quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Prefeitura vai entregar reurbanização de área da Mooca à iniciativa privada

A gestão do prefeito Gilberto Kassab (DEM) estuda conceder à iniciativa privada mais um plano de revitalização e reocupação de uma área degradada de São Paulo. O alvo dessa vez é a antiga região industrial da Mooca, na zona leste, às margens da linha ferroviária que corta o bairro.

O objetivo é levar prédios, serviços e comércio para terrenos cheios de galpões vazios ou que estão ocupados por famílias de sem-teto. O projeto será detalhado pelo próprio Kassab e pelo secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge, no seminário internacional "São Paulo - Cidade Compacta". A Prefeitura pretende tornar a repaginação da Mooca uma referência internacional na recuperação de regiões degradadas. A proposta, porém, será lançada antes mesmo de o governo municipal ter iniciado as obras de revitalização da Nova Luz, a região do centro conhecida como cracolândia. Desde 2005, a Prefeitura fala em revitalizar essa parte da região central e transformá-la em vitrine fora do País, mas até hoje a área segue cheia de dependentes de crack, moradores de rua e imóveis vazios. O modelo a ser adotado na Mooca é o mesmo da Nova Luz. "Será uma concessão urbanística numa área degradada de 470 hectares, dentro da Operação Urbana Mooca-Vila Carioca. A Prefeitura vai contratar uma empresa para fazer o plano urbanístico a ser desenvolvido e outra para fazer o levantamento da contaminação no bairro", afirma Hélio Neves, assessor de gabinete da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. "O uso dessa área está travado por causa das contaminações industriais do passado." O perímetro da intervenção tem o tamanho equivalente a quatro parques do Ibirapuera. A concessão urbanística também prevê um parque de 350 mil metros quadrados e regras para empreendimentos ao lado de galpões tombados pelo patrimônio histórico. "Queremos que seja uma área de uso misto, com serviços, classe popular, classe média, escolas e comércio", acrescenta Neves. "Mas toda a reocupação terá de preservar a memória industrial da Mooca", diz. O projeto da concessão deve ficar pronto só no início do ano que vem, quando a proposta terá de ser enviada para votação na Câmara Municipal. O governo diz que vai usar experiências de recuperação de áreas degradadas adotadas pela cidade de Stuttgart, na Alemanha. Representantes da cidade alemã estarão hoje no seminário que ocorre o dia todo na sede da Prefeitura. Para o sucesso do novo projeto, técnicos da administração municipal apostam no interesse do mercado imobiliário pelas áreas ociosas da Mooca, um bairro que fica a apenas 10 minutos do centro por meio do metrô ou de carro. A avaliação é de que, ao contrário da cracolândia, na Mooca já existe uma tendência de adensamento. O preço do metro quadrado na região aumentou 80% entre 2007 e 2010 e hoje chega a R$ 4 mil em algumas ruas perto da Estação Bresser-Mooca do Metrô, valor semelhante ao cobrado em Pinheiros, na zona oeste. Nos últimos três anos, 7 mil novos moradores chegaram no bairro e outros 12 mil são esperados até o fim de 2012. O primeiro shopping do bairro está sendo construído na Avenida Henry Ford, em um terreno descontaminado, e nove torres residenciais vão ficar prontas até dezembro na Rua Borges de Figueiredo, na área onde funcionaram as Indústrias Matarazzo. A concessão urbanística é um instrumento pelo qual a Prefeitura entrega à iniciativa privada uma determinada área que tem de passar por reurbanização. Nela, é permitida a desapropriação de imóveis particulares por empresas e construtoras. Os projetos de concessão na capital precisam passar por duas votações na Câmara Municipal e em audiências nas 31 subprefeituras antes de serem colocados em prática. Fonte: O Estado de S.Paulo

Salão Imobiliário de São Paulo terá imóveis a partir de R$ 150 mil

A quinta edição do Salão Imobiliário de São Paulo, que acontece neste mês, terá mais de 200 mil imóveis à venda com valor a partir de R$ 150 mil, entre novos e usados, comerciais e residenciais. Há oferta de moradias em todo o país e até no exterior --somente nos EUA há mais de 50 mil imóveis em exposição.

O evento, promovido pelo Secovi (Sindicato da Habitação) local, e a Reed Exhibition Alcantara Machado, acontecerá no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em Santana, nos dias 23 e 24, das 12h às 21h, e nos dias 25 (sábado) e 26 (domingo), das 10h às 21h. A expectativa é receber 80 mil visitantes. De acordo com pesquisa da Reed Exhibition, cerca de 40% dos potenciais visitantes devem usar crédito bancário para compra do imóvel. Outros 13% disseram preferir financiamento direto com a construtora e 17% devem utilizar recursos próprios. O setor imobiliário está aquecido. Os empréstimos da Caixa Econômica Federal para habitação, líder desse mercado, atingiram R$ 47,6 bilhões no acumulado do ano até 3 de setembro, batendo recorde e superando todo o valor do ano passado. Em quantidade (773.247 unidades), o montante já representa 86,2% do total atingido em 2009. Considerando apenas financiamentos com recursos da poupança, os dados mais recentes englobam os seis primeiros meses do ano, quando foram emprestados R$ 23,8 bilhões, registrando o melhor resultado para esse período da série histórica, iniciada em 1967. O valor superou em 77% o montante contabilizado no mesmo período no ano passado. Em quantidade, foram 187,6 mil unidades financiadas, o que representa uma expansão de 51,5% no mesmo comparativo. Com a expansão do crédito e a falta de terrenos na cidade de São Paulo para erguer novos empreendimentos, a capital vem perdendo espaço nos lançamentos de imóveis residenciais na região metropolitana. No primeiro semestre deste ano, últimos dados divulgados, a cidade representou 50,6% das 26,8 mil novas moradias postos à venda, ante uma fatia de 56,8% no mesmo período em 2009. Para se ter uma ideia de como esse patamar tem diminuído, era 83,1% em igual intervalo em 2004. Fonte: Folha de S. Paulo

Fazenda vai cortar imposto para elevar crédito

Plano é aumentar a fatia do crédito privado nos financiamentos de longo prazo, hoje dominado por operações do BNDES. O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, confirmou que o governo estuda medidas de desoneração fiscal para títulos privados de dívidas de longo prazo, como debêntures, e de incentivo à securitização de créditos imobiliários.

As propostas devem integrar o conjunto de medidas que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, prometeu para estimular alternativas de financiamento de longo prazo para investimentos. Atualmente, a maior parte do financiamento para investimentos recai sobre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que tem sido alvo de críticas por causa do custo fiscal que aportes de recursos do Tesouro provocam. Segundo Barbosa, o governo estuda formas de incentivar o mercado de capitais e a securitização de contratos imobiliários como forma de aumentar a participação do crédito privado no financiamento de longo prazo. Está em cogitação a desoneração ou a redução do Imposto de Renda sobre títulos usando dois critérios. Poderia conceder o benefício para títulos privados que tenham prazos mais longos, a partir de um patamar a ser definido, ou privilegiar os papéis por finalidade, como os destinados a financiar projetos de infraestrutura, como portos e ferrovias. "Isso não está fechado. Temos duas alternativas. Pode ser uma combinação delas. E independentemente disso, quando se fala de medida tributária, há a questão do espaço fiscal para poder fazer", disse o secretário, após participar de uma homenagem à economista Maria da Conceição Tavares na sede do BNDES. Segundo Barbosa, as medidas só serão anunciadas após as eleições, "entre outubro e novembro". Ele rejeitou o uso da palavra "pacote" e disse que são apenas "medidas de desenvolvimento financeiro", no mesmo contexto da criação das letras financeiras, de março deste ano. O governo mira o desenvolvimento do mercado de capitais e do setor imobiliário, mais robustos em países que têm financiamento privado de longo prazo desenvolvido. "Isso não quer dizer que o Estado não terá um papel. Tem um papel. Principalmente em áreas com grande retorno social e privado talvez não tão elevado." Segundo Barbosa, o governo busca um "meio termo". Ele disse que o governo pode ajudar com medidas tributárias e regulatórias. Um exemplo seria o desconto gradual de créditos imobiliários antigos que forem securitizados do porcentual obrigatório de 65% dos recursos captados na poupança que os bancos são obrigados a aplicar no financiamento de imóveis. "O setor solicitou que esse desconto não seja imediato, que seja feita de forma gradual, de modo a estimular essa securitização. Estamos analisando", disse Barbosa. Para o secretário, o BNDES continuará a ter papel importante no financiamento de longo prazo, especialmente na infraestrutura e no apoio às exportações. Segundo ele, o governo já definiu a transformação da Agência Finame, do BNDES, em Eximbank. Fonte: O Estado de S.Paulo

Metrô de SP define áreas de desapropriação na região do Morumbi

Áreas ao lado da marginal Pinheiros, no entorno do aeroporto de Congonhas e nas proximidades do estádio e do cemitério do Morumbi terão imóveis desapropriados para a implantação da linha 17-ouro do metrô paulistano. A definição das oito áreas está no edital do pregão que o Metrô fará no dia 24 para definir a empresa que vai elaborar os laudos de avaliação.

Segundo o edital, a avaliação dos imóveis "permitirá o conhecimento macro de seus valores de mercado", necessários à decretação de utilidade pública. A vistoria será da rua, mas cada imóvel terá ficha individual, com dados que permitam aferir o valor. Segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio), na região da marginal Pinheiros, com duas áreas incluídas na lista, o valor do terreno vai de R$ 4.000 a R$ 5.000 o metro quadrado. Também são valorizadas as regiões no entorno do aeroporto e do estádio. O Metrô espera gastar R$ 185 milhões para desapropriar até 132 mil m2, área de 18 campos de futebol, o que dá, em média, R$ 1.400 por metro quadrado. De acordo com estudo feito a pedido do Metrô, 19,5% das desapropriações deverão ser de imóveis residenciais de alto padrão e 7,6% de residenciais de padrão médio --42,2% dos imóveis são terrenos ou estão desocupados. O Metrô diz que só após a conclusão do projeto básico é que serão definidos o exato traçado da linha e os imóveis que serão desapropriados. A empresa disse ainda que "não há como fazer metrô em São Paulo sem fazer desapropriações", mas que "trabalha para minimizá-las". O sistema da linha 17 será em forma de monotrilho, trens que trafegam sobre vias elevadas-, o que diminui a necessidade de desapropriação. A linha, de 21,6 km, vai ligar Congonhas ao Morumbi (zona oeste) e ao Jabaquara (zona sul) e integrar o aeroporto à rede sobre trilhos. As desapropriações visam áreas para as futuras estações, como a de Congonhas, que deve ficar às margens da avenida Washington Luís. Também para estações haverá desapropriações ao lado da marginal Pinheiros. Fonte: Folha de S. Paulo

Sem investimentos, Barra Funda vai ganhar 30 mil moradores em 5 anos

A Barra Funda, bairro da zona oeste de São Paulo que convive com a ausência de melhorias na infraestrutura, com engarrafamentos, enchentes e falta de áreas verdes, vai ganhar mais 30 mil moradores nos próximos cinco anos, o dobro do que possui hoje, segundo levantamento feito com base nos processos de obras na Prefeitura.

