/06/2010

Secretários estaduais e municipais de Habitação e Desenvolvimento Urbano e representantes de Cohabs (Companhias de Habitação Popular) querem que os programas habitacionais para a baixa renda sejam priorizados pelo Minha Casa, Minha Vida. Essa é uma das reivindicações que fazem parte da Agenda Nacional de Habitação, documento que deve ser entregue ao governo federal e aos candidatos à Presidência da república.
Um outro pedido é o aumento de 35% do teto de investimento da CEF (Caixa Econômica Federal) nas regiões metropolitanas, passando de R$ 52 mil para R$ 70 mil. No caso de cidades com população entre 50 mil e 100 mil habitantes, o aumento seria de 25%, chegando a R$ 53 mil. Já para municípios com até 50 mil moradores, o subsídio mínimo seria de R$ 20 mil. Os secretários de Habitação também sugerem a criação do Programa Nacional de Erradicação das Áreas de Risco e o Programa Nacional de Monitoramento de Áreas Alagáveis. O primeiro tem como proposta remover as famílias que morem em áreas de risco e o segundo busca gerenciar locais que correm o risco de inundação e alagamento. "Não queremos definir valores. Queremos que exista um canal para que essas necessidades seja atendidas e que a coisa seja feita o mais rápido possível, porque o período de chuvas já está chegando e esse tipo de obras [moradias] demora para ser concluída", afirmou o presidente do FNSHDU (Fórum Nacional de Habitação e Desenvolvimento Urbano), Lair Krähenbuhl, conforme publicado pela Agência Brasil. De acordo com a secretária nacional de Habitação, Inês da Silva Magalhães, falta uma definição sobre a institucionalidade mais adequada para a implementação da política habitacional. "O que é a Cohab? Uma empresa? Esta é uma discussão a ser feita. Boa parte delas não funciona como empresa, mas depende de repasses sistemáticos [dos governos municipais, estaduais e federal], apesar desse desenho institucional como empresa. Há uma racionalidade que se quebrou e não tenho convicção de que elas tenham a institucionalidade ideal para implementar uma política habitacional nos estados e municípios", afirmou Inês. Fonte: InfoMoney

Após tentativa de venda, PDG e Agre compram totalidade da Asacorp

22/06/2010

As construtoras PDG Realty e Agre anunciaram nesta segunda-feira a aquisição da totalidade das ações da incorporadora Asacorp, por 14,437 milhões de reais. A aquisição foi decorrente da tentativa de venda pela Agra, subsidiária da Agre, de 70 por cento do capital da Asacorp, por 73,6 milhões de reais. Contudo, a falta de interesse tanto dos demais acionistas da Asacorp quanto da Veremonte, do empresário espanhol Enrique Bañuelos, que detém 22 por cento da Agre.
Isso levou a Agre e PDG a adquirir os 30 por cento restantes da incorporadora, "evitando eventuais sobreposições no desenvolvimento das atividades no segmento de baixa renda e permitindo sinergias entre as duas empresas", conforme documento enviado ao mercado. No começo de maio, a PDG firmou um acordo de troca de ações para assumir o controle da Agre em uma transação avaliada em 2,43 bilhões de reais, criando uma das maiores empresas do setor imobiliário do Brasil. Em assembleia geral extraordinária no dia 31 do mês passado, convocada para votação da incorporação, os acionistas aprovaram a venda da totalidade das ações da Asacorp de titularidade da Agra para os acionistas fundadores da empresa "ou, caso os mesmos rejeitem a oferta de venda, para a Veremonte", segundo ata da assembleia. Na ocasião, a votação da aquisição da Agre foi adiada por não ter atingido o quorum necessário para aprovação. A aprovação ocorreu em 10 de junho. Fonte: Reuters

Brasil é destaque em Miami e Nova York

22/06/2010

O Chief Investment Officer (CIO) da Agência de Investimentos (AI) da ADIT Brasil, Luiz Henrique Lessa, participou no início deste mês de dois eventos de investimentos nos Estados Unidos, um em Nova York e outro em Miami. O CIO da AI aproveitou os eventos para ampliar e estreitar as relações com fundos de investimentos, redes hoteleiras internacionais e investidores estrangeiros interessados em investir no Brasil.
“Aproveitamos o evento para avançar em negociações e apresentações dos projetos que hoje compõem o portfólio da Agência, já que alguns participantes também estavam presentes no Nordeste Invest 2010”, declarou. O evento realizado em Miami, o Private Equity World Latin America, apresentou o Brasil como um dos grandes países em potencial para se investir. “Muitas empresas do setor imobiliário, prestadores de serviço e principalmente escritórios de advocacia do Brasil estavam presentes no evento para falar das oportunidades de investimentos no país e como o Brasil é um destino seguro para se investir”, declarou Lessa. O CIO da ADIT disse que o evento foi extremamente importante para ampliar relacionamentos e abrir novas frentes de trabalho em mercados ainda poucos explorados pelos empreendedores brasileiros. “É claro como cada vez mais o mercado imobiliário e hoteleiro brasileiro entra no radar dos investidores e essa é a oportunidade para que empresários brasileiros possam fazer negócios com investidores estrangeiros”, afirmou. Já o evento de Nova York, o New York University International Hospitality Industry Investment Conference, foi uma oportunidade para conhecer o mercado americano e também os interesses dos investidores pelo Brasil. Segundo Lessa, o Brasil também está sendo bem visto pelo mercado americano, no entanto são mais exigentes quando se fala em parceria de negócios. “Este evento mostrou que o trabalho da Agência de Investimentos está seguindo os padrões exigidos pelo mercado internacional. Hoje, os investidores, principalmente americanos, querem parceiros no Brasil que tenha uma boa estrutura corporativa, projetos estruturados e operações fundamentadas no desenvolvimento do mercado e não somente em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas”, explicou Lessa. O presidente da ADIT, Felipe Cavalcante, fala que essa exigência dos investidores só demonstra como o nosso país está atraindo investidores maduros e não especuladores como alguns anos atrás. “Essa preocupação dos investidores faz com que os empresários brasileiros profissionalize cada vez mais seus projetos, além disso, essas exigências atraem para o Brasil investimentos de qualidade, de longo prazo e que trarão muitos benefícios para o País”, finalizou Cavalcante. A ADIT Brasil participou desses dois eventos com o apoio da Agência Brasileira de Promoção e Exportação de Investimentos (APEX – Brasil) e o Ministério do Turismo. Fonte: Adit Nordeste

Mil novas suítes no Estado do Rio

21/06/2010

Para suprir a demanda por turismo de negócios que a rota do petróleo alavanca, assim como os investimentos que chegam a reboque do arco rodoviário, o Rio de Janeiro vai receber mais 5 apart-hoteis ainda este ano. Depois de lançar o Supreme Caxias, centro empresarial com salas e torres de hotéis que gerou mais de R$ 65 milhões em volume de vendas para investidores, a incorporadora NEP. S.A vem se consolidando no mercado e busca ser líder nesse segmento.
Logo após a Copa do Mundo, a empresa vai lançar outros 5 empreendimentos neste modelo, todos administrados pela rede Atlântica Hotels International. Com volume de vendas estimado em mais de R$ 110 milhões, os apart-hoteis representam aproximadamente 1.000 novas suítes para o Estado. O valor de investimento nos 6 projetos ultrapassa R$ 180 milhões. O próximo lançamento será na Rodovia Presidente Dutra, nas imediações do shopping Grande Rio.

