segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Guarulhos recebeu R$ 724 milhões em crédito imobiliário da Caixa em 2010

Com crescimento de 72%, investimento na cidade bateu recorde, com a assinatura de 9.270 contratos. O valor do financiamento concedido pela Caixa Econômica Federal (CEF) em Guarulhos (Grande São Paulo) em 2010 bateu recorde histórico, com um total de R$ 724 milhões. De acordo com o balanço do banco, foram assinados 9.270 contratos na cidade no ano.

O valor investido pela CEF representa cerca de 72% a mais do que o do ano anterior, quando a cidade recebeu R$ 420 milhões para 4.367 contratos. A maior parte dos financiamentos de 2010 foi destinada ao programa Minha Casa Minha Vida, com R$ 614,7 para a aquisição de 8.350 unidades habitacionais. Já as contratações com recursos da CEF somaram R$ 110 milhões em empréstimos, com 920 contratos assinados.

Minha Casa…
Mais de 10 mil contratos foram assinados em Guarulhos no Programa Minha Casa Minha Vida, desde seu lançamento, em abril de 2009. Os investimentos do programa na cidade já somam mais de R$ 777 milhões e a expectativa do banco é que os empréstimos cresçam ainda mais em 2011. Fonte: Portal VGV

Mercado imobiliário precisa de novo modelo de financiamento

Impulsionado por bons ventos soprados pelo crescimento econômico e da renda e pela maior oferta de emprego, o mercado imobiliário corre o risco de perder sustentação até o final de 2013. Esse é o prazo estimado pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon -SP), Sérgio Watanabe, para que o modelo atual de financiamento - que utiliza 65% dos recursos da poupança - se esgote.

Embora um estudo da FGV projete a necessidade de construir 23 milhões de moradias nos próximos 12 anos, o alerta preocupa. "É necessário trabalhar agora em iniciativas que tragam alternativas ao modelo atual", adverte o diretor de crédito imobiliário do banco Santander, José Roberto Machado. "As empresas do setor deverão buscar também outras formas de financiamento, com recursos provenientes do mercado de capitais e da securitização de seus recebíveis", afirma.

Hoje, as principais fontes de recursos para o crédito imobiliário no Brasil são a poupança, através do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). De acordo com o presidente do SindusCon-SP, em 2010, a Caixa Econômica Federal (CEF) emprestou R$ 75,9 bilhões para a habitação, num crescimento de 61,4% em comparação com 2009. Somente os recursos da poupança destinados pela Caixa e pelas demais entidades de crédito imobiliário somaram R$ 56 bilhões, 65% a mais do que no período anterior.

As opções mais consistentes apontadas pelo mercado para enfrentar a escassez de recursos são as Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) - aplicações destinadas à pessoa jurídica oferecidas por instituições bancárias médias ou grandes para o financiamento de imóveis. "A tendência desses dois produtos é crescer", afirma Frederico de Souza Lima, sócio-gestor da Angá Asset Management.

Para Sergio Watanade, a securitização - isto é, a venda de carteiras para fundos - já começa a ser preparada pelo mercado financeiro de crédito imobiliário. Para ele, a forma de captação mais promissora e provável em médio prazo é a venda de uma carteira de recebíveis a um investidor institucional brasileiro ou do exterior, garantindo assim os recursos para construção do imóvel.

A securitização nada mais é do que o processo de "empacotar" uma variedade de ativos financeiros ou não-financeiros na forma de títulos que podem ser vendidos em mercado secundário para investidores, via CRI - o principal título de securities imobiliários.
A própria CEF - que em nota oficial afirmou no ano passado "não estar enfrentando dificuldade de funding para dar vazão à atual demanda por crédito imobiliário" - se propôs a testar a venda de CRI em suas agências, num total entre R$ 300 a R$ 400 milhões para avaliação da aceitação do mercado.

Aproximadamente R$ 20 milhões já estariam prontos para uma securitização, com nível de padrão de contratos semelhante e taxas de juros compatíveis com o mercado.

Segundo o Anuário Imobiliário 2010 da Uqbar Educação e Informação Financeira Avançada, empresa especializada em finanças estruturadas, os recursos provenientes do FGTS para o crédito imobiliário saltaram de R$ 16 bilhões, em 2009, para R$ 27,5 bilhões, em dezembro de 2010 - um crescimento de 72% e bem superior à expansão de 47% registrada no exercício anterior.

O total de unidades financiadas aumentou de 424.519, em 2009, para 660.052 em 2010. O volume de recursos vinculados ao SBPE subiu de R$ 34 bilhões para R$ 56 bilhões, na comparação 2009/2010. Os repasses do governo, por sua vez, somaram R$ 48,5 bilhões no ano passado, ante R$ 33,5 bilhões em 2009.

Ainda segundo a Uqbar, em 2010 o crédito imobiliário securitizado via CRI registrou aumento significativo - de R$ 3,8 bilhões para R$ 8,53 bilhões numa elevação de mais de 50%. O crédito corporativo absorveu a maior parte dos recursos securitizados anuais disponíveis: R$ 7,24 bilhões, destinados ao financiamento de imóveis industriais ou comerciais para grandes empresas, ante R$ 1,28 bilhão dos fundos previstos para o crédito residencial.

A captação de recursos via Letra de Crédito Imobiliário (LCI) saltou de R$ 26,2 milhões, em 2009, para R$ 39 milhões em 2010. Paralelamente, o montante em estoque de LCI na CETIP praticamente dobrou entre 2009 e 2010, passando de R$ 15,5 bilhões para R$ 29,2 bilhões.

Para Machado, do Santander, por mais que a securitização de recebíveis imobiliários seja o caminho a ser seguido e incentivado, nem tudo parece resolvido para o setor financeiro. É preciso encontrar o equilíbrio entre indexadores e prazos ao longo de toda a cadeia. "Hoje existem descasamentos estruturais", afirma.

O funding do setor, em sua maioria é indexado à TR, enquanto a demanda dos investidores é por ativos indexados à inflação, o que torna mais complexa a operacionalização. Fonte:Valor

Câmara analisa medida que permite deduzir do IR gastos com compra de imóvel

Despesas com o pagamento de compra de imóvel poderão ser deduzidas do Imposto de Renda. A proposta consta em projeto de lei que está sendo analisado pela Câmara dos Deputados. A ideia do deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), autor do texto, é a de facilitar a compra da casa própria e estimular o setor de construção civil. Para o parlamentar, de acordo com a Agência Câmara, a política habitacional do País precisa de um plano de incentivo que acompanhe o crescimento da população.

O deputado também argumenta que a medida é importante para a retomada do crescimento econômico, pois deve estimular a geração de emprego e renda.

Benefícios
O Projeto de Lei 61/11 estabelece que só terá direito à dedução o contribuinte que adquira a casa exclusivamente para a sua moradia. Aqueles que deixarem de utilizar a unidade como residência ou de seus dependentes, no prazo de cinco anos da aquisição, ou mesmo vender o imóvel durante esse tempo, perderá o direito à dedução e ainda pagará uma multa de 30% sobre os valores efetivamente deduzidos. Além disso, o texto restringe o direito a um único imóvel. Unidades adquiridas por meio do programa Minha Casa, Minha Vida também podem ser beneficiadas. O valor a ser deduzido será limitado ao valor da base de cálculo do imposto apurada na declaração. A medida será analisada pelas comissões de Desenvolvimento Urbano, Finanças e Tributação e Constituição e Justiça e de Cidadania, sem necessidade de passar pelo Plenário. Fonte: InfoMoney

Salão Internacional da Construção
O crescimento da construção civil brasileira não para de atrair a atenção de empresas do setor em todo o mundo. Prova disso é o aumento de área ocupada por expositores internacionais na 19ª edição do Salão Internacional da Construção, em março, no Anhembi, em São Paulo. Destaque para a Itália, que em 2010 estava com 264 m2 e este ano saltou para 400 m2; a Espanha, representada por mais de 20 empresas, contra duas na última edição; e Turquia e México, ambos com crescimento de 30% em área ocupada. Estão na lista também EUA, Emirados Árabes, Alemanha, Reino Unido, Áustria, Malásia, Portugal, Argentina e Turquia. Fonte: Jornal do Commercio

"Corretor" de crédito imobiliário busca taxas em vários bancos

mercado imobiliário cresceu, a concorrência forçou os bancos a reduzirem as taxas, mas aprovar um financiamento habitacional continua sendo um processo burocrático e complicado. Para cuidar disso, o mutuário agora conta com o serviço de consultorias, algumas gratuitas, que orientam na escolha do banco para financiar a casa própria.

Essas empresas costumam indicar as instituições que têm as melhores taxas de juros, dependendo do perfil do cliente e da operação. Também ajudam a preparar a documentação necessária para liberação do empréstimo. O presidente do Canal do Crédito, Marcelo Prata, observa que falta qualificação no atendimento aos clientes, pois muitos bancos entraram nesse mercado com mais força há poucos anos.

"O atendimento costuma ser feito pelo gerente, que normalmente não tem expertise em financiar imóveis." No Canal do Crédito, o serviço é gratuito, e a empresa é remunerada pelo banco que fechar o financiamento. A consultoria pesquisa em seis bancos, Caixa, Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander e HSBC, e indica as duas melhores opções. Simultaneamente, pede documentos do imóvel para verificar em qual linha de crédito ele se encaixa, ou se há restrições ao uso do FGTS.

A consultoria ajuda a reunir documentos. Alguns bancos aceitam extrato do cartão de crédito como comprovação de renda, enquanto outros reconhecem casais homossexuais como cônjuges. "Dependendo do perfil do cliente, já mostramos as instituições mais indicadas. Nosso trabalho só acaba quando o dinheiro bate na conta do vendedor", afirma.

Burocracia
Com bom trânsito nos bancos, as consultorias também costumam ajudar em questões burocráticas. "Os donos do imóvel que eu comprei moravam no exterior. O banco queria a presença deles para assinar o contrato, mas o Canal do Crédito conseguiu que fosse feito por procuração", conta o advogado Marco Antônio Jr.

Na Sagace, onde é possível pesquisar as taxas de dez bancos, o serviço funciona de forma semelhante. A consultoria e orientação jurídica custam R$ 700 e o serviço de despachante sai por R$ 400. Segundo Raphael Rottgen, sócio da Sagace, a consultoria busca sempre taxas melhores que as oferecidas. "Como trabalhamos diretamente com os bancos, e nosso volume está crescendo, a gente tem mais espaço para explicar o perfil dos clientes e negociar."

A Sagace (financiarcasa.com.br) já atendeu 2.000 clientes desde 2009. Criado no mesmo ano, o Canal do Crédito (canaldocredito.com.br) soma 10 mil e espera chegar a 500 mil neste ano. Fonte: Folha de S. Paulo

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Brasil deve receber US$ 2 trilhões em investimentos até 2014

A economia brasileira deve receber US$ 2 trilhões em investimentos (cerca de R$ 3,4 trilhões) nos próximos quatro anos, segundo o presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Ele disse que, com isso, o nível de investimento no país chegará a 23% de seu Produto Interno Bruto (PIB). Hoje, ele não chega a 20%.

“O total de investimentos projetados para a economia brasileira até 2014 é de US$ 2 trilhões” , afirmou hoje (22) Coutinho, durante a abertura do 1º Fórum de Mercado de Capitais Brasil-China, na capital paulista. “O que não nos falta é uma firme perspectiva de investimento para o futuro.” De acordo com Coutinho, desse total, metade já foi mapeada pelo BNDES.

Os aportes serão feitos em vários setores da economia nacional. Em sua palestra no evento, Coutinho disse que aumentar os investimentos é um dos desafios para manutenção do crescimento do Brasil. Ele disse, entretanto, que está otimista e que o PIB deve crescer 5% ao ano nos próximos cinco anos.

Coutinho também destacou como desafio o combate à inflação e afirmou que o governo não permitirá uma elevação de preços acima da prevista pelas metas do Banco Central (4,5% ao ano, com margem de 2 pontos para baixo e para cima). “O governo está atento e não permitirá a propagação inflacionária que ameace o regime de metas”, disse.Fonte: Portal Copa 2014

Construção civil: indicador de atividade tem menor nível registrado

O indicador do nível de atividade marcou 47,2 pontos, o que representa queda de 3,8 pontos frente a dezembro de 2010. É a primeira vez, desde o início da pesquisa, que o indicador de evolução do nível de atividade ficou abaixo de 50 pontos. Na avaliação por setor, todos os segmentos tiveram queda, com destaque para o de serviços especializados, que despencou de 51 pontos em dezembro de 2010 para 46,2 pontos em janeiro deste ano.

Entre as grandes empresas, o nível de atividade chegou a 49 pontos, enquanto nas médias ficou em 47,8 e nas pequenas, em 44,6. Vale lembrar que indicadores acima de 50 pontos indicam crescimento e abaixo deste patamar, queda.

Segundo o levantamento, em janeiro, o nível de atividade acima do usual ficou em 51,6 pontos. As grandes empresas apresentaram indicador de 53,4 pontos. Nas pequenas e médias, foram registrados 48,5 pontos e 52,6 pontos, respectivamente.