É como se a Barra Funda ganhasse uma população equivalente à de Socorro ou Serra Negra, mesmo sem obras viárias, construção de novas ligações de esgoto ou novos piscinões para dar suporte ao crescimento demográfico - hoje o bairro tem 15 mil habitantes. O maior empreendimento ficará em um antigo terreno da Telefônica, considerado uma das maiores glebas vazias de São Paulo, de 250 mil metros quadrados, arrematada em 2007 por R$ 135 milhões. Faltam apenas alguns detalhes sobre o loteamento da área para o lançamento do enorme condomínio - serão 30 prédios com 3 mil unidades, além de um parque com aproximadamente 50 mil m². O plano da construtora é erguer um genuíno bairro no terreno, com centro para o comércio de conveniência, ruas e pequenas praças. Outro grande empreendimento ficará em um terreno de 63 mil m² na Avenida Marquês de São Vicente. Serão 27 torres com um total de 2.714 apartamentos, de 45 m², 70 m² e 100 m². Ainda segundo dados da Prefeitura, outros 12 empreendimentos serão erguidos na região até dezembro de 2015. Para se ter ideia, um terreno que há dez anos valia R$ 50 mil hoje não é vendido por menos de R$ 400 mil. Até o começo do ano que vem, dois lançamentos já levarão quase 2 mil carros a mais para o bairro, o que aumentará o fluxo de veículos em uma das avenidas mais congestionadas da capital, a Francisco Matarazzo. Em horários de pico, chega-se a levar 40 minutos para atravessar os 2,5 quilômetros da via, que liga o Minhocão à Lapa. Obras. Na década de 1930, técnicos da antiga empresa de urbanização da Prefeitura já traçavam projetos urbanísticos para a Barra Funda, simplesmente porque ninguém queria morar no bairro por causa das enchentes do Rio Tietê. Pesquisando nos arquivos do Estado de 1997 para cá, é possível encontrar ao menos 12 planos que nunca se tornaram realidade - ideias que iam da construção de vários piscinões até a transformação da região na "Puerto Madero" paulistana. "A Prefeitura fala que vai fazer obras para melhorar o bairro, mas isso é só para trazer mais prédios residenciais, sem que nada seja feito", diz o advogado Edivaldo Godoy, presidente da Associação de Moradores da Barra Funda. "As chuvas estão chegando de novo e nada foi feito para evitar as enchentes, que com certeza ocorrerão, como acontece todo ano. Moro aqui na Barra Funda desde criança, mas atualmente está insuportável. Não dá mais para conversar com a Prefeitura, temos de exigir melhorias, partir para o radicalismo, porque do jeito que está não dá para ficar", queixa-se. A Prefeitura tem R$ 79,7 milhões para investir exclusivamente em melhorias na região. O volume financeiro é da Operação Urbana Água Branca, que se estende por uma área de 5,4 milhões de m² na Barra Funda, Perdizes e Lapa, e vem das contrapartidas dos 21 empreendimentos comerciais e residenciais que se instalaram no bairro desde 1995. Os recursos seriam aplicados em "melhorias urbanas", mas estão parados. Os planos criados para a Operação Urbana Água Branca foram todos abandonados - mesmo para o problema das enchentes, o mais emergencial, o governo desistiu do piscinão que seria construído na Avenida Francisco Matarazzo e encomendou um novo estudo, por R$ 4,7 milhões. Em maio, a Prefeitura afirmou que a operação estava em revisão, para se adequar à legislação federal. Agora, pretende retomar parte dos terrenos onde estão os centros de treinamento do Palmeiras e do São Paulo e desapropriar uma parte do Playcenter. O sistema viário receberia intervenções para dar fluidez à frota de 27,4 mil carros em 2025 - hoje são 8 mil carros. O problema é o mesmo que dos outros planos já propostos: o projeto ainda precisa de aprovação e não há data definida para isso. Em 2004, a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano (Sempla), a Empresa Municipal de Urbanização (Emurb) e o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) fizeram um concurso para definir um megaprojeto urbanístico para a Barra Funda. Era a primeira vez que a Prefeitura tomava a iniciativa de agir diretamente no planejamento de um bairro da cidade. Houve 127 inscritos - o desenho escolhido imaginava um bairro com prédios baixos, de no máximo seis andares, com calçadas largas e árvores, em uma distribuição similar à das superquadras de Brasília. Batizado de "Bairro Novo", ele ficava em uma área equivalente à do Vale do Anhangabaú. A ideia foi adiada pela gestão que a propôs, a de Marta Suplicy (PT), esquecida na de José Serra (PSDB) e abandonada pela de Gilberto Kassab (DEM). Fonte: O Estado de São Paulo

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Para diminuir reuniões, condomínios da Grande SP investem em gestão online

Para reduzir e simplificar as intermináveis reuniões de condomínio, cada vez mais síndicos da Grande São Paulo têm recorrido à internet. "Entro no site diariamente", diz o matemático Arnaldo Telles Junior, de 46 anos, síndico há seis de um prédio na Mooca, zona leste da capital. "Facilita muito a administração." Atualmente, quase todas as administradoras de condomínios oferecem essa ferramenta online.

"É uma tendência. Os condomínios colocam como pré-requisito essa interface tecnológica na hora de contratar a administradora", afirma o diretor de Condomínios do Sindicato da Habitação (Secovi), Sérgio Meira de Castro Neto - ele próprio dono de uma administradora, a Cassiporés Imóveis. "Isso acontece porque mudou o perfil do síndico. Não há mais aquele sujeito de pijama, aposentado. Hoje em dia, o síndico é jovem e trabalha. Ele não tem tempo para administrar o condomínio." Segundo levantamento da Lello - com a amostragem de 1,3 mil edifícios - a maior parte desses profissionais (56%) está atualmente na faixa dos 31 aos 49 anos. E a tendência é de rejuvenescimento: dois anos atrás, esse número estava em 50%; em 2002, não chegava a 30%. "A tecnologia acaba se tornando ferramenta essencial para que o síndico consiga administrar seu condomínio", acredita Márcia Romão, gerente da Divisão de Atendimento ao Cliente da Lello."Preferimos que nossa comunicação com o síndico seja sempre por e-mail", afirma Hubert Gebara, vice-presidente do Secovi e proprietário da Hubert Condomínios. "Assim, o que se determina fica documentado. É melhor do que telefone." Hi-tech. Morador de um condomínio em Santo Amaro, zona sul, o publicitário Diogo Freitas Rocha, de 29 anos, conta que graças à tecnologia tem conseguido participar da vida do condomínio. "As reuniões ocorrem em horários que conflitam com meu trabalho. Como há quatro anos temos um síndico hi-tech, passo minhas sugestões por e-mail." Síndica há três anos de um prédio no Brooklin, zona sul, a advogada e administradora Sandra Ruiz, de 61 anos, orgulha-se de ter informatizado a gestão condominial. "Se não fosse pela internet, não teria condições de conciliar minha vida profissional com a função de síndica." Fonte: O Estado de S.Paulo

Preço do metro quadrado sobe e é recorde em Paris

Retomada da demanda e escassez da oferta elevam o valor dos imóveis, que sofreram queda com a crise global. Dois anos depois da crise imobiliária que levou o mercado europeu à recessão, com queda de 20% nos preços, como ocorreu na França, o valor de casas e apartamentos alcançou um recorde. Em Paris, o metro quadrado de área construída chegou à média de 6,6 mil no segundo trimestre.

O fenômeno da elevação dos preços é explicado pela retomada da demanda - por sua vez impulsionada pelo crédito a juros baixos -, conciliada com a escassez de oferta, já que muitos proprietários ainda hesitam em colocar seus bens à venda com medo da oscilação dos preços. Ainda segundo o levantamento, o mercado já é mais impulsionado por investidores do que por compradores de primeiro imóvel, situação que preocupa analistas. Entre 1999 e 2010, o preço dos imóveis cresceu 250%, enquanto o salário médio teve acréscimo de 60%. Em alguns bairros centrais da capital, esse cenário já se desenha. A eventual estabilidade em patamar elevado vai transformar Paris em uma cidade para elites, adverte o tabelião Frédéric Dumont, diretor do cartório de Montreuil, ao sul da capital. "Essa alta do preço não é sustentável nem política, nem economicamente. Paris está se tornando uma cidade inacessível às classes médias e populares." Fonte: O Estado de S.Paulo

Mercado imobiliário sem saída nos EUA

Vendas de casas voltam a cair a níveis assustadores e muitos economistas sugerem que governo deixe o mercado se virar sozinho. O mergulho inesperadamente profundo das vendas de casas neste verão do Hemisfério Norte provavelmente forçará o governo Obama a optar entre os donos de casas futuros e os atuais, um embaraço que as autoridades estavam ansiosas para evitar.

Nos últimos 18 meses, o governo introduziu quase todo programa que conseguiu imaginar para incentivar o periclitante mercado imobiliário, usando incentivos fiscais, programas de alteração das hipotecas, taxas de juros baixas, empréstimos garantidos pelo governo e outras ajudas para manter os valores altos e impedir a execução hipotecária de devedores inadimplentes. O objetivo era estabilizar o mercado até a economia se recuperar e criar novas famílias com demanda de moradias para viver. Enquanto a economia novamente vacila e os compradores potenciais fogem - as vendas de casas em julho caíram 26% em relação a julho de 2009 -, há uma sensação crescente de exaustão com a intervenção do governo. Alguns economistas e analistas insistem agora numa terapia de choque que deslocaria os benefícios principalmente para donos de casas futuros: o mercado imobiliário que arrebente. Quando os preços baixarem, argumentam esses especialistas, os compradores aparecerão, criando a estabilidade fugida que o governo gastou bilhões tentando alcançar. "O setor imobiliário precisa voltar a níveis razoáveis", disse Anthony Sanders, professor de finanças imobiliárias na George Manson University. "Se continuarmos tentando estimular o mercado, essa é a definição de insanidade mental." Tentação de inadimplência. Quanto mais o mercado cair, porém, pior estará um grupo importante política e economicamente: dezenas de milhões de proprietários que já viram o valor de seus imóveis cair 30%. Quanto mais pobres esses proprietários se sentirem, menos eles aceitarão o tipo de gastos de consumo que a economia precisa para se recuperar. Se virem uma casa idêntica na mesma rua sendo vendida pela metade do que eles devem, a tentação da inadimplência poderá ser irresistível. Isso poderia fazer o mal-estar corrente do mercado parecer uma ninharia. Apanhado no meio está um governo que apostou numa recuperação não existente. "O governo fez uma aposta de que uma economia em ascensão resolveria o problema imobiliário e agora eles estão sem fichas", disse Howard Glaser, uma ex-autoridade em habitação do governo Clinton que tem laços estreitos com os formuladores econômicos do governo. "Eles estão seriamente preocupados e não sabem realmente o que fazer." Isso ficou claro na semana passada, quando o secretário da Habitação e do Desenvolvimento Urbano, Shaun Donovan, pareceu se alinhar aos donos de casa existentes, dizendo à rede americana de TV CNN que o governo "iria até onde pudesse" para assegurar a recuperação do mercado problemático. Donovan chegou a conceder mais um incentivo fiscal para imóveis como o que expirou na primavera do Hemisfério Norte (março-junho), que pagava aos compradores de primeira casa até US$ 8 mil, e a compradores que estavam adquirindo imóveis mais caros que os seus atuais, US$ 6,5 mil. O custo para os contribuintes ficou em torno de US$ 30 bilhões, boa parte dos quais foi para pessoas que teriam comprado mesmo sem esse incentivo. Assessores de imprensa do governo se apressaram em desmentir o comentário de Donovan, dizendo que uma reativação do crédito era altamente improvável ou absolutamente impossível. Donovan não quis ser entrevistado para esta reportagem. Numa declaração, Amy Brundage, uma porta-voz da Casa Branca, respondeu perguntas sobre novas medidas de estímulo possíveis apontando para as que já estão vigentes. "Nas próximas semanas, nós focaremos na implementação dos programas básicos que anunciamos recentemente", disse. Entre essas iniciativas estão US$ 3 bilhões para evitar que os desempregados percam suas casas e um programa de refinanciamento que tentará reduzir os saldos hipotecários de donos que devem mais que sua propriedade em valor. Um programa anterior com objetivos parecidos teve um sucesso limitado. Se o incentivo fiscal no ano passado pretendia ser uma ponte para transpor um mau momento, ele terminou com um vislumbre do abismo. A casa média leva agora mais de um ano para ser vendida. Acrescente-se a isso as casas que foram executadas por falta de pagamento, mas ainda não estão à venda, e o total é maior ainda. Construtoras. As construtoras estão numa condição ainda pior. As vendas de imóveis novos estão mais baixos que nas profundezas da recessão dos anos 1980, quando as taxas hipotecárias eram o dobro do que são agora, o desemprego era onipresente e o pessimismo, no mínimo, igual. A deterioração das circunstâncias deu uma nova voz ao coro do "não fazer nada", cujos membros acham que a era de tentar comprar estabilidade na esperança de que o fogo do mercado cresça - intitulada "estender e fingir" ou "retardar e rezar" - já deu o que tinha que dar. "Tivemos ajuda artificial suficiente e precisamos deixar que o livre mercado faça a coisa", disse a analista Ivy Zelman. Michael L. Moskowitz, presidente da Equity Now, empresa que opera com hipotecas diretas em Nova York e outros sete Estados, também defende deixar o mercado cair. "Os preços ainda estão artificialmente altos", disse ele. "O governo está discriminando os compradores que podem pagar US$ 200 mil, mas não US$ 250 mil." Uma pequena queda nos preços das casas poderia não fazer muita diferença para uma economia frouxa. Mas uma queda descontrolada de 10% ou mais poderia se mostrar desestimulante para os milhões de donos que estão simplesmente esperando, especialmente aqueles que compraram nos últimos anos com a impressão de que uma recuperação já havia começado. O governo está ameaçado por muitas dessas hipotecas, outra razão para os formuladores econômicos estarem buscando agressivamente a estabilidade. O que ajudou a sustentar o mercado no ano passado poderia agora fazê-lo desabar. De 2006 para cá, a Agência Federal da Habitação (AFH) segurou milhões de empréstimos com entradas baixas. Durante os dois primeiros anos, as autoridades admitem, a qualidade do crédito dos tomadores era baixa demais. Com pouca coisa em jogo e uma economia capenga, os compradores se safaram: quase 12% estavam inadimplentes após um ano. No fim de 2009, as reservas de caixa da AFH caíram abaixo do mínimo estipulado pelo Congresso e a agência precisou reforçar suas finanças. Os empréstimos avalizados pelo governo em 2009 foram para compradores com classificações de crédito melhores. Mas a porcentagem das inadimplências do primeiro ano ainda ficaram em 5%, segundo a empresa de pesquisas CoreLogic. "São compradores em risco", disse Sam Khater, da CoreLogic. "Eles têm muito pouco capital, e esse é o maior indicador de inadimplência." Tal é o risco que os formuladores econômicos enfrentam atualmente. "Se os preços das casas continuarem caindo em velocidade séria, os tomadores poderão se retrair em tamanho número que o mercado jamais irá se recuperar", disse Glaser. Sem intervenção. Preocupações do tipo fazem com que poucas pessoas do mundo das finanças sugiram que o governo deve fazer mais, e não menos. William Gross, diretor da Pimco, gestora gigante de fundos de bônus, propôs que o governo refinancie com taxas mais baixas milhões de hipotecas que possui ou segura. Uma ação assim ousada, disse Gross num pronunciamento recente, "proporcionaria um estímulo crucial de US$ 50 bilhões a US$ 60 bilhões em consumo", além de um aumento dos preços dos imóveis. A ideia não teve muita aceitação. Em vez disso, há um sentimento de que, mesmo com noções muito mais modestas, uma intervenção do governo não é a resposta. A Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, força motriz por trás do crédito no ano passado, não está pedindo uma nova rodada de estímulo. Membros da Associação Nacional dos Construtores de Moradias dizem que um novo crédito de US$ 25 mil elevaria a demanda, mas suas chances de passar no Congresso seriam nulas. "Nossos membros estão dizendo que, se não pudermos conseguir um incentivo fiscal muito grande - um que realmente tire as pessoas da inércia -, por que usar nosso capital político?", disse David Crowe, economista da associação. Isso poderia dar ao governo Obama permissão para assumir o risco de não fazer nada.Fonte: O Estado de S.Paulo