Direcional vai construir 3,5 mil residências em Manaus

21/06/2010

A Direcional Engenharia, a Caixa Econômica Federal e o Governo do Amazonas firmaram acordo para construção de um empreendimento residencial em Manaus para famílias com renda de até três salários mínimos, no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida. A primeira fase do Residencial Meu Orgulho prevê a construção de 3.511 unidades habitacionais, com valor global de R$ 149,217 milhões.
Segundo comunicado da Direcional, o terreno do empreendimento apresenta potencial construtivo para um total de 8.895 unidades. A construção de mais unidades depende de aprovações da Caixa Econômica Federal. Fonte:Valor

Preço de imóvel não para de subir em SP e mercado vê mais altas nos paltas nos próximos anos

21/06/2010

Entre comprar agora ou esperar eventual queda dos preços, maioria dos especialistas não tem dúvida: recomenda a primeira opção. Quem está procurando imóvel para comprar em São Paulo sabe que os valores estão amargos. A dúvida é: esperar os preços baixarem ou comprar antes que subam mais? Especialistas são unânimes na recomendação da compra imediata e alertam que quem esperar poderá pagar valores ainda mais altos.
Os "culpados" pelo avanço nos preços são a falta de grandes terrenos disponíveis - até as regiões que antes eram menosprezadas estão valorizadas - e a forte demanda da população, que está com salários mais altos e tem crédito cada vez mais fácil. Para se ter uma ideia do tamanho dessa demanda, de janeiro a março, foram vendidos, só na cidade de São Paulo, 8.461 imóveis novos, além de outros 4.676 usados. Trata-se de um crescimento de cerca de 2% sobre o trimestre anterior. E as projeções do setor para as vendas são tão elevadas quanto os números obtidos no período passado. "Por pelo menos mais cinco anos, a demanda vai continuar nesse ritmo e, pelo mesmo período, o preço dos imóveis continuará no embalo de forte alta", afirma Denise Labate Vasconcellos, professora do Mackenzie e especialista em mercado imobiliário. Apesar dos preços elevados, especialistas salientam que nunca antes na história do País o crédito imobiliário esteve tão acessível à população. "Então, é preciso aproveitar também essa situação, caso não se tenha o valor necessário para efetuar a compra à vista", comenta Silvio Paixão, professor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). A Caixa é, com larga folga, a líder na concessão de crédito imobiliário, com mais de 90% do total de financiamentos fechados nos últimos 12 meses, segundo dados do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP). Por meio de comunicado, o banco estatal informa que foram "ampliados prazos para até 30 anos, cotas de financiamento de até 90% (do valor do imóvel) e, em alguns casos, até 100%". "Portanto, sob a ótica do financiamento imobiliário, o momento é favorável à aquisição de imóvel. No entanto, considerando que o mercado está bastante aquecido tanto pelo lado da oferta quanto do lado da demanda, é recomendável que o comprador pesquise o universo de imóveis em oferta", diz a Caixa. Usados ou novos. Para o presidente do Creci-SP, Augusto Viana, os imóveis usados podem ser melhor negócio para quem procura preços mais baixos e imóveis com metragem maior. "Nos usados, é possível negociar o preço, nos novos, não", diz. "Além disso, os antigos são bem mais espaçosos que os novos", emenda. João Cristana, presidente do Secovi, no entanto, lembra que, normalmente, os usados exigem algum tipo de reforma. "Tem de incluir esse custo no planejamento." Ricardo José de Almeida, professor do Insper (ex-Ibmec SP), completa dizendo que, geralmente, os novos atendem mais "os desejos dos compradores". "As estruturas são mais inovadoras e os novos têm áreas externas bem elaboradas", diz. O professor do Insper recomenda também boa pesquisa entre os imóveis. "No lançamento do empreendimento é muito mais barato", reforça. Isso quer dizer que, quem chegar primeiro, pagará menos. "Por isso, é preciso ficar bem atento aos movimentos do mercado." Em março, segundo a Embraesp, foram lançadas 3.959 moradias em São Paulo, 140% a mais do que em fevereiro. Os imóveis de três dormitórios lideram as vendas das novas moradias. Nos usados, os imóveis acima de R$ 200 mil foram os líderes nas vendas do mês de março, independentemente do número de quartos, com 55,06% do total comercializado. Ainda de acordo com a Embraesp, o preço do metro quadrado dos imóveis de dois dormitórios subiu 42,89% no primeiro quadrimestre deste ano quando comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo o Secovi, os bairros mais saturados, que terão cada vez menos ofertas, são Itaim, Pinheiros, Perdizes e Tatuapé. De outro lado, Morumbi, Penha e Itaquera são apontadas como as regiões que devem ter cada vez mais novos lançamentos e com preços um pouco mais baixos. Fonte: O Estado de S.Paulo

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Valorização de preço é sinal de que há uma bolha?

18/06/2010

A grande dúvida que existe hoje no mercado imobiliário é se a forte valorização dos preços é sinal de que esteja ocorrendo um bolha no setor. A maioria dos especialistas refuta essa hipótese, mas acredita que os preços devem continuar em trajetória ascendente no curto e médio prazos. Para o presidente do Sinduscon-SP, Sergio Watanabe, os preços devem continuar subindo nos próximos dois ou três anos e depois a tendência é de estabilização, iniciando trajetória de queda.
O motivo dessa crença é o fato de que a demanda está numa velocidade muito superior à oferta. Sandro Gamba, diretor de Incorporação da Gafisa em São Paulo, faz coro com Watanabe. "A alta de preços dos imóveis não se trata de bolha." Para o especialista, o aumento dos preços é sustentável porque existe disponibilidade de crédito e os compradores têm poder aquisitivo para fazer frente às prestações. "O mercado imobiliário deve continuar bombando enquanto houver oferta de crédito", acredita o diretor da Fernandez Mera Negócios Imobiliários, Fabio Soltau. Ele não aposta na tese da bolha porque a demanda reprimida pelo é bem superior à oferta. Além disso, Soltau ressalta que movimento semelhante, porém em menor proporção, ocorre no mercado de usados. Isso, para ele, reforça a tese de que a alta de preços é sustentável. Fonte: O Estado de S.Paulo