Expectativas
Apesar do recuo no nível de atividade atual, os empresários da construção civil estão mais otimistas para o futuro, já que a expectativa deles sobre o nível de atividade para os próximos seis meses passou de 61,9 pontos em janeiro para 63 pontos em fevereiro. O indicador varia de 0 a 100 pontos e valores acima de 50 pontos representam expectativa positiva dos empresários.

O otimismo é maior entre os empresários das grandes empresas, cujo indicador ficou em 66,8 pontos, seguidos pelos das médias empresas, com 62,2 pontos, e das pequenas, com 59,7 pontos.

Novos empreendimentos e serviços
Em relação aos novos empreendimentos e serviços, os empresários também estão mais otimistas, com o indicador marcando 63,3 pontos em fevereiro, contra 62,8 pontos um mês antes.
As empresas de grande porte são novamente as mais confiantes (68,8 pontos), enquanto as médias e pequenas registraram 62,3 e 58,6 pontos, respectivamente.

Devido ao crescimento no otimismo, as empresas do setor pretendem aumentar as compras de matérias-primas: o índice de expectativa passou de 59,9 pontos para 61,5 entre janeiro e fevereiro. As grandes empresas se destacam na compra de insumos, com este indicador chegando a 65,9 pontos. As médias empresas marcaram 60,9 pontos e as pequenas, 57,5 pontos. Fonte: InfoMoney

Mercado imobiliário tem pressão inflacionária de custos

O mercado imobiliário brasileiro vive uma pressão inflacionária de custos, que se reflete nos preços dos imóveis, afirmou o professor de Real Estate da Poli/USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), João da Rocha Lima Jr. “Nós estamos em uma situação complexa de preços. A incapacidade de ter uma visão mais clara da inflação de custos fez os preços subirem”, afirmou ele, que disse ainda que os preços no mercado imobiliário estão inadequados e não condizem com os custos

Outro motivo para este aumento de preços é a pressão exercida pelos recursos estrangeiros que entram no mercado imobiliário brasileiro. “Tem muita disputa e os preços vão para cima”, disse Lima Jr.

Mercado residencial
De acordo com ele, no mercado residencial, os preços estão para cima, não por conta de um descompasso entre demanda e oferta nem por especulação, mas porque os custos estão para cima.

Entre as evidência para isso, está o fato de os empreendedores atenderem à demanda orgânica e não focarem em investidores. “Percebo empresas vendendo para o consumidor final”, destacou o professor.

Ele disse ainda que, em alguns casos, as margens dos empreendedores está alta, mas que isso não acontece na maior parte das vezes, já que o Brasil é um mercado de grandes empresas, em que não há espaço para a “aventura de testar preços”.

Retração no residencial
Uma possível retração do mercado imobiliário residencial brasileiro pode acontecer com a falta de recursos para o crédito habitacional. Com isso, a demanda cairia e, em consequência, os preços. Uma das alternativas seria, na opinião de Lima Jr., a securitização.

“Se houver aumento da demanda na mesma proporção dos últimos anos, vai faltar recursos. A securitização é uma alternativa. Entrar ou não nisso não é uma questão técnica, o Brasil sabe fazer, é problema de demanda pela securitização. Os fundos de pensão no Brasil hoje são pequenos. Se o Brasil continuar se posicionando bem, conseguirá, mas recurso de longo prazo está fraco no País”, disse o professor. Fonte: InfoMoney

Boom imobiliário rodeia as marginais

A cidade de São Paulo teve 29.788 unidades residenciais lançadas entre janeiro e novembro de 2010. Dessas, 8% estão a até 500 metros dos rios Pinheiros e Tietê - onde, para especialistas, não deveria haver construções. As várzeas dos rios são importantes para o escoamento adequado da água das chuvas, dos próprios rios e dos seus afluentes.

Com as construções aumentando nas margens, o risco de enchentes também cresce. Os novos prédios chegaram até o Pinheiros e o Tietê por causa do boom imobiliário e do esgotamento de terrenos livres nas áreas nobres.

"O boom inflacionou o preço da terra. Áreas que não eram valorizadas passaram a ser alvo das construtoras. Hoje, áreas de várzea são ocupadas por prédios de classe média alta. Com isso, a gente vê cada vez mais bairros de classe média afetados por enchentes", diz Roberto Braga, especialista da Unesp em planejamento territorial. As enchentes, para Braga, têm uma relação direta com o boom.

Porém, a ligação está na forma como a expansão imobiliária é feita, e não com a quantidade de novos imóveis, em números absolutos. "Seria necessário pensar na drenagem da água ao construir a cidade. E isso não é feito adequadamente", completa o geógrafo Eduardo José Marandola, pesquisador da Unicamp. São Paulo está erguida sobre uma bacia de 281 rios, córregos e ribeirões, fora os lençóis freáticos.

O Tietê, por exemplo, é um rio espraiado, que precisa de espaço para correr, pois não tem profundidade nem calha definida. "A marginal Tietê e as construções próximas a ela estão na área que é do rio, logo, estão mais suscetíveis a enchentes", diz Marandola. O engenheiro Paulo Andrade, que comprou um apartamento de R$ 550 mil nas margens do entroncamento dos rios Pinheiros e Tietê, sabe disso.

Mesmo com bombas de drenagem instaladas nas garagens, houve alagamento em um subsolo do edifício. "Quando comprei o apartamento, pensei que a proximidade do rio poderia ser um problema. Mas me garantiram que não seria", conta. O imóvel dele é uma das 2.394 unidades lançadas perto das marginais em 2010.

Rumo ao risco
A matemática do boom imobiliário tem outro resultado desastroso: com o encarecimento da terra, populações de baixa renda seguem cada vez mais para a periferia e, consequentemente, para áreas de risco de enchentes e de desmoronamentos. "E a infraestrutura necessária para essas populações também vai junto", completa a engenheira agrícola Andrea Ferraz Young, que estuda populações na Unicamp.

Além disso, mais prédios na cidade significam mais impermeabilização do solo. Sem ter como escoar sobre tanto cimento, as águas das chuvas viram enchente. Fonte: Folha de São Paulo

Imobiliárias e construtoras têm dia 28 para entregar Dimob

O prazo para entrega da declaração com a qual a Receita Federal verifica se operações como a compra e o aluguel de unidades imobiliárias, valores recebidos e as datas das transações foram as mesmas declaradas pelo contribuinte termina no dia 28. Além da Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob), a Receita usa várias fontes para cruzar os dados constantes na declaração do Imposto de Renda, como registros em cartório e gastos com despesas médicas e cartão de crédito.

Este ano, o prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2011 começa daqui a uma semana, no dia 1º de março, e vai até 29 de abril.

A Dimob deve ser apresentada por empresas imobiliárias, construtoras e incorporadores sempre no último dia útil de fevereiro, com as informações do ano anterior, conforme a Instrução Normativa 694, de 2006.

A pessoa jurídica que deixar de apresentar a Dimob no prazo estabelecido ou que apresentá-la com incorreções ou omissões pagará multa de R$ 5 mil ao mês. E, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta, a multa é de 5%, não inferior a R$ 100 do valor das transações comerciais. A omissão de informações ou a prestação de informações falsas na Dimob também configura hipótese de crime contra a ordem tributária, previsto no Artigo 2º da Lei nº 8.137, de 1990. Fonte: DCI

Cyrela usará o Facebook para reforçar suas vendas on-line

A tecnologia já garante seu espaço até mesmo na hora de realizar o "sonho da casa própria". Segundo uma pesquisa viabilizada pelo Google, 88% dos consumidores brasileiros têm o primeiro contato com o imóvel usando a internet.

Não é à toa que 18% das vendas totais da incorporadora Cyrela são realizadas pelo site da companhia, número que deve crescer neste ano com a inserção do Facebook, nesta semana, nos planos de venda da empresa.

A ferramenta americana que integra mais de 500 mil usuários no mundo e tem valor estimado em US$ 50 milhões é a nova aliada da Cyrela. Fonte: Brasil Econômico

Fundos pegam carona no boom imobiliário

À medida que os imóveis vêm se valorizando mais do que qualquer aplicação de renda fixa - alta de 95% no Rio de Janeiro e 79% em São Paulo nos últimos três anos, segundo o recém-criado índice Zap Imóveis, em movimento que, segundo os analistas, deve perdurar, ainda que em ritmo mais lento, o mercado financeiro cria mais produtos para os investidores que querem aplicar no setor, mas com a devida intermediação profissional.

Por meio dos Fundos Imobiliários, o investidor pode obter uma renda mensal, sem precisar desembolsar uma grande quantia para a compra de um imóvel. O rendimento obtido é isento de Imposto de Renda, desde que o fundo tenha pelo menos 50 cotistas e que o investidor não detenha mais de 10% do total de cotas emitidas. O retorno desses fundos têm oscilado numa faixa de 7% a 9% ao ano.

Para o gerente nacional de Fundos Especiais da Caixa, Vitor Hugo dos Santos Pinto, o panorama para os Fundos Imobiliários é o mesmo do setor de construção. "A perspectiva é favorável para todas as áreas: residencial, logística e comercial".

No ano passado, a Caixa vendeu R$ 65 milhões em títulos, pagando taxa real de 12% ao ano. Os recursos obtidos têm sido usados para a construção da nova sede da Cedae, no Centro do Rio.

Os Fundos Imobiliários são condomínios fechados de cotas lastreadas em imóveis, que podem estar em fase de desenvolvimento ou prontos. Os fundos podem comprar um terreno e erguê-lo, revitalizá-lo, alugá-lo já pronto ou ser apenas voltado para aquisição de títulos do setor. Esses imóveis podem ser hotéis, shopping centers, edifícios comerciais, comerciais, escolas, loteamentos. Fonte: Jornal do Commercio

Demanda crescente pelo crédito imobiliário

Os números do mercado imobiliário impressionam. Acostumados que éramos a lidar com baixas cifras, passar a pensar em dezenas de bilhões de reais tem gerado expectativas e também boa dose de responsabilidade.

Uma das preocupações do setor vem de uma possível carência de recursos no prazo de quatro anos. O dinheiro da poupança e do FGTS – principais fontes destinadas à produção e aquisição de imóveis – mostram indícios de insuficiência.

Chegar em 2014 com a linha do crédito imobiliário robusta requer debates imediatos sobre o reforço na destinação da poupança e de fundings alternativos.

Segundo a Caixa, suas cotas de financiamento médio (LTV) ao final de 2010 eram de 68% para o SBPE e 73% para o FGTS. Dos seus imóveis financiados, 44% tinham valor inferior a R$ 50 mil e 5% valor superior a R$ 200 mil.

Isso demonstra aderência ao perfil do déficit habitacional, que deverá ser enfrentado ao longo dos próximos 15 anos.

Neste momento, temos de intensificar os estudos e as discussões com os bancos públicos e privados, a Abecip e as securitizadoras, a fim de promover ajustes legais e culturais para estimular a sinergia entre o SFH (Sistema Financeiro de Habitação) e o SFI (Sistema Financeiro Imobiliário).

Os Fundos de Pensão acumulam mais de R$ 600 bilhões, as reservas técnicas das seguradoras outras centenas de bilhões e os investidores estrangeiros querem boas alternativas.

As LCI (Letras de Crédito Imobiliário), os CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e todo o segmento de securitização de recebíveis são instrumentos a serem divulgados, pois dão liquidez imediata às receitas futuras dos empreendimentos.

Ainda, os Covered Bonds, títulos lastreados na carteira imobiliária dos bancos, permitem a eles utilizarem recursos adicionais de tesouraria ou de investidores para financiar imóveis e melhorar seus resultados.

Outro aspecto que merece atenção é o reajuste dos preços. De 2005 a 2010, na cidade de São Paulo, o valor médio de área lançada registrou incremento de 62%, enquanto a inflação do INCC limitou-se a 48% acumulado no período.

Isso se deve ao forte e rápido aquecimento após longos anos de estagnação do setor. Agora, os preços atingiram o limite na escalada de alta e não sofrerão grandes mudanças, meramente acompanhando os índices da inflação e eventuais flutuações tópicas de procura em quarteirões específicos de bairros especiais. E com a demanda estável, não há tendência de preços inflacionados.

O cenário futuro é de mercado sólido e estável, sem risco de “bolha”, pois há demanda e o nosso sistema financeiro é rígido na concessão de créditos para empresários e compradores. Resta um alerta: comprar imóvel é sempre bom, desde que seja para morar, instalar uma empresa ou alugar a unidade.

Para aqueles que buscam especular, a recomendação é: não comprar. O especulador deve permanecer no mercado de papéis, moedas e derivativos. Imóvel como investimento é complemento de renda e de aposentadoria tão somente.

João Crestana é presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e da Comissão Nacional da Indústria Imobiliária da CBIC

Aumenta a procura por apartamentos compactos

Em 2010, foi registrada uma demanda reprimida por imóveis compactos e bem localizados, na cidade de São Paulo. Este ano, o cenário não será diferente, diz setor. Por muitos anos, as incorporadoras ofereciam apartamentos de três ou quatro dormitórios para atender a uma demanda de pessoas e investidores interessados em unidades mais espaçosas para famílias com dois ou três filhos.