BB negocia parcerias com construtoras e imobiliárias

O Banco do Brasil (BB) negocia parcerias com consultorias e imobiliárias para ampliar sua presença no crédito habitacional. O modelo de referência é o do Banco Itaú, que se associou com a Lopes há mais de dois anos e, recentemente, fechou parceria com a imobiliária Coelho da Fonseca, voltada para o mercado de imóveis para um público com maior renda.

O vice-presidente de cartões e novos negócios do BB, Paulo Rogério Caffarelli, confirmou que o banco está se movimentando nesse sentido, mas não quis mencionar nomes de potenciais parceiros. Para Caffarelli, essas parcerias permitem simplificar a oferta do financiamento. O ideal seria, segundo ele, deixar o funcionamento do segmento semelhante ao que ocorre no ramo de veículos, em que o financiamento é feito em conjunto com a venda do carro na concessionária, em uma operação simples sem a necessidade de ir ao banco. Ele destacou que, com apenas dois anos de atuação no financiamento habitacional e sem essas parcerias, o banco estatal passou o HSBC e já é o quinto maior do mercado no segmento. Agora, a meta é ultrapassar o Bradesco, que hoje ocupa a quarta colocação. “O BB veio para ser um grande player nesse mercado”, disse o executivo, destacando que o banco conta com R$ 7 bilhões de recursos para emprestar no crédito imobiliário. O banco já emprestou neste ano R$ 2,1 bilhões e a projeção de Caffarelli é de que o volume concedido pelo BB atinja os R$ 3 bilhões até o fim de 2010. Além da busca por parcerias com consultorias e corretoras imobiliárias, a estratégia do BB passa pela atuação com as construtoras para o financiamento dos próprios empreendimentos. Esse crédito é destinado a quem constrói - e não a quem compra o imóvel. Caffarelli disse que o BB já trabalha com as 16 maiores construtoras do País. Esses contratos têm potencial de, em uma segunda etapa, levar ao BB os clientes finais que comprarão as unidades construídas. Apesar de demonstrar apetite por crescer no ramo imobiliário, Caffarelli faz questão de ressaltar que o banco não disputa mercado com a Caixa Econômica Federal - instituição financeira estatal líder no crédito habitacional e principal operadora do programa Minha Casa, Minha Vida? Nós não concorremos com a Caixa, mas com Bradesco, Santander e Itaú, disse. Ele informou que, no Minha Casa, Minha Vida, o banco deve financiar a construção de 100 mil unidades até o fim de 2011. Caffarelli destacou ainda que a intenção do governo de avançar no crédito imobiliário é parte de uma estratégia mais ampla de negócios do BB. Isso porque esse produto tem um nível de inadimplência muito baixa e é um catalisador de fidelização do cliente. Como os contratos são de prazo longo, o cliente passa a ter uma relação de muitos anos com o banco. Fonte: Agencia Estado

domingo, 12 de setembro de 2010

Odebrecht construirá estádio do Corinthians

Decisão foi tomada ontem na sede do clube após apresentação das três propostas para Itaquera. A decisão foi unânime. Os catorze membros presentes à reunião do Conselho de Orientação do Corinthians, ontem à noite (9) optaram pela proposta da Odebrecht para o novo estádio do clube em Itaquera.

Pelo projeto, o Corinthians construirá o estádio financiado pela construtora Odebrecht, que buscará recursos do BNDES. O clube negociará a venda de naming rights por dez anos para pagar o financiamento à construtora. O projeto é do escritório carioca CDCA Arquitetos, dirigido por Aníbal Coutinho. Duas outras propostas foram apresentadas ao Conselho de Orientação. Uma, da Tessler Engenharia, com projeto do arquiteto Eduardo de Castro Mello (leia mais), foi concebida para o mesmo terreno, em Itaquera. A outra, de autoria da Augusto França Netto Arquitetos (leia mais), foi pensada para uma área no município de Guarulhos. Cotado para ser a sede da Copa de 2014 em São Paulo, o projeto contempla a possibilidade de expansão de sua capacidade de 48 mil para até 70 mil lugares, o que o habilitaria para o jogo de abertura do Mundial. A decisão está nas mãos do comitê paulista para a Copa, da CBF e da Fifa, já que o Corinthians afirma que não bancará a expansão.Fonte: Portal Copa 2014

Crédito habitacional da Caixa supera 2009

Os empréstimos da Caixa Econômica Federal para habitação atingiram R$ 47,69 bilhões no acumulado deste ano até o dia 3, com expansão de 87,6% sobre o mesmo período em 2009. O valor recorde já supera os R$ 47,05 bilhões financiados em todo o ano passado. Em quantidade (773,3 mil unidades), o montante já representa 86,2% do total atingido em 2009.

"Todas as faixas de renda têm sido atendidas", afirma Maria Fernanda Ramos Coelho, presidenta do banco, que elevou ontem a previsão para 2010 de R$ 60 bilhões para R$ 70 bilhões. Do total emprestado, R$ 20,7 bilhões tiveram como fonte de recursos o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), com alta de 92% no confronto com o mesmo período no ano passado, impulsionado pelo Minha Casa, Minha Vida. Desde o início do programa, em abril do ano passado, foram contratadas 630,9 mil moradias. A meta é atingir 1 milhão até o final do ano. No entanto, o ritmo pode diminuir devido à expectativa das construtoras para o reajuste, a partir de janeiro, do teto do valor do imóvel (R$ 130 mil) e da renda mensal das famílias que podem ser contempladas (R$ 4.650). Já os financiamentos com recursos da poupança totalizaram R$ 21,4 bilhões neste ano, com aumento de 53%. Por lei, os bancos são obrigados a destinar 65% dos depósitos na caderneta para o crédito habitacional, mas há o temor de que o crescimento da poupança não acompanhe o dos empréstimos. Com o FGTS, não há essa preocupação iminente. Ainda assim, a Caixa já avalia a securitização -que consiste na transformação de uma dívida em um papel para investimento no mercado- da carteira de crédito lastreada também com esses recursos. "Nada está descartado. Estamos iniciando o processo e fazendo análises. A questão de securitizar fundo de garantia passa muito pelas condições de juros que existem na economia", afirmou Jorge Hereda, vice-presidente de governo do banco. O executivo lembra que os empréstimos usando essa fonte têm juros baixos, logo vão oferecer um retorno menor para o investidor. "A atratividade desse papel talvez seja possível se tiver um mix de financiamento. Isso vai ser medido justamente no nosso primeiro lançamento", completou. Metade da carteira de crédito de R$ 84,9 bilhões da Caixa está lastreada no FGTS e 49%, em recursos da poupança. A inadimplência, considerando atrasos acima de 90 dias, permanece em 1,5% há sete meses. Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da FGV, destaca ainda a cota de financiamento médio do banco, atualmente em 71% do valor do imóvel, o que indica "uma folga ainda maior" já que "a avaliação feita pela Caixa é rigorosa". Segundo Hereda, cerca de R$ 20 bilhões já estariam prontos para uma securitização. A emissão inicial, no entanto, será de R$ 500 milhões "para testar o mercado", com lançamento previsto até dezembro e contratos que tiveram como fonte a poupança. "Esse mercado é atraente, e as soluções já estão começando a ser discutidas", ressalta Ana Maria. "No mundo inteiro, o investidor aplica no mercado imobiliário. Os fundos de pensão, por exemplo, são uma fonte enorme [de recursos] a ser incorporada." Fonte: Folha de São Paulo

Venda de materiais de construção aumenta 9,5% em agosto

As vendas de materiais para construção no varejo cresceram 3,7% em agosto sobre julho, de acordo com estudo realizado pelo Ibope Inteligência a pedido da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco). Na comparação com agosto de 2009, o indicador mostra acréscimo de 9,5%.