Fundo imobiliário investe em centro de logística

18/06/2010

A Prosperitas espera crescer e praticamente dobrar de tamanho até o final deste ano, atingindo US$ 2 bilhões em ativos administrados. A companhia, que administra pouco mais de R$ 2 bilhões em ativos, fechou essa semana mais um acordo, para a construção de um novo centro de distribuição da Gefco Logística do Brasil Ltda, do grupo Peugeot. Luciano Lewandowski, um dos sócios da gestora, não dá detalhes financeiros, mas conta que a unidade fica em Guarulhos, às margens da Via Dutra
Possui área estimada de 6,1 mil metros quadrados, com espaço para 64 vagas de caminhões. Com esse novo negócio, sobe para cinco o número de projetos da Prosperitas que começarão no segundo semestre deste ano. Além do galpão da Gefco, mais três obras de centros de distribuição estão no gatilho. Duas delas são em São Paulo – uma na Via Dutra e outra entre as rodovias Dom Pedro e Anhanguera – e a terceira nos arredores de Belo Horizonte (MG). O último projeto é um loteamento residencial em Campinas (SP). Além desses negócios, a empresa tem em andamento a construção de três Shopping Centers: um em Rio Branco (AC), outro em Guadalupe (grande RJ) e o terceiro em Campinas (SP). “Não vamos fazer shoppings em lugares saturados. Procuramos novas oportunidades em locais mal servidos”, conta Jorge Carlos Nuñez, sócio de Lewandowski na Prosperitas. “Além desses, já inauguramos um Shopping Center em Maceió (AL) em novembro do ano passado.” Os sócios lembram que, quando foi criada, o objetivo da gestora era investir em imóveis já existentes. A falta de boas oportunidades já disponíveis fez com que a companhia entrasse no ramo de desenvolvimento dos projetos. A Prosperitas tem atualmente cerca de 50 funcionários, e deve fechar 2010 com 60. Os dois maiores fundos da Prosperitas têm prazo de 10 anos. Lewandowski explica que, normalmente, são gastos entre quatro e cinco anos em investimento. O período restante é de desinvestimento, quando os financiadores recebem seus recursos de volta. O primeiro fundo dos sócios foi lançado em 2005, já refletindo o interesse de investidores estrangeiros, e teve captação de US$ 336 milhões. Na época, eles ainda comandavam a área imobiliária da GP Investimentos, de onde saíram em 2006 para fundar a Prosperitas, juntamente com um terceiro parceiro, Máximo Pinheiro Lima. O segundo fundo saiu em 2007 e somou US$ 612 milhões. “Na época, tivemos demanda para US$ 1 bilhão, mas optamos por fazer uma captação menor”, diz. Além de fundos de investimento em participações, a empresa tem sob gestão a Altere Securitizadora S.A. e a Aetatis Securitizadora S.A., duas das maiores securitizadoras do País, com mais de R$ 540 milhões em emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). A Prosperitas é atualmente responsável pela gestão de mais de 220.000 m² de área construída (nas áreas comercial, varejo, logística/industrial e loteamento residencial). Tem ainda 1,66 milhão de m² de área disponível para desenvolvimento logístico e industrial e 14,8 milhões de m² para loteamentos residenciais. Fonte: iG

Banco Mundial investe em casa popular

18/06/2010

O Banco Mundial, através do braço privado IFC (International Finance Corporation), fechou o seu primeiro investimento no setor imobiliário. O IFC assinou, ontem, acordo com a Brookfield Incorporações no valor de U$ 47 milhões para a criação de uma empresa de baixa renda, que atuará no programa Minha Casa, Minha Vida. O braço do Banco Mundial está fazendo due dilligence para fechar com mais uma construtora.
O objetivo é investir US$ 150 milhões na área imobiliária - tanto em empréstimos, quanto participação direta nas companhias. Dos US$ 47 milhões que o IFC colocará na Brookfield, US$ 30 milhões serão oferecidos por meio de linhas de crédito (de sete anos a uma taxa de CDI mais 2,5%) e US$ 17 milhões em capital próprio do IFC, que representarão 10% das ações da nova subsidiária da Brookfield para baixa renda. "Vamos ser muito ativos no setor de habitação popular este ano", afirma Andrew Gunther, executivo sênior do IFC para o Brasil. Segundo Gunther, pelo menos mais um negócio deve ser fechado em 2010 pelo órgão. "Temos interesse nesse setor porque tem um grande impacto no desenvolvimento e provoca uma mudança radical na vida das pessoas", diz. Além disso, reconhece, trata-se de um setor bastante demandado e com boas oportunidades de crescimento. O IFC já investiu US$ 2,2 bilhões no Brasil ao longo dos anos em diversos segmentos, como bancos médios, infraestrutura, agronegócio e educação. No último ano fiscal, encerrado em 30 de junho, investiu mais de US$ 1 bilhão. Como acionista da nova empresa, o IFC terá um assento no conselho de administração, além de poder indicar um executivo para acompanhar o dia-a-dia. Toda a estrutura operacional ficará por conta da Brookfield e o presidente da subsidiária será Marcelo Borba, um dos fundadores da MB Engenharia, empresa adquirida pela Brookfield (na época Brascan). Segundo Borba, a subsidiária deve ter um nome, mas a assinatura Brookfield - de difícil pronúncia para esse público - deve ser mantida. Entre as empresas abertas de maior porte (Cyrela, PDG, MRV, Gafisa e Rossi), a Brookfield é a que tem a menor atuação e tradição no segmento de baixa renda. Aumentou a presença após a compra da MB, mas ainda assim o segmento representou cerca de 20% dos lançamentos da companhia no ano passado, com menos de quatro mil unidades. "Queríamos conhecer melhor o produto e ganhar experiência nessa faixa de mercado", afirma Nicholas Reade, presidente da Brookfield. "Vamos manter os 20%, mas o total está crescendo", disse. Para este ano, com o aporte do IFC e a criação de uma empresa focada nesse mercado, a intenção da companhia é lançar entre seis e oito mil unidades. "Agora vamos atuar de maneira focada e integrada no segmento de baixa renda", acrescenta Reade. Até a criação da subsidiária, a atuação da Brookfield na baixa renda era feita por cada uma das unidades de negócios da empresa. A subsidiária foi avaliada em R$ 300 milhões, segundo Reade, incluindo obras, projetos e terrenos. A Brookfield tem projetos de baixa renda em Cajamar (SP), no Rio de Janeiro e em Goiânia. A empresa vai atuar nos mesmos mercados onde já está: São Paulo e Rio e nas regiões Centro-Oeste e Sul. Fonte: Valor Econômico

Relatório do Morgan Stanley diz que Brasil cresce em ritmo Chinês, mas isso não deve se sustentar

