terça-feira, 31 de agosto de 2010

Condomínio sustentáveis reduzem gastos e preservam meio ambiente

A preocupação com o meio ambiente já atingiu os administradores de condomínios residenciais e comerciais, surgindo então o conceito do "condomínio sustentável". Além de beneficiar o meio ambiente, a redução de custos é uma das vantagens desses condomínios. "Devido à otimização da energia e ao aproveitamento consciente da água, a diferença pode ser sentida na conta no fim do mês", afirmou o diretor jurídico da Aabic (Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios), José Roberto Graiche Junior.

A saúde dos moradores e também da população é beneficiada, já que a redução de poluentes, o controle de qualidade do ar e a preservação dos recursos naturais colaboram para o bem-estar. Sem perder o conforto e o luxo, bastam ser instaladas ferramentas simples, mas eficazes, para estar de bem com o ambiente. Essas ferramentas são capazes de minimizar a emissão de resíduos, reduzir o consumo de água e de energia por meio da reutilização da água da chuva e o máximo de aproveitamento da luz solar, por exemplo. "Isso sem falar na coleta de lixo, que já deveria ser regra em qualquer residência", afirmou Graiche. Outras dicas para um condomínio mais "verde" são a criação de pomar e herbário, instalação de medidores individuais de gás e água, para incentivar a redução de consumo, a troca de torneiras por modelos com temporizador, que gastem menos água, e colocar luzes com sensores de presença nas áreas comuns. Outra medida simples é ajardinar a calçada e os terraços para aumentar a área permeável e até mesmo varrer a calçada e pátio em vez de lavá-los. Apesar de não haver incentivo por parte do governo para os "edifícios verdes", já existem quatro empreendimentos certificados no país e mais de cem em processo de certificação. "A aceitação destes empreendimentos pelos compradores estimula mais e mais arquitetos, engenheiros e grandes construtoras a investirem em novas técnicas e tecnologias", explicou o diretor de condomínio da Aabic, Omar Anauate. "Não há dúvidas de que todos ganham com essa valorização da sustentabilidade", conclui. Fonte: InfoMoney

Maioria das pessoas que fecha negócio imobiliário passa pela internet

Nos últimos anos, a maneira de adquirir a casa própria mudou e a maioria das pessoas que fecha um negócio imobiliário passa pela internet, sendo que grande parte decide pela compra por influência da rede. Ao menos esta é a conclusão do diretor do portal Zap, Dilton Caldas Ferreira, que na última sexta-feira (27) participou de evento realizado pelo Secovi – SP (Sindicato da Habitação) para comemorar o Dia do Corretor.

“O mundo mudou, os clientes mudaram e hoje são eles que detêm a informação. Os profissionais do mercado precisam se adequar a este novo comportamento e utilizar a internet como instrumento de trabalho. Ou seja, o corretor tem de ser on-line”, disse. Decisão de compra:Ainda segundo Ferreira, na hora de decidir pela compra ou não de um imóvel, a localização e as condições do entorno são muito importantes para o cliente. Assim, a grande mudança trazida pela rede mundial de computadores é poder oferecer todas as informações sobre o bairro, por meio de material pronto e dinâmico. Além disso, levantamento realizado pelo portal Zap mostra que, com a internet, mais de 50% das pessoas pesquisam, comparam e decidem pela compra do imóvel em cerca de dois meses. Fonte: InfoMoney

Tishman Speyer chega à Brasília para erguer três torres de 16 andares

A gigante norte-americana do setor imobiliário Tishman Speyer avança cada vez mais no Brasil. Aproveitando os bons ventos da economia e o aquecimento do mercado imobiliário nacional, a incorporadora de prédios de alto padrão aposta agora suas fichas em Brasília. O parceiro local da empreitada é a brasiliense Via Engenharia, que acaba de concluir a construção da nova Câmara Distrital e vem tocando as obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).

