domingo, 28 de fevereiro de 2010

28 de Fevereiro de 2010
A reação do mercado imobiliário


O balanço de 2009 do sindicato da habitação (Secovi) mostra que foi rapidamente superada a crise do setor, no Município de São Paulo, com lançamentos de 30,1 mil unidades, inferiores em cerca de 13% aos de 2008. Até julho, foram lançados 9.753 imóveis, menos de um terço do total do ano, mas a retomada foi expressiva a partir de agosto. Apenas no último bimestre 10.142 unidades foram lançadas.

Para 2010, a previsão é de crescimento de 5% na comercialização de imóveis novos e de 10% nos lançamentos.

Predominam, no mercado paulistano, escassez e alto custo de lotes. Por isso, nas regiões mais valorizadas, o preço do m2 de área útil construída chega a superar R$ 10 mil, inacessível para as faixas de renda média.

Os preços no mercado local se aproximam dos de países desenvolvidos, onde são mais raras ainda as áreas edificáveis. Não há solução fácil para o problema. As propostas de mudança do zoneamento, para ampliar a oferta de lotes, trazem riscos de deterioração urbana.

Assim, a escassez de lotes na cidade de São Paulo tornou-se problema para a indústria da construção civil, capaz de afetar a oferta num momento em que o ritmo de vendas dos últimos meses confirma "que a confiança do consumidor está nos mesmos níveis do período pré-crise de 2008", como observa Celso Petrucci, diretor do Secovi.

Não falta crédito, nem proveniente do FGTS nem das cadernetas de poupança. No mês passado foram financiadas, no País, 22,8 mil unidades, no montante de R$ 2,87 bilhões, com recursos das cadernetas. Em 12 meses esse montante atingiu R$ 35 bilhões, destinados a 307,9 mil imóveis - dois recordes históricos. E o Secovi estima em R$ 18 bilhões a oferta de financiamentos do FGTS, administrado pela Caixa Econômica Federal.

Segundo os dados do Banco Central, aumentaram em 45,9% os empréstimos à habitação, nos últimos 12 meses, até janeiro, atingindo R$ 88,8 bilhões. Mesmo uma possível elevação dos juros básicos não constituirá ameaça à atividade imobiliária, pois 2/3 dos recursos das cadernetas e a totalidade dos saldos do FGTS são remunerados a taxas entre 0,25% e 0,5% ao mês, mais a TR (que hoje é zero).

A ampliação do mercado imobiliário paulistano dependerá mais, portanto, de políticas inovadoras, voltadas, por exemplo, para o adensamento de áreas centrais, com infraestrutura e que não necessitam de mudanças de zoneamento.
Fonte: Estadão
28/02/2010 - 09h20
Isolação acústica deve ser pensada ainda no projeto


"[A isolação acústica] é algo que tem que ser previsto no projeto. Uma vez construído [o imóvel], torna-se inviável economicamente", avalia Mitsuo Yoshimoto, do IPT.

"Depois que o morador já comprou, fica difícil. [No caso da laje] seria preciso tirar todo o piso para aplicar uma manta. Imagine fazer isso em um prédio inteiro."

O depoimento do pesquisador dá uma ideia da dificuldade para corrigir um problema construtivo que causa desconforto sonoro. E a "parte mais fraca" dos projetos das construtoras hoje, afirma, é justamente o isolamento acústico das lajes dos prédios, que, quando malfeito, pode fazer com que os passos do vizinho de cima pareçam bate-estacas.

Waldir de Arruda, advogado especializado em direito de vizinhança, sugere que o comprador de um imóvel, mesmo na planta, busque informações sobre o uso de técnicas construtivas na edificação que indiquem a preocupação da construtora em propiciar conforto acústico aos moradores.

"Paredes de 'dry wall' [gesso], por exemplo, precisam da aplicação de mantas", menciona.
Algumas empresas relatam iniciativas para melhorar a isolação acústica em seus empreendimentos.

"Contra chiados nas instalações elétricas, usamos lã de rocha ou de vidro nos dutos para absorver o som", descreve Marcos Sarge, diretor técnico da Schahin Engenharia.

Nos projetos da IdeaZarvos, as paredes de "dry wall" possuem lã de vidro ou de rocha, relata o arquiteto Guilherme Fiorotto, gerente de marketing da construtora.

Novos projetos

Como as plantas dos imóveis são flexíveis, a espessura das lajes é dobrada, "muito por causa da probabilidade de mudar o layout", caracteriza Fiorotto.

"Se houver uma alteração na localização do banheiro, não será necessário fazer um reforço naquele lugar", exemplifica.

É preciso ressaltar que as determinações da norma da ABNT valem apenas para novos projetos. Apartamentos já lançados e ainda não entregues, por exemplo, não precisam atender a novos padrões.

"Projetos que já vinham sendo desenvolvidos também não têm obrigatoriedade de segui-la", reforça Mauricio Linn Bianchi, vice-presidente de tecnologia e qualidade do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

Bianchi observa que a NBR 15.575 funcionará como uma norma mãe, reunindo vários componentes das normas já existentes no país.

"Passa a criar um conceito de todas elas em conjunto", especifica. "Trará para o mercado uma nova cultura. Quando compram um imóvel, as pessoas dificilmente perguntam determinadas coisas. Dentro de dois a cinco anos, vai ser criado um universo um pouco diferente, com produtos diferenciados. Os apartamentos terão uma classificação."
Fonte: Folha de S.Paulo
28/02/2010
Norma de ruídos para habitação começa a vigorar em maio

EDSON VALENTE
Editor-assistente de imóveis

Em maio, compradores de novos apartamentos ganharão mais um aliado contra o barulho de passos ou do arrastar de móveis no andar de cima: entrará em vigor uma norma da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) que define parâmetros de isolação acústica para habitações.

A NBR 15.575 trata primordialmente do desempenho construtivo de edificações de até cinco pavimentos, mas "alguns requisitos podem ser aplicados em edifícios maiores", destaca Carlos Borges, superintendente do Comitê Brasileiro de Construção Civil da ABNT e vice-presidente de tecnologia e qualidade do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário).

É o caso do conforto acústico, cujas determinações independem da altura do prédio. A norma favorece especialmente quem recorre à Justiça no conflito com um vizinho ou ao questionar a qualidade construtiva do empreendimento em relação a ruídos. "Do ponto de vista jurídico, será uma referência", antecipa Borges.

Essa referência falta nas regras que vigoram hoje, frisa Mitsuo Yoshimoto, pesquisador do laboratório de conforto ambiental do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo).

"Não há um critério de isolação sonora entre apartamentos", ressalta. "Existem a norma de ruído ambiental, nº 10.151, referência da Lei do Silêncio e aplicável no caso de um bar que faz barulho, e a nº 10.152, que trata de conforto acústico para, por exemplo, dormir sossegado", diz.

Por tratar especificamente da isolação sonora das estruturas -como paredes e lajes-, a NBR 15.575 também poderá ser um diferencial na hora de comprar um imóvel, mesmo na planta. "No memorial descritivo, poderá constar que aquele empreendimento atende aos critérios da norma", afirma o pesquisador do IPT.

Essa conformidade, porém, dificilmente será constatada por alguém que não seja um especialista, alerta Yoshimoto. "São vários métodos para medir a isolação, tanto no prédio acabado como em laboratório, para um projeto, levando em conta os materiais usados. Um leigo não conseguiria."
Fonte : Folha de S.Paulo

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

26/02/2010
Titã dos shoppings planeja fazer cisão


A administradora americana de shopping centers General Growth Properties anunciou ontem um plano para sair da concordata este ano. Ela propôs dividir-se em duas e receber um aporte de US$ 2,63 bilhões da firma canadense de investimentos imobiliários Brookfield Asset Management Inc. Tanto a General Growth quanto a Brookfield atuam no varejo brasileiro. A General Growth é sócia da operadora dos shoppings Grande Rio e Santana Parque, entre outros.
A Brookfield tem em seu portfólio centros como o Rio Sul e o West Plaza. A General Growth e a Brookfield acreditam que a cisão vai criar uma empresa com mais de 200 shoppings de alto nível, e uma empresa menor com os ativos mais arriscados para investidores dispostos a apostar num retorno maior. O complicado plano, redigido em parte pelo investidor ativista e conselheiro da General Growth William Ackman, é uma alternativa para a aquisição alavancada proposta pela concorrente Simon Property Group Inc., que fez uma oferta de US$ 10 bilhões na semana passada. Se os credores da General Growth e o tribunal de falências aprovarem o plano, ela emitirá novas ações da empresa maior nos próximos meses, para captar recursos que ajudariam a quitar algumas de suas dívidas. Se a General Growth for separada, a maior das duas empresas, que vai continuar com o nome General Growth Properties, terá entre 170 e 180 dos mais de 200 shoppings da companhia nos Estados Unidos, segundo uma pessoa a par do plano. A Brookfield prometeu comprar 30% dessa empresa por um valor total de US$ 2,5 bilhões. A empresa menor, chamada General Growth Opportunities, ficaria com vários dos ativos mais combalidos da empresa, disseram pessoas a par do assunto. Fonte: Valor
26/02/2010
Reajuste no salário mínimo encarece programa ‘Minha casa, minha vida’


Tabela leva em conta mínimo de R$ 465,00,Ministério das Cidades diz que analisa faixas de financiamento. O aumento do salário mínimo é notícia boa para muita gente. Mas pode virar dor de cabeça para quem vai financiar a casa própria, pois o governo não reajustou a tabela do programa “Minha casa, minha vida” com base no novo mínimo. A tabela do programa ainda se baseia no mínimo de R$ 465,00, e prevê três faixas para o financiamento. Quem ganha de até cinco salários mínimo paga juros de 5% ao ano mais TR; de cinco a seis salários, 6% mais TR; e de seis a dez, 8,16% mais TR.
Oswaldo José Gomes sabe disso e resolveu adiar o financiamento. Ele quer R$ 100 mil para comprar um imóvel. Para isso, teria que desembolsar R$ 12 mil de entrada e pagar 300 prestações de R$ 845,00. Mas se o governo atualizar a tabela com o novo mínimo de R$ 510,00 Oswaldo vai para a faixa intermediária: pagaria R$ 5 mil de entrada e a prestação cairia para R$ 720,00. Se isso acontecer, com a redução da entrada, seu Oswaldo teria em mãos R$ 7 mil reais, que já tem destino: móveis para a casa nova. “Estou buscando informações na Caixa Econômica Federal, apoio de quem está intermediando a compra e aguardando até que a Caixa mude o sistema. Prefiro esperar”, diz Oswaldo. Para um economista, o programa tem que levar em conta o novo valor do salário mínimo. “A situação pode ser um descompasso entre as regras do salário mínimo e o programa de habitação do governo federal e dá uma dica do que fazer”, afirma Amaryllis Romano. Na noite desta quinta-feira (25), o Ministério das Cidades divulgou nota que diz que estão em análise os valores relativos à faixa de renda em virtude do aumento do salário mínimo. Mas não diz quando isso deve ocorrer. Fonte: G1
26/02/2010
BB quer dobrar carteira de crédito imobiliário em 2010