17/06/2010

Em relatório divulgado pelo Morgan Stanley nesta quarta-feira (16), os analistas Marcelo Carvalho e Giuliana Pardelli reconhecem o forte desempenho econômico brasileiro, mas alertam que isso não deve se sustentar, dada a vulnerabilidade do País ao cenário externo. Nesse contexto, a previsão para o PIB brasileiro em 2010 foi elevada para um avanço de 7,9%, ante alta de 6,8%, incorporando os números do primeiro trimestre.
Para 2011, entretanto, a perspectiva foi mantida em expansão de 4%. Entre os fatores que têm motivado os ótimos números da economia brasileira recentemente, os analistas citam a forte demanda doméstica e o aumento significativo dos investimentos no País. No caso da demanda doméstica, foram mencionados como pontos positivos o maior número de empregos e o aumento dos salários, além do volume crescente de crédito disponível e a redução do spread bancário. No entanto, sobre o nível de investimento, há a ressalva de que ele é bastante suscetível ao ciclo econômico global, sendo menor em momentos de apreensão e maior em momentos de otimismo. Dessa forma, no caso de uma deterioração da perspectiva de crescimento global, o desempenho econômico brasileiro deverá ser comprometido, na visão dos analistas, especialmente pela variação dos preços das commodities e pelo desempenho da China. E nessa situação, a previsão é de que o Copom (Comitê de Política Monetária) repense sua atual política de aperto monetário. Entretanto, os analistas não acham que o Banco Central esteja contando com uma eventual piora do cenário econômico global e deva continuar elevando a taxa básica de juro. A estimativa do Morgan Stanley é de que a Selic sofra mais duas altas e chegue a 11,75% ao ano no final de 2010, representando um aumento de 300 pontos-base ante o nível do início do ano, de 8,75% ao ano, o menor patamar histórico do juro básico brasileiro. Tendo em vista dados econômicos recentes, os analistas ponderam que apesar da tendência de desaceleração econômica, a economia do Brasil continua forte. Entre os exemplos, são mencionadas a produção de automóveis - que caiu 7,1% em abril na base mensal, mas subiu 2,9% em maio - e o consumo de eletricidade - que reduziu 0,9% na mesma base em abril, mas avançou 1,2% no mês seguinte. Entretanto, o banco considera que a capacidade disponível no País para uma sustentação do atual nível de crescimento econômico é limitada. Como exemplo, é citada a capacidade de utilização da indústria, que ultrapassa 80% em leituras da CNI (Confederação Nacional da Indústria) e da FGV (Fundação Getulio Vargas). Os analistas destacam que apesar de haver expectativa de que os investimentos expandam a oferta, uma eventual aumento da capacidade não deve ser suficiente para atender a crescente pressão da demanda. (Infomoney)

CDES debate agenda para novo ciclo de desenvolvimento do país

17/06/2010

O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da Presidência da República se reúne nesta quinta-feira (17), no Palácio do Itamaraty, em Brasília, para discutir uma agenda para o novo ciclo de desenvolvimento do país. Como resultado da discussão, o CDES apresentará ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, propostas com base em novos fatores da conjuntura nacional e internacional.
O CDES, conselho de assessoramento ao presidente da República, foi criado em 2003 com o objetivo de institucionalizar um espaço público de debates sobre o desenvolvimento nacional. É formado por 14 ministros e 90 conselheiros da sociedade civil, entre eles o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão.

Mercado de locação em Manhattan duplica em 2010, segundo dados da Cushman & Wakefield

17/06/2010

O número de novas locações de escritórios em Manhattan, coração financeiro de Nova York, mais do que duplicou nos primeiros quatro meses deste ano. O volume registrado foi de cerca de 730 mil m², o que equivale ao mesmo patamar da média registrada no período de 2002 a 2007. Os dados são do mais recente levantamento da Cushman & Wakefield, a maior empresa privada do mundo e a segunda maior em faturamento na área de consultoria imobiliária.
“O volume de contratos assinados de janeiro a abril foi 257% superior ao do mesmo período do ano passado”, afirma Mariana Hanania , gerente de Pesquisa de Mercado da C&W para América do Sul.

Números do PAC são inflados por financiamento a imóveis usados

16/06/2010

Crítica, feita na forma de 'alerta', aparece no relatório de contas do governo aprovado por unanimidade pelo Tribunal de Contas da União. Uma parcela de 12% do valor total dos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tidos como "executados" pelo governo não tem impacto sobre o crescimento da economia. Essa parcela trata de financiamentos para a compra de imóveis usados e inflou os resultados do PAC, ao fim de três anos, em pouco mais de R$ 47 bilhões.
A crítica, feita na forma de "alerta", aparece no relatório de contas do governo aprovado por unanimidade pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O relatório informa que, nesse tipo de operação de empréstimo, "não há impacto" nas contas que medem o crescimento da economia. Os financiamentos à compra de imóveis usados representariam "tão somente a mudança do proprietário do bem", afirma o texto aprovado pelo TCU na semana passada. O relatório completo está disponível na internet. O Estado ouviu o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a quem cabe calcular as taxas oficiais de crescimento. O coordenador de contas nacionais, Roberto Olinto, confirma a avaliação do TCU: "Não há impacto nenhum no crescimento." Segundo Olinto, a construção de imóveis tem impacto no crescimento, mas não a venda de imóveis já usados. "Poderiam até alegar efeitos indiretos, quando o vendedor do imóvel usado gasta todo o dinheiro na compra de outros bens produzidos, mas esses desdobramentos são muito difíceis de medir", observou. Ambiente econômico. A secretária de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, argumentou que os financiamentos a imóveis usados entraram na contabilidade porque são importantes para melhorar o ambiente econômico. "O imóvel usado não agrega, tudo bem. Mas o importante é a economia como um todo, e os financiamentos fazem a economia girar", alegou. As ações na área de habitação foram as que mais cresceram no período de três anos, entre o início do PAC e o balanço apresentado em dezembro de 2009, o último considerado na análise do TCU. A parcela de financiamentos à habitação representa sozinha cerca de 30% do total de investimentos e supera a área de petróleo e gás, a segunda do ranking em volume de recursos públicos e privados. De acordo com a análise do TCU, R$ 47,1 bilhões de um total de R$ 395,8 bilhões tidos como executados em todo o PAC referem-se exclusivamente ao financiamento de imóveis usados. Essa parcela supera o volume de financiamentos à construção ou compra de imóveis novos. Contabilidade. O relatório do TCU também chama a atenção para o fato de o governo não esperar a liberação do dinheiro pelas instituições financeiras para contabilizar as operações como empréstimos concedidos. Basta a assinatura dos contratos para o dinheiro entrar na contabilidade. O mecanismo é o mesmo usado para avaliar a execução de projetos na área de infraestrutura do PAC. Até o último balanço do PAC analisado pelo TCU, os financiamentos para imóveis novos e usados e para reforma haviam beneficiado 788 mil pessoas. No balanço do primeiro quadrimestre de 2010, esse número subiu para 893 mil empréstimos concedidos. O relatório de contas critica ainda o grande volume de despesas do PAC com dinheiro do Orçamento da União ainda pendentes de pagamento, os chamados "restos a pagar". O Programa de Aceleração do Crescimento é responsável pela maior fatia dos investimentos ainda não pagos. Parte da conta deverá ser transferida para o futuro governo. Fonte: O Estado de S. Paulo