No acumulado de janeiro a agosto, as vendas no segmento aumentaram 10,6% em relação a igual período do ano anterior. O resultado, conforme a entidade, confirma tendência de alta do setor, que deve crescer 11% em 2010. Em 2009, o setor atingiu faturamento de R$ 45,04 bilhões, um recorde histórico. Segundo o estudo, o setor de tintas apresentou o melhor desempenho, com alta de 7,3% nas vendas. Os segmentos de aço, telhas e tubos de PVC ficaram praticamente estáveis, com crescimento de 0,5% - um pouco inferior ao obtido no mês de julho. O segmento de argamassas cresceu 4,9% no mês, seguido pelos setores de revestimentos cerâmicos, com acréscimo de 4,5%, interruptores (4%), cimento (3,6%), fios (3,3%) e metais sanitários (3,3%). Para o presidente da Anamaco, Cláudio Elias Conz, o otimismo dos revendedores tem chamado a atenção da entidade. “ Quando perguntamos sobre a perspectiva de vendas para setembro, 68% dos entrevistados responderam que elas serão ainda melhores”, ressalta Conz. A Caixa Econômica Federal (CEF) registrou recorde no financiamento habitacional, segundo balanço realizado no último dia 3. Os dados mostram que o valor aplicado em habitação neste ano (R$ 47,6 bilhões) é maior que o atingido em todo o ano de 2009, quando foi de R$ 47,05 bilhões, conforme disse ontem a superintendente regional da CEF, no Rio, Nelma Souza Tavares, para quem o resultado deste período, se comparado com o mesmo do ano passado, representa aumento de 87,6%, quando a instituição financeira emprestou de R$ 25,2 bilhões. No Estado do Rio de Janeiro, segundo ela, os números mostram um desempenho dentro das metas. O montante financiado em 2010 chegou a R$ 4,8 bilhões em contratos, significando 53.186 unidades habitacionais. A previsão inicial, em 2009, era de R$ 4,016 bilhões. Dentro do total de unidades, 36.769 são do programa "Minha Casa, Minha Vida". Esse resultado, segundo ela, representa 88% de todo o volume de contratos concretizados em 2009. Nelma frisou que os financiamentos da CEF para o programa, no Rio, é de 74.657 unidades habitacionais. No entanto, diz, se levarem conta os financiamentos contratados e a contratar esse número pula para 96.905 unidades habitacionais. A meta até o fim do ano, segundo ela, é de R$ 4,8 bilhões. No entanto, como ela considera o segundo semestre como grande demandador de financiamentos, esse valor pode ultrapassar a casa dos R$ 5 bilhões. Até setembro, os financiamentos habitacionais no Rio com recursos do FGTS já somam R$ 1,328 bilhão. E os empréstimos que têm como fonte de recursos a poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - SBPE) totalizam R$ 2,468 bilhões. Nesse período, de acordo com ela, os investimentos em habitação já beneficiaram mais de 216.106 pessoas. Das 36.769 unidades habitacionais financiadas pela CEF desde o início, 15.645 são referentes a pessoas que ganham entre zero e três salários mínimos. E 21.124 unidades habitacionais foram destinadas as pessoas que ganham entre 3 a 10 salários mínimos. No município do Rio, especificamente, foram 8.750 contratos para a faixa de 0 a 3 salários. E o restante (6.845 unidades habitacionais) para os outros municípios. “No segundo semestre estaremos assinado um maior número de contratos neste ano. Há uma série de fatores que ajudam muito. Está mais fácil o financiamento porque a oferta aumentou, a taxa de juros tem ficado mais em conta, o programa de renda melhorou. Então isso ajudou muito. Para 2011, já são mais de 2 milhões de unidades habitacionais e os recursos estarão disponíveis a partir de 2011”, comentou, crescentando que o déficit habitacional no Rio, em 2009, era de 533 mil unidades habitacionais. As vendas de imóveis usados no Estado de São Paulo tiveram queda de 3,7% em julho na comparação com junho, quando haviam caído 23,06% depois de cinco meses seguidos de alta. Em pesquisa feita com 1.679 imobiliárias de 37 cidades, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP) constatou que foram vendidos 1.197 imóveis em julho, o que fez o índice estadual de vendas recuar de 0,7403 para 0,7129. A redução do ritmo de queda das vendas em julho se deveu ao bom desempenho dos mercados do Litoral, onde houve crescimento de 20,94%, e da região que compreende as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco, com alta de 1,43% na comparação com junho. Na Capital as vendas caíram 21,82% e no Interior, 3,93%. - Não foi uma recuperação como desejávamos, mas essa inversão de sinal, de queda acentuada para queda leve das vendas, é um indicador positivo na medida em que neste segundo semestre as famílias terão seus orçamentos engordados por recursos adicionais, como o 13º e férias, e poderão optar por usá-los na compra ou troca de imóvel próprio - avalia José Augusto Viana Neto, presidente do Creci-SP. Ele destaca ainda que, nas duas das quatro regiões em que as vendas cresceram em julho, os financiamentos foram a mola propulsora dos negócios. “ É mais uma evidência de que, havendo crédito bancário, haverá compradores, o que é animador porque a própria entidade que representa os financiadores bancários (Abecip) passou a defender a importância de se dar crédito aos imóveis usados”, afirma Viana Neto. Mais casas que apartamentos - Venderam-se mais casas (50,09%) do que apartamentos (49,91%) no período analisado pela pesquisa. Os imóveis mais vendidos na Capital foram os de valor superior a R$ 200 mil, com 58,33% do total. No Interior, os imóveis de até R$ 180 mil ficaram com a liderança de vendas, somando 53,54%. Na região formada pelas cidades do ABCD, Guarulhos e Osasco, os imóveis de valor até R$ 160 mil totalizaram 50,89% dos contratos. E no Litoral, com 52,27% do total vendido, quem liderou as vendas foram casas e apartamentos de até R$ 140 mil. Fonte: Monitor Mercantil

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Saul Klein investe no setor imobiliário

O empresário Saul Klein, filho caçula de Samuel Klein, fundador da Casas Bahia, deve anunciar nas próximas semanas sua entrada no ramo imobiliário, investindo uma parte do R$ 1,5 bilhão recebido na venda de sua parte ao irmão Michel.

Segundo algumas fontes, o novo negócio será a construção de moradias voltadas aos públicos das classes C e D, aproveitando a experiência familiar com financiamentos à população de baixa renda. Com R$ 1,5 bilhão a mais no bolso depois de vender sua participação de 25% na Casas Bahia para o irmão Michel, ele dava mostras, inicialmente, de que poderia voltar ao varejo. Inclusive, Saul chegou sondar a baiana Insinuante antes de sua fusão com a mineira Ricardo Eletro. Fonte: O Estado de S. Paulo

Setor imobiliário segue a rota de grandes obras

O crescimento da economia e dos aportes em infraestrutura no País está ajudando a delinear a rota de expansão do mercado imobiliário. Empresas de médio a grande porte como Alphaville Urbanismo, Sispar, Tarjab , Rossi Residencial e Scopel, estão investindo na aquisição de áreas próximas a novos acessos ou rodovias revitalizadas e regiões em franco crescimento, como a Baixada Santista, o interior paulista e a Região Norte do País.

A revitalização da rodovia Augusto Montenegro, em Belém do Pará (PA), por exemplo, empolgou a Alphaville Urbanismo a comercializar lotes na região, considerada problemática por especialistas do setor imobiliário da região, por conta do grande número de condomínios e do excesso de caminhões que trafegam por ali. "Estamos preparando um lançamento nessa região para os próximos meses, em uma área de 4,5 milhões de metros quadrados, a aproximadamente 30 quilômetros do centro", afirma Fábio Vale, diretor comercial da Alphaville Urbanismo. Para atrair os endinheirados locais, a empresa anuncia como diferencial do empreendimento um centro náutico às margens do rio Maguari, com áreas para comércio, shopping center e escolas. "Os compradores poderão ter um clube à margem do rio, justamente ao lado de uma marinha que será construída para lanchas e barcos", anuncia. O empreendimento aguarda uma aprovação para definir questões como preços e a data de lançamento, mas a estimativa é que a comercialização comece em até 60 dias. Em São Paulo, a expansão das obras do Rodoanel e a escassez de terrenos na capital fizeram a incorporadora Sispar aumentar a prospecção de terrenos em municípios vizinhos. Em seis meses após a expansão da rodovia, a incorporadora conseguiu vender 20% de um empreendimento lançado com a Gafisa, na Granja Viana. Localizado em uma área de 40 mil m², no quilômetro 23 da Rodovia Raposo Tavares, fica próximo ao shopping Grande Vianna e ao Walmart e terá 73 casas com preços que variam de R$ 850 mil até R$ 1,1 milhão. "Já vendemos 70% do empreendimento. A comercialização melhorou depois da inauguração do trecho sul do Rodoanel. Muitos empreendimentos ficam fora da infraestrutura da rodovia e esse fica a 150 metros", diz Paulo Funari, diretor de Incorporação da Sispar. A incorporadora busca outros terrenos na região e prepara mais lançamento próximo ao anel viário, no Município de Barueri, com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 120 milhões. A Tarjab, que em 2009 faturou R$ 250 milhões e este ano espera crescer 20%, investe em lançamento com acesso ao Sistema Anchieta-Imigrantes, que liga São Paulo aos municípios do ABCD e da Baixada Santista. O terreno de 9 mil m², no bairro da Saúde, terá três torres com apartamentos de 3 e 4 dormitórios. A construtora aguardou três anos para lançar o empreendimento, após um boom de imóveis novos na região, de olho na valorização, afirma Wilton Ishikani, gerente comercial da Tarjab. "Na época havia muita oferta na mesma região. Esperamos ter uma estagnação do produto para poder lançar. Não existe mais terrenos com a mesma característica desse em São Paulo", afirma. Quando a valorização é alta, a construtora costuma negociar cotas do terreno com investidores e divide com eles o custo da construção, cobrando uma taxa de administração. "Quando o terreno é bem localizado, avaliamos o perfil do empreendimento e fazemos uma pesquisa entre nossos clientes para avaliar o interesse. Se conseguimos atingir 100% do valor do terreno, vendemos a preço de custo. A rentabilidade, para o investidor varia de 100% a 150%", explica. O executivo cita um empreendimento lançado desta forma na região da Saúde, que tinha unidades de R$ 350 mil e que foram revendidas por R$ 1 milhão. "Isso nos ajudou no período de crise. No segundo semestre de 2008, quando o mercado se retraiu, vendemos quatro empreendimentos de alto padrão a preço de custo", diz. A descoberta do pré-sal em Santos e a estimativa de receber cerca de 6 mil funcionários até 2012 na nova sede da Petrobras no município está acirrando a disputa por lançamentos imobiliários. Rubens Júnior, diretor da regional paulista da Rossi Residencial, afirma que a valorização dos terrenos próximos a região portuária, em processo de revitalização chega a 1.000%. "Terrenos que estavam sem valor praticamente, por conta da condição portuária e da degradação urbana, tiveram uma valorização muito grande, que chega a 1.000%. Terrenos que custavam R$ 300, R$ 400, hoje estão custando R$ 3 mil por metro quadrado", afirma. "Temos terrenos no Guarujá e Praia Grande e na região noroeste de Santos." Para os futuros lançamentos, a empresa deve investir na compra de empreendimentos já existentes para a construção de um novo no local, já que a disponibilidade de terrenos é baixa. "Os imóveis usados também tiveram valorização de mais de 100%, com preços similares aos de São Paulo. Por ser uma ilha, o solo é muito ruim, não tem como abrir novos loteamentos. A disputa é grande", diz. A empresa lançou três empreendimentos na região, de médio e alto padrão, que totalizam R$ 199,1 milhões em VGV, com foco no público que vai morar na cidade. Por conta dos custos altos, a empresa considerou inviável lançar imóveis voltados ao programa "Minha Casa, Minha Vida". O valor dos imóveis varia de R$ 700 mil a R$ 1,1 milhão. A Scopel, de loteamentos, voltou às atenções ao crescimento de municípios do interior paulista, como a região metropolitana de Campinas (SP) e anuncia novos projetos no norte e nordeste do País. De janeiro a junho desse ano, totalizou 2,25 mil terrenos residenciais vendidos e VGV R$ 100 milhões, valor equivalente às vendas de todo o ano passado. "Temos focado nossa expansão em municípios com mais de 100 mil habitantes. Estamos prospectando novos negócios em Aragoiânia (GO), Mossoró (RN) e Campina Grande (PB), que estão em pleno desenvolvimento", afirma Yannis Calapodopulos Jr., gerente de Marketing da Scopel. Fonte: DCI

Construção verde ganha adeptos no país

Obras sustentáveis deixam de ser exclusividade de grandes empreendimentos e já englobam escolas públicas e condomínios de casas residenciais. A tendência das construções verdes está deixando de ficar restrita a grandes construções, como prédios de escritórios e supermercados, e está chegando a empreendimentos com menor escala, como escolas públicas, bancos, condomínios de casas residenciais e até templos religiosos.