Atualmente, o cenário imobiliário mudou e já houve um crescimento no número de pessoas sozinhas que querem comprar o primeiro imóvel. O novo perfil de famílias menores, solteiros, divorciados e idosos, fez aumentar a procura por apartamentos compactos de até dois dormitórios.

“Há uma demanda por imóveis compactos e bem localizados, principalmente nas regiões centrais das cidades. Como o objetivo das incorporadoras é atender esse público, a disputa por terrenos bem localizados ficou ainda mais acirrada”, explica Marcos França, diretor comercial da Requadra Desenvolvimento Imobiliário.

Os imóveis de dois dormitórios foram os que tiveram destaque nas vendas de novembro de 2010. Segundo informações do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), 1.431 unidades foram negociadas, representando 41% dos imóveis vendidos no mês. Já os de três dormitórios tiveram 977 vendidas, com 29,9%.

Com as vendas das unidades de dois dormitórios em crescimento, as incorporadoras passaram a explorar esse mercado que, por muitos anos, ficou abandonado, principalmente em empreendimentos bem localizados, próximo a estações de metrô, ao centro das cidades e regiões de fácil acesso. “Em 2009, um ano antes deste “boom”, tivemos um empreendimento com 256 unidades vendido em menos de duas horas, próximo ao centro.

Devido ao sucesso, em dezembro de 2010, lançamos outro empreendimento ao lado e o resultado foi igual, mais de 50% das unidades vendidas na madrugada do lançamento”, ressalta França.

Atentos a esse potencial, as incorporadoras passaram a explorar as regiões centrais com unidades compactas. Mercado esse que por muitos anos não foi atendido, já que nas regiões centrais, principalmente, só havia apartamentos mais antigos, sem garagem ou nenhum tipo de lazer.

Depois desta aceleração, compradores e investidores já contam com inúmeras opções de um e dois dormitórios, o que elevou a disputa por terrenos bem localizados, fazendo com que as negociações para esse tipo de apartamento ficassem mais acirradas. A alta se equipara ao comportamento de grandes cidades européias onde a disputa por apartamentos compactos e bem localizados se dá pela infraestrutura de transporte, cultura e lazer.

Pelo fato de alguns ambientes estarem cada vez menores, a exemplo das áreas de serviço, a Requadra inovou nos empreendimentos, principalmente naqueles localizados na região central. Implantou nas áreas comuns dos prédios lavanderia e vestiário para empregados, e em alguns deles, até o home office, tornando uma extensão do apartamento.

“Pensamos numa área onde os moradores pudessem receber pessoas relacionadas ao trabalho num espaço comum e não no apartamento. Mais privacidade e comodidade para quem quer receber grupos maiores de pessoas.”, ressalta Marcos França. Fonte: Portal VGV

Novos índices vão acompanhar a variação de preços dos imóveis

O crescimento do setor imobiliário fez surgir a necessidade de um acompanhamento cada vez mais próximo dos preços de imóveis no país. Na última quinta-feira, o portal Zap e a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) lançaram um índice inédito que vai apontar a variação dos preços de compra e venda e do valor dos aluguéis residenciais em seis capitais e no Distrito Federal. A base está cerca de 200 mil anúncios mensais publicados no portal.

Batizado como FipeZap, o novo índice medirá o desempenho do mercado desde janeiro de 2008. No período, os imóveis ficaram 80% mais caros na média nacional, sendo que a maior taxa foi registrada no Rio (95%). As informações podem ser consultadas, através da internet, por qualquer interessado, no endereço www.zap.com.br/imoveis/fipe-zap.

Usuários poderão fazer pesquisas detalhadas
O portal de imóveis é uma parceria entre o GLOBO e o jornal "O Estado de S. Paulo" e constitui a maior base de anúncios imobiliários do país. A metodologia do índice FipeZap foi desenvolvida pela Fipe, observando o valor médio do metro quadrado no Rio e em São Paulo, Brasília, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte e Salvador. O próximo passo é estender o serviço às demais capitais.

Os usuários podem pesquisar a evolução dos preços por mês, ano e por todo o período, detalhando as variações de acordo com o número de quartos dos imóveis. Também é possível comparar o FipeZap com outros indicadores, tais como IGP-M, IPCA e INCC.

Vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider acredita que o novo índice será benéfico para um mercado que ainda tem muito que crescer: “- Ele vai ajudar a compreender o mercado. O viés é bastante positivo”.

Outro indicador que surge agora, por conta do crescimento da economia, é o Índice Geral do Mercado Imobiliário - Comercial (IGMI-C) lançado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) há duas semanas. Ele vai medir a rentabilidade dos imóveis comerciais no país e será divulgado a cada três meses, servindo como referência para o rendimento do investimento no setor. A taxa do primeiro trimestre sairá em abril.

A despeito da criação dos novos índices, o governo federal voltou a alertar, na semana passada, para a necessidade de se criar um índice de preços oficial para o setor. O novo indicador já estaria sendo negociado. A iniciativa foi motivada pela alta generalizada nos preços dos imóveis em todo país, a partir de 2009.

Segundo dados já disponíveis no portal Zap, o valor médio de venda de um imóvel no Rio subiu 94,7% de janeiro de 2008 a janeiro de 2011. Em 12 meses, a alta foi de 40,5%. Já em São Paulo, o aumento registrado em três anos chegou a 79,2% e, em 12 meses, atingiu 24%.
Imóveis de um quarto tiveram a maior variação.

Ainda no Rio, nos últimos três anos, os imóveis de um quarto foram os que tiveram a maior variação (104,6%), seguidos pelos de dois (93,9%), três (90,8%) e quatro (74,8%). Em 12 meses, os de três quartos registraram a maior alta (43,7%), seguidos pelos de um quarto (43,5%), dois (37,8%) e quatro (32,7%).

Entre os apartamentos ofertados para aluguel, a média registrada de janeiro de 2008 a janeiro de 2011 foi de 63,1%. Em um ano, a variação chegou a 27,1%. Os imóveis de um quarto tiveram as maiores altas. Em três anos, de 76% e, em 12 meses, 42,2%. O Globo

Preço dos apartamentos de três dormitórios foi o que mais subiu em SP

O preço médio do metro quadrado dos apartamentos usados em São Paulo aumentou 1,7% em janeiro, segundo o novo indicador elaborado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisa Econômica) e pela Zap Imóveis, que trata de unidades anunciadas e residenciais. Os imóveis de três dormitórios foram os que apresentaram a maior variação, de 2%.

Em São Paulo, as unidades de dois dormitórios também registraram variação acima da média, de 1,8%, seguidas pelas de quatro dormitórios (1,7%) e de um dormitório (1,1%).

A variação registrada em janeiro na região foi menor que a verificação em dezembro, quando o preço médio do metro quadrado dos apartamentos ficou 2,1% maior. Em 12 meses, essas unidades ficaram 24% mais caras.

Outras regiões
Considerando os sete municípios analisados pela Fipe, o do Rio de Janeiro foi o que apresentou a maior alta em janeiro, de 2,8%, a maior elevação de dezembro (3%) e também a maior dos últimos 12 meses (40,5%).

Na região, o destaque ficou com os preços dos imóveis de três dormitórios, que subiram 3% no mês passado, e com os valores das unidades de um dormitório, que encareceram 2,8%. Já os imóveis de duas unidades registraram incremento de 2,7% e os de quatro dormitórios, de 2,6%. Fonte: Infomoney

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Brasileiro tem 20% dos imóveis estrangeiros nos EUA

O Brasil já se destaca como um dos maiores compradores de imóveis nos Estados Unidos (EUA). De acordo com o grupo americano de imobiliárias Prudential Douglas Elliman, essa tendência tende a aumentar nos próximos anos, dizem os sócios do grupo Fredrik Eklund e John Gomes, que falaram ao DCI. Segundo eles, dos US$ 35 milhões de vendas para estrangeiros, o Brasil representa 20% dos negócios.

"Um brasileiro recentemente comprou um apartamento por US$ 13 milhões no número 15 da Central Park West, onde se encontram alguns dos apartamentos mais caros da cidade de Nova York. Personalidades como Sting, Denzel Washington e o CEO da Goldman Sachs, Lloyd Blankfein moram nesse prédio, mas a maioria das vendas é de US$ 2 a 3 milhões", diz.

De acordo com os executivos, a procura de brasileiros por novos imóveis começou em 2010. "Nós começamos a ser contatados por brasileiros na primavera de 2010 e o número de pedidos aumentou durante o verão e o outono", afirmou Gomes, que lembrou que a crise norte-americana e o crescimento da economia brasileira, também foram fatores importantes para esse dado.

Ainda sem decisões tomadas, Eklund afirmou que laços estão sendo realizados no Brasil, em busca de parcerias. "Devido ao aumento do número de compradores do Brasil no mercado de imóveis de NYC, estamos melhorando a relação através dos relacionamentos que cultivamos no Brasil.

Nós estamos entrando em contato com imobiliárias no Rio e São Paulo com o objetivo de criar parcerias estratégicas. Nos também temos compradores interessados em comprar imóveis no Brasil, o que e considerado um investimento sólido".

Com relação aos compradores chineses, Gomes foi enfático, "O que eu posso te dizer é que nos tínhamos um grande número de compradores da China no Mercado de NYC. Esse volume esta decaindo ao mesmo tempo que o número de compradores brasileiros esta aumentando, por isso nossa aposta", como disse o executivo.
De acordo com João Crestana, presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP) a economia brasileira impulsiona compras e vendas dentro e fora do Brasil. "Não são apenas os estrangeiros que voltaram os olhos para compras e construções no Brasil, os brasileiros também mostram interesse em aquisições fora do Brasil", afirmou Crestana.
Compras em São Paulo
Toda a movimentação imobiliária mundial também tem reflexos no Brasil, só na capital paulista, as vendas de imóveis novos caíram 12,4% em dezembro em relação ao mesmo mês de 2009, informou o Secovi-SP. No total, foram vendidas 4.960 unidades no último mês do ano passado. Em relação a novembro, as vendas cresceram 51,7%. Na região metropolitana de São Paulo, que reúne 38 municípios e a capital, foram comercializados 7.108 imóveis em dezembro, o que indica uma alta de 12,8% em relação a novembro.
Entre os imóveis comerciais, no último mês de 2010, foram lançados na região metropolitana 2 351 conjuntos comerciais, com área total de 221,5 mil m². O número de conjuntos colocados em oferta em dezembro representou 31,6% do total de 7.445 conjuntos lançados em 2010 na região metropolitana. Em área útil, os imóveis com até 130 m² foram 95,9% das vendas no último mês do ano.
Aquisição
No caso das companhias estrangeiras, a onda ainda segue forte no setor de imóveis com fusões e aquisições, como a CB Richard Ellis que assinou um acordo definitivo com o ING Group por US$ 940 milhões para comprar a maior parte dos negócios com investimentos imobiliários do grupo holandês. A transação inclui as operações do ING Real Estate Investment Management (ING REIM) na Europa e na Ásia e também a operação da Clarion Real Estate Securities (CRES), nos Estados Unidos. Em custos adicionais, com financiamento e integração, a empresa deve gastar US$ 150 milhões.
Pelo contrato, a CB Richard também irá adquirir cerca de US$ 55 milhões em co-investimentos realizados no CRES. A operação da ING nos Estados Unidos não foi incluída na negociação e o grupo revelou que tem interesse em outros fundos geridos pelo ING REIM na Europa e Ásia.
Segundo comunicado, o acordo deve ser concluído durante o segundo semestre e as unidades adquiridas serão integradas à divisão de gerenciamento de investimentos globais da CB Richard Ellis, a CBRE Investors, que continuará a operar normalmente.
No final de 2010, os ativos administrados pelo ING REIM eram cerca de US$ 59,8 bilhões, enquanto os gerenciados pela CBRE Investor totalizaram US$ 37,6 bilhões. Fonte: DCI

CB Richards compra negócios do ING

A CB Richard Ellis comprou por US$ 940 a maior parte dos negócios com investimentos imobiliários do ING Group. A transação inclui as operações do ING Real Estate Investment Management (ING Reim) na Europa e na Ásia e também a operação da Clarion Real Estate Securities (Cres), nos Estados Unidos. Em custos adicionais, com financiamento e integração, a empresa espera gastar mais US$ 150 milhões.

Pelo contrato, a CB Richard também irá adquirir cerca de US$ 55 milhões em co-investimentos realizados no Cres. A operação da ING nos Estados Unidos não foi incluída na negociação e o grupo revelou que tem interesse em outros fundos geridos pelo ING Reim na Europa e Ásia. Fonte: Monitor Mercantil

Valor de fundos imobiliários dobra em um ano

O valor consolidado de capitalização de mercado do setor de Fundos de Investimento Imobiliário (FII) duplicou no último ano. Foi de R$ 4,1 bilhões em dezembro de 2009 para R$ 8,1 bilhões no final de 2010, segundo levantamento da Uqbar, empresa especializada em dados sobre securitização. Em dezembro, quando sete desses fundos passaram a ter suas cotas negociadas no mercado secundário, o valor aumentou em R$ 2,2 bilhões.

O crescimento se deve à emissão de novos fundos e de novas cotas e, de forma complementar, à valorização de preço das cotas, segundo afirma Pedro Junqueira, sócio da Uqbar. No final de 2010, o valor era composto pela capitalização de 44 fundos imobiliários, 18 a mais que em dezembro do ano anterior.