O empreendimento, um conjunto de três torres de 16 andares, exigirá R$ 500 milhões em investimentos e promete ser uma referência entre os edifícios comerciais no Distrito Federal. O primeiro edifício será concluído em 2012. A Tishman detém 85% do negócio enquanto a Via, dona do terreno, possui 15%. O projeto será apresentado ao mercado no fim de setembro e a previsão é que o lançamento ocorra no início de 2011. “Brasília tem um mercado potencial enorme e uma demanda bastante reprimida. Estávamos em São Paulo e no Rio de Janeiro e sentíamos a necessidade de expandir os negócios no país. A capital do país era uma cidade que a gente achava que tinha condições para isso. Percebemos a oportunidade”, relatou o diretor da Tishman, Daniel Cherman, em entrevista ao Correio. O empreendimento conjunto, denominado Green Towers Brasília, será erguido em um dos poucos terrenos vagos do Plano Piloto, no setor de autarquias. A construção ocupará uma área de quase 10 mil metros quadrados e os três prédios terão, ao fim da obra, 85 mil m2 de área total. Cada andar de 1,7 mil m2 a 5,4 m2 de área, o piso será elevado e serão quatro os subsolos de estacionamento, com um total de quase duas mil vagas. O conjunto terá ainda um jardim vertical de quase 70 metros de altura. Fonte: Correio Braziliense

Marketing Imobiliário

Com a concorrência cada vez maior, as empresas do mercado imobiliário precisam a todo momento se reinventar e encontrar novas ferramentas para se diferenciar das demais. Não basta ter experiência e conhecimento, é preciso saber vender. É aí que entra o marketing imobiliário, que movimenta, por exemplo, uma verba de aproximadamente R$ 60 a 80 milhões por ano no Rio de Janeiro.

Vender um produto imobiliário requer responsabilidade. O marketing das empresas precisa construir um relacionamento forte e confiável para fazer com que o consumidor se sinta seguro em investir naquele imóvel. É uma compra que mexe com o emocional do comprador e, por isso, a divulgação precisa ser muito bem trabalhada. Cabe grande parcela ao marketing fazer com que o inquilino opte por um empreendimento ao invés de outro. Para isso, é preciso sair do lugar comum. “Acredito que as novas técnicas de marketing contribuíram muito para venda de imóveis na planta nestes últimos 10 anos. Hoje com imagens 3D e filmes virtuais o cliente pode ver como o empreendimento vai ficar com grande fidelidade, é um grande avanço que conquista o cliente. Usamos muitas ferramentas de conquista como: apartamentos decorados, salas de vídeo, material gráfico de alto nível, e agora estamos inovando com realidade aumentada e maquetes eletrônicas.”, comenta Rafael Motta Duarte, sócio-diretor da agência Percepttiva, empresário de marketing imobiliário. Hoje não é mais possível divulgar um lançamento apenas com panfletos. Treinamento, promoção, material de ponto-de-venda e, principalmente, ações de relacionamento fazem do marketing ferramenta fundamental para construtoras e imobiliárias. Além disso, o trabalho de marketing imobiliário começa desde a concepção do produto, da definição das plantas, fachada e itens de lazer que se adéquem a cada público. "Para 2010, a expectativa é que a indústria cresça 30% em relação ao ano passado. E, para isso, as empresas contam com estratégias de marketing cada vez mais diferenciadas e competitivas”, acrescenta Duarte.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Contratos novos de aluguel sobem 10,9% em um ano, aponta Secovi-SP

Os contratos novos de locação residencial assinados em julho na capital paulista tiveram aumento médio de 0,8% em relação aos valores negociados em junho. No acumulado dos últimos 12 meses, o acréscimo é de 10,9%, segundo os dados do Secovi (Sindicato da Habitação) de São Paulo divulgados nesta segunda-feira.

Casas e apartamentos de um dormitório apresentaram o maior acréscimo em julho (1,2%). "Como o mês marca o início de um novo período escolar, essa alta deve ter sido influenciada também pela demanda dos estudantes por imóveis próximos das universidades", afirma Francisco Virgílio Crestana, vice-presidente de Gestão Patrimonial e Locação do Secovi-SP.

Já o aluguel das moradias de dois quartos registrou alta de 0,8%, enquanto a locação dos imóveis de três dormitórios ficou estável na comparação com o mês anterior.

A maioria dos contratos em andamento tem reajuste pelo IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), mensurado pela Fundação Getúlio Vargas. Entre julho de 2009 e junho de 2010, esse indicador acumulou variação de 5,2%, percentual aplicado aos contratos com aniversário em julho.