"Minha Casa" dobra valor de terrenos em periferia

16/06/2010

Programa federal de habitação popular, o Minha Casa, Minha Vida acirrou a disputa de construtoras por terrenos em periferias e fez até dobrar os preços em áreas no entorno de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Fortaleza. Segundo Daniel Ruman, presidente da construtora Bairro Novo (braço popular da Odebrecht), há três anos a empreiteira comprava terrenos nessas regiões a R$ 10 o metro quadrado.
Hoje, não saem por menos de R$ 20. "Não havia concorrência nem interesse por esses terrenos. Agora, existe", afirma. Outras regiões se valorizaram ainda mais, diz, mas elas nem sequer são olhadas pela Bairro Novo. É o caso de São Paulo, onde Ruman diz ser impossível comprar terrenos por menos de R$ 20 o m2. "Nosso modelo de negócio só é rentável até esse limite." A Bairro Novo é a maior empreendedora do Minha Casa, Minha Vida, programa que concede subsídios para compra de imóvel à baixa renda (até seis salários mínimos) e condições facilitadas de financiamento pela Caixa Econômica Federal. A construtora só incorpora terrenos com ao menos 200 mil metros quadrados para a construção de 2.500 unidades, em média. "Por isso temos de ir para regiões mais afastadas. Mesmo nas periferias do Rio e de São Paulo, não achamos nada desse tamanho nem pelo preço que queremos." Segundo Rogério Chor, presidente da Ademi (Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário), os terrenos no subúrbio carioca já valorizaram 20% desde 2006, quando começou a retomada das construções na região. Em São Paulo, o preço dos imóveis prontos subiu, em média, 27% em dois anos. As construções nas periferias e nas cidades do entorno das capitais, diz Chor, tiveram um primeiro impulso com a alta da renda que fez renascer uma classe média baixa emergente- e a ampliação do crédito imobiliário dos bancos privados. A tendência, porém, ganhou ainda mais fôlego com o Minha Casa, Minha Vida. A julgar pelo avanço de 51% na concessão de crédito à habitação em abril, ainda há muito espaço para a expansão de lançamentos imobiliários e a consequente valorização dos terrenos. Para Marco Adnet, diretor da Rossi, há "uma clara valorização" de áreas nos subúrbios, movimento que ganhou força com o programa federal de habitação. Segundo Alexandre Calazans, da Living (braço popular da Cyrela), os empreendimentos do programa só são viáveis com construções de edifícios padronizados (o que permite custo menor) e em grandes terrenos. "O retorno nessas construções é menor, por isso é preciso ter volume", diz Chor. Para Romário Fonseca, gerente da corretora Lopes, o programa federal atrai moradores de áreas invadidas e com posse irregular da terra. "Começam a surgir grandes empreendimentos às margens de favelas. Com o subsídio do programa, elas podem sonhar em sair das comunidades." A autônoma Cristina Silva de Araújo, 41, animou-se quando viu o início das obras de um conjunto de prédios no bairro onde vivia. Fez a contas e decidiu entrar em financiamento da Caixa Econômica, pelo Minha Casa, Minha Vida. empreendimento fica em Benfica, bairro da zona norte do Rio. Cristina morava em área invadida, em casa herdada da mãe. Apesar da situação irregular, o imóvel foi vendido. Somando o que conseguiu com a venda às economias que tinha, juntou quase R$ 10 mil para dar entrada no novo apartamento. Fez um financiamento de 30 anos, mas espera quitá-lo "muito antes". Fonte: Folha de São Paulo

Consórcio atrai novos consumidores e supera expectativas

16/06/2010

O Sistema de Consórcios registrou um aumento de 13,9% na comercialização de novas cotas, durante os três primeiros meses do ano e superou as projeções de crescimento feitas pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios - ABAC, que apontava crescimento de 10%. O melhor desempenho ficou por conta da modalidade de automóveis e utilitários, que apresentou um aumento na ordem de 43%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Foram vendidas 124 mil novas contas, contra 87 mil, do primeiro trimestre do ano anterior. O aumento de vendas, dessa modalidade, registrado na Servopa Administradora de Consórcios, acompanha o crescimento nacional. De acordo com o gerente comercial, Gilberto Marenda, é importante destacar, considerando o ano anterior como um todo, que a empresa não apresentou quedas nas vendas de consórcio, como aconteceu de maneira geral no país. Segundo Marenda, a forte retomada da conquista de novas adesões como demonstram os números da ABAC, é justificada pela entrada de uma nova classe de consumidores, “Tivemos um incremento na injeção de dinheiro, ocasionada pelas novas camadas de consumidores que passaram a usufruir das facilidades do sistema de consórcios”, explica. Nesse mesmo período, o setor de veículos pesados, que inclui caminhões, ônibus, implementos rodoviários e tratores, também teve um crescimento nacional acima da média, registrando aumento de 15,1% nas vendas de novas cotas, de acordo com a ABAC. Este fato aponta um aquecimento da economia, pois quando a produção do país aumenta, estimula também o crescimento do transporte. O consórcio, por sua vez, se aperfeiçoou e criou alternativas para continuar no mercado de créditos, dispondo de modalidades diversas e permitindo desde a compra de eletroeletrônicos, automotivos, imóveis e até mesmo serviços. Para facilitar o pagamento, adotou novas regras que abrem, por exemplo, para a possibilidade do uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) nos grupos de consórcio de imóveis. O consorciado pode usar o saldo do FGTS para dar como lance nas assembleias mensais do grupo. O consumidor também pode usar o crédito do consórcio, uma vez contemplado, para quitar outro bem que esteja financiado em seu nome. “Com esta mudança o cliente pode quitar aquele financiamento que ele tem de outro bem, e que as taxas aplicadas são superiores as taxas do consórcio”, comenta Gilberto. Há, no entanto, uma vantagem em relação aos financiamentos que tem atraído o consumidor: o custo final, que é significativamente menor para a aquisição do bem, em comparação com outros tipos de financiamentos. Embora o consumidor não obtenha o produto no ato da assinatura do contrato, o valor final pago para aquisição do bem pode chegar a ser 300% menor do que o total pago na modalidade de financiamento mais utilizada pelo mercado de automóveis, o Leasing, por exemplo. (conforme quadro de simulação abaixo). “A vantagem do consórcio é simples, a modalidade tem apenas a taxa de administração que se divide mês a mês, e a atualização dos valores é feita a com base no valor do bem objeto do consórcio. Muitas vezes o cliente começa pagando um valor de parcela e em um determinado mês a parcela diminui. Depende da tabela de preços do fabricante. Mas o custo final sempre será menor do que um financiamento direto”, afirma o gerente. Outra vantagem é a facilidade para realizar um consórcio, pois não é exigido qualquer documento. O gerente avisa, porém, que é preciso cautela por parte do cliente, para que não assuma uma parcela a qual não tenha condições de pagar: “O comprador deve, no entanto, estar ciente de que é capaz de assumir aquele compromisso financeiro, declarando formalmente isso em sua adesão”, explica. A estabilidade econômica criou um novo tipo de consumidor, mais atento e que pode programar seus investimentos e compras a médio e longo prazo. “Quando o cliente pode aguardar para ter o bem em mãos e compara o gasto final, é provável que opte por um consórcio no lugar do financiamento,” explica Marenda. Segundo ele, este fator também atraiu o consumidor mais jovem, que encontrou no consórcio uma forma de investimento seguro para o futuro: “Hoje é muito comum recebermos clientes de 20 a 30 anos que sabem fazer contas e investem no consórcio,” afirma.