Em comum, as edificações têm uso racional de energia, captação de água da chuva, solo menos impermeabilizado e propiciam maior conforto térmico e acústico em seu interior. Além disso, passam por processos de auditoria para ostentar selos de construção sustentável. Por ser um mercado ainda incipiente no Brasil, a maioria das construções recebe o aval de dois principais selos de construção sustentável: o Aqua, criado em 2007 pela Fundação Vanzolini, ligada à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), e o americano Leed (Liderança em Energia e Design Ambiental). Com o selo Aqua, existem 14 empreendimentos certificados e outros 25 em processo de receber auditorias. O selo foi o primeiro a atender obras de menor porte, como escolas. Já o selo Leed está estampado em 18 edificações em todo o País, e outros 75 empreendimentos buscam a certificação. A novidade é o selo europeu Breeam, bastante utilizado na Inglaterra, onde já existem 65 mil empreendimentos certificados. Na região serrana do Rio, será construído um condomínio de oito casas residenciais sob os princípios da certificação. Para obter a certificação Aqua, os empreendimentos precisam atender a 14 critérios de sustentabilidade. "Mas não basta adotar um cardápio de tecnologias verdes. É importante que o empreendimento privilegie questões como o conforto e a saúde de quem irá ocupar esses espaços", explica Manuel Carlos Reis Martins, coordenador executivo do processo de certificação Aqua na Fundação Vanzolini. De acordo com Martins, um dos principais mitos que ainda cercam as construções com menor impacto ambiental é de que essas tecnologias são caras. O professor explica que, dos custos totais de um empreendimento, 20% são de construção e 80% de operação. "Se reduzirmos os custos de operação com tecnologias que economizam água e energia, por exemplo, o investimento inicial se recupera em menos de dez anos.". Em São Paulo, duas novas escolas estaduais, uma na região central e outra na zona norte, começam a ser construídas com base nos princípios de sustentabilidade, como referência para outros projetos. As escolas estaduais Bairro Luz, no centro da capital, e Vila Brasilândia, na região norte, terão, além de tecnologias para economia de água e energia, soluções técnicas arquitetônicas para proporcionar aos alunos mais conforto térmico e acústico. Também foram projetadas para receber mais iluminação natural e gerar menos resíduos no processo de construção. Na escola no bairro da Luz, localizada em uma área de preservação histórica, estão sendo tomados cuidados para que a construção não traga impactos negativos a imóveis tombados no entorno. "Serão as primeiras escolas do País certificadas com o selo de construção verde", diz o engenheiro Luiz Fernando Ferreira, diretor da Inovatech, empresa de engenharia que executa os projetos. A Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), ligada à Secretaria de Estado da Educação de São Paulo e responsável pela construção das escolas, já tinha um programa que visava ao baixo impacto ambiental nos canteiros de obras, além de um projeto de reaproveitamento da água da chuva, adotado em uma escola do bairro de Perus, na zona norte. Critérios: Coerência arquitetônica: Empreendimento deve se adaptar às condições de infraestrutura do local e causar impacto ambiental mínimo Gestão de energia:Uso de lâmpadas econômicas, sensores de presença e sistemas de automação Reúso de água: Sistemas de captação de água da chuva. Uso de válvulas econômicas na descarga Fonte: O Estado de S.Paulo

Brasil irá demandar 30 milhões de moradias nos próximos 12 anos, diz FGV

Nos próximos 12 anos, o Brasil irá demandar 30 milhões de moradias. A estimativa foi feita pelo professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Fernando Garcia. “Com o projetado crescimento do PIB em mais de 5% até 2022, o Brasil vai entrar para o mapa das oportunidades mundiais”, disse ele, segundo informações da Agência Fiesp.

Segundo Garcia, a construção civil tem registrado recorde de crescimento e de contratação de mão de obra, impulsionado principalmente pela isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de alguns materiais, que entram na cadeia produtiva. O professor está otimista em relação ao cenário futuro, já que acredita que a construção civil e o petróleo serão os setores que mais crescerão nos próximos 12 anos. Além disso, ele afirma que os eventos esportivos que acontecerão no País - Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 -, trarão investimentos para o setor de serviços, o comércio e a indústria. Entretanto, existem ameaças a essas expectativas positivas. “Os preços da energia elétrica e do gás natural, por exemplo, podem comprometer as indústrias de cimento, vidro, plástico e metais não ferrosos, já que esses setores consomem muita energia em seu processo produtivo”, declara. Ele acrescenta ainda que o problema da escassez da mão de obra pode provocar riscos de desindustrialização ou desintegração em alguns setores. Fonte: InfoMoney

Conselho amplia uso do FGTS para abater parcelas ou quitar consórcios imobiliários

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ampliou o leque de possibilidades para que os trabalhadores possam abater parcelas ou quitar consórcios imobiliários usando o saldo de suas contas. A partir de agora, as pessoas que adquiriram um imóvel por consórcio poderão usar o FGTS para amortizar a dívida ou liquidá-la mesmo que na data de compra da nova moradia elas estivessem pagando um financiamento do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

Essa possibilidade consta de resolução publicada hoje no Diário Oficial da União, que alterou dois itens das regras fixadas pelo próprio conselho curador em dezembro do ano passado. A mudança permitirá, por exemplo, que uma pessoa que adquiriu um imóvel por consórcio em junho possa usar o FGTS agora para abater ou quitar a dívida, mesmo que naquele mês ela fosse mutuária do SFH ou já tivesse um imóvel em seu nome. O dinheiro do fundo será liberado a partir do momento em que o trabalhador comprovar que o financiamento anterior foi quitado e o imóvel financiado tenha sido vendido ou transferido para outra pessoa. Pela regra anterior, mesmo que o financiamento fosse quitado e o imóvel vendido ou transferido, o trabalhador não poderia usar o FGTS para abater sua dívida no consórcio. "A mudança é bem sutil", afirmou José Maria Leão, superintendente nacional do FGTS. "Ela permite que pessoas que lá na origem tinham um impedimento, e hoje não tem mais, possam vir a utilizar o FGTS", acrescentou. Segundo Leão, continua vedado o uso dos recursos do fundo para abater ou quitar uma dívida de consórcio nos casos em que o trabalhador ainda esteja pagando um empréstimo do SFH ou mantenha a propriedade de um imóvel. "O propósito do FGTS não é investimento em habitação, o propósito é viabilizar moradia para quem não tem", disse. A mudança na regra foi feita depois que alguns administradores de consórcio encaminharam ao conselho curador reclamações de alguns mutuários que tiveram o uso dos recursos do FGTS negado, mesmo sem empréstimos no SFH ou imóveis em seu nome. Fonte: Agência Estado

Proposta obriga proprietário a registrar em cartório informações sobre o imóvel

O proprietário ou credor de imóvel pode ser obrigado a registrar em cartório as informações relativas a ações judiciais que envolvam o bem, conforme determina o Projeto de Lei 7431/10 que está sendo analisada pela Câmara.

O projeto, de autoria do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), tem como objetivo concentrar os dados dos imóveis em apenas um local para prevenir fraudes no momento da venda, segundo a Agência Câmara. Hoje, caso o proprietário do imóvel não tenha feito o registro e negocie o bem, a transação só poderá ser anulada se for comprovada má-fé do comprador. Para Bezerra, isso faz com tanto o credor quando o comprador possam ser prejudicados. A proposta será analisada em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. O Código Civil considera fraudulenta a alienação ou oneração de bens quando o imóvel tiver pendências relativas a ação fundada em direito real, ou quando, na época de negociação, corria contra o devedor demanda capaz de reduzi-lo à insolvência, entre outros casos. "A atual sistemática processual tem provocado dificuldades quanto à prova de má-fé do adquirente do bem imóvel sobre o qual tramita ação judicial", afirmou Bezerra. Por outro lado, para o deputado, obrigar o adquirente a ir aos tribunais para saber da situação do imóvel beneficia o credor, mas não é justo com o adquirente. Fonte: InfoMoney

sábado, 4 de setembro de 2010

O impacto dos materiais na construção de empreendimentos sustentáveis

Com o segmento imobiliário aquecido não podemos deixar o debate sobre a sustentabilidade de lado. Afinal, sabemos que a concepção, a construção ou reforma e a operação de empreendimentos impactam o meio ambiente e as condições de vida de milhares de pessoas. Um dos principais desafios no processo de construção sustentável refere-se à escolha dos materiais utilizados nos empreendimentos.

Muitos terão impacto decisivo na saúde dos operários e dos seus futuros ocupantes. É bom ressaltar que, se o empreendimento foi concebido de acordo com critérios de sustentabilidade (Aqua ou Leed, por exemplo), terá como diferencial para seus ocupantes, melhores condições de salubridade e de qualidade de vida, além da redução dos custos condominiais futuros por economias em manutenção, pela melhor qualidade dos produtos, além de gastos com energia e água. Mas, o mercado está preparado para atender a essas novas necessidades? Como identificar produtos sustentáveis? São perguntas fundamentais nesse processo. Perguntas também que podem ser feitas em obras menores, como até a reforma de uma casa, que colocam novas premissas no dia-a-dia de profissionais que atuam com projetos, construção e decoração. Critérios são essenciais na avaliação dos materiais. Afinal, existem no mercado muitos produtos denominados ecológicos e, infelizmente, a maioria não tem qualidade atestada e coloca em risco o projeto, a construção e a operação, aumentando desperdício e custos. Produtos sustentáveis são aqueles que incorporam os atributos essenciais da sustentabilidade: salubridade (não pode fazer mal à saúde), qualidade (comprovada para o que se propõe) e responsabilidades social, ambiental e de comunicação com o consumidor. Não se deixe levar pela embalagem se é reciclada ou não. Isso não é importante em uma primeira análise. O importante é verificar se os atributos essenciais da sustentabilidade estão presentes no produto. Por exemplo, não compre um desinfetante ou uma água sanitária só por que há uma propaganda dizendo que o produto é mais sustentável porque houve um estudo para redução de sua embalagem ou porque ela é feita de PET reciclado. Essa é uma propaganda enganosa, pois o produto pode continuar a ser agressivo à saúde. A embalagem apenas protege o que está dentro e nada adiciona ao produto em si. Da mesma forma, ao comprar tintas verifique se sua toxidade está abaixo de limites recomendados e se sua qualidade foi testada para o que se propõe (tinta para aplicação externa, por exemplo, passa por mais testes do que tintas para interiores). Pode parecer incrível, mas ainda temos problemas com construtoras que têm problemas de qualidade de tintas. É correto pensar que uma tinta que tenha como base água apresente realmente uma menor emissão de compostos orgânicos voláteis, se comparada às tintas base solvente. No entanto, é preciso ter consciência de que mesmo uma tinta base água pode apresentar emissão de compostos orgânicos voláteis; e assim, o mais indicado ao se escolher seria uma tinta sem solvente orgânico, que tivesse também a quantificação destes compostos comprovada e declarada. Estas mesmas considerações valem para adesivos, selantes, impermeabilizantes, silicones, vernizes, emulsões asfálticas. Para economia e racionalização do uso da água, recomenda-se utilizar torneiras de qualidade comprovada em vários testes de desempenho, com sensores e temporizadores, válvulas de descarga e de mictório com baixos volumes de descarga e ainda reguladores de vazão para chuveiros e torneiras, soluções que representam redução de gastos e do consumo desnecessário dos recursos naturais. Na compra de lâmpadas, é importante verificar se possuem o selo Procel e o teor de mercúrio contido na composição do produto. Optar por aquelas que além de apresentar o menor teor deste metal, também tenham instruções sobre o que fazer em caso de acidente e seus fabricantes e distribuidores se responsabilizem por recolher lâmpadas queimadas. Para outros materiais como pisos, concreto, porcelanatos, que a princípio não apresentam nenhum impedimento, é interessante optar por fabricantes que utilizem materiais reciclados para compor o produto (sem, é claro, perder a qualidade), e tenham a extração de matérias-primas e manufatura do produto nas proximidades da obra, reduzindo assim os gastos com transporte. É válido também optar por materiais que possam ser reciclados no futuro. Diante da necessidade de lançar produtos cada vez mais corretos e sustentáveis, surgem a cada dia novas soluções. É importante, portanto, estar atento a estes produtos para confirmar as características de sustentabilidade de cada material e então optar pela melhor alternativa em oferta. De fato, a tarefa requer muito empenho e preparo. Uma forma de garantir a sustentabilidade de produtos é por via das chamadas rotulagens ambientais independentes emitidas por órgãos governamentais, por ONGs ou por entidades privadas que se utilizam de múltiplos critérios de avaliação para caracterizar determinados segmentos de produtos. Como exemplos temos o Selo Procel de Eficiência Energética, no caso de eletrodomésticos e o FSC (Forest Stewardship Council) ou o Cerflor (Programa Nacional de Certificação Florestal) para madeira. O Selo SustentaX atesta a sustentabilidade de materiais para a construção, reformas, decoração e operação de edificações. No site www.SeloSustentaX.com.br é possível conhecer detalhadamente os produtos e verificar como contribuem na redução do impacto no meio ambiente e na melhoria da saúde e qualidade de vida dos ocupantes de imóveis. Está havendo, no momento, uma quebra de paradigma pelo consumidor, que deixa de comprar por marca e começa a se definir com base no desempenho e sustentabilidade, garantidos por uma rotulagem que ele acredita. Segundo pesquisa recente da MaketAnalysis, 40% dos consumidores brasileiros já estão dispostos a pagar mais 10% por eletrodoméstico de marca mesmo desconhecida se ele possuir o Selo Procel. Estamos a caminho em meio a uma revolução na indústria e no varejo, que desenvolvem e comercializam, cada vez mais, produtos genuinamente sustentáveis.

Newton Figueiredo é fundador e presidente do Grupo SustentaX, que desenvolve, de forma integrada, o conceito de sustentabilidade ajudando as corporações a terem seus negócios mais competitivos e sustentáveis, identificando para os consumidores produtos e serviços sustentáveis e desenvolvendo projetos de sustentabilidade para empreendimentos imobiliários.