O Banco do Brasil pretende manter neste ano a estratégia agressiva de crédito que lhe rendeu o maior lucro da história do setor bancário do país em 2009. A previsão do banco é de crescimento entre 18% e 23% da carteira total em 2010. Apenas para o crédito imobiliário, a meta do BB é dobrar os recursos concedidos. "Teremos um forte investimento em crédito imobiliário neste ano, nós acreditamos em um boom do setor", afirmou o presidente da instituição, Aldemir Bendine. "O Brasil tem um deficit habitacional de mais de 8 milhões de unidades, e isso corrobora com a explosão do setor."
De acordo com o vice-presidente de Cartões e Novos Negócios do banco, Paulo Rogério Caffarelli, a carteira de financiamentos de imóveis do BB cresceu em 1.400% em 2009, passando de R$ 100 milhões em dezembro de 2008 para R$ 1,5 bilhão um ano depois. A previsão para esse ano é que o número se aproxime dos R$ 3 bilhões. Para isso, o BB conta com um "funding" de cerca de R$ 7 bilhões --o que representa aproximadamente 10% dos recursos investidos na poupança do banco atualmente. A ideia é que os recursos sejam divididos em duas partes: metade será destinada ao financiamento à construção de imóveis, com empréstimos a incorporadoras e empreiteiras, e a outra metade diretamente à pessoa física. Segundo Caffarelli, a média de empréstimo do banco --que atualmente tem 18 mil contratos assinados nessa modalidade-- fica em torno de R$ 90 mil para cada unidade financiada. O plano do BB também contempla investimentos em construções dentro do programa federal Minha Casa, Minha Vida, cuja meta é construir 1 milhão de moradias até o fim deste ano. No longo prazo, a meta do banco é estar entre os três principais aplicadores nesse segmento até 2012, com o crédito imobiliário atingindo participação entre 7% e 8% na carteira total do BB. Ao final de dezembro de 2009, a carteira de crédito do maior banco do país estava em R$ 300,829 bilhões, um incremento de 33,8% em 12 meses. Essa evolução foi puxada pelo segmento pessoa física, cujos financiamentos deram um salto de 88,1%, para R$ 91,79 bilhões. Bendine ressaltou que não poderia comentar as metas do banco, já que, por conta da divulgação de estudos para uma captação de recursos neste ano, os executivos estão impedidos de falar sobre o assunto. Ele afirmou, porém, que o banco "pretende continuar tendo atuação agressiva no crédito, especialmente por causa da forte demanda" que será vista neste ano. Por conta dela, o BB atingiu neste ano participação recorde no mercado de crédito brasileiro, de 20,1%. De acordo com Bendine, o objetivo do banco é manter essa fatia em 2010. “Queremos manter ou crescer um pouco, mas não esperamos crescer tão forte quanto no ano passado, já que a concorrência vai estar mais acirrada", afirmou, citando a volta dos bancos privados ao mercado após a retração causada pela crise financeira no ano passado. Os executivos divulgaram ainda que o BB pretende abrir cerca de 200 agências neste ano no Brasil --100 apenas no Estado de São Paulo. Além disso, os planos incluem a contratação de dez mil novos funcionários neste ano e no próximo. Em São Paulo, serão 1.500 empregos em 2010. A respeito da medida anunciada pelo Banco Central de elevar os compulsórios recolhidos pelos bancos, Bendine afirmou que o BB não vê na ação nenhum empecilho para sua previsão de crescimento no ano. De acordo com ele, mesmo com o aumento dos depósitos obrigatórios o banco ainda teria um índice de liquidez quatro vezes acima do requerido. Fonte: Folha Online

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

25/02/2010
Financiamento de imóvel com poupança cresce 51% e bate recorde em janeiro


O volume de empréstimos para a compra de imóvel com recursos da poupança cresceu 51,9% em janeiro, frente ao mesmo período do ano passado, para o recorde de R$ 2,88 bilhões. Este foi o melhor resultado da história do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) para o mês. Frente a janeiro de 2008, quando havia uma euforia do crédito imobiliário, também foi registrado crescimento, de 77,3%.
Quando a comparação é feita com o último semestre de 2009, porém, os financiamentos com recursos da poupança registraram queda de 16,1%, uma vez que naquele período o volume era de R$ 3,43 bilhões em média. No acumulado dos últimos 12 meses, os empréstimos para a compra de imóvel com recursos da poupança cresceram 15,5%, frente ao período de 2009, com um volume financiado de R$ 35 bilhões. Em janeiro, 22.894 imóveis foram financiados com recursos da poupança, um volume 29,6% superior ao registrado no mesmo mês de 2009. Se comparado a dezembro, a quantidade é menor, já que naquele mês foram financiadas 31.688 unidades. Em 12 meses, foram 307,91 mil unidades adquiridas por meio de recursos da poupança. Em relação ao resultado da poupança no período, os dados mostraram que houve uma captação líquida (depósitos menos saques) de R$ 1,8 bilhão, com o saldo atingindo R$ 256,6 bilhões. De acordo com a Abecip, o comportamento é sazonal porque janeiro é um mês em que aumentam os dispêndios das famílias brasileiras. Janeiro de 2010 registrou o melhor resultado para o período desde 1997, quando a captação líquida representou 5,06% do saldo das contas do final de 1996. Fonte: InfoMoney
25/02/2010
Squarestone busca dinheiro em Londres para investir no Brasil


Presente no Brasil desde 2008, a gestora britânica de fundos de investimentos imobiliários Squarestone Brasil Ltd. prepara nova investida no país. A empresa anunciou uma oferta pública de ações em Londres para obter 250 milhões de libras que serão investidos na construção, incorporação e administração de shopping centers de última geração. Já estão planejados três novos empreendimentos.
Embora não tenha revelado a localização desses projetos, a companhia ressaltou que sua prioridade inicial será a região Sul/Sudeste do país e que o perfil previsto é de centros com no mínimo 20 mil metros quadrados de área total, voltados para os consumidores das classes B e C. "Este lançamento de ações representa não apenas a oportunidade de ampliar e aperfeiçoar os dois empreendimentos já instalados no país, como também a possibilidade de implementar os três novos projetos cujo potencial foi já identificado por nossa equipe", disse o presidente-executivo da Squarestone Brasil, James Morse, em comunicado.Atualmente, a empresa detém dois shoppings no país, o Bonsucesso, de Guarulhos, e o Golden Square, em São Bernardo do Campo. Segundo o presidente da companhia, Tony Campbell, a emissão de ações representa uma fantástica plataforma de acesso, com financiamento sólido, a um mercado que vive em plena efervescência tanto no âmbito econômico como de consumo e construção. De acordo com os analistas da companhia, existe um vasto potencial de novos negócios no país no setor de shoppings. E embora o mercado já trabalhe com conceitos internacionais, ainda há modernas práticas que podem ser aplicadas para aprimorar resultados. Com base em estudos, a Squarestone avalia que o Brasil ainda está longe da média internacional de oferta de espaço para varejo em shopping centers. Essa média, que nos Estados Unidos é de 606 metros quadrados para cada mil habitantes, no Brasil é de apenas 47 metros por mil habitantes. Ainda para efeito de comparação, no México a relação é de 100 metros por mil habitantes e na Espanha fica em 249 metros por mil habitantes. Fonte: Valor
25/02/2010
Gulf, dona da Brasil Brokers, cria holding de seguros


Empresa já comprou mais de 15 corretoras de seguros e fala em abrir capital na Bolsa. A Gulf Capital Partners, fundo de private equity (especializado em adquirir participações em empresas), está criando uma holding de corretoras de seguros no mercado brasileiro. Até agora, já adquiriu mais de 15 corretoras em várias regiões do País, e planeja chegar a 25. Ontem, em São Paulo, os gestores acertaram os detalhes das aquisições mais recentes. Para fazer essas compras, a Gulf criou uma holding que recebeu o nome de Brasil Insurance.
O objetivo é abrir o capital em uma operação que pode movimentar R$ 700 milhões. "Já temos 80% do tamanho que gostaríamos de atingir na holding (antes de abrir o capital)", diz Bruno Padilha, sócio-diretor da gestora. Por questões de confidencialidade dos contratos, o executivo não revelou o nome das empresas adquiridas. Com musculatura suficiente para atrair os investidores, Padilha acredita que será possível fazer a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no curto prazo, mas prefere não sinalizar uma data para o lançamento dos papéis. A Brasil Insurance segue o mesmo caminho da Brasil Brokers, holding também criada pela Gulf em 2007 com 16 corretoras de imóveis. A empresa abriu o capital em outubro daquele ano em uma operação que movimentou R$ 700 milhões. Por isso, Padilha acredita que as corretoras de seguro devem movimentar um valor semelhante na oferta de ações. "São estratégias idênticas", diz o executivo. A Gulf está há dois anos avaliando o setor de seguros. "É um setor que vem crescendo a taxas de dois dígitos há vários anos e ainda tem penetração muito baixa no Brasil. As perspectivas são enormes", afirma Padilha. Segundo ele, enquanto aqui as vendas de seguro ficam na casa dos 3% do produto interno bruto (PIB), em outros países emergentes, como Chile e Índia, esse indicador supera os 5% e na, África do Sul, chega a bater em 15%. A decisão de investir em corretoras de seguros também foi influenciada pela alta fragmentação desse mercado no País. Enquanto as seguradoras são muito concentradas, com as dez maiores detendo mais de 80% dos prêmios, há várias corretoras de seguro, operando em diversos segmentos e regiões. Atualmente, há 25,7 mil corretoras ativas no País, de acordo com os dados da Federação Nacional das Corretoras de Seguros Privados (Fenacor). Há ainda 38,7 mil corretores individuais, que atuam como pessoa física. Muitas corretoras são especializadas em um único segmento. Outras têm anos de experiência e clientes fiéis. "A rentabilidade das corretoras chega a ser três vezes maior que a das seguradoras", diz o gestor da Gulf. Com as aquisições já feitas até agora, a Brasil Insurance é uma empresa com prêmios anuais de R$ 1,1 bilhão e conta com cerca de um milhão de clientes. As corretoras adquiridas têm, em média, 25 anos de experiência no mercado e atuam em ramos diversos, como automóveis, seguro saúde, vida, grandes riscos, crédito e risco de engenharia. O dinheiro a ser captado na abertura de capital vai ser usado para novas aquisições, diz Padilha. "Queremos ser consolidadores. A meta é dobrar de tamanho em três anos." A estratégia da Brasil Insurance é comprar o controle das corretoras, em geral, familiares. O dono recebe ações da holding, integrando o bloco de controle. A Brasil Brokers, de acordo com o executivo, é hoje a maior corretora de imóveis da América Latina, com vendas anuais de R$ 10 bilhões. Após a abertura de capital, a empresa fez mais dez aquisições em 2008. A Gulf Capital Partners foi fundada em 1983 e já fez outros investimentos no País, em segmentos como logística (Brasil Logistics) e bioenergia (Brasil Bioenergia). No setor imobiliário, além da Brasil Brokers, participou da idealização e construção do Hotel Fasano, no Rio, e do Hotel Blue Tree Towers, em São Paulo. Fonte: O Estado de S.Paulo

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

24/02/2010
Construção quer Minha Casa, Minha Vida 2


Menos de um ano após o início do programa habitacional, as empresas de construção civil já começaram as articulações para o lançamento do "Minha Casa, Minha Vida 2".
Na Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o setor reunirá ainda neste mês as propostas de aperfeiçoamento ao programa, que serão, em seguida, apresentadas ao governo, disse hoje o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), João Crestana. O plano é pegar carona na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), cujo lançamento é previsto para o final de março. "Para que em 2011 estejamos trabalhando firme (em um novo programa), é preciso haver uma discussão desde já", afirmou Crestana durante encontro com jornalistas. Segundo ele, a solução de um déficit habitacional de aproximadamente 7 milhões de moradias precisa ser tratada como uma política de Estado que seja perene, e não apenas de um governo. Crestana avalia que o país ainda precisará de 15 anos a 20 anos para sanar o déficit habitacional. O plano original do "Minha Casa, Minha Vida" previa 1 milhão de residências em um prazo "informal" de dois anos, afirmou o presidente da entidade. Para ele, até o primeiro trimestre de 2011, o governo já terá cumprido a meta, pelo menos no que se refere a contratações, uma vez que o término de parte das casas previstas pode se dar apenas em 2012. Crestana assinalou ainda que alguns desafios precisam ser superados no âmbito do programa, como uma participação mais significativa de bancos privados, além da Caixa Econômica Federal (CEF), e maior celeridade na aprovação dos contratos. Fora isso, ele apontou que o setor precisará criar 200 mil vagas de trabalho neste ano para fazer frente ao maior ritmo de construção de imóveis. Nesse ponto, o representante das construtoras disse que a maior parte dessas contratações necessitará de investimentos em programas de treinamento e atingirá uma parcela da população de baixa renda que recebe recursos do Bolsa Família. Com isso, Crestana considera que o grande desafio será encontrar formas de estimular esses beneficiários a buscar emprego, mesmo com a possibilidade de perder o benefício por conta do aumento da renda. Fonte: Valor
24/02/2010
Setor imobiliário prevê novo avanço das vendas em 2010


