VERA GUIMARÃES MARTINS
ENVIADA ESPECIAL A MILÃO
Fonte: Folha de São Paulo
Sete dias são insuficientes para ver tudo o que acontece na Semana do Design de Milão. Não bastasse o gigantismo do Salão do Móvel, ancorado no moderno polo de feiras projetado por Massimiliano Fuksas, mostras e instalações se espalham pela cidade em museus, galerias, showrooms das marcas de ponta e exposições temporárias em bairros como Tortona, Brera e Lambrate. A oferta de eventos é interminável, assim como a angústia diante da incapacidade de ver tudo. Não porque tudo seja imperdível, mas porque, na escolha inevitável, pode-se perder uma obra preciosa escondida em poucos metros quadrados de um lugar qualquer.
Na semana, Milão vira palco de todos: de estrelas do design, como o francês Philippe Starck, tietado na feira como legítima celebridade pop, a nomes incensados em universos paralelos, como Jean Nouvel, arquiteto autor do projeto do Instituto do Mundo Árabe (Paris) e da torre Agbar (Barcelona), presente à feira para lançar um modelo de cadeira. Ou de personas improváveis, como o cantor americano Lenny Kravitz, dono de um escritório de design que veio para apresentar a releitura de uma peça de Starck.
ENVIADA ESPECIAL A MILÃO
Fonte: Folha de São Paulo
Sete dias são insuficientes para ver tudo o que acontece na Semana do Design de Milão. Não bastasse o gigantismo do Salão do Móvel, ancorado no moderno polo de feiras projetado por Massimiliano Fuksas, mostras e instalações se espalham pela cidade em museus, galerias, showrooms das marcas de ponta e exposições temporárias em bairros como Tortona, Brera e Lambrate. A oferta de eventos é interminável, assim como a angústia diante da incapacidade de ver tudo. Não porque tudo seja imperdível, mas porque, na escolha inevitável, pode-se perder uma obra preciosa escondida em poucos metros quadrados de um lugar qualquer.
Na semana, Milão vira palco de todos: de estrelas do design, como o francês Philippe Starck, tietado na feira como legítima celebridade pop, a nomes incensados em universos paralelos, como Jean Nouvel, arquiteto autor do projeto do Instituto do Mundo Árabe (Paris) e da torre Agbar (Barcelona), presente à feira para lançar um modelo de cadeira. Ou de personas improváveis, como o cantor americano Lenny Kravitz, dono de um escritório de design que veio para apresentar a releitura de uma peça de Starck.
Divulgação
Aria, chaise longue desenhada por Antonio Rodriguez para La Cividina
Aria, chaise longue desenhada por Antonio Rodriguez para La Cividina
Mas a semana também dá vez a quase desconhecidos, desconectados da indústria, como os artistas italianos Andrea Mancuso e Emilia Serra, capazes de esculpir em 3D, com fios de náilon e flocos de lã, um cenário com mesa, cadeira, luminária e vaso de flores de tirar o fôlego (veja fotos na cobertura do salão pela Folha.com). Ou a Heinrich Wang, indonésio criado em Taiwan e autor de delicadas esculturas em porcelana expostas em uma das salas do edifício da Triennale.
A diversidade é alimentada pela potência econômica do Salão do Móvel, responsável por atrair um contingente de quase 300 mil pessoas de mais de 160 países, segundo previsões de seus realizadores para este ano. À sombra do poder de sedução e do dinheiro movimentado pela indústria "mainstream", florescem milhares de criadores alternativos que se exibem em toda a cidade. E é a soma do estande com a rua que faz de Milão a vitrine do sonho de todos os amantes do design.