Mercado imobiliário debate novas fontes de financiamento

Profissionais do setor sugerem novas alternativas para o futuro esgotamento dos recursos disponíveis para o crédito imobiliário. A forte movimentação do mercado imobiliário, que com a crescente demanda não deve parar de construir moradias, leva especialistas a pensarem em novas alternativas de recursos para financiamentos.

A indústria imobiliária terá um crescimento sustentável do mercado, já que, em função da nova política brasileira, a população da base da pirâmide está migrando para classes mais favorecidas. Com um mercado consumidor maior, as duas fontes de funding disponíveis atualmente, a Caderneta de Poupança e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), irão se esgotar. “O setor está muito dinâmico e o movimento que estamos presenciando é inédito, mas exige responsabilidade e união para enfrentar o problema “bom” que podemos ter de falta de recursos”, alertou João Crestana, presidente do Secovi-SP, durante evento realizado pela Vida Imobiliária Brasil, na última quarta-feira, 1º de setembro, no Hotel Renaissance, em São Paulo. Há sete anos, o volume de financiamento imobiliário não chegava a R$ 3 bilhões. Em 2010, estamos atingindo quase R$ 50 bilhões e a previsão para 2014 é que esse número seja R$ 500 bilhões. Porém, o País ainda tem muito para desenvolver. Enquanto no Brasil o peso do crédito imobiliário nas carteiras dos bancos privados é de apenas 3,5%, no Chile este número é 20% e em outros países atinge 40%. Apesar de estarmos batendo recordes de financiamento, os números ainda são baixos e serão importantes fontes alternativas. “Fica claro em termos quantitativos que faltará recursos. No mundo inteiro a grande fonte para financiamento imobiliário são os fundos de pensão, que também precisam de aplicação de longo prazo. Fundos de Pensão tem no Brasil cerca R$ 700 bilhões. Esse casamento é perfeito, mas não está se concretizando”, sugere Crestana. Segundo Luiz Antônio França, presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), vivemos um momento fantástico no Brasil, mas teremos que construir um novo modelo para operar no mercado com relação às fontes de financiamento. “Não tenho dúvida de que vamos conseguir. Hoje os bancos sabem que não há financiamento imobiliário se não tiver construção. Esse mercado vai crescer e ser relevante”. No mercado europeu, duas fontes de funding são bastante utilizadas: securitização e covered bonds, de acordo com França. O covered bonds é uma LCI (Letras de Crédito Imobiliário) emitida em cima de uma carteira de crédito imobiliário, com a diferença de que em caso de insolvência a carteira é transferida para o credor. Neste cenário, Teotônio Costa Resende, consultor técnico da vice-presidência da Caixa Econômica Federal, sugere a criação de um modelo de total independência do crédito direcionado, buscando alternativas compatíveis com as experiências internacionais. “Estamos diante de um problema, o volume de crédito tem crescido e os recursos não serão suficientes para atender à demanda, mas a Caixa Econômica Federal não trabalha em momento algum com cenário de pé no freio do crédito imobiliário. A orientação é continuar aplicando normalmente e no meio do caminho vão surgir alternativas. A Caixa vai continuar aplicando no mesmo ritmo e ao mesmo tempo buscar outras opções”, garantiu.

Piscina é item mais procurado em condomínios

Em um País onde faz calor quase o ano inteiro como o Brasil, ter uma casa com piscina é um sonho de consumo. E pesquisa realizada pela construtora Living, do grupo RJZ Cyrela, em seus estandes de venda comprova esse desejo. Segundo o levantamento, a piscina é o item mais procurado pelos futuros moradores nos condomínios

E como esse espaço faz parte da área de lazer, para uso de todos os condôminos, é fundamental seguir algumas regras básicas para não ter problemas com os vizinhos. Um delas é não desrespeitar as normas estabelecidas pelo condomínio com relação aos visitantes, evitando, assim, reclamações - há casos de proibições de pessoas de fora e de determinado número de visitantes por apartamento ou casa. Também é importante levar atestado médico e respeitar o horário de uso da piscina, além de obedecer às normas relativas ao uso de bronzeadores e a brincadeiras perigosas. Mas o melhor de tudo é que o sonho de ter piscina em casa está cada vez mais acessível. Se antes ela só existia em condomínios mais caros, hoje é possível inseri- la em quase todos os lançamentos imobiliários. "Não fica caro para os moradores de empreendimentos populares, que têm muitas unidades. Dividir o custo da manutenção entre 400 unidades é totalmente viável - diz Alexandre Calazans, gerente de incorporações da Living. Quem já desfruta de uma piscina no seu condomínio é só alegria com essa área de lazer. "No verão, aproveito muito e acabo indo menos à praia, pois o condomínio tem tudo que preciso", conta o produtor de cinema Diogo Simões Cavalcanti, 25 anos. Mas a piscina não é o único espaço da área de lazer que encanta os futuros moradores. De acordo com a pesquisa da Living, em seguida, vêm a churrasqueira, a quadra e o salão de festas. "A criançada gosta de jogar bola e, se não for dentro do prédio, será na rua, que é bem mais perigoso", explica Alexandre Calazans.Fonte: Meia Hora

Baixam estoques de imóveis novos

O forte aquecimento no setor imobiliário, decorrente da oferta maior de crédito, da elevação de renda da população e, também, do programa Minha Casa, Minha Vida, reduziu o estoque de imóveis novos nas construtoras para um nível que já preocupa especialistas. As construtoras estão pisando no acelerador para cumprir suas metas de lançamentos para o ano, mas isso pode não ser suficiente para normalizar os estoques.

Na primeira metade de 2010, as principais empresas do setor entregaram, em média, 40% das estimativas traçadas para o ano. As construtoras estão pisando no acelerador para cumprir suas metas de lançamentos para o ano, mas isso pode não ser suficiente para normalizar os estoques. Na primeira metade de 2010, as principais empresas do setor entregaram, em média, 40% das estimativas traçadas para o ano. Embora o ritmo seja considerado normal para o setor, que tem a tradição de intensificar a produção no segundo semestre, a disponibilidade de imóveis novos ficou aquém do aguardado pelo mercado até agora. "Os lançamentos abaixo do esperado esgotaram os estoques, cujo valor ao final do segundo trimestre era estimado em R$ 2,8 bilhões, o que significa apenas quatro meses de vendas", afirmou o UBS em relatório recente. Não há ainda estimativas sobre o impacto de tal quadro sobre os preços dos imóveis, mas, segundo analistas, o problema pode afetar os investidores em ações de companhias do setor, já que elas correm o risco de não conseguirem cumprir as metas de lançamentos e vendas formalmente anunciadas para 2010. Entre os analistas que acompanham o setor, a Cyrela Brazil Realty é apontada como a companhia que mais decepcionou em termos de lançamentos, tendo cumprido apenas 25% do ponto médio da faixa estimada para o ano, de R$ 6,9 bilhões a R$ 7,7 bilhões. As vendas atingiram 40% da meta. O caso da Cyrela confirma a tendência vista nos últimos trimestres, em que a aquecida velocidade de comercialização de imóveis leva as vendas a avançarem mais rapidamente que os lançamentos. Nesse sentido, a aceleração de lançamentos no segundo semestre se torna fundamental para evitar o risco, embora remoto, de revisão para baixo das metas de vendas, considerando uma possível indis- ponibilidade de estoques para atender àdemanda. "Quem não conseguiu lançar está vendendo estoque e, se não cumprir meta de lançamentos, pode não cumprir guidance de vendas", destacou o analista Eduardo Silveira, da Fator Corretora. Silveira se preocupa ainda mais com o ritmo de entregas. "As empresas estão produzindo, mas enfrentam dificuldade para entregar os imóveis por gargalos burocráticos." Embora acompanhe apenas o mercado paulista, o sindicato que representa o setor - Secovi-SP - ressaltou em agosto a necessidade de se produzir no segundo semestre em torno de 19,4 mil unidades e lançar cerca de 24 mil para atender a atual expectativa de demanda na cidade de São Paulo. Nos seis pri¬meiros meses de 2010, foram lançadas 13.566 unidades. Os sinais de recuperação da oferta de imóveis devem ser vistos já a partir do trimestre corrente, na visão de analistas, que projetam um cenário confortável para grande parte das companhias. A aceleração dos lançamentos rumo ao cumprimento das metas, contudo, não deve ser suficiente para fazer os estoques crescerem de forma significativa. "Os estoques estão realmente baixos para a maioria das empresas. Os lançamentos vão se recuperar no segundo semestre, mas os estoques vão continuar baixos, se considerarmos o ciclo do setor, que é de dois anos", afirmou o analista David Lawant, do Itaú. Com exceção da Cyrela, que deve ter concentração maior de lançamentos no quarto trimestre, "como sempre fez", Lawant estima uma melhora global nos números de lançamentos das demais empresas. A opinião é compartilhada pelo analista da Fator, que não vê "nenhuma empresa correndo perigo" e destaca Rossi Residencial e PDG Realty como as mais bem "encaminhadas". Até junho, a PDG atingiu 41% do centro da meta de lançar entre R$ 6,5 bilhões e R$ 7,5 bilhões este ano, um ponto percentual acima da Rossi, que fez 40% dos R$ 3,3 bilhões previstos. A Gafisa, por sua vez, ficou um pouco abaixo desse patamar, com 38% de sua estimativa atingidos. A MRV Engenharia é a única das empresas do setor listada em bolsa e cujas ações estão na carteira teórica do Ibovespa a não apresentar um guidance oficial para lançamentos. Em entrevista à Reuters em maio, contudo, vice-presidente financeiro da MRV Leonardo Corrêa, disse que os lançamentos deveriam atingir "pelo menos R$ 4,5 bilhões" no ano. Com base nesse valor, o realizado no primeiro semestre foi de 38%. Ao traçar um cenário de me¬tas alcançadas por todas as principais companhias do setor, alguns analistas projetam metas ainda maiores para o ano que vem. "Vamos ver metas mais ambiciosas em 2011. Projetamos, em média, 15% a 20% de aumento de lançamentos em 2011", disse o analista Marcos Pereira, da Votorantim Corretora. O analista Lawant, do Itaú, espera alta entre 10% e 20% para o próximo ano. Fonte: Jornal do Commercio

Crédito imobiliário tem excepcional oportunidade de crescimento, avalia Trabuco

O crédito imobiliário tem oportunidade "excepcional" de crescimento, avalia o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi. Para ele, apesar da alta dos preços dos imóveis e do crescimento dos empréstimos, não há uma bolha no setor. "Os empréstimos imobiliários representam só 4% do PIB (Produto Interno Bruto), bem distante (de uma bolha)", disse o executivo.

O crescimento do crédito e dos serviços bancários é fruto da expansão da economia e da ascensão social, avalia o presidente do Bradesco. "O Brasil está conseguindo transformar pobres em consumidores", diz Trabuco. Ele cita como exemplos o fato de o Bradesco estar abrindo 6 mil contas correntes por dia para as classes C, D e E. Outro indicador é a agência que o banco abriu na favela de Heliópolis, em São Paulo, que já conta com nove clientes "prime" (alta renda). "O País estará vivendo seus melhores momentos econômicos nos próximos anos." O Brasil tem condições de dobrar o número de empresas de capital aberto, prevê o presidente do Bradesco. "Se compararmos com a Índia, o número lá é muito maior que aqui", disse o executivo em entrevista à imprensa. Trabuco prevê um mercado de capitais aquecido nos próximos anos para financiar o crescimento da economia. "As empresas familiares perceberam que o mercado é um aliado", disse o presidente do Bradesco. Sobre o crédito de longo prazo, Trabuco diz que o Bradesco tem feito esse tipo de empréstimo quando consegue captar recursos também com prazo maior. "Bancos precisam ser cautelosos com o casamento entre ativos e passivos." Uma das formas de se aumentar o funding de longo prazo é conseguir captar no exterior com prazo também maior e juros mais atrativos. Atualmente, o custo de emissão de empresas brasileiras chega a ser inferior ao das americanas, destaca Trabuco. "A companhia brasileira passou a ser vista como de menor risco." Para o executivo, o investidor estrangeiro passou a entender e ver melhor o País e suas empresas. Prova disso é o valor de mercado dos bancos brasileiros superando o de concorrentes europeus e americanos. Sobre a capitalização da Petrobrás, Trabuco preferiu não comentar, pois o Bradesco Banco de Investimentos é um dos coordenadores da operação. Trabuco participou nesta quinta-feira de um café da manhã promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef). Fonte: Agência Estado

Imóvel: pontos importantes antes de optar pela aquisição

Tenho percebido um número crescente de consultas a respeito do setor imobiliário. Muitos questionamentos têm sido feitos: estamos ou não vivendo uma bolha? Devo pagar aluguel ou financiar um imóvel? Comprar um imóvel novo, na planta, ou um usado? Comprar agora ou esperar os preços caírem? Eles vão cair? Imóvel é ou não um investimento?