Na análise do por tipo de garantia, o fiador respondeu em julho por metade das locações efetuadas. O depósito de até três meses de aluguel foi responsável por outros 30% dos contratos e o seguro-fiança foi usado em um quinto dos imóveis alugados.

Os imóveis vagos mais rapidamente alugados foram as casas e os sobrados, que levaram de 12 a 27 dias para serem locados no mês passado na capital paulista. Já os apartamentos, de 17 a 36 dias.

Construtoras investem em lojas com apartamento decorado para alavancar vendas

Os imóveis estão na vitrine. De olho no grande fluxo de potenciais compradores no comércio, as construtoras e incorporadoras estão investindo em lojas em ruas e shopping centers com apartamentos inteiramente decorados para alavancar as vendas no segmento econômico.

O custo com construção e decoração de um estande de vendas próximo ao prédio que está sendo erguido é semelhante ao gasto com o aluguel e "produção" dessas lojas, segundo as empresas.

A Tecnisa inaugura nesta semana a primeira "ofensiva" desse tipo em um centro comercial, no shopping Praça da Moça, em Diadema, na região metropolitana de São Paulo, em um espaço de 170 metros quadrados. Ainda em setembro, a empresa abrirá uma loja no shopping União, em Osasco (SP), com 191 metros quadrados. Rogério Santos, diretor de marketing da Tecnisa, adianta que outras três serão abertas até o final do ano. "Vamos levar a casa para dentro do shopping", afirma.

Alessandro Shinoda/Folhapress

Loja da construtora Tecnisa, no shopping Praça da Moça, em Diadema (SP), que será inaugurada no final desta semana


Loja da construtora Tecnisa, no shopping Praça da Moça,
em Diadema (SP), que será inaugurada no final desta semana

A primeira aposta nessa estratégia de vendas foi com uma loja de rua em Carapicuíba (SP) para um empreendimento com mais de 1.300 unidades até a terceira fase, que ainda será lançada.

A Cury também escolheu o comércio de rua para atrair mais clientes, com uma unidade no centro de Suzano (SP). "Deixamos de lado aquela estratégia de ter um plantão de vendas [onde está sendo construído o empreendimento] para estar em um local mais movimentado", afirma o gerente de marketing André Camargo.

A Rossi já tem cinco lojas desse tipo espalhadas por Campinas (SP), Porto Alegre e Rio de Janeiro. Na capital fluminense, estão no shopping Nova América e em uma rua do bairro de Campo Grande.

"Um apartamento decorado cria a visão exata, o encanto", diz Marco Adnet, diretor nacional de vendas da construtora, destacando o objetivo de atingir o público das classes C e D, que não têm o hábito de frequentar estandes de vendas por considerar que não têm condições de comprar um imóvel. "Invertemos o processo. Nós vamos até o cliente."

A Brookfield escolheu o shopping West Plaza, na zona oeste de São Paulo, para divulgar um complexo com 22 empreendimentos na cidade vizinha de Cajamar.

Ao todo, serão 3.700 unidades --1.200 ainda serão lançadas. O espaço de 800 metros quadrados foi inaugurado em setembro do ano passado. Apesar do grande fluxo de consumidores, José de Albuquerque, diretor de incorporação, destaca a necessidade de ações de marketing constantes para compensar as restrições em um shopping. "Não podemos ficar no corredor abordando os clientes, por exemplo."

ESPAÇO

O presidente da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), Luiz Fernando Veiga, considera os apartamentos decorados em grandes centros comerciais "uma exploração criativa do espaço" e destaca o "momento glorioso" do setor, com poucas áreas ainda disponíveis para locação.

Sobre o crescente interesse das construtoras, o executivo destaca que, ao circular em um shopping, as pessoas estão mais descontraídas e "predispostas a analisar as coisas com mais calma." "Estão comprando, mas também passeando."

A estratégia das construtoras e incorporadoras para atingir mais consumidores também é interessante para os centros comerciais. "Os clientes ganham mais um motivo para ir ao shopping", ressalta o consultor de varejo Eugênio Foganholo.

Fonte: TATIANA RESENDE Folha On Line

domingo, 29 de agosto de 2010

Expansão imobiliária dá mais chances a corretores

Antes tratada como opção genérica, para aqueles não tinham conseguido se encaixar em suas áreas de preferência, a profissão de corretor de imóveis está em alta. A possibilidade de ascensão rápida e remuneração elevada atrai cada vez mais os jovens. Pesquisa feita pelo Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) mostra que, somente no primeiro semestre deste ano, cerca de 20 mil novos corretores ingressaram na área.