Um grande volume de crédito estará disponível ao setor imobiliário no Brasil este ano. Nacionalmente, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) prevê a liberação, com recursos da poupança, de algo em torno de R$ 45 bilhões, ante o volume de R$ 34 bilhões em 2009 de financiamento imobiliário. Com esse cenário, na capital paulista, a estimativa é que o mercado de imóveis novos residenciais cresça em torno de 5% na comercialização e 10% em lançamentos este ano.
Com isso, deve-se chegar a 37,6 mil unidades vendidas a aproximadamente 33 mil unidades lançadas - resultado ainda inferior a 2008, estima o Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi). O impacto disso já começou a ser sentido pelo mercado, tanto que nos últimos dois meses de 2009, só na cidade de São Paulo, houve um expressivo avanço de 140,7% em aumento de vendas em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram comercializadas 3,4 mil unidades. O setor imobiliário aguarda para maio, com grande expectativa, uma proposta para o "Minha Casa, Minha Vida 2". Entre elas está a Gafisa, que acredita na expansão do programa em níveis recordes em 2010. A construtora faz parte do grupo de empresas que participou da modelagem do programa junto com o governo federal, ao lado de Rodobens Negócios Imobiliários, MRV e Trisul. Uma das grandes apostas da empresa para o segmento foi o lançamento do Super 6, que prevê o financiamento de 6% da entrada e a entrega do imóvel em seis meses. O financiamento é feito pela CEF e o comprador só começa a pagar após a entrega do imóvel. "No modelo tradicional, tínhamos que esperar o cliente quitar o financiamento em 18 meses para começar a construir", disse o presidente da Gafisa, Wilson Amaral, em entrevista recente ao DCI. A proposta para esse tipo de produto surgiu em uma das reuniões com a ministra Dilma Roussef. "Explicamos que era inviável lançar um produto para baixa renda em que o comprador tivesse que arcar com as parcelas do financiamento junto com o aluguel", disse ele. Para entregar em seis meses, o imóvel já tem que estar aprovado, com todos os alvarás, e financiado, com as vendas adiantadas. Por isso, para ganhar agilidade na operação, a Tenda (subsidiária da Gafisa no segmento voltado à baixa renda) se certificou como correspondente regional da CEF para acelerar as aprovações. Até dezembro do ano passado, a empresa tinha 27 mil unidades em análise na instituição. Há a expectativa de um forte volume de vendas no setor este ano. Isso por conta da previsão do Conselho Curador do FGTS, que destinou R$ 18 bilhões para financiamentos, R$ 4 bilhões para subsídios, R$ 1 bilhão para o programa Pró Cotista e R$ 1 bilhão para o Pró Moradia. Para o programa "Minha Casa, Minha Vida", o governo terá R$ 9,3 bilhões, por dotação no Orçamento Geral da União. Com isso, o total de recursos destinados para o setor em 2010 será de R$ 78 bilhões. O Secovi destaca ainda que os recursos não utilizados em 2009 no "Minha Casa, Minha Vida", passaram automaticamente para o Orçamento de 2010, com grandes chances de se cumprir a meta de 1 milhão de moradias até o final do ano. Em 2009, as contratações do programa chegaram a 275,5 mil unidades. As entidades do setor reunirão propostas para a continuidade do programa na próxima reunião da comissão da Indústria Imobiliária (CII) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), que acontece esta semana em São Paulo. O objetivo é apresentar um plano concreto ao governo, para o "Minha Casa, Minha Vida 2", até maio. "Espero que entre abril e maio isso já esteja bem encaminhado", afirma João Crestana, presidente do Secovi. O mercado aguarda o anúncio sobre a continuação do programa para a segunda quinzena de março. O mercado de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo superou as expectativas em 2009, com a venda de 35,8 mil unidades, crescimento de 9,1% em relação ao ano anterior, quando foram vendidas 32,8 mil unidades, conforme pesquisa divulgada ontem pelo Secovi. O resultado ficou acima da expectativa inicial do sindicato, que era de 33 mil unidades vendidas. Nos dois últimos meses do ano passado, foram vendidas 8,27 mil unidades e lançadas 10,1 mil moradias, com salto de 95,75% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando os lançamentos somaram 5,1 mil unidades. O resultado surpreende por superar, inclusive, a soma dos sete primeiros meses do ano passado, de 9,75 mil unidades. De acordo com o sindicato, a grande expansão no final do ano se deve ao fato de o mercado de lançamentos ter "andado de lado" até julho. No acumulado do ano, o volume de lançamentos totalizou 30,1 mil unidades - retração de 12,61% ante 2008. Com ritmo de vendas acelerado, o setor imobiliário está otimista com 2010 e projeta 37,6 mil unidades a serem vendidas este ano na capital, além de 33 mil unidades lançadas na cidade - 10% a mais que em 2009. Fonte: DCI
24/02/2010
Imóveis de dois dormitórios são a "bola da vez" entre lançamentos, diz Secovi-SP
MARIANA SALLOWICZ


O lançamento de imóveis de dois dormitórios na cidade de São Paulo cresceu 26,5% e chegou a quase metade do total (43%) em 2009, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Secovi-SP (sindicato da habitação). Para o economista-chefe da entidade, Celso Petrucci, as unidades menores são a "bola da vez".

"Há uma mudança no comportamento do mercado, que antes fazia preponderantemente lançamentos de imóveis de três e quatro dormitórios. Agora, o foco está nos de dois e três dormitórios", acrescentou o presidente da entidade, João Crestana.

Os imóveis de dois quartos ganharam a liderança nos lançamentos em 2009, passando de 34% em 2008 para 43% no ano passado -- alta de 26,5%. Ao mesmo tempo, as casas e apartamentos de três dormitórios perderam o primeiro lugar no ranking, caindo de 38% para 35%.

Também reduziram espaço as unidades de quatro dormitórios, que representavam 24% dos lançamentos em 2008 e 16% em 2009. Já os de um dormitório se mantiveram praticamente estáveis, passando de 4% para 6%.

O programa do governo federal "Minha Casa, Minha Vida" foi um dos propulsores do crescimento deste mercado, segundo o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci. "As empresas foram se estruturando para atender ao segmento econômico", explicou. Para ele, há uma demanda para imóveis de dois dormitórios que dificilmente será suprida.

2010

Para este ano, as expectativas do presidente do Secovi são positivas "por causa dessa procura pelos imóveis menores aliada à abundância de recursos disponíveis para o setor". Segundo ele, a previsão é de um crescimento de 10% nos lançamentos, que passariam de 30 mil neste ano para 33 mil em 2010. Já as vendas deverão ter alta de 5%, chegando a 37,6 mil unidades.

Em relação aos empregos, a entidade estima que será preciso contratar mais 200 mil profissionais para o setor no país, sendo a maioria de profissionais que precisarão de treinamento e especialização, como pedreiros, marceneiros e carpinteiros.

Segundo Crestana, o desafio será estimular jovens, com idade entre 18 e 30 anos, a procurarem emprego. Para ele, muitos são desestimulados por receberem benefícios assistências, como o Bolsa-família, e não quererem aumentar a renda, o que poderá causar a perda do extra. "Queremos ensinar esses jovens e trazê-los para o mercado com treinamentos de três a cinco meses", disse.

Mais um programa

O setor da construção civil já deu início a movimentações para reivindicar a segunda edição do "Minha Casa, Minha Vida", informou Crestana. Haverá uma reunião no dia 25 na CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção Civil) para montar uma proposta de aperfeiçoamento do programa, que será entregue na sequência ao governo federal. "Para que em 2011 estejamos trabalhando firme, é preciso haver uma discussão desde já", afirmou.

O "Minha Casa, Minha Vida" foi lançado em abril de 2009 com o objetivo de construir um milhão de moradias --em 2009 tinham sido financiadas 275 mil unidades. O governo espera atingir a meta neste ano.

"Acreditamos que os recursos do programa estejam todos contratados até outubro, por isso, precisamos pensar em uma continuidade para ele", afirmou Crestana. "Em até três meses teremos uma posição do governo sobre a segunda parte do programa."

Segundo ele, a ideia é "pegar uma carona" na segunda edição do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que será lançada no final de março. Entre as mudanças que serão propostas estão maior rapidez na aprovação dos contratos e projetos e maior presença dos bancos privados nos financiamentos, que hoje são feitos exclusivamente pela Caixa Econômica Federal.
Fonte: Folha Online
24/02/2010
Venda de imóveis novos cresce 9% em São Paulo em 2009, aponta Secovi
MARIANA SALLOWICZ


Com a retomada da economia, a venda de imóveis novos residenciais atingiu 35.832 unidades em 2009 na capital paulista, 9,15% a mais do que em 2008, de acordo com a pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo.

O resultado superou a expectativa inicial de encerrar o ano com 33 mil unidades comercializadas. A média mensal de vendas ficou em cerca de 3.000, ante 2.700 no ano anterior.

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Segundo o Secovi-SP, os dois últimos meses do ano representaram quase 25% do total vendido no ano, com 8.274 unidades comercializadas.

A recuperação das vendas sobre 2008, no entanto, não foi acompanhada pela produção. Dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) mostram que o volume de lançamentos apresentaram queda no ano. Foram 30.128 unidades, com redução de 12,75% sobre o volume registrado em 2008.

No último bimestre, foram lançadas 10.142 moradias, volume superior à soma dos sete primeiros meses do ano (9.753). "A recente alta nos lançamentos pode ser atrelada à recuperação após meses seguidos de timidez. Já as vendas atingiram a retomada necessária durante o ano passado, confirmando que a confiança do consumidor está nos mesmos níveis do período pré-crise", disse o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.

Das unidades disponíveis na cidade de São Paulo, 17,6% foram comercializadas no ano passado, ante um VSO (venda sobre oferta) de 13,8% em 2008.

Apesar do aquecimento desse setor, o número de mutuários com mais de três prestações em atraso, considerando os recursos da poupança, vem caindo nos últimos anos. No ano passado, ficou em 2,56% da carteira, ante 3,07% em 2008. Em 2003, esse percentual atingiu 11,2%.

No ano passado, a Caixa Econômica Federal, um dos principais agentes financiadores, disponibilizou R$ 47,05 bilhões em financiamentos imobiliários, sendo R$ 14,1 bilhões destinados ao programa Minha Casa, Minha Vida. Foi a maior contratação habitacional de sua história, com um volume de crédito 102% maior do que o registrado em 2008.
Fonte: Folha Online

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

23/02/2010
No Rio, investir em imóvel rende mais do que em aplicação financeira


Em 12 meses contados de janeiro de 2009 a janeiro de 2010, os imóveis usados estiveram entre os campeões de investimento, com rentabilidade superior à de muitas aplicações financeiras, especialmente as de renda fixa. Casas e apartamentos de todos os tamanhos e em vários bairros apresentaram alta no valor de venda, segundo levantamento do Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi Rio).
E para 2010 a expectativa não é muito diferente. Apesar de as unidades menores terem mais liquidez, os preços das de três e quatro quartos explodiram em 2009, depois de um período de estagnação. Segundo a pesquisa, o valor de um quatro quartos em Ipanema subiu 126,63%. No Flamengo, a alta foi de 79,04% e, no Leblon, de 62,45%. Já os três quartos foram o destaque da Tijuca, com alta de 66,91%, de São Cristóvão, com 68,93%, e de Botafogo, com 52,50%. - Os imóveis de três e quatro quartos tiveram uma valorização maior, o que não quer dizer que eles sejam a melhor opção de investimento, pois os de um e dois quartos têm maior liquidez. São imóveis que giram mais rápido, pois um número maior de pessoas tem condições de comprálos ou alugá-los. E a rentabilidade, tanto na venda como no aluguel, é maior - explica o vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider. Crédito impulsionou trocatroca de imóveis por maiores Schneider ressalta que as moradias de um e dois quartos já vinham tendo excessiva valorização nos últimos anos e as unidades maiores não haviam acompanhado. Por isso, agora, os preços saltaram, avalia: - Além disso, com mais crédito na praça, muita gente aproveitou para trocar seu imóvel menor por um maior, aumentando a demanda. Os imóveis de um quarto se destacaram principalmente em Copacabana, Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Centro e, também, Flamengo. Copacabana teve a maior variação do quarto e-sala, com alta de 48,08%. Na Barra e em Jacarepaguá, o valor das unidades de um quarto subiram 36,81% e 43,83%, respectivamente. No Centro, este tipo de imóvel teve valorização de 32,52% e, no Flamengo, de 44,82%. Já as moradias de dois quartos tiveram maior alta na Tijuca, com preços 81,95% superiores a um ano antes. Leblon, Gávea, Copacabana, Botafogo e Méier também tiveram altas expressivas. Toda esta valorização dos imóveis no Rio foi registrada em um ano em que a Selic começou em 13,75% anuais, os fundos DI, que acompanham a taxa básica, tiveram rentabilidade de 10,21% sem descontar o Imposto de Renda (IR). Considerando um tributo de 20% (para quem investe por seis meses a um ano), a rentabilidade cairia para cerca de 8,17%, podendo ser bem menor, a depender da taxa de administração cobrada pelo fundo. No Centro do Rio, imóveis corporativos são boa opção A expectativa para 2010, segundo Schneider, é de valorização de alguns trechos da Barra da Tijuca - especialmente dos imóveis próximos à Avenida Abelardo Bueno, onde será o Centro Metropolitano - e de bairros da Zona Norte, como Méier, Del Castilho e Vila da Penha. O vice-presidente do Secovi também sustenta que, no Centro, os imóveis corporativos serão uma ótima opção de investimento em 2010. Fonte: O Globo
23/02/2010
Logística deve triplicar investimento