A maior contribuição individual para o aumento no valor veio do Brazilian Capital Real Estate Fund I, que, depois da emissão secundária, no final de 2010, atingiu a capitalização de R$ 1,1 bilhão. Cerca de 91% dos fundos são compostos de imóveis e destes, 54,4%, no valor de R$ 4,05 bilhões, investem em prédios de escritório.

Em segundo lugar, dentre os que alocam recursos em imóveis, estão os que focam em lojas de varejo e shopping centers. Eles representam 19,6%, com recursos de R$ 1,46 bilhão. Há ainda FII dedicados a títulos de renda fixa, com cotas negociadas no mercado secundário, o que não existia até dezembro de 2009. Fonte: Folha de São Paulo

Recorde de financiamentos de imóveis faz aumentar valor do metro quadrado em SP

O valor médio do metro quadrado é o mesmo de Toronto e Barcelona. Os preços dos imóveis subiram muito 62% nos últimos seis anos. Foi quando o mercado imobiliário encerrou um período de estagnação. O preço médio do metro quadrado em São Paulo está no primeiro mundo , bem caro, graças ao recorde de financiamento de imóveis. Toronto, Barcelona, São Paulo. Em comum, as três cidades têm o valor médio do metro quadrado. Cerca de R$ 5 mil.

Os preços dos imóveis subiram muito 62% nos últimos seis anos. Foi quando o mercado imobiliário encerrou um período de estagnação.
“E em 2000, surgiu o credito imobiliário, bancos fortes e inflação domada e, mais do que tudo, as famílias com renda. Isso permitiu que mais pessoas comprassem e os preços se recuperaram”, explica João Crestana, presidente do Secovi.

E a recuperação veio bem forte. Mais de um milhão de imóveis foram financiados com recursos da poupança ou do FGTS. Um aumento de 57% em relação ao ano anterior. Ao todo, foram emprestados mais de R$ 83 bilhões no ano passado. Um recorde histórico.
Um apartamento vago é um bom exemplo de como o mercado está aquecido para comprar e vender imóveis em São Paulo. Em dois anos, o preço duplicou e é por isso que o proprietário nem pensa em alugar. Isso explica porque no prédio, no bairro e em toda a cidade faltam imóveis vagos para aluguel.

Ana Paula e Rafael não sabem se casam ou se esperam um pouco mais. “A gente está procurando apartamento há quatro meses, mas está complicado", diz Ana Paula.
“Nosso orçamento é de no máximo R$ 250 mil e não é o que a gente está vendo por aí”, fala Rafael.
O especialista em mercado imobiliário João Crestana têm uma boa notícia para o casal. “Os preços admitiam subir, hoje a tendência é que eles permaneçam no patamar que está mostrando hoje”, fala. Fonte: Jornal da Globo

Crédito precisa ficar mais fácil para impulsionar vendas de imóveis

A venda de apartamentos populares continuará a ter destaque no mercado imobiliário em 2011, mas para isso a liberação de crédito terá de ficar mais rápida e fácil, segundo avaliação do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), que consta de estudo divulgado nesta segunda-feira (14).

Segundo o estudo, os imóveis de dois dormitórios sem elevador e de perfil econômico lideraram os lançamentos no interior de São Paulo nos últimos anos; entre os fatores a ajudar esse resultado está a facilidade para conseguir crédito bancário – além do programa Minha Casa, Minha Vida e do aumento da renda das famílias das classes C e D.

No ano passado, a linha de financiamento habitacional da Caixa Econômica Federal fechou 2010 com contratações de R$ 77,8 bilhões - expansão de 57,2% em relação a 2009. Desse total, R$ 27,7 bilhões foram realizados com recursos da poupança, respondendo por 203,9 mil moradias.

De acordo com o Secovi-SP, o lançamento e as vendas de imóveis de luxo e aqueles voltados para a classe média-alta deverão permanecer estáveis, e a oferta de imóveis residenciais e salas comerciais para locação também é uma das tendências do mercado imobiliário para este ano.

Nos próximos 12 anos, o Brasil vai precisar de 900 milhões de metros quadrados de terrenos urbanos para construir algo em torno de 24 milhões de moradias, conforme estimativa do estudo Construbusiness Fiesp 2010.

O Secovi destaca que cidades compactas, com trabalho, moradia e lazer próximos, solucionando, em boa parte, os problemas de mobilidade é um modelo adotado mundialmente. O estabelecimento de boas regras de ocupação urbana, compacta e sustentável,- é a forma de manter o sucesso das políticas de desenvolvimento imobiliário e das cidades.

Na capital, zona leste tem mais ofertas

O aumento no teto dos financiamentos habitacionais para famílias com renda de até R$ 4,97 mil – de R$ 130 mil para R$ 170 mil – ‘colocou’ no mercado 7.083 unidades na região metropolitana de São Paulo. O novo quadro também poderá viabilizar o lançamento de outras 14 mil até o final do ano, conforme previsão do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

Os financiamentos para esse segmento da população e esse tipo de imóvel (mais popular) contam com juros mais baixos, de 5% para quem ganha até R$ 2,79 mil, e de 6% desse valor até R$ 4,97 mil. As novas regras valem para todos os financiamentos disponíveis na Caixa Econômica Federal.

No Minha Casa, Minha Vida, que tem o mesmo teto de financiamento (mas só vale para imóveis novos), além dos juros baixos, as famílias ganham subsídio de até R$ 23 mil, isenção nos custos de cartório e têm proteção do fundo garantidor, um conforto também para o incorporador.

"Na faixa de até R$ 160 mil, conseguíamos lançar, mais ou menos, 12,5 mil unidades por ano desde 2007, o que significava um terço das unidades lançadas na cidade a cada ano. No ano passado, esse número caiu para 8 mil, ou um quinto do total, por conta de restrições do Plano Diretor e porque havia um ‘descasamento’ do comprador com o programa", diz o presidente do Secovi-SP, João Crestana.

Segundo ele, o novo teto corrige o problema, permitindo ao mercado recuperar a produção. "Esperamos chegar a 14 mil unidades populares neste ano."
Sergio Watanabe, presidente do Sindicato da Construção de São Paulo (SindusCon-SP), conta que muitos incorporadores e construtores têm projetos na gaveta – pois esperavam esse aumento – que agora sairão do papel. "Além disso, a venda dos que já estão lançados será mais fácil, porque coloca um número maior deles dentro do programa", acrescenta.

Radiografia
As 7.083 unidades a venda por até R$ 170 mil aparecem na radiografia da Geoimovel, que levantou o estoque na região metropolitana de São Paulo. Desse total, 1.667 estão na cidade de São Paulo, quase todas (1.320) concentradas na zona leste.
"Do que foi lançado em 2010 no valor de até R$ 130 mil, que era o teto anterior, não sobrou praticamente nada", diz o diretor corporativo da Geoimovel, Marcelo Morali. O mercado vendeu 73% de tudo o que foi lançado em 2010, um desempenho considerado muito bom por Morali.

A pesquisa considerou os lançamentos feitos a partir de 2006 e encontrou 200 lançamentos, 24 horizontais e 176 verticais. Destes, 138 ainda têm unidades para vender. "A maior parte deles – 125 – são de prédios, contra 13 de condomínios de casas", conta a engenheira responsável pela pesquisa, Harumi Inaoue.

Ela ressalta que apesar de São Paulo ter o maior número de unidades, elas estão localizadas nos distritos mais periféricos da zona leste, que concentra 1.320 imóveis dos 1.667 encontrados na cidade. "Isso vai gerar uma movimentação na cidade. Muitas famílias serão obrigadas a mudar de bairro ou mesmo de cidade", avalia.

Preços
O valor do metro quadrado nas regiões onde estão as unidades varia de R$ 1,9 mil, em Ferraz de Vasconcelos, a R$ 3 mil, em São Bernardo do Campo, cidade que concentra o segundo maior número de unidades para financiamentos subsidiados. São 813 unidades em dez lançamentos. Já em Ferraz de Vasconcelos, existem apenas 40 unidades, de dois empreendimentos.

Cotia está no terceiro lugar entre os mais ofertados, com 665 imóveis de nove empreendimentos, a um preço médio de R$ 2,28 mil o m². Em São Paulo, esse valor sobe um pouco, para R$ 2,31 mil. A cidade que tem o segundo maior preço é Arujá, onde o m² dos imóveis populares está, em média, em R$ 2,94 mil.

Dos 39 municípios que compõem a região metropolitana de São Paulo, a radiografia encontrou imóveis populares à venda em apenas 21 deles.

Segundo Molari, da Geoimovel, na hora de comprar uma casa, as pessoas tendem a permanecer em um raio de até quatro quilômetros do local onde já moram. "Uma análise das informações levantadas entre os visitantes dos estandes de venda, que investiga a origem e o destino dos clientes, mostra que de 46% a 52% estão dentro desse raio", conta o diretor.

No caso da população de baixa renda, no entanto, essa área poderá crescer bastante. "Essa pesquisa foi feita em estandes de empreendimentos de classe média. Como os populares só são viáveis em algumas regiões, as pessoas provavelmente serão obrigadas a mudar", diz. Fonte:O Estado de S. Paulo

Crédito imobiliário cresce 61,4%

A Caixa Econômica Federal informou que o número de contratações de financiamento imobiliário cresceu 61,4% em 2010, para R$ 75,92 bilhões. O montante eqüivale a 1,231 milhão de moradias. Desse total, 660.980 unidades são referentes ao programa Minha Casa, Minha Vida. Incluindo arrendamentos e repasses o volume de crédito concedido subiria para R$ 77,8 bilhões. .

Do total contratado em 2010 pela instituição, 58% foram destinados para famílias com renda até 10 salários mínimos, sendo que 26% ficaram concentrados na faixa de renda até três salários

26% ficaram concentrados na faixa de renda até três salários.
Por região, o número de contratações cresceu 55,9% na Região Sudeste, para R$ 36,23 bilhões. No Nordeste foi registrado avanço de 75,7%, para R$ 15,32 bilhões, enquanto que na Região Sul foi apurada expansão de 52,4%, para R$ 13,56 bilhões.

Já o Centro-Oeste registrou alta de 55,7% nas contratações no período, para R$ 7,54 bilhões. Apesar do baixo volume em relação ao resto do País, a Região Norte informou alta de 141,6% nas contratações em 2010, para R$ 3,28 bilhões.

Somente no quarto trimestre, a instituição obteve aumento de 23% no financiamento imobiliário contratado em relação a igual período do ano anterior, para R$ 21,96 bilhões. Em número de contratos foi apurado avanço de 7% no mesmo intervalo, para 343.698 moradias.

Conforme a Caixa, o valor da cota de financiamento médio passou de 70% em 2009 para 72% no ano passado. Em contratos realizados pelo FGTS, a parcela financiada aumentou de 72% para 73%, enquanto os que utilizam recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) subiu de 66% para 68%.

Em reais, o valor médio do financiamento subiu de R$ 73,4 mil em 2009 para R$ 81,2 mil no ano passado. Nos contratos com recursos do FGTS esse valor aumentou de R$ 51,1 mil para R$ 57,9 mil no mesmo intervalo, ao passo que os que utilizam recursos do SBPE passou de R$ 111,3 mil paraR$ 125,2 mil.

Desde o seu lançamento, em 2009, o total de operações dentro do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, incluindo subsídios e financiamentos, somou R$ 51,31 bilhões. O valor refere-se à contratação de 1.005.028 unidades. Apenas em 2010 foram R$ 37,4 bilhões destinados ao programa, beneficiando 639.983 famílias.

Das unidades financiadas no ano passado, desconsiderados os consórcios, repasses e o programa Pró-moradia, 59% foram destinadas a pessoas na faixa até seis salários mínimos - onde se encontra o maior déficit habitacional.

Recentemente, o governo aprovou o aumento do limite operacional para valores de imóveis contemplados pelo programa, que passou de R$130 mil para R$170 mil.

A carteira habitacional da Caixa cresceu 53,6% em 2010, com volume recorde de R$ 108,3 bilhões. No período, o volume de contratações de crédito para a compra de moradias registrou alta de 57,2%, somando R$ 77,8 bilhões, incluindo arrendamentos e repasses, novo recorde histórico.

Do valor total de financiamentos, R$ 27,7 bilhões foram realizados com recursos da poupança (SBPE), responsáveis por 203.931 unidades habitacionais, e R$ 31 bilhões com linhas do FGTS, com 389.675 moradias. Outros R$ 6,3 bilhões foram destinados para subsídios e R$ 10,7 bilhões para arrendamentos residenciais.

No estado de São Paulo, foram financiados 256.418 contratos em 2010, no valor de R$ 19,6 bilhões. No péríodo, as linhas de crédito com recursos do FGTS somaram R$ 8,6 bilhões, com 93.011 contratações. Para as operações de SPBE, o volume foi de R$ 8,3 bilhões, beneficiando 62.934 famílias.

Do total de contratações dentro do programa Minha Casa, Minha Vida, 574.874 mil unidades (57%) estão concentradas em famílias com até três salários, informou o vice-presidente de Controle e Risco da Caixa, Marcos Vasconcelos.