O número é 11,5% superior ao registrado em 2009.
Com o mercado imobiliário aquecido - principalmente no Rio de Janeiro, a partir da expansão da Zona Oeste -, falta mão de obra especializada para comercializar os empreendimentos construídos e em construção. "Enquanto o número de lançamentos continuar crescendo em todo o País, mais corretores serão necessários e mais profissionais serão selecionados", afirma Mauricio Seixo, superintendente de Recursos Humanos da Brasil Brokers, um dos maiores grupos de intermediação e consultoria imobiliária da América Latina. No primeiro trimestre deste ano, a empresa ultrapassou os 10 mil corretores, com crescimento de 25% no quadro em relação a igual período de 2009. O perfil do corretor de imóveis também tem mudado. Os requisitos profissionais crescem na mesma proporção do aquecimento do mercado. Hoje, as imobiliárias estão privilegiando aqueles que já completaram ou, ao menos, estão cursando o nível superior. Para quem quer se especializar na área,há cursos superiores de gestão imobiliária em capitais como Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília. Ter ou não o registro nos Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis (Creci), exigido para o exercício da profissão, já não é mais tão importante. Diante da carência de profissionais, muitas imobiliárias recrutam potenciais candidatos a corretor e os inscrevem nos cursos de Técnico em Transações Imobiliárias (TTI), passaportes para o registro. Segundo Seixo, da Brasil Brokers, o corretor de imóveis tem, ainda, que ter boa fluência verbal, boa apresentação pessoal e ser proativo. Outra exigência é manter-se bem informado sobre os acontecimentos da atualidade, para ser capaz de conversar com seus clientes e quebrar o gelo inicial. Coisa que Roberto Marinho, 34 anos, o gerente de maior performance em vendas da Brasil Brokers no ano passado, faz bem. Marinho morava em Conservatória quando resolveu mudarse para Niterói para trabalhar e estudar Direito. Acabou abraçando a atividade de corretor de imóveis meio por acaso. Mas, ao terminar a faculdade, a paixão pela profissão falava mais alto e ele desistiu de investir na carreira de advogado. "Nessa área, o maior receio do profissional costuma ser a inconstância da renda. É preciso manter uma reserva capaz de sustentá-lo por um período de três a seis meses", aconselha. A Lopes Imobiliária, outra grande empresa de atuação nacional, com escritório no Rio de Janeiro desde 2006, costuma promover palestras sobre finanças pessoais, para ajudar seus corretores a administrar o próprio dinheiro. "Também costumamos auxiliar os novatos, para que façam uma venda logo no primeiro mês e não desanimem", diz a coordenadora de Recursos Humanos da empresa, Denise Maia, para quem o profissional da área deixou de ser corretor para virar consultor Outro que, como Marinho, formou-se em Direito é Flávio Monteiro. Recém-chegado à Lopes Imobiliária, ele vê este como um setor em expansão. "Ainda não fiz minha primeira venda e confesso que estou ansioso, mas sei que o início é mais difícil. A receita é manter o foco", afirma. Fonte: Jornal do Commercio

Estudo vê falha da teoria econômica na bolha do preço de imóveis nos EUA

Um estudo de economistas do Federal Reserve (o BC americano) sugere que a teoria econômica ainda não tem as ferramentas necessárias para prever com precisão preços de ativos imobiliários, mas que a crença em previsões otimistas levou tanto mutuários como as financeiras a incorrer em riscos cada vez maiores, que culminaram na atual crise do setor nos EUA.