Dentro do novo quadro de investimentos em infraestrutura no Brasil, o economista Gilberto Borça Jr., do BNDES, destaca que, apesar da manutenção do protagonismo de energia elétrica e telecomunicações, o País deverá experimentar um salto mais alto nos investimentos em logística. Só na área de portos, o BNDES prevê que os investimentos praticamente vão triplicar, passando dos R$ 5 bilhões aplicados entre 2005 e 2008 para R$ 14 bilhões entre este ano e 2013, um aumento de 203%.
Na mesma comparação, o investimento em ferrovias deve aumentar 81,7%, impulsionado pelo projeto do Trem de Alta Velocidade (TAV) ligando Rio e São Paulo, cujo edital está em preparação. Para Borça Jr., o movimento em torno desses setores está ligado à definição de novos marcos regulatórios e concessões. Ele destaca ainda o crescimento de 77,1% nos recursos para saneamento em relação ao quadriênio anterior. "No fim de 2009, o marco regulatório definido de portos deu mais horizontes para o setor. No saneamento, a iniciativa privada também está entrando e deve ficar com 30% a 40% do investimento de R$ 39 bilhões previsto para esse setor." Fernando Puga, também do BNDES, cita as novas etapas dos programas federal e do Estado de São Paulo de concessões de rodovias como principais indutores dos investimentos de R$ 33 bilhões estimados para o transporte rodoviário até 2013, que deve crescer 7,8% ao ano. "O que vemos para os investimentos em infraestrutura é o setor público atuando como um indutor dos investimentos privados, realizando leilões e concessões", afirmou o economista. O estudo do BNDES não estimou que porcentual dos investimentos estimados deverão sair dos cofres públicos. Apesar de traçar um cenário de incremento da infraestrutura, diante da perspectiva de um novo ciclo de crescimento da economia acima de 5% ao ano, a nova projeção do BNDES de R$ 274 bilhões em investimentos para o segmento é mais modesta do que os R$ 338,5 bilhões que o banco havia estimado no ano passado para o intervalo 2009-2012. O trabalho anterior indicava taxa de crescimento de 12,8% ao ano para a infraestrutura naquele período. Agora, a estimativa é de 6,3% ao ano entre este ano e 2013. Fernando Puga justifica a diferença admitindo que o banco pode ter superestimado os investimentos em energia elétrica em 2009, já que vários projetos sofreram atrasos, mas diz que, no longo prazo, a crise praticamente não alterou as perspectivas para o setor, que exige planejamento extenso. Além disso, diz, o BNDES adotou critérios mais rígidos para incluir projetos na conta do mapeamento que faz há cinco anos, a partir das informações de órgãos governamentais e empresas colhidas por seus departamentos. Segundo Puga, a crise financeira mundial não afetou os projetos de infraestrutura, que respondem por cerca de 10% do investimento total da economia. Para ele, mesmo mais modesta agora, a previsão de expansão da infraestrutura ainda indica investimentos capazes de dar suporte ao crescimento. "Na parte de energia elétrica, por exemplo, as informações de órgãos como a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) são de que este investimento viabiliza o crescimento da demanda." No entanto, o estudo mostra que o baque sentido no setor industrial, principalmente o exportador, aumenta a responsabilidade do governo de estimular investimentos no segmento para dar competitividade à economia e estimular outros setores. "A crise foi uma descontinuidade, mas não alterou a trajetória de crescimento do investimento na economia. Apenas adiou em dois anos a chegada da formação bruta de capital fixo a 21% do PIB. Achamos que ela não cairia em 2009, mas erramos. Esse patamar só ocorrerá em 2011", diz Puga. Fonte: O Estado de São Paulo
23/02/2010
Crédito imobiliário bate recorde em 2009


O brasileiro nunca financiou tanto imóvel como em 2009, e a tendência é de que novas marcas sejam batidas neste ano. Para alguns, o País está em pleno boom imobiliário. Para outros, é só o início desse processo, uma vez que o déficit habitacional, entre 6 milhões e 8 milhões de unidades, conforme o cálculo, ainda é elevado. Avaliações distintas à parte, o fato é que o setor vive seu melhor momento na história recente, que já leva os bancos a discutir alternativas de recursos para bancar a expansão.
Hoje, a maior parte do dinheiro (cerca de 70%) vem da caderneta de poupança, mas, segundo especialistas, essa fonte deve se esgotar, dependendo da instituição financeira, já em 2011. No ano passado, 302,7 mil unidades foram financiadas com os depósitos da caderneta, em um total de R$ 34 bilhões. Nem na época do finado Banco Nacional da Habitação (BNH), no início dos anos 80, tantos imóveis foram vendidos por meio de empréstimos no País. "O Brasil é a bola da vez como mercado relevante para experimentar uma forte expansão do crédito imobiliário", define o diretor-geral da Montreal Informática, Luís Antônio Santos. A empresa vende soluções tecnológicas para diversos setores da economia, entre eles o imobiliário. Os principais bancos que atuam no País fazem parte de sua clientela. O diretor de Crédito Imobiliário do Itaú Unibanco, Luiz França, que também preside a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), lista os fatores que explicam o desempenho recente e as boas perspectivas. Em primeiro lugar, a segurança jurídica, obtida com a mudança da legislação promovida em 2004. Foi ali que se instituiu o mecanismo de alienação fiduciária, que facilita a retomada do imóvel em caso de inadimplência. Em segundo lugar, França cita o alongamento dos prazos de financiamento para até 30 anos, que permitiu a redução das prestações mensais. Em terceiro lugar, o executivo destaca a estabilidade da economia. De um lado, essas condições mais estáveis abriram caminho para a queda dos juros. De outro, elevaram o poder aquisitivo da população (como mostra a ascensão de milhões de brasileiros à classe C), o que reduz o calote. Um fator mais recente é o programa do governo "Minha Casa, Minha Vida". Nesse ambiente, os bancos privados, que sempre foram reticentes em investir no mercado imobiliário, mostram grande apetite. Na média, preveem alta de 30% a 40% nos empréstimos este ano. Em 2009, segundo o Banco Central, o crédito para a habitação avançou 41,5%, ante 14,9% do crédito total.Fonte: O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

22/02/2010
Atividade econômica irá desacelerar no segundo trimestre, diz Serasa


O ritmo de crescimento da atividade econômica do país irá se desacelerar no segundo trimestre deste ano, aponta um indicador de perspectiva medido pela Serasa Experian. Em dezembro, o índice que antevê o comportamento da economia num horizonte de seis meses registrou variação negativa de 0,2%, atingindo o nível de 100,1, após um recuo de 0,1% em novembro. Isso mostra que, ao longo do primeiro semestre, o PIB do país deve manter a trajetória de alta, com o hiato do produto (diferença entre o PIB efetivo e PIB potencial) permanecendo em território positivo.
Porém, de abril a junho, essa diferença deve diminuir. Luiz Rabi, gerente de Indicadores de Mercado da Serasa Experian, explica que, quando o indicador medida pela Serasa está em 100, significa que o PIB efetivo será igual ao potencial. Já quando está acima de 100 e em trajetória de alta, revela que a atividade econômica irá acelerar nos próximos seis meses. Por fim, acima de 100 e em queda, como é o caso do resultado de dezembro, revela que o crescimento da atividade vai desacelerar, com o PIB crescendo menos do que o potencial. Para Rabi, entre os motivos desse resultado estão o "repique inflacionário no início do ano, que corrói o poder de compra do consumidor; o dólar mais caro do que estava em meados do ano passado, elevando os preços dos importados; a alta dos juros no mercado futuro, que já elevou o custo de crédito em algumas linhas de financiamento; e o fim do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido". O IPI reduzido para alguns itens da linha branca terminou em janeiro, ao passo que, para veículos, a previsão é de que a medida de estímulo à economia seja retirada ao final de março. (Valor)
22/02/2010
Índice de clima econômico do Brasil é o melhor da América Latina


A economia da América Latina segue em recuperação, como aponta o índice de clima econômico (ICE), que aumentou de 5,2 pontos para 5,6 pontos entre outubro do ano passado e janeiro de 2010. O Brasil registrou o maior ICE da região no início deste calendário (7,8 pontos). A pesquisa é realizada pelo Instituto alemão Ifo e pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O avanço do ICE latino-americano foi associado principalmente ao movimento do índice da situação atual (ISA), sobre o momento presente da economia.
Este indicador subiu de 3,3 pontos para 4 pontos, em uma escala de 1 ponto a 9 pontos. Foi o segundo trimestre seguido de avanço. A FGV nota, porém que a economia da região ainda não retornou à situação anterior à crise financeira internacional, uma vez que, em julho de 2008, antes da deterioração da crise, o ISA se encontrava em 5,7 pontos. O índice de clima econômico também é composto pelo índice de expectativas (IE), que passou de 7 para 7,1 pontos entre outubro de 2009 e o primeiro mês deste calendário. Dentre os países latino-americanos, depois do Brasil, sobressaíram o ICE do Chile (7,4 pontos), Peru (7,3 pontos) e Uruguai (7 pontos). As menores leituras ficaram Bolívia e México, de 4,4 pontos cada um, e Venezuela, com 3 pontos. O Brasil foi o único país a obter um indicador referente à situação atual superior a 7 pontos, com 7,7 pontos. Já o índice de expectativas atingiu 7,8 pontos. Na metodologia da pesquisa, o patamar de 5 pontos separa o otimismo do pessimismo. A Venezuela, com 4,4 pontos, é o único país com IE inferior a 5 pontos. No entanto, apesar da pontuação baixa ante os demais países, as expectativas neste país são as mais favoráveis desde abril de 2007, quando foram registrados 4,5 pontos. É válido notar que o ICE da América Latina supera o ICE Mundial, que saiu de 5,1 em outubro de 2009 para 5,5 pontos na abertura deste calendário. O índice da situação presente no plano mundial ficou em 3,6 pontos, ao passo que o referente às expectativas se situou em 7,4 pontos. Praticamente em todo o mundo, o otimismo permeia as perspectivas para os próximos seis meses, já que das nove regiões avaliadas na pesquisa de forma desagregada, apenas na África o IE registrou menos de 6 pontos, com 5,9 pontos. Os índices de expectativas mais altos foram registrados na América do Norte (7,9 pontos) e na Ásia (7,6 pontos). O estudo também distribui os 94 países analisados entre quatro fases hipotéticas do ciclo de negócios - recessão, recuperação, expansão e piora. Em janeiro, 6,4% dos países encontravam-se em recessão, contra a marca de 10,2% de outubro do ano passado. Outros 37,2% estavam em fase de expansão econômica; em outubro, eram 33%.
22/02/2010
Vida Imobiliária tem novo endereço

A Vida Imobiliária Brasil, a partir desta segunda-feira, dia 22 de fevereiro, estará instalada na Rua Manuel da Nóbrega, 211, conj 91, Paraíso. Os números de telefones se mantêm. O novo endereço faz parte da estratégia de ampliação da publicação e de sua equipe, que terá agora no Brasil o diretor comercial da Vida Imobiliária Portugal, Francisco Antunes.
Lançada em 2008, a Vida Imobiliária Brasil firma-se no mercado imobiliário brasileiro e traz novidades para 2010.
21/02/2010
Empresas optam por manter valor sem deflação


Um argumento utilizado contra a deflação do aluguel é a situação presente do mercado de locação. "Vivemos em um momento em que o metro quadrado está extremamente valorizado. O proprietário sairia perdendo [com a diminuição]", analisa a advogada Léa Saab Faggion, gerente de venda e locação da imobiliária Oma.

"Nossa posição é não baixar [a mensalidade], porque essa medida não reflete o que ocorre no mercado. O mais sensato é manter o valor", sugere.