Verifico, em muitos casos, que a emoção permeia boa parte das perguntas. Isso é natural, já que a compra do primeiro imóvel costuma ser a aquisição financeira mais importante na vida de uma pessoa. No entanto, temos que controlar nossos instintos e buscar analisar essa questão de uma forma um pouco mais racional. Com relação à questão de haver ou não uma bolha imobiliária no Brasil, minha resposta é muito simples: depende. Usar alguns exemplos de imóveis que, de fato, estão sendo vendidos a preços exorbitantes e tentar com isso justificar a existência de uma bolha é uma conclusão precária. Fazendo uma analogia com o mercado de ações, não é porque uma meia dúzia de papéis esteja sendo negociada a preços extremamente altos que podemos concluir que há uma bolha no índice Ibovespa! Há sim imóveis sendo vendidos muito acima de um preço justificável, mas isso não significa que há uma bolha no mercado imobiliário como um todo. Houve nos últimos anos uma aceleração na alta dos preços dos imóveis, mas isso é absolutamente normal. Historicamente, os preços dos imóveis sobem, em média, 3% acima da inflação ao ano. Mas essa alta não se dá de forma linear. Os ciclos econômicos são randômicos. Podemos passar anos sem que os preços sejam reajustados e, de repente, algum fator (ou um conjunto deles) acaba desencadeando um intenso movimento ascendente nos preços que, rapidamente, acaba compensando longas épocas de estagnação, gerando então essa sensação de "bolha". Passando por essa questão dos preços, analisemos o que representa um imóvel no portfólio de investimentos de uma pessoa. Muitos classificam o imóvel (assim como o automóvel) como um "ativo" do seu portfólio de investimentos. Como já bastante esmiuçado na literatura especializada, do ponto de vista dos investimentos só é considerado "ativo" aquele bem que gera algum tipo de renda (receita) para o seu proprietário. Nesse sentido, um imóvel não gera nenhuma renda para o seu proprietário. Ao contrário, implica inúmeras despesas: impostos, manutenção, seguro, depreciação etc. Esses bens deveriam ser encarados não como um ativo, mas como um passivo do ponto de vista do investidor. Falando um pouco da parte psicológica, não se deixe levar pela emoção na hora de decidir sobre a compra de um imóvel. Não se engane tentando se convencer de que esse bem é um investimento. Não se deixe levar pelo argumento de que é melhor pagar um financiamento do que pagar um aluguel. Na realidade, a pessoa que deixa de pagar o aluguel para financiar um imóvel está apenas trocando o objeto alugado. Quem toma um financiamento também está alugando. Os juros nada mais são que um "aluguel" do capital emprestado. Lembre-se de que, num momento de dificuldade financeira, negociar com o "locador" banco é praticamente impossível. Já com o locador do imóvel costuma haver alguma flexibilidade. Quanto à parte legal, um importante ponto a ser mencionado é a lei do Sistema Financeiro Imobiliário. Ela permite que os imóveis sejam financiados sob a forma de alienação fiduciária. Esse regime prevê que a propriedade do imóvel só é transferida ao tomador do empréstimo após a quitação integral da dívida. Em outras palavras, em caso de inadimplência, o devedor perde o imóvel e, muito provavelmente, tudo o que pagou até então. Por todos esses pontos, cuidado para não entrar na euforia que permeia o setor imobiliário. Não acho que estamos vivendo uma bolha, mas existem sim alguns imóveis sendo vendidos a preços fora do razoável. Lembre-se do que é efetivamente um ativo e um passivo dentro do seu portfólio de investimento e reflita muito antes de assumir uma dívida de 10, 20 ou 30 anos. Essa não é uma decisão trivial, que deva ser tomada no calor da emoção. Não se deixe levar pela euforia e pelas belas propagandas. Comprar um imóvel é uma alegria, mas pode se tornar um pesadelo se não for bem planejado!. Fonte: Valor

Estádio em Itaquera pode ‘travar’ mercado imobiliário, dizem corretores

Donos de terrenos e imóveis desistem de negócios esperando valorização. Para especialistas, não há espaço para especulação no bairro. Corretores que trabalham em imobiliárias de Itaquera, na Zona Leste de São Paulo, temem que a construção do estádio do Corinthians ao lado da estação de Metrô de mesmo nome supervalorize os terrenos e imóveis na região, travando um mercado já deficiente de opções.

Donos de imobiliárias e especialistas no assunto ouvidos pelo G1 contam que negócios que já estavam praticamente fechados foram interrompidos pelos vendedores, que esperam agora faturar mais. A valorização, entretanto, não corresponde à realidade do bairro. “A especulação e a ganância podem dar um efeito negativo para essa mudança. Pode travar o mercado, deixá-lo estagnado. As pessoas pensam que aquilo tem um determinado valor, mas não é verdade” explica o presidente do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), José Augusto Viana Neto. Sócio da Catita Imóveis, que atua no bairro, Silvio José Gonçalves recebeu quatro telefonemas de clientes apenas na manhã desta terça-feira (30) para interromper a venda de imóveis que já estavam quase finalizadas. “Estão falando em especulação imobiliária de 30%, 40%, mas isso acaba travando o mercado. O impacto real nos preocupa. A infraestrutura é menor aqui que em outros lugares da Zona Leste, não dá para cobrar o mesmo”, conta. Ele próprio já sente o impacto da especulação há alguns meses. “Comprei um apartamento em janeiro por R$ 100 mil e vendi em julho por R$ 140 mil. Agora, no mesmo prédio, estão pedindo R$ 180 mil. E não vai vender, porque na Vila Matilde se compra pelo mesmo preço um apartamento com o dobro do tamanho.” Dono da Almar Imóveis, Marcelo de Jesus Fernandes também reclama da interrupção de negócios em andamento. “Temos um impacto negativo, com a valorização superfaturada dos terrenos. De três anos para cá, eles já valorizaram mais de 200%, e agora querem inflacionar ainda mais”, conta. “Em um primeiro momento, são os terrenos que têm mais impacto. Tinha um negócio quase fechado e o dono desistiu de vender o terreno na sexta-feira (27), quando anunciaram o estádio.” Para o presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana, o real impacto no preço de imóveis e terrenos só será visto em alguns meses. “Não existe lugar no bolso das pessoas para aquela valorização de multiplicar por dois o valor. Tem o movimento inicial especulativo, que depois se frustra. O estádio vai trazer mais emprego, mais estrutura, comodidade, mas não vai transformar Itaquera no Jardim Anália Franco”, diz. “Hoje o preço dos imóveis tem crescido em média 1% acima da inflação. Lá pode acontecer de subir 3%, 4% por ano.”Para ele, quem tem um imóvel no local pode aproveitar o momento para vendê-lo por um valor um pouco mais alto, mas não deve se iludir com grandes quantias. “Pode ser até que alguém compre um terreno mais caro, mas vai ter dificuldade em vender os apartamentos depois. O bolso do paulistano tem limite.” Os corretores e especialistas também ressaltam que o risco de o mercado ficar travado, sem negócios, é ainda maior por causa do déficit de apartamentos na região. “De imediato, esse aumento nos preços prejudica o desenvolvimento e a possibilidade de construção de mais prédios”, afirma Fernandes. O sócio da Catita Imóveis ressalta o limite de altura para a construção de prédios na região como outro fator limitador. “Hoje nós temos 30 mil imóveis de 50 metros quadrados. Quem quer um espaço maior precisa sair do bairro. E o limite de 25 metros de altura trava os investimentos, se torna inviável construir.” Apesar da expectativa de impacto negativo no curto prazo, os corretores e especialistas no mercado imobiliário admitem que, no longo prazo, a construção do estádio e principalmente a infraestrutura que virá com ele irão valorizar de maneira viável o mercado na região. “O prazo [para a Copa do Mundo] está correndo, então acelera. É claro que vai dar uma condição diferente para o bairro”, diz o corretor Gonçalves. Crestana, do Secovi, espera que haja uma criação suficiente de empregos para aumentar o número de pessoas que moram e trabalham no bairro. “Itaquera é um bairro que esteve com um desenvolvimento lento durante muito tempo. Além do estádio, vão ser construídos prédios públicos, espero que também sejam criadas lojas. Isso vai valorizar porque vai melhorar a qualidade de vida.” Fonte: G1

Deficit habitacional brasileiro cai para 5,572 milhões de moradias

O deficit habitacional brasileiro caiu de 6 milhões para 5,572 milhões de moradias entre 2007 e 2008, segundo revela estudo realizado pela Fundação João Pinheiro e divulgado pelo Ministério da Cidades. Na opinião do ministro das Cidades, Marcio Fortes de Almeida, “a redução do deficit já mostra resultados da política habitacional do governo”.

Para calcular o deficit habitacional, o levantamento considerou quatro elementos: habitações precárias, coabitação familiar, ônus excessivo com aluguel e adensamento excessivo nos domicílios alugados. Ainda de acordo com a pesquisa, a região Sudeste concentra a maior parte do deficit habitacional brasileiro, com 36,9% do total ou 2,1 milhões de moradias. O Nordeste ocupa o segundo lugar, com 2 milhões de domicílios ou 35,1% do total. A região Norte, por sua vez, é a que apresenta o maior percentual do deficit em termos relativos, de 13,9% das moradias da região, o que corresponde a 600 mil unidades. No geral, quase a totalidade do déficit habitacional no Brasil (96,9%) está concentrada nas famílias com renda inferior a cinco salários mínimos, sendo que a maior parte dos domicílios (83%) localiza-se em áreas urbanas. Fonte InfoMoney

JBA Imóveis destaca aumento do número de vendas através do Corretor On-line

Desde que implantou o serviço de Corretor On-line em seu endereço eletrônico, em março deste ano, a JBA Imóveis (www.jbaimoveis.com.br) acessou um novo e importante nicho de mercado: o de clientes que anseiam por agilidade de atendimento.

A equipe de corretores on-line da JBA Imóveis é composta por um número ainda pouco expressivo de profissionais, se compararmos com o time formado pelos oitenta corretores que atendem os clientes nas lojas ou nos plantões de vendas. Segundo Sandra Rover, gerente de vendas da JBA, o tamanho do time mais compacto não compromete o sucesso dos resultados. “O espaço virtual pode gerar uma grande vantagem competitiva se o atendimento for bem realizado. Em volume de negócios, as duas forças de vendas estão equilibradas”, conta. Atualmente, cerca de 70% dos clientes buscam o imóvel desejado na Internet. Na JBA, cada corretor on-line atende uma média de 30 clientes por dia. De acordo com a gerente, o atendimento deste profissional é ligeiramente diferenciado, e destaca-se basicamente pela agilidade na conversa realizada através de chat, assim como na realização das perguntas certas. “Quando estes clientes fazem contato, geralmente estão realmente interessados na compra. Por isso temos que identificar as necessidades desse cliente, subsidia-lo de informações e esclarecer eventuais dúvidas”, afirma Sandra. Estima-se que em média 80% dos clientes que visitam os imóveis, fecham o negócio. Aliás, vale ressaltar que o mesmo corretor que conversa com o cliente pelo chat acompanha o mesmo na visita ao imóvel. “Assim como qualquer negócio imobiliário, o fechamento é realizado pessoalmente, onde o corretor e o cliente se encontram para assinatura de contratos”, pontua Sandra Rover. O corretor André Silva dos Santos, 32 anos, destaca duas formações acadêmicas, Administração e Contábeis, além de um Mestrado em Administração Financeira e um curso no Senac para aprender as técnicas de atendimento pela Internet. “Esta é a primeira vez que atuo como corretor on-line. Aceitei o desafio de integrar esta equipe pelo fato desta ser a nova tendência de vendas para o mercado imobiliário. Hoje as pessoas querem comodidade e por isso fazem um filtro pela Internet para encontrar o imóvel ideal”, argumenta. Diego Torres tem 24 anos e está cursando a faculdade de marketing. “O curso propicia absorver dicas e técnicas para vender melhor e mais rápido”, sugere. Antes de atender como corretor on-line, Diego atuava em plantões externos, comercializando terrenos em condomínios fechados. “Quando a empresa criou o serviço fui convidado para integrar o núcleo on-line. Estou vendendo mais agora. O universo de clientes que atendo é bem mais amplo. Com esta ferramenta consigo fazer até angariação”, afirma. Os jovens casais lideram o público que procura imóveis pela Internet. “Quando eles chegam até o chat da imobiliária, as dúvidas mais freqüentes são sobre financiamento. No mais, eles querem mesmo é conhecer o empreendimento previamente selecionado ou mesmo a sugestão do corretor”, esclarece a gerente Sandra Rover. O serviço funciona de segunda à sexta, das 9h às 24h e sábados e domingos, das 10h às 18h.