"O PAC é um avanço, mas o Brasil precisa de um planejamento de longo prazo"

15/06/2010

A candidata à Presidência da República Marina Silva reconheceu os benefícios do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a infraestrutura do país ao desengavetar projetos para áreas fundamentais como saneamento e moradias ajudando a impulsionar a indústria da construção. Mas, na opinião da candidata, o PAC não é tudo. Ela destacou que o programa foi elaborado para atender obras emergenciais.
De acordo com Marina, é fazendo planejamento a longo prazo que se pode traçar metas e obter êxito na execução das obras da Copa 2014 e das Olimpíadas 2016. E no que se refere aos dois megaeventos, segundo ele, a indústria da construção pode contribuir, e muito, no sentido de ajudar a planejar e realizar obras que deixem legado social e econômico para as comunidades onde serão realizadas as competições esportivas. "Precisamos copiar o exemplo de Barcelona, na Espanha". As obras dos dois megaeventos esportivos estão contempladas no PAC 2. A segunda versão do programa dispõe de R$ 1,2 trilhão para o quadriênio 2011-2014. Questionada pelo presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão, sobre a burocracia na liberação de licenciamento ambiental, Marina ponderou e atribuiu à carência de profissionais capacitados no Ministério do Meio Ambiente [durante o seu período como ministra] os atrasos ocorridos nas concessões das licenças ambientais. Segundo a ex-ministra, esse problema foi amenizado consideravelmente após a contratação de mão de obra por meio de concurso público. "Quando assumi o Ministério do Meio Ambiente, 90% dos profissionais eram terceirizados. Essa realidade foi invertida quando deixei o cargo de ministra", disse a candidata a presidente.

Anamaco eleva projeção de vendas para 2010

15/06/2010

As vendas de materiais para construção no varejo cresceram 12% em maio ante o mesmo mês de 2009, de acordo com balanço interno divulgado hoje pela Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Em relação a abril, as vendas cresceram 8%. No acumulado do ano até maio, o segmento de material de construção cresceu 9,5% sobre o mesmo período do ano passado.
Otimista com os resultados, a entidade elevou a expectativa de crescimento do setor no ano de 2010 de 10% para 11%, ao considerar que o setor está bastante aquecido, tanto pela manutenção da desoneração do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), quanto pelas obras do PAC e do programa Minha Casa, Minha Vida. Fonte: DCI

Construção civil cria 193,3 mil novos empregos no primeiro quadrimestre

15/06/2010

O nível de emprego na construção civil brasileira aumentou 1,76% em abril na comparação com março, o que equivale à contratação de mais 45.869 trabalhadores com carteira assinada. Com isso, no acumulado do primeiro quadrimestre de 2010, o nível de emprego no setor já cresceu 7,87%, com a expressiva contratação de mais 193.386 trabalhadores formais.
Os dados são da pesquisa mensal do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e da FGV (Fundação Getulio Vargas). O resultado volta a cravar um novo recorde de 2,650 milhões de trabalhadores com carteira assinada empregados na construção brasileira –mais uma vez, o mais alto patamar da série histórica. Em 12 meses, o nível de emprego no setor aumentou 15,29%, o que corresponde a mais 351.480 trabalhadores empregados. “Os números estão confirmando a expectativa do SindusCon-SP, de um crescimento recorde, de 9%, do produto da construção brasileira em 2010”, comenta o presidente da entidade, Sergio Watanabe. No Estado de São Paulo, o nível de emprego na construção em abril aumentou 1,32%, com acréscimo de 9.494 vagas. Com isso, o número de trabalhadores passou a 730.664 –outro recorde na série histórica. No ano, a alta foi de 6,99% (+47.714 empregados). Em 12 meses, a elevação chegou a 12,74% (+82.582 postos de trabalho formais). No município de São Paulo, o aumento foi de 0,91% no mês (+3.079 trabalhadores), elevando o número de empregados para 340.232 (também um recorde, com aumento de 5,95% no ano e de 13,74% em 12 meses). Os destaques, em termos percentuais em abril no Estado, foram as regiões de: Campinas, que elevou em 2,58% o seu nível de emprego da construção no mês (+1.907 trabalhadores), e de São José do Rio Preto (2,57%, +544 empregados). Todas as regiões tiveram índices positivos, com exceção daquela de Bauru, onde houve declínio de 0,56% (-131 trabalhadores).

terça-feira, 15 de junho de 2010

Aluguel de imóvel em Campos do Jordão está 41% mais barato

15/06/2010

Uma boa notícia para quem pretende passar as férias de julho na cidade mais procurada na temporada de inverno: o aluguel diário de casas e apartamentos está até 41,24% mais baratos em Campos do Jordão este ano. A constatação é de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo).

O levantamento apurou valores médios de locação de nove tipos de imóveis diferentes no município e apenas os apartamentos de dois dormitórios estão mais caros este ano. O aluguel diário aumentou 9,96%, de R$470 em julho do ano passado para R$ 516,80 em julho de 2010. Na contramão, em Serra Negra, Avaré e Águas de Lindóia, todos os valores médios subiram na comparação com 2009.

As opções para as férias de julho nas cidades analisadas variam de R$ 80 ao dia por um apartamento de um dormitório em Serra Negra a R$ 1.070 por uma casa de quatro dormitórios em Avaré.

Exemplo são as casas de 2 dormitórios em Serra Negra, cidade montanhosa, bucólica e com boa infra-estrutura turística - o valor médio da diária é de R$283,33, que passa a R$342,50 na opção pela de 3 dormitórios. Em Atibaia, o aluguel diário de uma casa de dois dormitórios custa R$ 225 e o de uma de três dormitórios, R$ 437,50.

"O importante é não deixar o aluguel para a última hora, situação em que se acaba pagando mais, e ter todo o cuidado possível na hora de formalizar o contrato e fazer o pagamento", afirma o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto.

Fonte: Diário do Grande ABC OnLine

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Corrida por imóveis industriais e galpões