Essa também é a indicação de Eduardo Komatsu, gerente de gestão patrimonial do Grupo Itambé. "Buscamos a manutenção. Tem havido uma majoração dos aluguéis sobretudo de imóveis de um e de dois dormitórios perto do metrô."

Pesquisa do Creci-SP (conselho regional de corretores) de novembro em 399 imobiliárias da cidade de São Paulo vai de encontro a esses pontos de vista. Entre as 25 modalidades de casa e de apartamento abarcadas pelo levantamento, 15 registraram alta no aluguel, e 10 indicaram baixa.

Em dezembro, contudo, o número de baixas dos aluguéis, em 12 tipos de imóvel, superou o de altas, em 9 tipos, em 389 imobiliárias pesquisadas.

"Existem várias questões que alteram o valor de uma locação e que não estão vinculadas ao IGP-M", observa o advogado Luiz Kignel. "Decorrem de fatores específicos de cada locação, como a valorização ou a deterioração de uma região", diz.

"Assim, um imóvel que recebe uma estação de metrô próxima a seu endereço certamente se valorizará acima do indexador, e um que estiver em uma nova área de inundação perderá valor sem qualquer vinculação com o índice contratual."

Estratégia

Na opinião de José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP, baixar o aluguel pode ser uma estratégia válida para manter um bom locatário.

"Se perco o inquilino, vou interromper em uns 30 dias o recebimento do aluguel. Se fico sem esse mês de locação, o prejuízo será superior ao rebaixamento de 0,5% a 1% no valor da locação", raciocina. "Mas não considero essa diferença motivo para entregar o imóvel."

"Um locatário que não atrasa suas obrigações e paga seus compromissos pontualmente sempre poderá negociar com o locador em uma condição melhor", reforça Kignel. "O locador sabe do prejuízo de um imóvel vazio ou um inquilino problemático. Bom senso das partes sempre ajuda."

Procon-SP

O Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) já se posicionou em relação ao assunto. Segundo sua assessoria de imprensa, o abatimento do aluguel, proporcional à queda do IGP-M verificada no aniversário do vencimento do contrato, é necessário para não haver desequilíbrio na relação entre locatário e locador.

De 5 de fevereiro de 2009 a 20 de janeiro de 2010, o órgão contabilizou 1.877 atendimentos referentes a locação, 97 deles sobre reajuste --não necessariamente deflação.

Fonte:Folha de S.Paulo

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

19/02/2010
Bancos firmam parcerias para atender novas regras de seguros habitacionais


Com o objetivo de atender às novas regras de seguros habitacionais, que entraram em vigor na quinta-feira (18), várias instituições financeiras firmaram parcerias para oferecer uma segunda opção de seguro ao mutuário que deseja financiar a compra da casa própria. Este é o caso, por exemplo, do BB (Banco do Brasil) e do Bradesco. Segundo a assessoria de imprensa do BB, quem procurar o banco para um financiamento imobiliário poderá escolher entre as apólices da seguradora Companhia de Seguros Aliança do Brasil, pertencente ao conglomerado Banco do Brasil, ou o seguro habitacional da empresa Bradesco Auto/Re Cia de Seguros.
Da mesma forma, o Bradesco passará a disponibilizar a seus clientes, como alternativa à sua própria apólice, o seguro habitacional da Aliança do Brasil. Já a CEF ( Caixa Econômica Federal) passa a oferecer aos seus clientes, além dos serviços da Caixa Seguros, apólices da SulAmérica Seguros como uma segunda opção de seguro habitacional.No caso do HSBC, a parceria firmada foi com a Allianz Seguros; e para o grupo Santander Brasil, que abrange os bancos Santander e Real, os clientes poderão optar entre as apólices do Santander Seguros e da Tokio Marine. Na opinião do Ibedec (Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo) e da Abcom (Associação Brasileira dos Consumidores e Mutuários), as parcerias firmadas pelas instituições financeiras, em um curto espaço de tempo, farão com que os preços fiquem praticamente tabelados, frustrando a concorrência que se pretendia dar ao mercado de seguros habitacionais. Além disso, as entidades pedem para que o consumidor fique atento à possibilidade de venda casada de seguros pessoais para “contar pontos” ou como condição para liberação de financiamento habitacional. A prática, dizem, é ilegal, ferindo o Código de Defesa do Consumidor, sendo que quem se deparar com tal situação deve procurar o Procon ou até recorrer à Justiça, se necessário. Fonte: InfoMoney
19/02/2010
Tóquio fecha em queda de 2,1% com setor imobiliário e decisão do Fed


Enfraquecimento de demanda no setor de imóveis e elevação da taxa de redesconto nos EUA puxam recuo. A Bolsa de Tóquio fechou em queda, uma vez que as ações da Mitsubishi Estate e de outras empresas imobiliárias foram atingidas pelas preocupações com o enfraquecimento da demanda no setor, enquanto o declínio dos futuros de ações dos EUA obrigou os investidores a realizar lucros depois que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) elevou sua taxa de redesconto.
O índice Nikkei 225 cedeu 212,11 pontos, ou 2,1%, e fechou aos 10.123,58 pontos. Nesta quinta-feira, o Fed elevou a taxa que cobra dos bancos por empréstimos de emergência (a taxa de redesconto) em um quarto de ponto porcentual, para 0,75%, mas enfatizou que a medida não representou um aperto geral no crédito. "Os investidores não ficaram muito temerosos de que as mudanças do Fed levem a um aperto nas condições financeiras, mas eles tiveram pouca escolha a não ser vender, pois os declínios nos futuros de ações dos EUA provocaram um susto", disse Masatoshi Sato, estrategista da corretora Mizuho Investors Securities. O setor imobiliário foi claramente o de pior desempenho do dia, com as ações da K.K. da Vinci Holdings fechando em queda de 19% depois de terem permanecido apenas em oferta ao longo do pregão. Os papéis foram atingidos pelas preocupações causadas pela relação ativos/dívidas da empresa e pela redução nas estimativas de lucro para o ano fiscal cheio. A firma apontou enormes perdas nos estoques bem como a fraca liquidez do mercado imobiliário como justificativas para a projeção decepcionante. Em parte como reação ao anúncio, a gigante do setor Mitsubishi Estate perdeu 4,3%, mesmo porcentual de queda da Mitsui Fudosan. As ações das fabricantes de chips de memória se enfraqueceram apesar dos bons números de vendas no setor, pois os investidores realizaram os lucros das altas recentes. Advantest baixou 3,5% e Tokyo Electron cedeu 2,4%. A Japan Airlines, ou "JAL", continuou apenas em oferta a 1 iene no último dia de negociação antes de a empresa ser excluída da bolsa. As ações da Central Japan Railway já substituem as da JAL no índice Nikkei desde 22 de janeiro. Na semana, o índice perdeu 0,3% e no mês apresenta queda de 0,7%. No ano, o Nikkei 225 recuou 4%. Fonte: Agência Estado
19/02/2010
Venda de unidade do Citigroup enfrenta resistência, dizem fontes


A planejada venda da unidade de gestão de imóveis do Citigroup sofreu um revés inesperado depois que alguns de seus clientes se recusaram a aprovar a venda, disseram fontes à Reuters. O governo dos Estados Unidos possui mais de 25% do Citi, após proteger a instituição financeira durante a crise de crédito, e o banco está em processo de reduzir um total de US$ 547 bilhões em ativos, ou cerca de um terço do seu balanço.
O banco, que colocou a Citi Property Investors (CPI) à venda em junho, está lutando para acalmar a recente revolta de diversos investidores, que temem cortes de US$ 12,5 bilhões na carteira controlada pela companhia. Uma fonte próxima à questão disse que os investidores estão ansiosos devido à perspectiva de uma divisão na equipe. O Citigroup não quis comentar o assunto. A expectativa era que o banco anunciasse um comprador preferencial da unidade no começo desta semana, disse uma fonte. Mas a inquietação de clientes pode atrasar os planos, e pode forçar o Citi s considerar uma suspensão temporária do processo de venda. Os investidores não possuem poderes formais para paralisar a venda, mas uma saída poderia trazer prejuízos para o negócio e fazê-lo menos atrativo para qualquer interessado. A Apollo Management e o australiano Macquarie Group eram vistos como os mais cotados para comprar a unidade do Citi. Na última sexta-feira, contudo, o banco australiano anunciou que vendeu parte de um fundo de imóveis por US$ 265 milhões de dólares, como parte de uma estratégia para voltar a ser um banco de investimentos e corretora, deixando a Apollo Management como provável compradora da unidade do Citi. Representantes da Apollo não foram encontrados para comentar o assunto. Fonte: Reuters

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

18/02/2010
Sai 1º registro de Fundos


O Primeiro fundo do mercado para aplicação em cotas de fundos imobiliários recebeu o registro da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para dar início ao processo de distribuição pública. Batizado de BC Fundos de Fundos, a carteira foi estruturada pela Brazilian Mortgages e tem administração do Banco Ourinvest, empresas do mesmo grupo. A oferta deve levantar R$ 30 milhões.
Essa não é primeira emissão da carteira. O fundo já tinha sido criado no ano passado, com patrimônio de R$ 50 mil da casa. Para dar início à oferta de cotas no mercado, estava à espera da sanção da Lei 12.024, que aconteceu no fim de agosto de 2009. A lei estendeu a isenção de IR para fundos que tivessem em carteira títulos com lastro imobiliário e cotas de outros fundos imobiliários, que já contavam com o benefício fiscal.O BC Fundo de Fundos inicialmente era chamado de Topázio. A alteração do nome aconteceu em assembleia realizada em outubro do ano passado, que também discutiu adequações no regulamento e aumentos de capital por meio de ofertas públicas de cotas da carteira. Na ocasião, foi aprovado aumento de capital para o fundo de R$ 500 milhões, a ser realizado por meio de sucessivas ofertas públicas por um prazo de até dois anos. Foi na assembleia que se aprovou também a emissão atual de R$ 30 milhões. Segundo o prospecto da distribuição em andamento, serão emitidas 300 mil cotas, com valor unitário de R$ 100, o que totaliza os R$ 30 milhões. A aplicação mínima, contudo, foi fixada em R$ 10 mil, não sendo admitidas cotas fracionárias. O objetivo primordial do fundo, segundo o prospecto, é a aquisição de cotas de outros fundos imobiliários. Contudo, o regulamento admite a aquisição de imóveis comerciais prontos ou em construção, localizados em grandes centros comerciais, shopping centers, avenidas ou ruas de grande movimento. Também é permitia a aplicação em letras hipotecárias (LH), letras de crédito imobiliário (LCI), certificados de recebíveis imobiliários (CRI), ações ou cotas de sociedades cujo único propósito se enquadre entre as atividades permitidas aos fundos imobiliários. Após o encerramento da operação, as cotas serão negociadas no mercado de balcão organizado da BM&FBovespa. No ano, essa é a segunda oferta registrada. Em meados de janeiro, saiu a autorização do fundo Max Retail, de R$ 70,15 milhões, que vai investir em imóveis comerciais alugados para grande empresas. Fonte: Valor
18/02/2010
Novas regras do seguro habitacional entram em vigor nesta quinta-feira


Quem for iniciar um financiamento imobiliário, a partir desta quinta-feira (18), já poderá desfrutar das novas regras de oferecimento do seguro habitacional. Definida por meio da Resolução 3.811/09 do CMN (Conselho Monetário Nacional), a nova legislação que entra em vigor nesta data determina que os bancos ofereçam aos mutuários do SFH (Sistema Financeiro de Habitação) apólices de seguro de pelo menos duas seguradoras, no momento da contratação do financiamento, sendo que uma delas não pode pertencer ao mesmo conglomerado econômico.
O consumidor também terá a liberdade de escolher o seguro de uma terceira empresa, mas, neste caso, o banco financiador poderá cobrar uma taxa de até R$ 100, para pagar os custos de análise da proposta. Outra determinação da Resolução diz respeito ao CET (custo efetivo total) do seguro habitacional, que as instituições financeiras estão obrigadas a informar nos contratos.Ainda conforme o texto da Resolução, a cobertura securitária dos financiamentos imobiliários deverá conter, no mínimo, cobertura aos riscos de morte e invalidez permanente do mutuário e de danos físicos ao imóvel. Para o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), as novas regras aumentarão o poder de escolha do mutuário e trarão competição ao setor, o que pode diminuir preços. Fonte: InfoMoney
18/02/2010
Crédito farto, lucro nem tanto