Ao comentar os resultados e metas do programa, o executivo revelou que a instituição espera entregar 429.713 mil unidades este ano, e 199.421 em 2012. Fonte: Jornal do Commercio

Construção civil espera crescer mais que o PIB brasileiro este ano

A construção civil espera crescer 6% este ano, "mais que a indústria como um todo e acima do índice esperado para o Produto Interno Bruto [PIB]", segundo informou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil (Cbic), Paulo Safady. Uma expansão "significativa porque parte de uma base negativa em 2009 e que, em 2010, foi de 11%", destacou o empresário, depois de sair de encontro com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior.

As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e os megaeventos esportivos como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 "serão o motor do desenvolvimento" do setor nos próximos anos, assegurou Safady.

Na audiência com a ministra, vários projetos foram discutidos, como o Sanear é Viver, que a entidade apresentou ao governo e que prevê investimentos de R$ 3 bilhões nas companhias de saneamento estaduais e municipais. Entre as sugestões da Cbic está a criação de um fundo federal para ajudar as companhias de saneamento a planejar a ampliação da infraestrutura, com compensações por recursos recebíveis e isenções tributárias. O projeto deverá se desenvolver até 2022, segundo Paulo Safady.

Ele também discutiu com a ministra do Planejamento a implementação de programas de capacitação profissional de beneficiários do Bolsa Família, por meio do projeto Próximo Passo, que já conta com a participação do Sistema S (entidades ligadas às confederações patronais que cuidam da assistência social e da educação profissionalizante de trabalhadores da indústria, do comércio e dos transportes, como Sesi, Sesc, Senai, Senac e Senat). Paulo Safady disse que a profissionalização "é um dos gargalos vividos hoje no país, na questão da oferta da mão de obra qualificada".

A Cbic também levou à ministra Miriam Belchior planos para a execução do projeto Esplanada Sustentável, que envolve a recuperação de prédios da Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Fonte: Jornal do Commercio

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Aquecido, mercado de imóvel comercial se destaca como opção de investir

O investimento em imóveis comerciais no Brasil está em alta, tanto que chegou a atingir o volume recorde de US$ 3,4 bilhões no último trimestre de 2010. O diretor-geral de Comercialização e Marketing do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Luiz Fernando Gambi, disse que o cenário de estabilidade econômica e de juros relativamente menores no mercado financeiro é propício ao investimento em imóvel.

“No passado, era difícil competir com uma renda fácil e acessível de aplicações financeiras”, disse ele, que mantém dois terços de sua carteira de investimentos em imóveis e o restante, em ações. De acordo com o diretor presidente da Vitacon – incorporadora focada em bairros nobres de São Paulo -, Alexandre Lafer Frankel, o cenário é positivo por conta da perspectiva de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), que torna a demanda por negócios e, consequentemente, por imóveis comerciais, mais fortes.

Foco na locação
Em relação a quem compra imóvel para alugar, ele disse que a taxa de vacância é a menor da história, em torno de 4%. “Está faltando espaço para novas empresas”, disse ele, acrescentando que é preciso cuidado na hora de investir, já que, quando se fala que a vacância está baixa, isso é universal, o que significa que podem existir locais onde há imóveis comerciais, mas a demanda para locar é baixa.

Por isso, na hora de investir em imóvel comercial para locar, a orientação que ele dá é que a pessoa identifique se há infraestrutura ao redor, como transporte público, por exemplo, e analisar se irá ter retorno, ou qual é o preço do aluguel nas redondezas. As oportunidades em imóveis comerciais, de acordo com ele, estão hoje em bairros que eram originalmente residenciais, mas que agora estão recebendo cada vez mais escritórios e salas comerciais.

“Pelo trânsito, as pessoas não conseguem mais se locomover facilmente, então vejo oportunidade em imóveis de bairros como Moema, Itaim e Mooca”.

Outra oportunidade está em bairros cuja possibilidade de lançamentos de imóveis comerciais está se esgotando.

“O zoneamento limitou a quantidade de novos empreendimentos no mercado. Em bairros que saturaram ou estão próximos de saturar, a não possibilidade de novos lançamentos faz com que o imóvel seja único”, afirmou, citando como bairros que se encaixam neste perfil Pinheiros, Vila Olímpia, Barra Funda, Higienópolis e Ipiranga.

Ganhos x custos
De acordo com Frankel, o imóvel comercial tem uma liquidez maior do que o residencial. Além disso, o investidor das unidades para negócios tende a buscar um retorno mais elevado com o aluguel, de 0,8% a 1% do valor da propriedade, ante 0,6% a 0,8% com a unidade residencial. “Isso faz com que o investidor tenha predileção pelo comercial, embora o residencial traga retorno e seja boa opção, principalmente o de pequena metragem”, ponderou.

Em relação aos custos, a responsabilidade geralmente fica a cargo do inquilino, no caso do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) e condomínio. Isso significa que o retorno de até 1% com a propriedade comercial é líquido.Sobre em que tipo de imóvel comercial apostar, Frankel diz que como São Paulo está cada vez mais se consolidando como uma metrópole de serviços, o escritório modular é uma boa opção, já que atende desde um profissional liberal até uma pequena empresa. “

Tem um número maior de clientes finais”.Na região metropolitana de São Paulo, o mais comum são imóveis comerciais para varejo (lojas), lajes corporativas (para empresas de peso) e offices (escritórios modulares e salas comerciais).

Venda x locação
Em relação à opção de comprar um imóvel para alugar ou para vender, Gambi, do Secovi, disse que a escolha depende do perfil do investidor. “O que pensa em longo prazo deve alugar. Quem quer lucro mais rápido deve comprar e vender”, explicou.Mas, quando se faz a compra para vender, ele indicou que o investidor analise com ainda mais cuidado quanto o imóvel vai valorizar, se essa projeção está acima de outras aplicações financeiras.

Esses aplicadores são aqueles que adquirem o imóvel na planta, esperam a construção e vendem.“Quando você compra, tem uma valorização real de 5% a 10%, mas o investidor assume o risco de um projeto de dois anos e meio a três anos de construção”.De acordo com Gambi, o investimento em imóveis é para todo o tipo de aplicador.

A única desvantagem é que não entra e sai rápido”, afirmou, dizendo ainda que, na hora de vender a unidade, pode-se ter a incidência de uma corretagem. Entre as vantagens, ele aponta a segurança de você ter um patrimônio e não ter a tentação de gastar, como aquele dinheiro guardado na poupança. Fonte: InfoMoney

FGV lança índice de rentabilidade de imóveis comerciais na 6ª

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) lança na sexta-feira na sede da BM&FBovespa o primeiro indicador de rentabilidade do setor imobiliário brasileiro, o Índice Geral do Mercado Imobiliário - Comercial (IGMI-C). A Bolsa é uma das patrocinadoras da iniciativa. A meta inicial é torná-lo uma referência de rentabilidade de imóveis comerciais, como escritórios, galpões e shoppings. A expectativa é de que a novidade também traga mais transparência para a formação de preço de compra, venda e locação.

Para seu desenvolvimento, o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV) contou com a colaboração e patrocínio de 26 entidades e empresas do setor financeiro e imobiliário, como a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Privada (Abrapp) e o Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).

Enquanto os especialistas da FGV ainda trabalhavam na sua criação, o indicador provisoriamente foi chamado de Índice Brasileiro de Rentabilidade Imobiliária (IBRI). Fonte: Agência Estado

Brasil terá índice que mede rentabilidade de imóvel comercial

O Brasil contará com um índice que mede a rentabilidade de imóveis comerciais, que será lançado na próxima sexta-feira (11) pela BM&FBovespa e a FGV (Fundação Getulio Vargas).
O indicador, denominado Índice Geral do Mercado Imobiliário – Comercial (IGMI-C), foi desenvolvido com a colaboração de 26 entidades e empresas do setor financeiro e imobiliário.

O objetivo é que ele se torne uma referência de rentabilidade de imóveis comerciais – como escritórios, galpões e shoppings -, contribuindo para que os investidores tenham mais transparência em relação à formação de preços de compra, venda e locação.

Carência
O mercado de imóveis comerciais cresceu nos últimos anos e chamou a atenção de investidores. No ano passado, ele atingiu US$ 3,4 bilhões em investimentos.

No entanto, de acordo com o diretor-geral de Comercialização e Marketing do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Luiz Fernando Gambi, não há nenhum indicador que meça a rentabilidade desse tipo de aplicação, uma lacuna do mercado.

Desta forma, os investidores só conseguem ter uma noção de como andam seus negócios, sem uma base fidedigna de comparação, tanto entre os negócios do próprio mercado quanto deste mercado de imóveis comerciais em relação a outras aplicações financeiras.

“Com esse índice, você tem uma postura muito mais profissional para quem quer investir em imóvel comercial”, disse Gambi, para quem, hoje, o investidor fica muito sujeito à análise restrita da região onde ele aplica, sendo que uma análise mais abrangente pode ser como um “bússola” em decisões de investimento. Fonte:InfoMoney

Bancos, varejo e construção em alta

Os papéis ligados a crédito ganharam ímpeto no pregão apesar do aumento da inflação, que subiu 0,83% em janeiro, após ter acréscimo de 0,63% no mês antecedente, segundo medição feita pelo IPCA. O indicador, contudo, veio conforme o esperado pelo mercado. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a inflação deve desacelerar nos próximos meses.

"A tendência é de arrefecer essa inflação. Transportes a partir de março, abril, caem.. Entre as empresas ligadas ao consumo, Lojas Americanas PN ganhou 3,92% (a R$ 13,25) e Lojas Renner ON esticou 3,85% (a R$ 51,20). No setor imobiliário, as maiores altas foram registradas por Brookfield ON (3,61%, a R$ 7,75), PDG ON (3,61%, a R$ 9,19) e Cyrela ON (3,38%, a R$ 18,35).

De acordo com um analista que pediu anonimato, o mercado se animou com os rumores que têm circulado de que o governo de Dilma fará um corte orçamentário, reduzindo, assim, a pressão para um maior ciclo de alta de juros. No setor financeiro, Itaú Unibanco ON galgou 2,99% (a R$ 35,80) e Bradesco PN se apreciou 2,71% (a R$ 30,30).

A Ativa Corretora adicionou as ações do Bradesco em sua carteira de curto prazo, alegando que o banco continuará a apresentar bons resultados nos próximos trimestres, embalado pelo "bom momento da economia doméstica, forte ritmo de crescimento da carteira de crédito da instituição e estabilidade da inadimplência. Os papéis do Itaú Unibanco foram incluídos no portfólio da corretora SLW.

A corretora estima que, com a finalização do processo de fusão com o Unibanco, a sinergia entre os bancos aumente o lucro e acelere a realização de projetos do banco. "Passada esta fase, a instituição irá buscar agora a sua internacionalização, via aquisições de instituições financeiras no exterior, que acreditamos que se inicie pelos Estados Unidos. "

A SLW acrescenta que as açoes do banco devem se valorizar com maior intensidade no curto prazo, por conta do anúncio do balanço do trimestre passado, que deverá vir forte, conforme projeção da corretora.

Para a UM Investimentos, porém, o momento ainda não é favorável ao segmento bancário, por conta, justamente, da política de aperto monetário, que poderá resultar numa elevação nos compulsórios.

da corretora ressalta que, no longo prazo, ainda acredita nos nos fortes fundamentos do setor, no crescimento do crédito no Brasil no longo prazo e na maior "bancarização" da população. A liderança entre as altas, no entanto, foi das ações da OGX (5,26%, a R$ 17), impulsionada por uma conferência com o presidente da empresa, Eike Batista.

Papéis de empresas de cartões de crédito e débito relataram umas das maiores quedas do índice: Cielo caiu 3,44% (a R$ 11,51) e Redecard recuou 3% (a R$ 19,40). Segundo foi noticiado na imprensa, o governo pretende aumentar a alíquota de IOF para mais de 4% para gastos no cartão feitos no exterior. Mantega negou a informação. Fonte: Jornal do Commercio online

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Caixa capta R$ 909 milhões na poupança e garante resultado positivo no mercado

A Caixa Econômica Federal encerrou janeiro com a marca de R$ 130,6 bilhões em saldo de poupança, o que lhe garante a posição de líder absoluta do mercado, com 34,26% de market share, a maior participação desde outubro de 2009. De acordo com o balanço do Banco Central, todas as instituições financeiras somaram captação líquida positiva de R$ 275 milhões no mês de janeiro, em caderneta de poupança.

Esse resultado só foi possível graças aos R$ 909,9 milhões captados pela CAIXA no mesmo período. Cerca de 300 mil brasileiros procuram a CAIXA mensalmente para abrir uma conta depoupança.

"Atributos como segurança, liquidez e facilidade de acesso estimulam cada vez mais pessoas a investirem suas economias na Poupança da CAIXA, que já registra mais de 41 milhões de contas ativas", destaca o vice-presidente de Pessoa Física do banco, Fábio Lenza

Sinapi registra alta de 0,27% em janeiro

Dados divulgados nesta terça-feira (8) pelo IBGE revelam inflação de 0,27% em janeiro, medida pelo Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi). O resultado ficou 0,01% acima do registrado em dezembro (0,26%). O custo nacional da construção por metro quadrado em janeiro foi de R$ 768,44, contra R$ 769,06 em dezembro de 2010. Em janeiro, a parcela referente ao material de construção somou R$ 436,29 enquanto a da mão de obra ficou em R$ 332,15.