14/06/2010

O aquecimento do varejo e os planos de expansão da indústria estão movimentando o mercado de imóveis industriais e de galpões logísticos. De acordo com um levantamento feito pela CB Richard Ellis, nos próximos dez anos chegarão ao mercado 2,8 milhões metros quadrados em novos projetos de galpões logísticos no Estado de São Paulo.
Um outro levantamento, feito pela Herzog, estima que este ano a perspectiva é de que 554 mil m² de novos empreendimentos sejam construídos em um raio de até 100 quilômetros da capital paulista, o que representaria um crescimento de 27% do estoque avaliado pela empresa. "O segmento industrial e o de logística estão fortes. O Brasil está recebendo muitas consultas de empresas de equipamentos e tecnologia que devem instalar sua primeira ou segunda planta no País. Várias indústrias estão comprando terrenos para a instalação de novas plantas ou estão estruturando processos de build to suit (construção sob encomenda). É bem claro que são investimentos de longo prazo", explica Marcos Montadon, diretor comercial da CB Richard Ellis. Segundo o levantamento, o estoque atual é de 3,7 milhões m² e a taxa de vacância está em 7%, considerada baixa. Para Simone Santos, diretora de Serviços Corporativos da Herzog, a perspectiva decorre do resultado de estudo realizado pela empresa com investidores cadastrados em seu banco de dados. "Há uma previsão de crescimento de 50% de negócios realizados pela Herzog em 2010, em relação a 2009. Esperamos ultrapassar a barreira dos R$ 100 milhões", afirma a diretora. De olho no interesse de investidores neste mercado e na demanda local de distribuição da região de Ribeirão Preto, as empresas Halna Empreendimentos, Jbens e EWP anunciaram na semana passada o investimento de R$ 85 milhões para a construção de um condomínio logístico no município. Elas estão criando um fundo de investimento imobiliário com um parceiro financeiro para captar novos investidores no projeto. "A expectativa de retorno da locação é de 12% ao ano. Estamos negociando com três interessados", afirma Arnaldo Halpern, diretor e fundador da Halna, incorporadora que tem 29 anos de atuação e faturou R$ 20 milhões em 2009. O terreno fica no km 317,5 da Via Anhanguera, próximo ao aeroporto Leite Lopes, numa área de quase 200 mil m². O imóvel poderá comportar até 20 empresas, em uma área total construída da ordem de 67 mil m². "Iniciamos a comercialização em abril e já temos dois clientes potenciais em negociação, que ocuparão um terço do empreendimento", diz. O empresário está negociando um terreno para um segundo projeto, próximo do aeroporto de Viracopos, em Campinas. Outra que volta a apostar no segmento de galpões é a Racional Engenharia, com a construção de um centro logístico no encontro do Rodoanel com a Rodovia Raposo Tavares, em São Paulo. Dona do terreno de 180 mil m² há mais de 20 anos, a empresa investirá R$ 250 milhões na construção do projeto, que terá uma área de 105,3 mil m². "É uma oportunidade imperdível. Estamos fazendo um projeto superdetalhado, com a mais alta tecnologia. Acho que é um modelo a ser replicado. Como o varejo está bombando, a eficiência em termos de cadeia logística é necessária mas não existe. Também é uma área em que há possibilidade de crescimento infinita porque não temos estrutura de centros de distribuição como nos Estados Unidos e no México", pontua Érika Matsumoto, gerente executiva da Racional Engenharia. Metade do empreendimento será entregue até agosto, e a Racional está prospectanto locatários. O investimento no projeto, desta vez, será com capital próprio. Em 2007, a empresa fechou uma joint venture com a Prudential Real Estate Investors cuja previsão de investimento era de cerca de US$ 1 bilhão e que foi desfeita, com a retirada dos aportes pela gestora de fundos norte-americana por causa da crise internacional que eclodiu no final de 2008. "Temos recebido consultas de investidores, mas agora estamos focando em engenharia e construção, e, se houver demandas pontuais para participar de fundos imobiliários, as analisaremos caso a caso", diz. A Racional também está sentindo a retomada do setor industrial este ano. "O número de projetos em estudo está dez vezes maior que em 2009", afirma a gerente. Este ano a empresa prevê uma receita equivalente a R$ 850 milhões, montante 53% maior que o resultado de 2009. No período da crise, a empresa ampliou sua atuação nos segmentos de shopping centers, varejo e saúde, que continuam aquecidos este ano. A retomada dos investimentos da indústria também está gerando projetos para a Matec Engenharia, que este ano prevê atingir R$ 400 milhões em volume total de contratos, e estima obter de 40% a 50% do volume de negócios de engenharia junto ao segmento industrial. No primeiro semestre de 2009, o volume de projetos em orçamento na divisão cresceu 40 mil m², para 68 mil m². A maior demanda, no entanto, veio da área de construção sob encomenda: os orçamentos na área industrial cresceram de 46 mil m² para 78 mil m². A área representou 35% do negócio da empresa no ano passado, quando o volume de contratos alcançou R$ 170 milhões. "São obras que já consideramos na reta final das análises", afirma Verena Arantes Balas, superintendente de Desenvolvimento de Projetos e Produtos da Matec. A empresa está desenvolvendo três plantas em Cabreúva (SP), que serão locadas para a Siemens. O investimento é da Matec, que buscou financiamento do Banco do Brasil que será rentabilizado com a locação do imóvel. Também foi contratada pela Votorantim Metais para a construção de uma planta em Alumínio (SP). Neste caso, só fará a construção. A empresa também está construindo um centro de distribuição para a Bomi. A empresa não pensa em atuar no segmento de condomínios logísticos. "Não é nosso foco, achamos que este mercado está saturado", ressalta. Fonte: DCI

Ações disparam com aprovação da compra da Agre pela PDG Realty

14/06/2010

As ações da Agre e da PDG Realty registraram, no último dia 10, as maiores altas do Ibovespa. Agre subiu 6,58% e PDG teve alta de 6,39% em um dia em que o Ibovespa registrou ganhos de 2,55% e o Índice das Construtoras (Imob) subiu 3,31%. A alta dos preços foi uma reação do mercado à aprovação da operação de compra da Agre pela PDG. Ontem, na assembleia da PDG, a compra foi aprovada por unanimidade.
Segundo o Valor apurou, havia 45% dos acionistas. A empresa precisou convocar uma segunda sessão porque a primeira, ocorrida no dia 31 de maio, não teve o quórum mínimo exigido, de 50% mais um. Pela Lei das Sociedades por Ação, na segunda convocação a assembleia é instalada com os acionistas presentes, sem exigência de um percentual mínimo do capital. A aprovação da aquisição pelos acionistas de Agre - que o mercado julgava ser mais complicada - aconteceu em uma única sessão, no dia 31. O índice de aprovação ficou perto de 60%. A partir de segunda-feira, as ações da Agre deixam de ser negociadas. Cada acionista da Agre receberá 0,495 ação ordinária de PDG por ação da Agre. Segundo comunicado da companhia, a data de crédito das novas ações de emissão da PDG aos antigos acionistas da Agre será 17 de junho de 2010A compra da Agre pela PDG foi anunciada no dia 3 de maio. Não houve dinheiro envolvido na transação, apenas troca de ações, na qual a PDG incorporou 100% da Agre. Com a aquisição, a PDG disputa com a Cyrela a liderança do mercado imobiliário brasileiro. Ontem, o valor de mercado de PDG e Agre, juntas, era de R$ 8,6 bilhões e o de Cyrela estava em R$ 8,2 bilhões. A nova empresa é a soma de quatro incorporadoras: Agra, Klabin Segall e Abyara (que tiveram problemas e foram reunidas na Agre) e a PDG Realty. Com a aquisição, a PDG passa a atuar em mercados nos quais não estava ou tinha uma participação muito pequena, como Norte e Nordeste. Também adquire terrenos em um momento em que o preço da matéria-prima está em alta. Por outro lado, incorpora uma dívida alta e cara. Em entrevista recente ao Valor, o presidente da PDG, Zeca Grabowsky, disse que pretende reestruturar a dívida da Agre. Em 2009, a relação dívida líquida sobre patrimônio líquido da Agre era de 81%, muito acima da PDG, que ficou em 15% no ano passado. Fonte: Valor Econômico