A Caixa Econômica Federal aumentou em 55,3% seus empréstimos em 2009 e abocanhou inéditos 8,8% de participação do mercado de crédito no país, 2,3 pontos percentuais a mais do que em 2008. Tirou clientes dos bancos privados, que no auge da crise global fecharam seus cofres a novos pedidos de financiamento. Mas essa forte expansão no ritmo dos negócios induzida pelo governo federal, que queria conter os efeitos da crise no país não se traduziu em aumento do lucro.
O banco ganhou R$3 bilhões no ano passado, 22,8% a menos do que em 2008. Já o retorno sobre o patrimônio recuou de 30,6% para 22,8%. O resultado da Caixa vai na contramão do que aconteceu com os bancos privados. Na média dos oito bancos privados que já divulgaram seus balanços (Itaú Unibanco, Bradesco, Santander, BMG, ABC Brasil, Industrial, Modal e BRP), o lucro líquido aumentou 24,1% em 2009, na comparação com 2008, de acordo com compilação feita pela Austin Rating. Com a crise, as instituições foram buscar na tesouraria os recursos para compensar a estagnação da receita com empréstimos. O ganho com títulos e valores mobiliários e derivativos cresceu 31,5%. Na Caixa, por sua vez, pelo balanço divulgado ontem, enquanto as receitas com crédito aumentaram 31% em 2009, o ganho com operações com títulos públicos e derivativos recuou 6,1%. A queda do lucro da Caixa é explicada, em parte, por resultados extraordinários registrados no quarto trimestre de 2008 que inflaram o lucro no ano. Nesse período, a Caixa ativou R$840 milhões em créditos tributários que estavam provisionados. Mas o banco também teve de abrir mão de maior receita em 2009, ao reduzir sete vezes suas taxas de juros em linhas de crédito comercial para pessoas físicas e empresas. O spread (diferença entre o custo de captação e o cobrado dos clientes nos empréstimos) médio caiu de 34,2% para 29,8% ao ano. Com o aumento da carteira de crédito, que somou R$124,371 bilhões, a Caixa precisou ainda elevar suas provisões para devedores duvidosos a R$3,32 bilhões, uma alta de 23,5%. A inadimplência ficou controlada: em dezembro estava em 3,4% dos contratos vencidos há mais de 90 dias, contra 4% um ano antes. A presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho, disse ontem que a instituição tem a "missão de fomentar políticas públicas e ser um parceiro do Estado". Ainda segundo ela, o banco deu "uma resposta muita positiva à crise financeira". Queremos exercer plenamente nossa função de banco público - afirmou, acrescentando que o lucro final ficou acima das previsões iniciais para 2009 (cerca de R$2,2 bilhões). A projeção para 2010 aponta para nova queda: o resultado esperado varia de R$2 bilhões a R$2,5 bilhões. - As projeções são feitas para serem mudadas - disse o vice-presidente de Finanças da instituição, Márcio Percival. - Buscamos a sustentabilidade financeira, não o lucro máximo. Até porque 70% do crédito concedido pela Caixa são direcionados, têm remuneração definida. Analista de bancos da Austin Rating, o economista Luiz Miguel Santacreu afirmou que uma dificuldades da Caixa ainda é o elevado prazo de vencimento de sua carteira de crédito, com grande peso de operações como na área habitacional. Ainda assim, ele diz que o balanço de 2009 refletiu uma "situação mais autêntica". O governo pediu para o banco aumentar o crédito, e ele fez isso, e não existe ainda indicação de risco futuro de explosão de inadimplência. Mais importante é que a Caixa deixou de ser um banco parado, que se sustentava basicamente da tesouraria. A Caixa admite que a concorrência pelo mercado de crédito será mais forte neste ano, mas fala em ampliar sua carteira em 28,2% - bem acima das estimativas feitas até agora pelos bancos privados (entre 15% e 20%) - e conquistar 9% de participação no mercado. A estimativa foi classificada como conservadora por Maria Fernanda, e deve ser revista nos próximos meses. Uma indicação de que o ritmo de crescimento do crédito neste ano poderá ser tão intenso como em 2009 vem do setor imobiliário. Segunda a presidente do banco, do início de janeiro ao dia 9 deste mês já foram executados R$5,4 bilhões do orçamento previsto para o ano, o equivalente a 10% do total.- Esse volume representa um salto de 116% em relação ao mesmo período de 2009. Para manter o projeto de ampliação dos empréstimos, a Caixa anunciou que pretende diversificar suas fontes de captação de recursos. Uma opção é obter até R$3 bilhões, com prazo de oito anos, em Letras Financeiras, instrumento de longo prazo que ainda depende de regulamentação do Conselho Monetário Nacional (CMN). Em outra frente, o banco fará ainda este ano sua primeira emissão de bônus no exterior. Nem prazo nem valores estão definidos e dependeriam, segundo o banco, das condições do mercado. - É ainda um estudo. Mas, lá fora, há um cenário para que as instituições brasileiras, particularmente as públicas, e particularmente a Caixa Econômica Federal, captem recursos, disse Percival. Fonte: O Globo
18/02/2010
Programa facilitará compra de móveis nos moldes do Minha Casa, Minha Vida


A compra de móveis pode ficar mais acessível aos consumidores, com uma linha de financiamento pela Caixa Econômica Federal, a exemplo do que o programa Minha Casa, Minha Vida faz para facilitar a aquisição de imóveis. O Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves – Rio Grande do Sul) enviará nas próximas semanas à CEF um projeto para a criação de um programa de financiamento de móveis, com taxas de juros reduzidas e prazo para pagamento estendido.
O presidente da entidade, Glademir Ferrari, afirma que o prazo previsto para pagamento seria algo em torno de cinco anos. Já os juros cobrados seriam “menores que os praticados pelos lojistas”, mas não há ainda a definição de qual seria a taxa definida no projeto nem qual o limite de crédito para a compra. “É preciso haver um prazo mais longo para que a parcela mensal seja mais baixa para o cidadão”, disse Ferrari. Para ele, a medida vai estimular a indústria moveleira e ajudar as pessoas, especialmente as que adquirem imóveis usufruindo dos benefícios do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, a entrarem na casa nova sem precisar trazer a mobília antiga, da casa anterior. Atualmente a CEF possui uma linha de crédito chamada Caixa Fácil. Contratado dentro das próprias lojas, o crediário pode ser usado para a aquisição de móveis, eletrodomésticos, eletrônicos, TV e vídeo, pacotes turísticos e materiais para construção.“A diferença desse é que não será o lojista quem vai determinar os juros. Será um valor bem reduzido, assim como são os descontos do Minha Casa, Minha Vida para compra de imóveis”, explicou Ferrari. “A diferença está no prazo mais elástico, com taxas mais competitivas”, disse. A ideia inicial do Sindmóveis era incluir a aquisição de móveis no programa Minha Casa, Minha Vida. Porém, após apresentarem o projeto à secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, a opção foi abortada. Os recursos do Minha Casa são provenientes do FGTS e, por lei, o fundo só pode ser aplicado em obras de infraestrutura logística, energética ou social e urbana (incluindo habitação). Logo, o FGTS não poderia financiar a aquisição de móveis. “Fomos aconselhados pela Inês a procurar o superintendente Nacional da CEF, Milton Krieger, para negociar outro tipo de financiamento que contemple os móveis”, contou Ferrari.O projeto será entregue a Krieger. Ferrari afirma que o executivo foi convidado a participar da Móvel Sul, um evento da indústria moveleira do Sul que acontece em março. Na ocasião, mais detalhes sobre a proposta podem ser fechados. Fonte: InfoMoney
18/02/2010
BR Properties tenta captar R$ 1,7 bilhão em ações


A BR Properties, empresa do setor imobiliário, anunciou os detalhes de uma oferta pública primária e secundária de ações que pode chegar a um valor de R$ 1,7 bilhão. De acordo com o comunicado divulgado pela companhia, os recursos serão usados em grande parte na aquisição de imóveis, mas também na área de desenvolvimento e incorporação. "Estamos em negociações avançadas para aquisição de diversos imóveis, entretanto, ainda não temos uma posição definida sobre quais ativos de fato iremos adquirir", diz o documento.
Serão distribuídas inicialmente 71,8 milhões de ações ordinárias, cujos preços devem variar entre R$ 14 e R$ 18, mas esse valor só será definido com o fim do processo de intenções de investimento, que vai até 4 de março. A negociação dos ativos começará no dia 8. A companhia controla 46 imóveis nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Belo Horizonte, que em conjunto representam um valor total de mercado de R$ 1,7 bilhão. A empresa, basicamente, mantém suas propriedades sob locação, especialmente escritórios - o que acarreta numa lenta formação de capital. A oferta de ações vem para aumentar de forma expressiva a capacidade de investimento e a ampliação do portfólio. Por trás da BR Properties estão nomes de peso como a GP Investiments, o banco americano Lehman Brothers, a família Safra e os donos do Empire State Building. A empresa abriu capital em janeiro de 2006, mas desde então não havia negociado suas ações. Ensaiou uma tentativa em 2008, mas abortou a ideia depois da crise do subprime nos Estados Unidos. Na oferta anunciada ontem, está previsto que alguns acionistas vão vender 12 milhões de ações ordinárias no lote adicional, o equivalente a até 17% da quantidade original. A oferta prevê, ainda, um lote suplementar de até 15%. Entre os acionistas que devem vender parte de suas ações estão o GP Investments, por meio de três fundos e controladas (GPCM, Private Equity Partners A e Private Equity Partners B), e os empresários João Roberto Marinho e José Roberto Marinho. A oferta ao varejo será de no mínimo 10% e máximo de 15%. O período de reserva é de 24 de fevereiro até 3 de março. Fonte: O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

17/02/2010
Aluguel que vence em fevereiro pode cair 0,67%
Esse é o valor do IGP-M acumulado de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010


O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), tradicionalmente eleito como indexador dos contratos de aluguel, aumentou 0,63% em janeiro. Com isso, os contratos de locação com aniversário em fevereiro poderão ser deflacionados em 0,67%, variação acumulada do índice entre fevereiro de 2009 e janeiro de 2010.

“Esse aumento, que provavelmente decorre da recente desvalorização do real diante do dólar norte-americano, amenizou o processo de escalada da deflação acumulada do índice observada entre os meses de setembro e dezembro de 2009”, analisa Roberto Akazawa, gerente do Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

Os contratos de locação com reajuste em janeiro, indexados pela variação acumulada do IGP-M de janeiro a dezembro de 2009, tiveram, de acordo com Akazawa, reajuste de -1,72%, ou um fator de multiplicação dos valores vigentes de 0,9828. Para os contratos que vencem em fevereiro, esse mesmo fator é de 0,9933.

Exemplo de cálculo do aluguel
Uma forma direta e simples de calcular o aluguel é utilizar o fator de reajuste. No caso, o fator a ser multiplicado nos contratos vigentes até janeiro é de 0,9933. Se o valor da locação de fevereiro de 2009 a janeiro de 2010 foi, por exemplo, de R$ 1 mil, o aluguel a ser pago no final de fevereiro ou início de março será de R$ 993,30.


Fatores de Reajuste de aluguel

- Contrato com aniversário em dezembro de 2009 e pagamento em janeiro de 2010: 0,9841

- Contrato com aniversário em janeiro de 2010 e pagamento em fevereiro de 2010: 0,9828

- Contrato com aniversário em fevereiro de 2010 e pagamento em março de 2010: 0,9933
17/02/2010
Imóvel é opção para diversificar a aposentadoria
Investimento pode ser feito em ativo físico ou em produtos financeiros
Yolanda Fordelone


SÃO PAULO - Não é de hoje que o investimento em imóveis está entre os preferidos dos brasileiros. A novidade é que, no ambiente em que as pessoas se preocupam cada vez mais com a renda depois da aposentadoria, o segmento imobiliário surge como opção para a poupança de longo prazo.

Especialistas indicam o segmento como uma alternativa para aumentar a renda na terceira idade. Ou seja, não se recomenda que todo o dinheiro seja imobilizado em um imóvel. “A vantagem não está na rentabilidade, pois as taxas de aluguel raramente batem os melhores produtos de renda fixa e previdência. É inegável, porém, o benefício da diversificação proporcionada por uma pequena carteira de imóveis”, avalia o consultor Gustavo Cerbasi.