Segundo o IBGE, o item referente ao material de construção teve uma variação positiva de 0,32% em janeiro, o que representa uma queda de 0,11% frente à taxa de dezembro (0,43%). Já o custo da mão de obra subiu 0,15% no período, passando de 0,05% para 0,20%. Fonte: CBIC

Investidores adotam projetos inovadores

Locação de quitinetes passou de renda extra para um investimento elevado que inclui serviços diferenciados para atrair a demanda. A expansão do mercado imobiliário em Mato Grosso tem forçado empresários do segmento a adotar projetos inovadores. Para o setor de locação não é diferente e nas quitinetes, por exemplo, o tradicional tem dado lugar a empreendimentos que oferecem mais comodidade aos inquilinos, e para os proprietários passa de uma simples fonte de renda extra a um grande investimento.

Para isso infraestrutra e serviços estão sendo agregados para promover o diferencial. De fato é o abuso da criatividade que vem garantindo a permanência desse tipo de imóvel no mercado mato-grossense, principalmente se tratando dos grandes centros. A mudança que acompanha o crescimento do setor está relacionada também à troca do público.

Entre os locatários mais comum estão os estudantes, que vêm para a Capital para cursar o nível superior. Porém nos últimos anos vem sendo bastante comum encontrar outro perfil de inquilino: pessoas que estão na cidade a trabalho. O diretor do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT), Guido Grando Júnior, explica que a necessidade de criatividade e inovação no segmento de locação de quitinetes implica na sobrevivência do atividade.

Segundo ele, uma das principais características do estilo tradicional deste tipo de habitação é a segurança. "O cliente tem exigido mais qualidade para o serviço. Estamos deixando de alugar quitinetes somente para estudantes. Hoje muitos empresários optam por esse tipo de moradia". O professor do curso de Gestão Imobiliária do Centro Universitário Unirondon, Carlos Alberto Lúcio, explica que apesar do aumento no número de unidades construídas, que provocou certa saturação no mercado, o sistema de locação de quitinetes ainda se mantém rentável e um bom negócio.

"O mercado imobiliário em si é uma ótima opção para quem deseja investir". É justamente o que fez o casal Géssica e Raphael de Souza. Com dinheiro sobrando os dois resolveram construir quitinetes. Atualmente a atividade não é a principal renda no orçamento familiar, mas traz resultados satisfatórios.

"Investimos cerca de R$ 260 mil com a construção de 8 imóveis", explica Géssica. Segundo ela, o aluguel de cada quarto varia R$ 250 e R$ 300 por mês. Ela explica que a demanda acompanha a oferta.

O empresário Paulo Di Sério, que junto com um grupo de investidores administra 104 unidades, confirma que o mercado de quitinetes está aquecido, mas alerta que o aumento na quantidade ofertada tem refletido negativamente na qualidade do produto.

Sobre a tendência deste mercado, ele considera que as quitinetes deixarão de atender somente o público estudantil, sendo os maiores locatários profissionais que chegarão à cidade para trabalhar. "Construir quitinetes por construir não é mais uma boa opção. O empreendedor precisa inovar e se preocupar com a qualidade da moradia, principalmente se tratando de segurança".

Valor agregado
Assim também pensa o proprietário de quitinetes, Shuber Leite Bezerra, que resolveu investir em uma forma diferente de quitinetes. "Acesso a internet, ligação gratuita para 80 países diferentes, serviços de lavadeira e camareira são algumas das vantagens que o morador tem", conta o empresário que possui 31 unidades em Cuiabá.

Outro detalhe é que a quitinete já vem toda mobiliada, com direito a televisão, cama, geladeira, fogão, armário, mesa com cadeiras. O preço é um pouco mais salgado que o das convencionais, chegando a R$ 1,150 mil mensal.

Para Bezerra, a prestação desses serviços veio em um momento de necessidade. Há 11 anos atuando no mercado, ele percebeu que para sobreviver na atividade precisaria oferecer algo diferente. "Somos um dos únicos que trabalham nesse sistema". A clientela atinge principalmente profissionais liberais, como advogados e médicos.

O negócio deu tão certo que o empresário já está construindo 16 novas unidades e planeja uma nova expansão com a construção de mais 44 moradias.

A atendente de locação da CVL Imóveis, Selma Amorim, diz que as poucas vagas de quitinetes disponíveis serão preenchidas até, no máximo, o fim deste mês. Segundo ela, a procura começou em dezembro. "Muitos estudantes e profissionais liberais vêm para a cidade e buscam morar em quitinetes por ser mais em conta".

A corretora de imóvel Jane Marques da Silva comenta que à medida que surgem novas quitinetes, novos usuários também aparecem. Conforme ela, o imóvel de três cômodos (sala e cozinha conjugadas e uma suíte), localizado próximo a uma universidade, custa aproximadamente de R$ 600.

A publicitária Danielle Bontempo mora há 4 anos em uma mesma quitinete. A escolha pela moradia veio da necessidade de sair do município de Dom Aquino (a 166 km da Cuiabá) para estudar na Capital.

Ela conta que paga cerca de R$ 700 por mês. Para a ex-estudante a residência atendeu as necessidades na época da faculdade. "Agora estou pensando em mudar para outro lugar mais barato". Danielle sabe que essa condição implica em procurar uma quitinete longe do centro.

A amiga de Danielle, Lara Maria Valevi Jordani, que também mora há 4 anos em quitinete, espera morar em outro lugar, desta vez maior e com mais segurança. "Vou mudar para uma casa com 2 quartos e distante do centro".

Ela lembra que no início dos estudos foi morar com o irmão na quitinete. "Na época, foi muito difícil encontrar imóveis baratos e que ficassem próximos da universidade". Fonte: Gazeta Digital / MT

Brasil é o quinto país em construção sustentável

Vinte e três selos verdes emitidos pela Green Building Council Brasil foram suficientes para deixar o Brasil como o quinto no mundo em construções sustentáveis. A lista de certificados brasileiros inclui o Centro de Cultura Max Feffer, o Ecopatio Bracor Imigrantes e o Building the Future da Boehringer Ingelheim.

O ranking produzido pela Leed (Liderança em Energia e Design Ambiental) contou o número de certificações com selo verde para construções sustentáveis em 2010 como formas de premiação para os países mais bem colocados.

O Brasil ficou atrás apenas dos Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Canadá e China, respectivamente. Os selos verdes são certificados que propõem atestar características socioambientais a empresas, melhorando a aplicabilidade das construções e dos serviços. É por isso que o Brasil, que será sede de grandes competições internacionais nos próximos anos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas em 2016, espera certificarem com o selo verdes várias outras construções.

Ainda em 2010, o país já possuía cerca de 210 construções em processo de certificação, incluindo estádios de futebol, shoppings centers, bairros e escolas. Para 2011, a expectativa é de aumentar esse número de 23 construções sustentáveis para 58 edificações com selos verdes, além de listar mais 300 empreendimentos em processo de certificação.

A evolução mundial de empreendimentos sustentáveis é nítida nos últimos anos. Até 2006, só havia 500 empreendimentos sustentáveis no mundo e hoje já são registrados cerca de 10 mil edifícios e mais de um milhão de residências sustentáveis.

Nas construções certificadas pelo Leed o consumo de energia requerido é 30% menor, em média, e o de água cai entre 30 e 50%.

Além disso, estes empreendimentos reutilizam água, usam tecnologias de aquecimento e geração de energia, reduzem a quantidade de lixo gerado e usam materiais ecologicamente corretos nas obras. Fonte: Imovelweb

São Paulo terá mais 520 condomínios residenciais até 2012

A cidade de São Paulo vai ganhar 520 condomínios residenciais até 2012, segundo levantamento da Lello, empresa de administração de condomínios, com base em dados da Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio (Embraesp). O montante de apartamentos é 10% maior do que o verificado entre 2009 e 2010. Entretanto, o número de lançamentos na metrópole deve se estabilizar nos próximos anos, devido a uma tendência de migração para áreas periféricas a São Paulo.

Neste ano, devem ser entregues 250 prédios e, em 2012, os outros 270. Do total de empreendimentos, 60% são de até 120 apartamentos com um e dois dormitórios. Segundo Sodynir Lianza, responsável pela divisão de novos negócios da Lello, não deve haver problemas com atrasos nas obras por conta da escassez de mão de obra na construção civil, problema verificado em 2010.

" Em busca de salários maiores muitos funcionários de condomínios estão migrando para a construção civil, deixando de ser porteiros e se tornando eletricistas, por exemplo. O gargalo está mudando de lugar", diz.

A entrega dos condomínios irá representar cerca de 3 mil novos empregos, uma vez que cada condomínio tem, em média, sete funcionários, entre porteiros, zelador, faxineiros, vigias e manobristas.

Os novos prédios devem movimentar cerca de R$ 150 milhões por ano, entre despesas com folha de pagamento, fornecedores e com concessionárias de água e energia elétrica, por exemplo. Cada prédio gasta, em média, R$ 320 mil por ano.

Localização
As zonas Oeste e Leste de São Paulo concentram a maioria das unidades em fase de construção. O preço médio de venda dos apartamentos é de R$ 350 mil. Segundo Lianza, a maioria dos projetos são voltados para a baixa renda - imóveis de até R$ 250 mil - e contam com o incentivo do programa federal Minha Casa, Minha Vida.

"O recente aumento do limite máximo de financiamento de R$ 130 mil para R$ 170 mil vai alavancar a construção de novos empreendimentos nessas regiões, que dispõem da maioria dos terrenos livres da cidade", diz.

A escassez de terrenos e o consequente aumento nos preços dos espaços fez com que o mercado imobiliário direcionasse novos investimentos em áreas próximas a capital. Cidades como Cotia, Jandira, Itapevi, Poá, Ferraz de Vasconcelos e Mogi das Cruzes estão na mira das incorporadoras. "A tendência é que a Rodovia Castello Branco vire uma avenida", brinca o responsável por novos negócios da Lello.

Com espaço disponível e terrenos a preços mais acessíveis, as áreas periféricas enfrentam problemas com infraestrutura. A falta de transporte público para o acesso à capital, assim como a distância até hospitais e centros de entretenimento podem dificultar a comercialização dos imóveis. "Tudo isso precisa ser pensado e resolvido da melhor forma", afirma Lianza.

De olho na possibilidade de novos condomínios para administrar em áreas periféricas a São Paulo, a Lello expande suas unidades para se aproximar dos clientes.

Fixada em São Paulo, a companhia atende a região do Grande ABC e do litoral, e em janeiro abriu filial no interior do estado. São José dos Campos foi a primeira cidade, inaugurando os planos de expensão no interior. "Em 60 dias teremos uma unidade em Campinas." A Lello administra 1,3 mil condomínios e tem 7 mil funcionários. Fonte: Brasil Econômico

Valorização imobiliária engorda receita municipal

Impostos municipais relacionados com o patrimônio imobiliário e a atividade do setor cresceram acima da média das receitas, segundo a Secretaria de Finanças de São Paulo. É sinal do dinamismo do setor de imóveis, que tende a continuar beneficiando os municípios nos próximos anos. Na capital, o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) propiciou uma arrecadação de R$ 946,7 milhões, em 2010, correspondendo a 7,3% da arrecadação tributária total, ante 6,3%, em 2009, e apenas 4,6%, em 2005.

Já o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) correspondeu a 29,7% do total da receita tributária, em 2009, e chegou a 31,2%, no ano passado, com uma arrecadação superior a R$ 4 bilhões, mas esta já chegou a pesar mais na receita total (em 2005, pesou 35%). O boom imobiliário ajudou mais a arrecadação do ITBI em municípios com a administração tributária organizada.

Por exemplo: Jundiaí (+80%), Curitiba (+36,2%), Belo Horizonte (+35,5%), Rio de Janeiro (+27,4%), Recife (+24,9%), Salvador (+22,8%), São José dos Campos (+20,2%), além de São Paulo (+39,6%). O aumento da arrecadação do ITBI deve-se também à tendência de declarar o valor real das transações, o que não ocorria no passado. Hoje, como as operações dependem muito mais de financiamento imobiliário, as escrituras têm que ser lavradas pelo valor correto, o que, afinal, protege, do ponto de vista fiscal, tanto os vendedores como os compradores.

A receita do Imposto Sobre Serviços (ISS), ainda o maior tributo municipal, também foi beneficiada pelo crescimento da economia, passando de 12,5% a 24,9% nas cidades citadas. Aperfeiçoando seus sistemas arrecadatórios, os municípios dependerão menos das transferências de recursos da União e dos Estados, podendo até ajudar a estabilização das contas públicas.

Em parte, isso já ocorre, pois os municípios tiveram um déficit nominal de apenas 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2010, ante 1,11% do PIB, nos Estados, e 1,72% do PIB, no governo federal - que compensou 0,46% do PIB com o superávit nominal do Banco Central. Atenção especial deve ser voltada para os municípios em 2012, ano de eleições, quando costuma ser mais elevado o volume de gastos, como ocorreu na União no ano passado.