O estudo, intitulado "Pessoas Razoáveis Discordam: Otimismo e Pessimismo sobre o Mercado Residencial nos EUA antes do Crash", foi realizado por Kristopher Gerardi, Christopher Foote e Paul Willen, economistas das sucursais do Fed de Atlanta e de Boston. Eles analisaram as previsões sobre a evolução dos preços de casas nos EUA, feitas por economistas ao longo do boom dos anos 2000, como foco maior no período 2004-2006, os anos de pico no preço dos ativos. Pelo índice Case-Shiller, o valor das residências no país aumentou 72% entre 1997 e 2005. O estudo buscou averiguar a percepção posterior à crise de que as previsões róseas sobre a contínua valorização dos imóveis no país ignoraram evidências empíricas e teóricas básicas, que apontavam uma sobrevalorização maciça no preços dos imóveis e o risco de declínio severo.O resultado é duro com os economistas. "Concluímos pela argumentação de que a teoria econômica serviu de pouca ajuda em relação a qual deveria ser o preço 'correto' dos ativos, incluindo os preços imobiliários." Os otimistas (que rejeitavam a existência da bolha) erraram, pois não só ela existia como estourou a partir do início de 2007, levando para a recessão o restante da economia americana. Mas o estudo diz que a argumentação dos economistas otimistas parecia razoável à época. Mas ou menos na linha do então presidente do Fed, Alan Greenspan, muitos diziam que indicadores (como a relação entre preço dos imóveis e valor do aluguel) estavam defasados por não levarem em consideração novos fatores no setor imobiliário, como as taxas de juros baixas por um período prolongado. Como a correção de preços ainda não acabou, é difícil saber o quanto eles erraram. Quanto aos pessimistas (aqueles que acreditavam na bolha), o problema foi a credibilidade e as justificativas erradas, vistas a posteriori. Já em 2002, economistas importantes, como Dean Baker, do Center for Economic and Policy Research, de Washington, alertaram que havia uma bolha no preço dos imóveis. Mas eles perderam a credibilidade à medida que a bolha não estourava e os preços continuavam a subir, o que parecia reforçar o argumento dos otimistas de que novas condições tinham mudado os fundamentos do setor. Outros pessimistas, como o Prêmio Nobel de Economia Paul Krugman, alertaram para a existência da bolha e a inevitabilidade do crash quanto o ciclo de alta dos preços estava chegando ao fim. Mas, segundo os autores do estudo, Krugman via as zonas costeiras como as de maior risco de bolha no preço dos imóveis, pela menor disponibilidade de terrenos para construção. Mas isso se mostrou equivocado. As maiores quedas nos preços das casas nos EUA ocorreram em cidades no interior do país, como Dallas e Phoenix.O estudo diz que havia um grupo importante de economistas, os céticos ou agnósticos, que destacavam a dificuldade de prever o valor dos ativos com precisão, o que indiretamente inflou o clima de otimismo. Outro problema era que os estudos acadêmicos em geral levavam em consideração dados consolidados, mais antigos, e não se adequaram à rápida mudança de alguns indicadores. Estudos não acadêmicos foram mais ágeis em detectar a bolha imobiliária. "Economistas bem treinados e bem respeitados (...) olharam para os mesmos dados e chegaram a conclusões amplamente diferentes sobre a trajetória dos preços das casas", diz o estudo, concluindo que a teoria econômica não tem uma posição firme sobre "quando e como os preços podem se desviar dos fundamentos do mercado por um longo período".Os autores propõe a criação de um seguro contra a queda no preço dos imóveis, como forma de balizar o mercado e conter excessos. Fonte: Valor

Caixa já atingiu R$ 44 bi no crédito imobiliário em 2010

O crédito imobiliário não para de crescer na Caixa Econômica Federal e as concessões devem superar as metas para 2010. Até o dia 24 deste mês, o banco já atingiu a marca de R$ 44 bilhões na carteira de empréstimos do segmento, o que representa um recorde. . Por dia, são assinados em média 4 mil contratos e a Caixa tem liberado R$ 270 milhões para a compra de imóveis, material de construção e reformas, afirma a presidente da instituição, Maria Fernanda Ramos Coelho.

Com o forte crescimento, a Caixa deve superar as previsões para este ano da expansão do financiamento imobiliário. Para 2010, a meta era chegar a uma carteira de R$ 60 bilhões. "Mas devemos superar este número", diz Maria Fernanda. A carteira de financiamento imobiliário da Caixa cresceu R$ 10 bilhões desde o fechamento do semestre. O banco público terminou o mês de junho com saldo total de R$ 34 bilhões no segmento. "Apesar de sermos os líderes desse mercado, não estamos acomodados. Estamos sempre pensando em novos produtos e estratégias", afirma a presidente do banco. No programa "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal, a Caixa superou este mês a marca de 1 milhão de propostas recebidas e 600 mil contratos assinados. Maria Fernanda participa hoje do Fórum Biodiversidade e a Nova Economia. Fonte: Agência Estado

Falta de recursos para crédito imobiliário não deve elevar juros

A falta de recursos para o financiamento habitacional no Brasil deve tornar a concessão mais seletiva, mas não deve se traduzir em aumento das taxas de juros praticadas, de acordo com o economista-chefe do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Celso Petrucci.