Crescimento acelerado de recursos da poupança para o crédito imobiliário pode gerar queda brusca dos fundos e impactar setor

Para economista-chefe do Secovi-SP, é necessário aumentar o debate sobre fontes de recursos alternativos e estimular o mercado de securitização. A possibilidade de os recursos da caderneta de poupança destinados ao crédito imobiliário cumprirem a exigibilidade do governo daqui a dois ou três anos, conforme vêm anunciado representantes da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), traz para o setor o risco de uma possível queda bruta desse funding.

A destinação de recursos para alimentar o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) cresceu de forma acelerada. Nos últimos oito anos, o montante saltou de R$ 1,77 bilhão, em 2002, para os atuais R$ 50 bilhões previstos pela Abecip até o mês de dezembro deste ano. Se calcularmos um crescimento desse volume em torno de 10% a 20%, teremos o investimento de R$ 65 bilhões a R$ 80 bilhões até 2013. A partir de 2014, porém, poderemos ter de retornar aos patamares de 2007, quando foram de imóveis. Isso porque os bancos privados passarão a investir somente o montante de retorno dos valores captados. Cabe lembrar aqui que a caderneta de poupança continua surpreendendo a todos, tendo neste ano um incremento líquido nunca visitado. Essa queda pode gerar inúmeros impactos no mercado imobiliário, principalmente quanto ao volume de atendimentos com financiamento para a compra de imóveis, com juros e prazos adequados. Isto é o que podemos deduzir, visto que os parâmetros da economia em geral permitem estimar para os próximos anos um crescimento mínimo do PIB (Produto Interno Bruto) de 4,5% ao ano, e a quase certa manutenção do crescimento do mercado de crédito imobiliário. Talvez isso não signifique aumento das taxas praticadas pelos agentes financeiros na concessão de crédito tanto à produção quanto à aquisição, mas poderão ser criados critérios mais rigorosos que os atuais na avaliação desses créditos. Por outro lado, é sabido que para os bancos as operações com garantia imobiliária são mais atrativas para incrementar seus ativos e, consequentemente, valorizar suas ações. No Brasil, o crédito imobiliário precisa de estímulos constantes e permanentes, pois há um deficit habitacional a ser solucionado, além da necessidade de atender o crescimento vegetativo anual, estimado em mais de 1 milhão de domicílios. Só temos duas fontes de recursos para o financiamento: a poupança e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), e esse último já é responsável por atender aproximadamente 70% de todo o mercado, principalmente para famílias de mais baixa renda. Agora se torna mais do que necessário intensificar os debates acerca de fontes alternativas de recursos para o setor imobiliário e estimular o mercado de securitização com lastro imobiliário, que ainda é muito pequeno. Atualmente, a oferta de títulos registrados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) emitidos como CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) é de menos de 1 bilhão - volume acumulado de janeiros de julho. eve-se lembrar, sempre, que a construção civil e imobiliária sofre com as oscilações e mudanças de regra e depende de uma série de fatores para o seu sucesso. Esse segmento exerce preponderante papel social e econômico para o País. Devemos manter o equilíbrio do crédito, pois sem dinheiro não há como produzir imóveis, gerar empregos e renda". * Celso Petrucci é economista-chefe do Secovi-SP, diretor-executivo da vice-presidência de Incorporação Imobiliária do Sindicato e membro titular do Conselho Curador do FGTS. Fonte: Pini Web

Custo da construção civil sobe 0,13% em agosto, aponta SindusCon-SP

Os preços da construção civil paulista aumentaram 0,13% em agosto, o que mostra uma desaceleração frente ao sétimo mês do ano, quando foi registrada alta de 0,53%, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (1) pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

O CUB (Custo Unitário Básico), que reflete a variação mensal das despesas do setor para utilização nos reajustes dos contratos da construção civil - atingiu 130,35 pontos no mês. Em julho, a pontuação havia sido de 130,18. Considerando os oito primeiros meses do ano, os custos registraram alta de 5,92% e, nos últimos 12 meses, de 6,19%. Em agosto, o custo da construção civil paulista (R8-N) foi de R$ 905,95 por metro quadrado, sendo R$ 479,04 (52,88%) referentes à mão de obra e R$ 402,54 (44,43%), aos materiais. As despesas administrativas responderam por apenas R$ 24,37 (2,69%). Em relação a julho, o CUB relativo ao material aumentou 0,22%, atingindo 123,20 pontos em agosto. Já os custos relativos à mão de obra variaram 0,07%, ficando em 136,93 pontos. As despesas administrativas, por sua vez, não variaram, mantendo os 132,16 pontos. Entre os 41 itens de materiais de construção analisados, quatro tiveram aumento de preços superior ao IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) de agosto. As maiores variações foram observadas na areia média lavada (1,83%), no prego com cabeça (1,51%), na tábua de madeira de terceira (0,98%) e na tinta látex branca PVA (0,86%). O IGP-M do período foi de 0,77%. Entre as quedas de preço em agosto, estão a da chapa compensado resinado 12 mm (-0,83%), do cimento CPE-32 saco 50 kg (-0,65%), do óleo diesel (-0,48%), do impermeabilizante normal tipo vedacit 18 litros (-0,29%) e do disjuntor tripolar 70 A (-0,16%). Fonte: InfoMoney

Crédito para imóvel deve ir a 11% do PIB

A participação do crédito imobiliário no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve atingir 11% em 2014, de acordo com as projeções de Luiz Antonio de França, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Isso equivale a R$ 500 bilhões, meta que o executivo considera importante e factível.

Com o mercado aquecido pela maior oferta de crédito e aumento da massa salarial, a expectativa é que essa relação fique entre 4% e 4,2% do PIB em 2010, calcula França, ao lembrar que essa participação ficou por muitos anos estagnada entre 2,5% e 3%. João Crestana, presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), considera que o mercado imobiliário vive um momento único e será preciso muito diálogo para estruturar um novo modelo de financiamento sustentável para dar vazão a esse crescimento. "É fato que o setor terá de buscar novas fontes de recursos, mas além de buscar alternativas de funding temos de pensar em um modelo sustentado." Para o presidente do Secovi, a aproximação com os fundos de pensão, que têm R$ 700 bilhões em sua carteira, seria o casamento perfeito. "O problema é que no Brasil esses fundos não aplicam no setor porque não há uma cultura por aqui de incentivo a esse tipo de investimento. É preciso quebrar paradigmas, vencer resistências." Segundo Teotônio Costa Resende, consultor técnico da vice-presidência da Caixa Econômica Federal, entre as alternativas de funding a securitização seria apenas mais uma. "A Caixa não trabalha de forma alguma com um cenário que indique uma desaceleração no ritmo de concessão de crédito. Não pensamos em colocar o pé no freio. Estamos testando a demanda do mercado em securitização para ajudar a desenvolvê-lo", acrescentou. França, Crestana e Resende participaram na manhã de ontem de um debate sobre "Financiamento imobiliário - Alternativas para um mercado em expansão", em São Paulo. Fonte: O Estado de S.Paulo

Secovi: contratos de aluguel que vencem em setembro serão reajustados em 6,99%

O índice que baliza o reajuste do valor do aluguel residencial registrou, nos últimos 12 meses terminados em agosto, aumento acumulado de 6,99%. Logo, esse deve ser o reajuste dos aluguéis com aniversário em setembro. Levando em conta somente o mês de agosto, o IGP-M (Índice Geral do Mercado) registrou alta de 0,77%, de acordo com dados da FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgados pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

Com o reajuste atrelado ao IGP-M, um imóvel alugado por R$ 1 mil até agosto passa a custar R$ 1.069,90 a partir de setembro e pelos próximos 11 meses. Se o aluguel era, por exemplo, de R$ 700, passará a valer R$ 748,93. Ainda de acordo com o Secovi, uma forma simples de realizar o cálculo é a utilização do fator de reajuste, que, multiplicado pelo valor de locação vigente, indicará o valor do novo aluguel. O fator multiplicador para contratos que vencem em setembro e tem pagamento em outubro é de 1,0699. Já para contratos com aniversário em agosto e pagamento em setembro considera-se 1,0579 como fator e, para os com aniversário em julho e pagamento em agosto, o fator é de 1,0517. Fonte: InfoMoney

Pedidos de hipotecas nos EUA avançam 2,7% na semana, aponta MBA

As solicitações de empréstimos imobiliários no mercado americano registraram elevação de 2,7% na semana finalizada em 27 de agosto, em relação à anterior, com ajuste sazonal. Nos sete dias anteriores, o indicador apresentou avanço de 4,9%.

Segundo o levantamento divulgado hoje pela Mortgage Bankers Association (MBA), entidade que representa a indústria de financiamento imobiliário nos Estados Unidos, na base sem ajuste, os pedidos de hipotecas tiveram avanço de 2,3% na quarta semana do mês, em relação a semana anterior. A demanda por refinanciamento de empréstimos imobiliários existentes cresceu 2,8% em relação à prévia anterior, voltando a marcar seu maior nível desde 1º de maio de 2009. O índice de compras de imóveis teve alta de 1,8%, com ajuste sazonal, na última semana. Na série sem ajuste, o indicador recuou 0,4% em relação à leitura anterior e foi 37% inferior ao registrado em igual período do ano passado. A participação do refinanciamento na atividade de hipotecas foi de 82,9% dos pedidos totais, apresentando leve elevação de 0,5 ponto percentual em relação ao nível de uma semana antes (82,4%), o que representa a maior leitura desde janeiro de 2009. A avaliação da MBA é realizada desde 1990, junto a bancos comerciais, financiadoras imobiliárias e instituições de poupança, e abrange mais de metade dos pedidos de hipotecas residenciais feitos nos EUA. Fonte: Valor

Venda de casas cai e governo pode ampliar financiamento

O governo americano está estudando um programa emergencial de empréstimos para desempregados que têm financiamentos imobiliários. A afirmação foi feita pelo secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbana, Shaun Donovan. Apesar dos muitos indicadores negativos divulgados nas últimas semanas, a confiança dos consumidores americanos subiu em agosto.

Em julho, as vendas de casas usadas despencaram 27%, efeito do fim do programa de incentivo fiscal para compra de imóveis. As vendas de casas novas recuaram 12%, para um ritmo anualizado de 276 mil unidades, a a marca mais baixa desde 1963. "Os números de julho foram piores que o esperado e estamos preocupados", disse o secretário em uma entrevista à rede de TV CNN. "É por isso que estamos tomando medidas adicionais para avançarmos." A taxa de desemprego no país está em 9,5% e é um dos principais entraves para a retomada da economia. O governo também avalia um uma programa de refinanciamento imobiliário mais amplo - não apenas para quem está sem emprego. Alguns políticos defendem a volta da política de isenção fiscal para a compra de imóveis. Ontem, o índice S&P/Case-Shiller mostrou que os preços das casas nas maiores 20 cidades americanas aumentaram 4,2% em junho em relação ao mesmo mês de 2009. O resultado foi maior do que o esperado, mas o ritmo de crescimento foi o menor em 16 meses. Analistas dizem, no entanto, que o aumento de preços ainda é efeito do programa de incentivo fiscal encerrado em abril e que muito difícil essa evolução se sustente pelos próximos meses. Outro dado divulgado ontem mostrou que o índice de confiança dos consumidores em agosto para 53,5 pontos, ante os 51 de julho. O índice é calculado pela empresa de pesquisas Conference Board. O avanço superou as previsões de economistas. Apesar da melhora, o emprego continua sendo uma da principais preocupações dos americanos. Fonte: Valor Econômico


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Desde os primordios das mais primitivas civilizações, o homen sempre se organizou em grupos. Considerou indispensável e necessário os avanços da urbanização, para facilitar e organizar o convivio dessa sociedade em crescente evolução ,bastando lembrar que o bem imovel é o combustivel indispensável e essencial a preservação e desenvolvimento da vida.