Os municípios devem aplicar uma parte relevante das receitas tributárias em educação e saúde. Indiretamente, assim, a atividade imobiliária formal tende a contribuir para a melhoria dos serviços públicos essenciais prestados pelos municípios. Fonte: O Estado de S. Paulo

Casa nova puxa vendas do comércio

O início do ano é tradicionalmente fraco para o comércio. Mas em janeiro, a procura por materiais de construção segurou o bom resultado das redes de varejo, segundo o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio. O movimento dos consumidores cresceu 9,8% em janeiro de 2011, comparado com o mesmo mês do ano anterior.

O segmento de materiais de construção, no entanto, apresentou- alta de 15%, de acordo com o levantamento, que leva em consideração o volume de consultas mensais realizadas por estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian.

"O programa Minha Casa, Minha Vida vai entregar mais unidades neste ano. E quem compra casa nova quer eletrodoméstico e móveis novos", afirma Vanderlei Gonçalves, presidente da rede Salfer, que conta com cerca de 200 lojas no Sul do Brasil. "Estamos otimistas, com uma preocupação sadia com a alta de inflação, mas sem problemas de crédito no mercado", diz o executivo.
De acordo com Maurício Mor gado, professor do Centro de Excelência em Varejo da FGV-EAESP, a expectativa é que o primeiro indicador do ano tivesse um desempenho menor, por conta da sazonalidade. Mas ninguém reclama da surpresa. "Esperamos um ano forte para o comércio, não com alta de dois dígitos nas vendas como nos anos anteriores, mas certamente de um dígito."

Morgado afirma que o comércio está aproveitando o bom momento para expandir. "Temos muitas redes planejando sua internacionalização para a América do Sul", diz. E a ameaça da inflação não deve atrapalhar. "O varejo não reclama de inflação alta, as redes sabem ganhar no mercado financeiro. Só não pode faltar crédito." Classes A e B temem não receber imóvel pago. Fonte: Brasil Econômico

Os melhores e os piores fundos imobiliários de 2010

Quem investiu em fundos imobiliários em 2010 não tem do que reclamar. Segundo um levantamento do consultor Sérgio Belleza Filho, especializado no assunto, esse tipo de aplicação gerou um retorno médio de 26,7% no ano passado - contra apenas 9,75% do CDI (taxa de juro de mercado que funciona como principal patamar de referência para investimentos em renda fixa). O fundo mais rentável de 2010 gerou um lucro de 59,6%.

A pesquisa incluiu 25 fundos imobiliários com cotas negociadas na BM&FBovespa ou no mercado de balcão organizado.

Todos eles oferecem isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas sobre os ganhos apurados com aluguéis - para isso, é necessário que o fundo tenha mais de 50 quotistas e que nenhum deles seja dono de mais de 10% das quotas.

Para calcular o retorno de cada fundo, o consultor somou a oscilação das quotas negociadas no mercado com as receitas de aluguel geradas pelo empreendimento. Sérgio Belleza Filho diz que a valorização imobiliária extraordinária do ano passado influenciou nos altos retornos obtidos pelos investidores, mas não deve se repetir nos próximos anos.

O foco dos interessados em aplicar nesses fundos, portanto, deve estar na renda gerada pelo imóvel. São atraentes, segundo ele, investimentos em que seja possível obter uma renda com aluguel equivalente a ao menos 0,8% ao mês. Fonte: Exame.com

Vila Mariana é um dos campeões em valorização em SP

O imóvel campeão de valorização em 2010 foi o apartamento de padrão médio, com tempo de construção entre 8 e 15 anos e situado em bairros como Aclimação, Brooklin, Chácara Flora, Sumaré, Vila Mariana. Eles eram vendidos em média por R$ 1.250 o metro quadrado em janeiro de 2010 e chegaram a dezembro valendo R$ 4.613,60, ou 269,09% a mais.

Ou seja, um apartamento de 70 m² passou de cerca de R$ 87 mil para algo em torno de R$ 322 mil. Os dados são do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) responsável pelo balanço de 2010 divulgado nesta quarta-feira (2). O aluguel de muitos tipos de casas e apartamentos também subiu mais que a inflação e o rendimento chegou ao pico de 146,43%.

Esse foi o de residências de três quartos nos bairros como Campo Belo, Cidade Jardim, Higienópolis, Itaim Bibi, Moema, Ibirapuera, entre outros. O aluguel médio em janeiro era de R$ 1.400 e fechou dezembro em R$ 3.450. Entre as 10 maiores altas de 2010 no mercado de locação, a menor foi de 51,54%. Segundo o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, o resultado foi a prova de fôlego dos usados, fortalecido pelo aumento dos financiamentos e da renda da população.

Os números deixam claro que o imóvel é uma alternativa de investimento segura, rentável e confiável. Ele afirma, no entanto, que não é possível saber se a valorização do ano passado se repetirá nos próximos anos, e ainda ressalta que investir em imóvel não é o mesmo que aplicar em um fundo de investimento ou na poupança. Há sempre riscos e muitas dúvidas, mas é certo que, a médio e longo prazos, especialmente no longo prazo, dificilmente alguma aplicação supera sua rentabilidade. Fonte: R7

Imóvel usado na zona sul está quase 4 vezes mais caro

Morar em São Paulo está pesando muito mais no orçamento doméstico. Entre janeiro e dezembro do ano passado, o preço dos imóveis usados à venda subiu até 269,09%, enquanto os aluguéis tiveram alta de até 146,43%. Quem pensava em comprar um apartamento em bairros da zona sul perto da Avenida Paulista, como Vila Mariana, Aclimação e Sumaré, e demorou a se decidir, acabou pagando bem mais caro.

O metro quadrado passou de R$ 1.250 para R$ 4.613,60. Nesse caso, um apartamento de 70 m²subiu de R$ 87 mil para cerca de R$ 322 mil. Entre os aluguéis, a maior diferença foi registrada entre casas e apartamentos nas regiões de Campo Belo, Cidade Jardim, Higienópolis, Itaim Bibi, Moema e Ibirapuera.

Em janeiro, uma casa de três dormitórios era alugada por R$ 1.400. Em dezembro, o valor já estava em torno de R$ 3.450. A menor valorização ocorreu entre casas construídas há mais de 15 anos em bairros como Água Rasa, Bom Retiro, Casa Verde e Freguesia do Ó. Os preços do metro quadrado passaram de R$ 1.142,86 a R$ 1.528,15, alta de 33,71%.

Todos os imóveis para venda tiveram valorização maior do que qualquer investimento financeiro. O ouro, que teve o maior rendimento, apresentou alta acumulada de 32,26%. Já o dinheiro na poupança teve incremento de 6,81%. Fonte: Jornal Metro

Com 11,7 milhões de visitantes em 2010, turismo bate recorde em SP

A prefeitura de São Paulo divulgou no dia 1° os números do turismo na cidade em 2010. Segundo o núcleo de estudos e pesquisas da SPTuris, 11,7 milhões de turistas passaram pela capital paulista ano passado, sendo 1,6 milhão estrangeiros e 10,1 milhões brasileiros. Com um crescimento de 3,54% em relação a 2009, São Paulo se tornou o principal destino turístico do Brasil, segundo o estudo.

Os gastos dos turistas somaram R$ 9,6 bilhões e a arrecadação de Imposto Sobre Serviço (ISS) chegou a R$ 158,4 milhões, com geração de 413 mil postos de trabalho. A ocupação dos hotéis cresceu 11,7% no ano passado. A média anual ficou em 68,5%, passando de 90% no último trimestre.

“Temos trabalhado São Paulo pensando sempre no tripé eventos, negócios e agenda cultural. Assim, hoje somos o primeiro destino do país, temos a melhor infraestrutura turística, com uma oferta de 42 mil quartos em 410 hotéis, e passamos a trabalhar usando o que a cidade tem de melhor a favor do turismo, que é o conceito de economia criativa”, disse o presidente da SPTuris, Caio Luiz de Carvalho.

A Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) estima que 15,8 milhões de turistas passarão pela cidade de São Paulo em 2014, aumento de 35% em relação a 2010.

Platum
A SPTuris anunciou também o lançamento do Plano de Turismo Municipal (Platum 2011-2014). De acordo com Carvalho, o plano dará continuidade ao trabalho realizado no ano passado. "O Platum é um grande planejamento dos próximos anos, com metas e projetos desenhados".

Entre outros projetos, o plano contém propostas específicas para a Copa do Mundo e a análise de ações efetivadas entre 2007 e 2010. Fonte: Portal Copa 2014

Valor dos imóveis residenciais usados tem alta de até 269%

Segundo o Creci, todos os tipos de imóveis tiveram valorização superior ao ouro, ativo com o melhor desempenho em 2010. O valor dos imóveis residenciais usados na cidade de São Paulo teve uma alta de até 269% no ano passado.

Todos os dez tipos de casas e apartamentos, segundo classificação que leva em conta fatores como localização e padrão, tiveram valorização superior aos 32,26% de alta do ouro, ativo com melhor performance em 2010, segundo o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP).

O apartamento de padrão médio com tempo de construção entre 8 e 15 anos e situado em bairros como Aclimação, Brooklin, Sumaré e Vila Mariana - chamados de "zona B" - foi o que teve maior valorização.

Nestes locais, o metro quadrado subiu 269,09%, sendo vendido a R$ 4.613,60 em dezembro, ante R$ 1.250 em janeiro de 2010. A locação de imóveis residenciais também teve desempenho positivo em dezembro.

Segundo o Creci, o crescimento no número de imóveis alugados em comparação ao mês anterior foi de 10,66%. Em consequência do aumento da demanda, os preços dos aluguéis também tiveram alta.

Para imóveis de bairros da "zona A" (Higienópolis, Moema, Ibirapuera, entre outros), o valor dos aluguéis chegou a subir 146,43%. Campeãs de aumento, o aluguel das casas de três dormitórios nestes locais passou R$ 1.400 em janeiro de 2010 para R$ 3.450 em dezembro. Fonte: O Estado de S.Paulo

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mão de obra é principal problema para setor de construção

A falta de mão de obra qualificada é o principal problema da construção civil no País, segundo sondagem feita pela Confederação Nacional Indústria (CNI) com 375 empresas do setor. Segundo o levantamento, 68,4% dos empresários do ramo apontam a dificuldade em contratar empregados aptos a trabalhar em obras como um dos três maiores entraves da atividade.

Nas grandes empresas, o problema é mais crítico. No levantamento da CNI, realizado entre os dias 3 e 20 janeiro, 85,4% das empresas consultadas apontaram a falta trabalhadores qualificados como um de seus principais problemas. Entre as pequenas, 61,5% dos empresários ouvidos reclamaram da falta de mão de obra qualificada. Esses dados foram divulgados no dia e se referem aos três últimos meses do ano passado.

De acordo com o gerente executivo da Unidade de Pesquisas da CNI, Renato da Fonseca, a escassez de mão de obra é causada pelo crescimento acelerado do setor da construção combinado com a pequena capacidade de formação de profissionais para a atividade. “Houve um crescimento muito forte e um descolamento entre demanda por mão de obra e a quantidade de trabalhadores qualificados”, afirmou Fonseca, em entrevista coletiva promovida para a apresentação dos resultados da sondagem.

Para ele, os dados preocupam porque as dificuldades para contratação vêm aumentando. Também porque isso pode impactar nos custos da construção e comprometer resultados do setor. “Isso pode reduzir a velocidade do crescimento”, disse Fonseca. A falta de trabalhadores qualificados, por exemplo, era apontada como um dos principais problemas da construção por 53% dos empresários há um ano - um crescimento de quase 15 pontos percentuais no período.

Ao mesmo tempo, o percentual de empresários que consideram o custo da mão de obra como um entrave do setor cresceu de 17% para 27,4% – aumento de 10 pontos percentuais.Independentemente disso, a sondagem mostrou que a maioria das empresas trabalhou durante todo ano de 2010 em ritmo de atividade acima do usual e com número de empregados crescente.

A expectativa para os próximos meses também é de contratações. Depois da falta de mão de obra qualificada, a carga tributária é o segundo maior entrave para a construção civil, na opinião do empresariado. As informações são da Agência Brasil.
Fonte Agência IN

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Financiamento de 25 a 30 anos é mais procurado

Esse número representa a consolidação do fenômeno que surgiu em 2007, quando o tempo de financiamento imobiliário se estendeu até 30 anos. Segundo o gerente regional de Habitação e Construção Civil da Caixa, Nedio Henrique Filho, desde então um número cada vez maior de pessoas vem optando por ampliar o prazo de pagamento.

Dados do banco - que financiou mais de R$ 70 bilhões em imóveis em 2010 - mostram que, em 2005, o prazo médio dos optantes pelo SBPE (famílias de renda média alta e alta renda) era de 180 meses, ou 15 anos. Já em 2010, o prazo médio subiu para 25 anos. O mesmo fenômeno ocorreu para quem usou o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS (famílias de baixa e média renda), com financiamento pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

Em 2005, o prazo médio para compra a prazo era de 10 anos. Em 2010, pulou para 20 anos.Pelo FGTS, 73,8% dos que obtiveram crédito optaram por quitá-lo no período de 20 a 25 anos. "Há forte tendência de ampliação do prazo médio de amortização dos imóveis", diz Henrique Filho. "O cenário começou a mudar em 2007/2008 com o aumento da oferta de crediário, da produção de imóveis e a extensão do prazo de financiamento para até 30 anos. Outro fato importante é a crescente participação de mutuários abaixo dos 35 anos no número de contratos de compra."