Um crescimento na ordem de 10% a 20% no financiamento habitacional nos próximos anos exigiria um investimento de R$ 65 bilhões a R$ 80 bilhões até 2013, sendo que não se sabe se haverá recursos para atender à demanda a partir de então. “Talvez isso não signifique aumento das taxas praticadas pelos agentes financeiros na concessão de crédito tanto à produção quanto à aquisição, mas poderão ser criados critérios mais rigorosos que os atuais na avaliação desses créditos”, avaliou Petrucci. De acordo com o economista-chefe, o financiamento habitacional precisa de estímulos constantes e permanentes no Brasil, para fazer frente ao deficit de moradias e ao crescimento vegetativo anual, estimado em mais de 1 milhão de domicílios. “Só temos duas fontes de recursos para o financiamento: a poupança e o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), e esse último já é responsável por atender aproximadamente 70% de todo o mercado, principalmente para famílias de mais baixa renda”, ressaltou. São necessárias fontes alternativas e, entre elas, Petrucci apontou os CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), cuja emissão foi de menos de 1 bilhão entre janeiro e julho. Fonte: InfoMoney

FGTS libera mais R$ 6 bilhões para habitação popular e obras

O Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) ampliou em R$ 6 bilhões os recursos destinados a programas de habitação popular e infraestrutura urbana. Com isso, o orçamento para investimentos subiu para R$ 45,5 bilhões. De acordo com o Ministério do Trabalho, a ampliação se deve à elevação na arrecadação do FGTS.

Foram escolhidas áreas para as quais havia mais demanda de recursos. Metade desse valor será utilizada no Pró-Transporte, que integra o PAC, que era gerido pela candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, até o início deste ano. O Conselho do FGTS mudou ainda as regras do Pró-Transporte, para que esse dinheiro possa ser utilizado também em obras de pavimentação de vias urbanas, drenagem de águas pluviais e saneamento. Os outros R$ 3 bilhões irão para habitação popular, destinados aos programas carta de crédito individual, carta de crédito associativo e apoio à produção de habitações. O dinheiro será usado para financiar cerca de 75 mil unidades habitacionais e, de acordo com a Caixa, permite dar continuidade ao crédito para habitação popular. Em 2009, o fundo aplicou R$ 35,4 bilhões em infraestrutura urbana, habitação e saneamento básico. Fonte: Folha de São Paulo

Brasil é sexto no ranking de prédios sustentáveis

O Green Building Council Brasil (GBC), que atua no País com o sistema LEED, o principal selo da construção sustentável no mundo, já certificou 19 empresas brasileiras desde 2007. Isso coloca o Brasil no sexto lugar no ranking quantitativo de empreendimentos sustentáveis, atrás dos Estados Unidos, Emirados Árabes, Índia, Canadá e China.

A expectativa do GBC é fechar 2010 com 250 prédios em processo de certificação. O assunto será discutido na 1ª Greenbuilding Brasil - Conferência Internacional & Expo, que acontece de 1º a 3 de setembro, na Fecomércio, em São Paulo. Fonte: O Estado de S. Paulo

Os investimentos imobiliários por meio de títulos e ações de construtoras conquistam novos clientes

Segurança, preservação do patrimônio e um dinheiro garantido. Essas são algumas das vantagens que levam muitos brasileiros a investir em imóveis. Edson Arantes do Nascimento – sim, ele mesmo – faz parte desse time. “Já perdi dinheiro com sócios, mas os imóveis me deram segurança. "Nisso eu segui os conselhos do meu pai”, disse à Dinheiro o Rei Pelé, que aplica no mercado imobiliário desde os anos 70.