Construção lança propostas para o desenvolvimento

14/06/2010

Visando o desenvolvimento do Brasil de forma sustentável, com foco na melhoria da qualidade de vida, a UNC (União Nacional da Construção) lançou o documento “Desenvolvimento com Cidadania e Qualidade de Vida – O Desafio de Planejar as Cidades”. O lançamento ocorreu no 82º Enic (Encontro Nacional da Indústria da Construção), promovido desde 9 de junho em Maceió pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), com a participação do presidente Lula.
A UNC reúne 40 associações nacionais do setor e mais de outras 100 entidades entre as quais o SindusCon-SP. No documento, o setor da construção expressa preocupações e lança os itens de uma agenda destinada a solucionar entraves que comprometem o crescimento e inibem os investimentos na expansão da infraestrutura. Entre estas propostas e preocupações, estão as seguintes: Questões como burocracia, custos tributários e trabalhistas, infraestrutura precária e baixa taxa de investimento (principalmente da parcela pública) permanecem freando o desenvolvimento. É fundamental investir na construção civil para reduzir riscos inflacionários e garantir o crescimento sustentável do país. Em 2010, o setor da construção deverá gerar cerca de 470 mil novos postos de trabalho – um recorde histórico. Mas os resultados poderiam ser ainda melhores caso se atacassem o elevado custo dos encargos trabalhistas e a escassez de profissionais qualificados. . É fundamental a promoção da formação profissional e da capacitação continuadas. Com este objetivo, entidades e empresas do setor têm investido em cursos próprios de treinamento. O volume necessário para as obras de preparação para a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 é de R$ 59,5 bilhões nos próximos oito anos, segundo estudo da Fundação Getulio Vargas. Espera-se que esses eventos deixem um legado na área de infraestrutura urbana. Apenas 67% das moradias nas capitais e 53% nas periferias das metrópoles têm rede de esgoto. Nas áreas rurais, o percentual não passa de 4%. E só 34% de todo o esgoto recolhido é tratado. Para universalizar o acesso aos serviços de água e esgotos até 2020, o país precisaria elevar os investimentos, de R$ 8 bilhões/ano para R$ 23 bilhões/ano, a partir de 2011. Será necessário criar novas fontes de financiamento para atender à crescente demanda por habitação. . É preciso aliviar a carga tributária e desonerar a folha de salários para elevar a competitividade e a produtividade, reduzindo a informalidade. . No setor da construção, a atual política de tributação dos insumos em cascata onera o produto final e inibe a inovação e a industrialização do processo construtivo. É necessário avançar mais na reforma política, de modo a reforçar a estabilidade e a governabilidade necessárias a propiciar um ambiente de confiança aos investimentos privados. Nesse sentido, a transparência nos financiamentos de campanha é um dos temas mais importantes nessa agenda. Fonte: SindusCon

domingo, 13 de junho de 2010

Arredores do metrô concentram demanda por imóveis

Foto: Daniel Marenco/Folhapress, IMOVEIS

13/06/2010 -

SAO PAULO, SP, BRASIL, 10-06-2010, 21h00: Ana Cecilia Amorim e o marido Cristiano Del Valle, optaram pelo aluguel e adiaram a compra do imovel. Cristiano e economista e calculou que valia mais a pena guardarem dinheiro por um tempo para adquirirem um imovel maior.
Ana Cecilia Amorim e o marido Cristiano Del Valle, economista, optaram por alugar apartamento e adiaram a compra do imóvel




Preços em alta e falta de oferta são os grandes empecilhos para quem procura um imóvel para alugar na cidade de São Paulo.

Essas condições são verificadas em regiões periféricas --caso de distritos da zona leste--, mas marcam sobretudo o mercado de locação de áreas centrais da cidade.

"Pela mobilidade que oferecem", diz Cicero Yagi, consultor imobiliário e responsável pelas pesquisas do Secovi-SP (sindicato do setor).

"É a principal variável de decisão", afirma. E é por essa razão que "as maiores altas se concentram no eixo do metrô, como no trecho entre as estações Ana Rosa e Jabaquara [zona sul]", cita.

Um exemplo de distrito valorizado é o de Pinheiros (zona oeste). A demanda perto da rua Teodoro Sampaio é de "jovens estudantes ou executivos solteiros na faixa de 25 anos", define a corretora Graça Araújo, que atua no local.

Eles alugam apartamentos de um quarto, 30 m2 e três anos de idade por valores de R$ 1.100 a R$ 1.300, mais R$ 350 de condomínio e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), afirma a corretora.

Em Moema (zona sul), outra região valorizada, a administradora de empresas Ana Cecília Amorim, 27, avalia que teve sorte ao alugar um apartamento de 120 m2 "em andar alto" por R$ 2.200 mensais: "Foi um achado".

Recém-casada, ela diz ter desistido da compra de um imóvel. "Os preços estão inviáveis onde queremos morar --Moema, Vila Olímpia [zona oeste] e Itaim [idem]. No imóvel que alugamos, é preciso arrumar algumas coisinhas, mas vamos abater os gastos das mensalidades."

O centro ainda é uma opção para quem quer alugar, em bairros como Santa Cecília, Campos Elíseos, Liberdade e República, onde boa parte dos imóveis se destina à locação, caracteriza Yagi.

EDSON VALENTE
EDITOR-ASSISTENTE DE IMÓVEIS
Daniel Marenco/Folhapress

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Aquecimento dos negócios e incertezas quanto à economia dão o clima entre empresários da construção

11/06/2010


A percepção dos empresários da construção civil em relação ao desempenho de suas empresas voltou em maio ao patamar mais alto de toda a série histórica da Sondagem Nacional da Indústria da Construção, realizada pelo SindusCon-SP e pela FGV/Ibre, com uma amostra de 218 empresários do setor em todo o país. Nesta 43ª edição da Sondagem da Construção, o indicador voltou aos 60 pontos, nível equivalente ao observado em igual mês de 2008, último recorde registrado pela pesquisa (numa escala de 0 a 100 pontos, resultados acima de 50 denotam otimismo ou percepção favorável).
De fato, a cada sondagem realizada desde maio de 2009, vêm crescendo sistematicamente as perspectivas de desempenho dos empresários – o indicador subiu 30,5% em um ano. Segundo a FGV/Ibre, este otimismo está fortemente relacionado às perspectivas, também bastante positivas, para o restante da economia. A recuperação do investimento observada desde o segundo semestre do ano passado vem abrindo novas frentes de negócio, além da imobiliária, para os empresários do setor. No entanto, no que tem sido um problema recorrente no país, a expansão da infraestrutura, a oferta de mão de obra qualificada e a capacidade produtiva da indústria ainda não conseguem avançar de forma a garantir a sustentabilidade desse crescimento. O resultado disso é que, mais uma vez, os aumentos de preço e a falta de insumos surgem como ameaça a vôos mais altos da economia e, mesmo com a recuperação plena do nível de atividade do setor, cresceram as preocupações com a evolução da inflação e dos custos setoriais. Os dois indicadores continuaram se deteriorando rapidamente em maio (quedas de 30,3% e 8,5%, respectivamente, no trimestre), ficando próximos de atingir o recorde negativo também observado em 2008 (pontuações abaixo de 50 indicam pessimismo ou perspectiva desfavorável). A despeito da mudança da política monetária que estabeleceu novo ciclo de elevação da taxa de juros, não houve alteração significativa no indicador de dificuldades financeiras. Vale notar que desde novembro de 2009, o indicador atingiu um patamar acima de 50, o que representa, neste caso, uma percepção pessimista.


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Esse blog é destinado, à todos que apreciam a informação, como fonte de cultura e entretenimento.
Desde os primordios das mais primitivas civilizações, o homen sempre se organizou em grupos. Considerou indispensável e necessário os avanços da urbanização, para facilitar e organizar o convivio dessa sociedade em crescente evolução ,bastando lembrar que o bem imovel é o combustivel indispensável e essencial a preservação e desenvolvimento da vida.