Se em 2000 esse grupo adquiriu pela Caixa apenas 0,1% dos imóveis com valores entre R$ 200 mil e R$ 500 mil, o número pulou para 3,5% entre janeiro e maio de 2010 (somente esse período estava disponível pelo banco até sexta-feira). Já na faixa dos imóveis com valores de R$ 80 mil a R$ 130 mil, o porcentual dos financiamentos subiu 15 vezes: em 2000, esses clientes somavam 1,2% e, no ano passado, atingiram 16%. No total dos imóveis financiados, a participação dos mutuários de até 35 anos passou de 51% em 2000 para 56,9% em 2010.

O grupo dos acima de 35 anos, por sua vez, sofreu queda de participação, embora não tenha ocorrido de maneira ininterrupta. Desde 2001, sua participação (49%) passou a registrar queda até 2006 (45%). No ano seguinte, recuperou-se e foi para 46,2%. Em 2008, porém, voltou a cair e, no ano passado, foi para 43,1%. "Numa economia estável e boa oferta de crediário, pessoas mais jovens criam coragem e fazem financiamento", diz. A escolha por prazos maiores para a amortização da dívida, conclui o executivo da Caixa, tem relação direta com o valor das prestações.

Quanto mais anos para pagar, mais diluído fica o pagamento e, por consequência, as prestações são mais baixas. "Em uma comparação livre, o mesmo se dá quando as pessoas escolhem comprar uma geladeira, TV ou automóvel em muitas prestações", diz o gerente regional da Caixa.

"No caso da nossa instituição, a taxa de juros é a mesma tanto para quem faz um financiamento em cinco anos quanto para quem faz em 30 anos. Em compensação, os juros vão rolando em cima do valor da dívida, e a pessoa acaba pagando mais quanto maior o número de anos de financiamento", diz o executivo. Fonte: O Estado de S. Paulo

BTG paga R$ 450 milhões pela parte de Silvio Santos no PanAmericano

O BTG Pactual confirmou o acordo fechado com o empresário Silvio Santos envolvendo o PanAmericano. O banco de investimento vai pagar R$ 450 milhões pela participação do Grupo Silvio Santos na instituição financeira. Assim, o BTG ficará com 37,64% do PanAmericano, distribuídos em 51% das ações ordinárias e 21,97% das preferenciais, segundo nota distribuída pelo banco de investimento.

O diretor-executivo do PanAmericano será José Luiz Acar Pedro, que é sócio do BTG Pactual. A Caixa Econômica Federal continuará com a mesma participação que adquiriu no fim de 2009, de 36,56% do capital social do PanAmericano. Segundo o informe, “na data da conclusão do negócio, será realizada uma Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) aos minoritários nas mesmas condições oferecidas ao acionista controlador pelo preço de R$ 4,89 por ação”.

A conclusão da compra depende da aprovação do Banco Central. Mesmo assim, segundo a nota, a Caixa firmou acordo para comprar direitos creditórios e aplicar em depósitos interfinanceiros do PanAmericano, “contribuindo, desta forma, com as futuras atividades” do banco, que é especializado em operações de varejo e crédito ao consumidor.

Segundo o BTG Pactual, a transação vai representar “uma quarta linha de negócios” para a instituição no Brasil – ela já atua nas áreas de banco de investimento, administração de ativos e gestão de fortunas -, voltada ao cliente de varejo. O comprador promete intensificar a parceria com a Caixa e investir em “sistemas, processos e aprimoramento da eficiência, além de criação de novos produtos e suporte aos clientes, franqueados, promotores de venda”. Fonte:Valor

Aumenta expectativa de empresários da construção civil

A expectativa de negócios dos empresários da construção civil aumentou em janeiro em comparação a dezembro. Segundo sondagem feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o indicador que mede as expectativas do nível de atividade para os próximos seis meses, que no fim do ano passado era de 61,5 pontos, subiu para 61,9 em janeiro.

O resultado, porém, é pior do que o verificado em janeiro do ano passado. Há um ano, a expectativa dos empresários para os próximos seis meses era de 70,6 pontos. A sondagem da CNI foi feita com 375 empresas do setor da construção. Foram ouvidas companhias pequenas, médias e grandes entre os dias 3 e 20 de janeiro.

No levantamento, os indicadores variam de zero a 100 pontos. Quando o indicador apresenta um número acima de 50 pontos, o resultado é positivo ou de crescimento. Já quando fica abaixo dos 50 pontos, o indicador mostra um resultado negativo ou de queda. A sondagem da CNI ainda apontou para o crescimento de um ponto acima da média na atividade da construção em dezembro de 2010.

O indicador de atividade ficou em 51 pontos. O indicador de atividade de dezembro, entretanto, foi menor do que o de novembro: 53 pontos. Também foi menor que do de dezembro de 2009: 53,7 pontos. Fonte: Agência Brasil

Financiamento

Seis em cada dez paulistanos de classe C que procuram imóveis para comprar pretendem pagar com prazo de 21 anos a 30 anos. Apenas 12% querem pagar em até dez anos, segundo pesquisa da Quorum Brasil. As principais dificuldades na aquisição de imóveis envolvem preço e comprovação da renda pelo comprador. O programa Minha Casa, Minha Vida é conhecido por apenas um terço dos entrevistados.

A maioria não sabe se pode usar o recurso para o financiamento. Quase todos afirmam que irão buscar financiamento na Caixa Econômica Federal. O apartamento é o imóvel preferido, especialmente entre os mais jovens. Condomínios fechados não representam grande demanda na cidade de São Paulo, de acordo com o estudo. Fonte: Folha de São Paulo

Brasileiro vai passar a trocar mais de casa, diz presidente da Gafisa

Wilson Amaral diz que crescimento do setor em 2011 será o dobro do PIB. "Não há bolha. O mercado da construção civil ainda está nos primórdios do desenvolvimento. O brasileiro compra imóvel para ele mesmo morar ou para o filho, não tem nada de especulação". A afirmação é de Wilson Amaral, presidente da Gafisa, maior construtora do país no segmento residencial e dona das marcas Tenda e Alphaville.

Na avaliação do executivo, o mercado imobiliário seguirá aquecido nos próximos anos, com preços em alta e taxas de crescimento superiores ao do PIB. "Não vai cair o preço", diz. "A necessidade de novas casas que no Brasil é de cerca de 1,5 milhões por ano. Temos uma demanda tão grande que, se o PIB crescer 4 ou 4,5% em 2011, vamos crescer pelo menos o dobro".

Segundo o presidente da Gafisa, com o crescimento da renda, desemprego baixo, inflação controlada e maior oferta de crédito, o brasileiro passará a comprar mais imóveis e a trocar mais vezes de residência. "Nos países desenvolvidos, as famílias mudam de residência até sete vezes em média ao longo da vida. No Brasil, a média não chega a duas casas. Mas isso vai mudar. É uma tendência clara", afirma.

Amaral destaca que lançamentos imobiliários para a média e baixa renda, sem obrigatoriedade de valor de entrada, eram raros até poucos anos atrás. "Financiar um apartamento novo em 30 anos, pagando R$ 450 por mês, isso não existia. A pessoa casava, entrava numa casinha e morria na casinha", diz.

Como em outros setores da economia, o segmento que mais cresce é o de média e baixa renda. Na Gafisa, a marca Tenda, voltada para empreendimentos de até R$ 200 mil, já responde por 36% do volume financeiro dos lançamentos da empresa. Dos 212 projetos em desenvolvimento do grupo, 100 são Tenda, 70 da marca Gafisa e 42 da Alphaville. Em cinco anos, a previsão é que a marca Tenda represente 50% dos negócios.

Os números consolidados de 2010 da Gafisa, que possui ações na Bovespa, só serão públicos em março. Pelos cálculos de Amaral, o total de vendas foi 22% maior que o registrado e 2009. Já no volume financeiro dos empreendimentos lançados, a estimativa é que o total em 2010 atinja R$ 4,6 bilhões, o que representará um crescimento é de 92%.

Perfil do novo comprador
A estratégia da Gafisa é atuar em todos os segmentos. Mesmo porque o cliente de hoje de um apartamento popular, de dois dormitórios e área entre 40 e 50 metros quadrados, pode se tornar amanhã o cliente de um imóvel de médio ou alto padrão.

Segundo Amaral, o cliente do novo mercado imobiliário costuma ter entre 25 e 30 anos, ganha entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil e que está na progressão da carreira. "Daqui a 5, 6 anos, essa pessoa vai ganhar mais, a família estará maior e chance dela comprar outra casa será muito grande", diz. "À medida que a nova classe C for sendo incorporada, essa progressão será natural", afirma o executivo de 57 anos, que reside atualmente na sua sexta residência.

Nas modalidades oferecidas atualmente pelas construtoras, o valor pago entre o lançamento e a entrega das chaves costuma ficar entre 25% e 30% do valor do imóvel, o que facilita bastante na hora de obter um financiamento. "Se a prestação coube no primeiro mês, a tendência é quitar o financiamento em menos de 30 anos, porque o valor mensal sempre cai", afirma Amaral.

Na Gafisa, o tempo médio entre o lançamento do imóvel e a inauguração é entre 2 anos e 2 anos e meio. Nos empreendimentos da marca Tenda, o prazo é menor, entre 12 e 18 meses.

Prédios sem tijolos para 'Minha Casa Minha Vida'
A Gafisa aposta no sucesso do programa "Minha Casa, Minha Vida" para alavancar as vendas no segmento de média e baixa renda. A construtora não revela o número de unidades contratadas dentro do programa, mas diz que o maior volume de entregas ocorrerá a partir desse ano. "Ninguém consegue entregar uma casa em um ano", afirma Amaral. "As empresas se mobilizaram, compraram os terrenos, aprovaram os projetos na Caixa, fizeram os lançamentos, venderam e agora estão entregando", diz Amaral.

A garantia e estímulos federais para esse modelo de moradia (a fase 2 do "Minha Casa, Minha Vida" prevê mais 2 milhões de residências) levou a Gafisa a implantar até uma nova tecnologia de construção de unidades padronizadas, com moldes de alumínio no lugar da alvenaria estrutural.

"São prédios sem tijolos", explica Amaral. "É um processo muito mais rápido e mais limpo. O acabamento das paredes é quase perfeito, não precisa fazer massa. Dá para fazer um prédio desse tipo em quatro, cinco meses".

No primeiro empreendimento com o uso desta tecnologia, em Cotia, a construtora ergueu 128 prédios de quatro pavimentos numa área de 450 mil m². A partir de seis modelos básicos de forma, a construtora dispõe atualmente de 30 tipos de plantas padronizadas e adaptáveis à legislação de cada cidade.

Embora o crédito seja crescente, o setor da construção civil já alerta para a necessidade de novos fundos para o financiamento imobiliário, que já está próximo a 4% do PIB. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) projeta que o financiamento imobiliário poderá chegar a 11% do PIB em 2014

"O país não vai conseguir desenvolver esse mercado só com os recursos da caderneta de poupança", afirma Amaral. "Com a estabilização econômica, o Brasil já está permitindo a criação de novos produtos como a securitização".
“Nos últimos 10 anos, aumentou o tamanho da varanda e diminuiu o tamanho da sala”

Tendências em alta
Segundo o presidente da Gafisa, a construção de condomínios com vários prédios e em áreas um pouco mais afastadas do centro das capitais é uma tendência em alta no mercado brasileiro. "Com mais torres, você costuma ter uma área de lazer maior e o condomínio costuma ser mais barato", explica.

Amaral admite, porém, que a carência de terrenos tem contribuído para o aumento do número de lançamentos fora das capitais. "O prédio mais antigo vai estar mais bem localizado, não tem jeito", diz. Segundo ele, o custo do terreno no preço total de um lançamento representa entre 5% e 10% na marca Tenda e entre 15% e 20% na marca Gafisa. "Já numa área nobre de São Paulo, por exemplo, esse custo pode representar 50%", afirma.

Segundo o executivo, é na infra-estrutura do condomínio e no desenho da planta do imóvel que os novos lançamentos costumam vencer a disputa pela preferência do comprador. "Hoje, a distribuição dos ambientes é muito mais inteligente. Já os antigos nem sempre há mais de uma vaga da garagem e varanda", compara.

"Nos últimos 10 anos, aumentou o tamanho da varanda e diminuiu o tamanho da sala. Essa tendência vai perdurar, pois a varanda gourmet é o sonho de consumo de qualquer um". Fonte:G1


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Desde os primordios das mais primitivas civilizações, o homen sempre se organizou em grupos. Considerou indispensável e necessário os avanços da urbanização, para facilitar e organizar o convivio dessa sociedade em crescente evolução ,bastando lembrar que o bem imovel é o combustivel indispensável e essencial a preservação e desenvolvimento da vida.