“No caso de uma crise, o pior efeito é a perda do inquilino, não do patrimônio, enquanto alguns produtos financeiros, quando mal escolhidos, podem trazer até perdas totais.” Atualmente, o aluguel mensal equivale a cerca de 0,5% do valor do imóvel. “Quando o retorno atinge 1%, está super bem alugado”, diz o economista Francis Brode Hesse.

Em termos de valorização, a história tem mostrado que os imóveis também são boa opção. Nos últimos três anos, enquanto o preço dos imóveis avançou 85%, o Ibovespa subiu 47,8%.

Em geral, imóveis pequenos, como salas comerciais e apartamentos de dois dormitórios, são os mais indicados, pois têm três características: oferecem retornos mais atrativos, têm muita procura – não ficam desocupados por muito tempo – e se encaixam na estratégia de diversificação da carteira (por causa do valor).

“A porcentagem de retorno tende a se reduzir em imóveis de valor elevado”, diz o economista Marcos Silvestre. “Para fins de aposentadoria, os imóveis pequenos são mais interessantes, pois permitem redução do custo de vacância”, completa Cerbasi.

O principal risco quando se pensa em imóveis é a liquidez, mas até isso pode se tornar uma vantagem no caso da aposentadoria. “Nessa época, o aposentado precisa de um fluxo de caixa periódico. Não é muito bom que esteja líquido porque pode sofrer assédio de familiares e amigos”, pondera Silvestre.

Alternativa

Ainda assim, quem teme ficar sem liquidez pode optar pelos produtos financeiros atrelados aos imóveis. “Fundos imobiliários negociados em bolsa de valores permitem que, com um pequeno valor, o investidor consiga aplicar num conjunto de imóveis”, diz o professor da Fipecafi Luís Eduardo Afonso.

Nessa aplicação, por cotas que custam a partir de R$ 1 mil, o investidor recebe mensalmente o rendimento do aluguel proporcional ao número de cotas que possui. “A vantagem é que fundos imobiliários envolvem grandes imóveis, em que a inadimplência tende a ser menor”, diz o sócio do escritório PMKA Advogados Juliano Cornacchia.

“Com uma quantia pequena, compra-se um pedaço de um grande imóvel”, acrescenta. Outro benefício é a isenção de Imposto de Renda para as pessoas físicas.

Quem fizer a opção por um imóvel físico deve saber que algumas questões devem ser observadas. Entre elas, as despesas de condomínios e impostos. “Geralmente, elas são de responsabilidade de do locatário. Mas, se ele deixa de pagar, o imóvel será onerado. Quem sairá perdendo é o proprietário”, aponta Cornacchia. A recomendação é de que esses custos sejam acrescidos ao valor do aluguel, mas pagos pelo próprio dono do imóvel.

“Despesas extraordinárias, como a ampliação da infraestrutura do condomínio, também são de responsabilidade do proprietário”, explica o advogado.
Fonte : Estadão , Economia & Negócios

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

16/02/2010
Iguatemi, do Grupo Jereissati, vai administrar a Villa Daslu
A Iguatemi Empresa de Shopping Centers será a nova administradora da Villa Daslu.

Foi confirmada a assinatura do contrato entre a empresa e a WTorre Empreendimentos Imobiliários, dona do terreno e dos imóveis. A Villa Daslu, marca de Eliana Tranchesi, instalada numa suntuosa construção na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo, a partir de 1º de março vai integrar o Complexo JK, que incluiu um shopping de luxo (o JK Iguatemi, com previsão de inauguração em março de 2011), e três torres comerciais (duas em construção). A ideia, segundo o comunicado das duas empresas, é buscar sinergias entre os negócios do Iguatemi, da família Jereissati, e a Villa Daslu. "Com a administração da Villa Daslu, passamos a ser os administradores de todo o complexo e damos o primeiro passo para a criação de um projeto diferenciado, objetivando a maior criação de valor para o JK Iguatemi, para a Villa Daslu e para o restante do empreendimento", disse, em comunicado, Carlos Jereissati, presidente da Iguatemi. A empresa de shoppings BRMalls avisou na quarta-feira aos lojistas da Daslu que deixaria de administrar os corners dentro do que ficou conhecido como Villa Daslu. A parceria, iniciada há um ano, surgiu depois de recomendação de consultores que ajudaram a reestruturar a Daslu no período pós-Operação Narciso. As investigações da Polícia Federal, da Receita Federal e do Ministério Público Federal, em julho de 2005, levaram Eliana à prisão, acusada de sonegação, entre outros crimes. O escândalo deflagrou uma onda de boatos sobre o futuro da empresa. Na época, poucos apostavam que Eliana conseguiria se recuperar. Faltava crédito e as araras ficaram desabastecidas das tradicionais grifes. No ano passado saiu a condenação: 94,5 anos de prisão, com direito a recurso. Ontem, enquanto eram acertados os detalhes sobre o futuro da mais conhecida marca de luxo do Brasil, Eliana enfrentava um frio abaixo de zero para conferir a Semana de Moda de Nova York. Eliana evita falar sobre os problemas financeiros e jurídicos. Mas, entre os mais íntimos, já teria confidenciado que parte das notícias sobre a má fase dos negócios tem como origem o Grupo Jereissati. As duas partes sempre estiveram envolvidas em disputas pelos consumidores de alto poder aquisitivo que frequentam tanto a Daslu quanto o Shopping Iguatemi. A Daslu claramente ficou em desvantagem desde o escândalo envolvendo a denúncia de sonegação. Nos últimos tempos, tem precisado renegociar os aluguéis atrasados devidos à WTorre. Segundo a executiva de uma grife internacional de luxo, os maridos, principalmente, passaram a aconselhar as suas mulheres a não comprar na loja de Eliana depois dos problemas com a Justiça, por medo de que os problemas legais respingassem na clientela. Agora, Eliana terá de manter a mais cordial das relações com o novo administrador da sua empresa. Por e-mail, a empresária disse ao Estado: "As noticias sobre a Daslu são sempre muito tendenciosas e nunca refletem o que há de fato. Não há muito o que dizer, a não ser que somos incansáveis e trabalhamos muito".
Fonte. O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

15/02/2010
Recadastramento de imóveis é finalizado para cobrança de IPTU
Fonte: Assessoria com Redação


O departamento de tributação da Secretaria de Fazenda deve finalizar, nos próximos dias, o processo de recadastramento imobiliário do município para a campanha do IPTU. São aproximadamente 30 mil imóveis no município. "A princípio todos são tributados, ou seja, todos devem recolher o IPTU. Aqueles contribuintes que têm direito à isenção, como os idosos, devem procurar o Departamento para requerer a isenção", disse coordenador, Estélio Negri. Idosos poderão ser representados.

Os moradores que contribuiram com melhorias urbanas, como a construção de calçadas e muros até abril do ano passado terão descontos inclusos no valor do imposto. Já os que realizaram estas obras de melhorias a partir de abril têm de comparecer ao departamento para solicitar as deduções.

Os carnês deverão ser finalizados nos próximos dias para o início da distribuição.
14/02/2010
Áreas de enchente têm lançamentos imobiliários valorizados

CRISTIANE CAPUCHINHO
Folha de S.Paulo

O aquecimento do mercado imobiliário e a falta de terrenos para incorporação têm levado ao lançamento de imóveis em regiões da cidade de São Paulo onde tradicionalmente surgem pontos de alagamento. Áreas preteridas anteriormente se tornaram a bola da vez em bairros que se valorizam.

É o caso da avenida Mofarrej, na Vila Leopoldina (zona oeste). A via, nas proximidades da Ceagesp, é conhecida pelos problemas na estação das chuvas. Entretanto, de 2009 até agora, houve 4 lançamentos residenciais, 3 deles já completamente vendidos.

O acontecimento não é privilégio do encontro entre as marginais Pinheiros e Tietê. Nas cercanias da avenida do Estado, na rua Cipriano Barata, no Ipiranga (zona sul), um empreendimento sobe contestando o histórico do local. Na Pompeia (zona oeste) há outro exemplo no cruzamento das ruas Venâncio Aires e Barão do Bananal.

"É a falta de terrenos", assevera Celso Amaral, diretor corporativo da Amaral d'Avila Engenharia de Avaliações e da empresa de pesquisas imobiliárias Geoimovel. "Mas são lugares arriscados [para comprar imóveis] enquanto os problemas não forem resolvidos", opina.

Os lançamentos surpreendem por seguir o preço médio dessas regiões, apesar de sua localização desvantajosa.

O metro quadrado a R$ 4.200 em um dos empreendimentos da Mofarrej é comparável ao de apartamentos vendidos nas ruas Aliança Liberal e Nagel --que ficam em um trecho mais valorizado, sem enchentes, da Vila Leopoldina- e ultrapassa a média do bairro (R$ 4.000), de acordo com a Geoimovel.

"Com a chegada de moradores, o poder público tem que se movimentar", observa o corretor Roberto Wagner Michele.

É com esse pensamento que os compradores fecham negócio no mesmo dia em que o empreendimento é lançado.

"Esperava pagar menos", afirma o arquiteto Rafael Sampaio, 32, que adquiriu um apartamento de 70 m2 na avenida. Mas diz confiar na valorização do bem: "A especulação imobiliária vai desenvolver a área".

sábado, 13 de fevereiro de 2010

13/02/2010
INSS arrecada R$ 1,778 milhão com leilão de apartamentos

Lourenço Canuto

Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) arrecadou R$ 1,778 milhão com a venda à vista de sete, de um total de oito apartamentos levados a leilão na última quarta-feira (10) em Brasília.

São apartamentos situados na área Octogonal e no Plano Piloto, que foram ofertados com base em avaliação feita pela Caixa Econômica Federal (CEF). Eles integram uma lista de 32 unidades construídas em 1988 para abrigar funcionários que saíram do Rio de Janeiro para trabalhar no Distrito Federal, em consequência da transferência da direção central do órgão.

O instituto já havia sinalizado que na ausência de lances os imóveis poderiam ficar até 40% mais baratos que os valores sugeridos, o que acabou ocorrendo no leilão.

No último dia 3, foram vendidos outros oito apartamentos, tendo os preços ficado entre 60% e 80% do valor de oferta. Foram arrecadados R$ 1,998 milhão.

Os 16 imóveis que restam para serem arrematados, da lista de 32, serão vendidos em mais dois leilões, que poderão ocorrer ainda neste semestre. O INSS exige que os interessados depositem na Caixa Econômica Federal, até o último dia útil que antecede o leilão, 5% do preço avaliado, a título de caução.
13/02/10 - G1O Portal de Notícias da Globo
Preço de imóveis em áreas urbanas da China sobe 9,5%



Pequim, 13 fev (EFE).- O preço dos imóveis em 70 grandes e médias cidades da China aumentou 9,5% entre janeiro de 2009 e janeiro de 2010, e 1,3% entre o mês passado e dezembro do ano anterior, informou o Escritório Nacional de Estatísticas.

Segundo o órgão, a alta anualizada registrada em janeiro foi a maior dos últimos 19 meses.

No primeiro mês deste ano, o preço dos imóveis residenciais novos subiu 11,3% em relação a janeiro de 2009 e 1,7% na comparação com dezembro último.

Já o valor dos imóveis de segunda mão nas grandes e médias cidades do país registrou um aumento anualizado de 8% em janeiro de 2010 e uma alta de 0,9% em relação ao último mês de 2009.

Diante dos dados apresentados, analistas destacaram a importância de as autoridades evitarem uma eventual bolha imobiliária. EFE

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

12/02/2010
Construção civil gera 213 mil empregos em 2009 e atinge recorde


A construção civil contratou mais 213 mil profissionais no ano passado, uma alta de 10,21% frente ao ano anterior. No último mês de 2009, o setor atingiu a marca recorde de 2,298 milhões de empregados. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (11) pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), que realiza o estudo em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas).
“A construção civil serviu de mola-mestra da economia brasileira, por conta de seu potencial gerador de obras e empregos em todo o País”, afirmou o presidente do SindusCon-SP, Sérgio Watanabe. Para 2010, o que se espera é um aumento do PIB (Produto Interno Bruto) da construção civil próximo a 9%, com a contratação de mais 180 mil trabalhadores. Desta forma, o setor deve fechar o ano com saldo de mais de 3 milhões de empregos. Apesar do resultado positivo no ano, em dezembro, as contratações no setor tiveram saldo negativo de 53,5 mil em todo o Brasil, o que representa queda de 2,28% no nível de emprego, na comparação com novembro. O Centro-Oeste foi o que registrou maior queda em dezembro (-5,23% e -9.035 vagas), seguido do Norte (-4,32% e -5.170 vagas), Sul (-2,53% e -8.210 vagas), Sudeste (-2,03% e -26.196 vagas) e Nordeste (-4,32% e -4.914 vagas). No estado de São Paulo, o setor demitiu 8,8 mil pessoas em dezembro. Mesmo assim, fechou o ano com mais 58,2 mil vagas de trabalho. O saldo de empregos na construção civil paulistana é de 319,3 mil pessoas. Na capital, foram gerados 33,8 mil postos de trabalho no ano, apesar do saldo negativo de 3,9 mil pessoas em dezembro. Fonte: InfoMoney
12/02/2010
Mercado segue em recuperação


Ações de empresas ligadas a construção civil continuaram suas trajetórias de alta no pregão de ontem. O destaque maior foram as ações ON da Gafisa, que brilharam no topo da lista de valorizações, com alta de 4,64% a R$ 26,40. No ano, o papel acumula perda de 6,50%. A ON da Cyrela subiu 2,25% e fechou em R$ 22,71. No ano, a ação cai 7,31%. PDG Realty ON avançou 1,21% e fechou em R$ 15,95.
Ao longo de 2010, o papel apura queda de 8,07%. O analista para o setor da Gradual Investimento, Flávio Conde, ressaltou que ações do mercado imobiliário estão se valorizando esta semana após terem sofrido quedas no início deste ano. Segundo ele, além de um movimento de recuperação, as boas perspectivas para o setor no Brasil também favorecem as altas. "Todos acreditam no bom desempenho do setor para o ano", afirma Conde. "Agora, está acontecendo uma recuperação das quedas da semana passada, quando o setor caiu em média 7%", avaliou. Segundo o analista, ações ligadas ao setor têm potencial de valorização de cerca de 20% a 30% em 2010, o que o deixaria em linha com o Ibovespa. A estimativa média de crescimento para o índice Ibovespa ente os analistas está próxima aos 25%. Diferentemente do desempenho observado no pregão de terça-feira, quando estiveram entre as maiores altas, os papéis de empresas de telecomunicações fecharam o dia de ontem em queda. O analista de telecomunicações da Socopa, Osmar Camilo, recomendou cautela com os papéis do setor nesse momento. De acordo com ele, uma possível consolidação envolvendo aas empresas de telecomunicações brasileiras não necessariamente significa benefício para o acionista minoritário. "Pode acontecer o contrário, inclusive. O controlador que adquire a empresa poderá oferecer pela companhia um valor mais barato do que o preço praticado no mercado pelos minoritários", alertou. Camilo disse que o setor merece cuidados especiais por parte do pequeno investidor porque possui histórico recente de problemas societários. Ele citou o caso da Oi com a Brasil Telecom, no qual houve mudança na relação de troca de ações entre as partes envolvidas. No pregão de ontem, Camilo afirmou acreditar que tenha havido uma realização de lucros de curto prazo, após as altas da véspera. As ações PNA da Telemar Norte Leste, que na terça-feira figuraram no topo do Ibovespa, ontem caíram 2,46% fechando a R$ 58,81. Na semana, a ação se valoriza 3,13%. Telemar PN caiu 1,39% e ficou em R$ 32,53. A ação acumula alta de 4,26% na semana. Telemar ON caiu 0,87% a R$ 38,75 enquanto na semana apresenta valorização de 3,92%. "Não acredito que o setor seja uma boa aposta e recomendo cautela", disse Camilo. Após registrar valorização de 5,31% na semana, impulsionados pela possibilidade de fusão dos acionistas da empresa no exterior, os papéis PN da TIM caíram 0,60% a R$4,96. Já os papéis ON, que em geral são mais comercializados, subiram 1,12% a R$ 7,20. O papel acumula alta de 8,11% na semana. De acordo com Camilo, pode ter havido uma realização na ON que não ocorreu na PN. "Como a ação subiu muito no boato, alguns acionistas podem ter feito a opção de realizar. Na ON, isso ainda não ocorreu, mas nada impede de ocorrer", disse. Rússia afeta papéis do setor de carnes. A JBS e a Marfrig, maiores produtoras de carnes do País, subiram no pregão de ontem para a máxima da semana na Bovespa, como reflexo do aumento do volume de exportações e de preços em janeiro, o que aumentou a perspectiva de lucros das duas empresas. A ação da JBS, maior produtora mundial de carnes, foi a R$ 9,28, seu maior nível desde 3 de fevereiro, com ganho de 2,54% na sessão. Marfrig avançou 1,1%, a R$ 22,18. As exportações foram incrementadas sobretudo com a demanda da Rússia, que é o maior importador da carne brasileira, respondendo por cerca de 15% dos embarques. O analista Alan Alanis, do JP Morgan, publicou ontem relatório classificando como "encorajadora" para os papéis o apetite russo pela carne brasileira. "Volumes e preços estão se recuperando gradativamente desde o segundo semestre de 2009. Janeiro de 2010 a recuperação do mercado manteve essa tendência positiva, com os preços avançando 15% e os volumes, 7%, frente a igual mês do ano passado. Para outra companhia do setor, a BRF, o cenário já não é tão positivo, já que as carnes de ave perderam em preço e volumes exportados no período. Possíveis restrições da Rússia a importações de carne de frango americana podem mudar esse cenário. O analista, no entanto, afirma que a Rússia tem feito esforços para buscar a autossuficiência em aves a longo prazo, o que pode atingir as exportações do produto. BRF ON caiu 1,73% ontem.Fonte: Jornal do Commercio
12/02/2010
Crédito em 2010 se deslocará de bens duráveis para imóveis


A demanda de crédito da pessoa física este ano deve seguir um perfil bem diferente do registrado no ano passado.
Em 2009, o consumidor aproveitou o impacto benéfico das reduções do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) nos preços de fogões, geladeiras, móveis e automóveis para antecipar compras de bens duráveis, impulsionando as vendas a crédito. O mesmo não deve ocorrer este ano, quando os incentivos fiscais chegam ao fim. Para a Serasa Experian, ocorrerá uma mudança no tipo de crédito procurado pelo consumidor, que deve diminuir o ritmo na compra de duráveis em relação ao ano passado e deslocar interesse para dívidas de longo prazo, especialmente na compra de imóveis. Grandes redes varejistas como a Ricardo Eletro já preparam estratégias para tentar compensar o fim da redução do IPI, e apostam na venda de televisores de LCD, com a proximidade da Copa do Mundo, entre junho e julho, para equilibrar os resultados de 2010 com os do ano passado. A diretora de vendas da rede, Jacqueline Feital, comentou que durante o mundial, as vendas de TVs costumam subir dois dígitos. "Na Copa anterior, de 2006, os televisores de plasma e de LCD eram novidade e tinham preços muito elevados. Mas agora estão mais em conta, acessíveis até mesmo para as classes C e D, com crédito parcelado", concluiu. O gerente de Indicadores de Mercado da Serasa, Luiz Rabi, lembra, porém, que o consumidor brasileiro não compra itens caros, como geladeiras e fogões, todo o ano. E a menor procura por duráveis pode influenciar, sim, o desempenho de crédito pessoal este ano, em relação ao ano passado. "Não acho que a demanda por crédito ao consumidor vá cair, mas acho que o ritmo de alta será mais fraco, em relação ao ano passado", explicou. Em 2009, mesmo com a crise, as operações de crédito para o consumidor no País tiveram um aumento de 14,9%, de acordo com dados do Banco Central reunidos pelo coordenador de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Olinto. Ele explicou que este porcentual é menos intenso do que o apurado em 2008, quando as operações de crédito mostraram alta de 31%. "Porém, a procura por crédito vem mostrando um movimento crescente, desde 2003. E o ano passado foi atípico, devido à crise", disse. Para este ano, na avaliação do técnico da Serasa, as perspectivas de um bom momento macroeconômico para 2010, com possibilidade de aumento no poder aquisitivo da população, devido a reajustes no salário mínimo e bons indicadores no mercado de trabalho, pode levar o consumidor a investir no sonho da casa própria, com a ajuda de financiamentos. "O crédito imobiliário é um tipo de crédito que precisa de confiança elevada por parte do consumidor, e o grau de confiança do consumidor está elevado", disse Rabi. A Losango, empresa de soluções financeiras do HSBC, está acompanhando os novos interesses do consumidor no campo de financiamentos. Mesmo com a crise global no ano passado, a financeira apurou um aumento de 5% no volume de operações financeiras em 2009 ante 2008, impulsionado pelo apetite do consumidor em comprar bens duráveis. Para driblar o provável menor interesse do brasileiro por este tipo de produto nas compras a crédito em 2010, a empresa aposta em financiamentos para material de construção este ano. "Quando o consumidor compra um imóvel, quase sempre realiza obras. Estamos estimando um crescimento de 25% somente para o crédito para material de construção este ano, em relação ao ano passado", afirmou o executivo-chefe da Losango Hilgo Gonçalves. Fonte: Agência Estado
12/02/2010
Programa para Financiar a Regularização de Imóveis
Mônica Izaguirre
Valor Econômico De Brasília

O Instituto de Regjstro Imobiliário do Brasil (IRIB) vai propor ao governo federal a criação de um programa de microcrédito destinado a financiar a regularização de imóveis para famílias de baixa renda. O objetivo é ajudar a tirar da informalidade milhões de proprietários de imóveis não-registrados, a exemplo daqueles localizados em favelas já consolidadas. Surgida a partir de um workshop realizado ontem e m Brasília, a proposta deverá ser apresentada ao Ministério das Cidades até o final de novembro, anunciou o presidente do IRIB, Sérgio Jacomino.

Como no resto da América latina, a propriedade não-formal, sobretudo de imóveis residenciais de pequeno valor, é um fenômeno de grandes proporções no Brasil. Segundo o vice-presidente do IRIB/RS, João Pedro Lamana Paiva, a estimativa é de que cerca de 50% dos imóveis residenciais não tenham registro ou estejam com registro desatualizado. É comum pessoas comprarem imóveis, muitas vezes com escritura e tudo, mas, por motivos diversos, não finalizarem a operarão no cartório de registro de imóveis, embora isso seja imprescindível para se ter legalmente a propriedade. Só o registro assegura a propriedade, destacaram Paiva e Jacomino.

Uma das razões que leva as pessoas a não buscar o registro é o custo. Embora as taxas cobradas no Brasil sejam consideradas baixas em relação a muitos outros países, o baixo padrão de renda das pessoas e o fato de que é preciso pagar à vista acabam desestimulando a informalidade das transações imobiliárias, avalia Ruy Rebello Pinho, oficial do 2º Cartório de Registro de Osasco (SP), autor da proposta encampada pelo presidente do IRIB sobre a criação de um programa específico de microcrédito. Se governo articular com os bancos a criação de linhas c o m juros acessíveis para financiar os custos envolvidos, de forma que eles possam ser diluídos no tempo, Rebello Pinho acredita que será possível fazer com sucesso uma grande campanha nacional de regularização de propriedades.

O workshop promovido pelo IRIB, que ocorreu em paralelo ao Fórum Internacional do Microcrédito, contou com a presença de Fernando Mendes González, presidente do Colégio de Registradores da Espanha. Ele defendeu que, como em outros países, no Brasil o governo promova um grande programa de regularização de propriedades imobiliárias, como forma de facilitar o acesso das famílias ao crédito bancário. "Esta é uma ferramenta poderosa para se promover o acesso ao crédito", disse González. A principal função econômica do registro de imóveis (o tema do workshop), explicou, é justamente assegurar que ele possa ser usado como garantia em operações de empréstimos e financiamentos.

Ele admitiu que, dependendo da forma como for feita, a regularização em massa de imóveis irregulares pode gerar efeitos colaterais negativos, como o estímulo à ocupação ilegal de terras públicas ou mesmo privadas. Mas na sua opção, esse é um risco que pode ser muito bem contornado na regulamentação da matéria. "É necessário que um programa de regularização sega seletivo. "O que se busca, diz, não é legitimar atos ilegais mas reconhecer a propriedade de famílias que detêm imóveis. Por isso, defendeu que o governo deve fazer um programa de formalização e não de legalização.


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Desde os primordios das mais primitivas civilizações, o homen sempre se organizou em grupos. Considerou indispensável e necessário os avanços da urbanização, para facilitar e organizar o convivio dessa sociedade em crescente evolução ,bastando lembrar que o bem imovel é o combustivel indispensável e essencial a preservação e desenvolvimento da vida.