No passado, isso só poderia ser feito por meio da compra de uma casa ou apartamento, de olho na renda do aluguel ou na valorização futura. Hoje, é possível adotar essa estratégia de investimentos sem ter de se arriscar aos dissabores do calote do inquilino, do cano arrebentado e do imóvel vazio: os investidores podem aproveitar o boom do setor aplicando nos diversos papéis lastreados por ativos imobiliários. As alternativas são várias. Investidores qualificados, aqueles que têm mais de R$ 300 mil disponíveis, podem comprar um Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI), um título que paga juros vindos das receitas de aluguel. Quem tem menos dinheiro pode aplicar em um fundo de investimento imobiliário. E quem tem estômago forte para suportar os altos e baixos do mercado pode comprar ações de construtoras. Quais as vantagens? A principal é que os papéis oferecem mais liquidez. É possível transformá-los em dinheiro em poucos dias a preços de mercado, ao passo que a venda de um imóvel leva meses. Se o vendedor de uma casa ou um apartamento tiver pressa, ele tem de conceder um generoso desconto e perder dinheiro. Os títulos também são mais democráticos. Um imóvel, ainda que popular, custa várias dezenas de milhares de reais. Quem investe em um fundo pode começar com R$ 5 mil. Outra vantagem, cada vez mais importante em tempos de juros declinantes, é que a mordida do Leão é menor nos imóveis de papel. No caso das pessoas físicas, a receita com aluguéis é tributada como os salários. Ou seja, dependendo do valor, a alíquota do Imposto de Renda pode chegar a 27,5%. No caso dos fundos, o investidor pessoa física não paga imposto. Os fundos ainda não são muito populares, mas sua oferta vem crescendo. “No ano passado foram negociados mais de R$ 100 milhões no mercado secundário e esse número tende a crescer”, diz o consultor Sérgio Belleza Filho. “Bancos como Bradesco e Itaú Unibanco já oferecem esses produtos.” Na ponta do lápis os papéis são mais rentáveis que os tijolos. “Um aluguel rende de 0,5% a 0,7% do valor bruto do imóvel por mês, ao passo que um fundo rende 0,8% em média”, diz o consultor Mauro Calil. A rentabilidade superior à obtida com tijolos e cimento atraiu o economista Marco Antonio Martignoni, 70 anos. Há nove anos, quando se interessou pelo Fundo de Investimento Imobiliário do Shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, ele foi até o local, perto de sua residência. “Vi que todas as lojas estavam alugadas e cheias de clientes. Procurei saber sobre o desempenho das vendas e a receita dos aluguéis”, conta. Entusiasmado, fez sua primeira aplicação e hoje é representante dos cotistas do fundo. Martignoni investe em outros seis fundos imobiliários, e é dono, indiretamente, de vários shopping centers e edifícios de escritório. Sua intenção é preservar seu patrimônio e gerar renda. “Não quero ficar rico, quero proteger meu patrimônio”, diz ele. Os fundos não são perfeitos. O investidor tem de prestar atenção em vários aspectos na hora de investir. Por mais que a economia piore, um imóvel sempre estará lá. Já os fundos oferecem alguns dos riscos de qualquer aplicação financeira: o mercado financeiro pode oscilar abruptamente e o investidor vai perder dinheiro. Alguns fundos não têm liquidez diária – pode ser necessário esperar 30 ou 60 dias para ver o dinheiro chegar na conta. Também é preciso avaliar as taxas de administração cobradas pelo gestor e a qualidade dos empreendimentos em que o fundo investe. A maioria depende dos aluguéis pagos por empresas de grande porte, que não costumam dar calote. Mesmo assim, o risco existe. “Se a empresa quebrar, o fundo vai parar de receber o dinheiro e o investidor vai sofrer”, diz Calil. As ações têm mais liquidez que os fundos, mas é preciso lidar com a volatilidade. Em 2008, os papéis das construtoras foram os que mais caíram na bolsa, mas eles foram brilho puro em 2009: subiram 205%, ante 82% do Índice Bovespa. O desempenho acima da média permanece em 2010. Até 16 de agosto, o Índice Bovespa estava caindo 1,5%, mas o índice das construtoras sobe quase 3%. Há uma violenta disparidade no setor. Ações como a Helbor avançam 30,3%, ao passo que os papéis da JHSF Participações amargam uma queda de 18,5%. “O mercado ainda tem muito a crescer com as fusões, aquisições e os programas de estímulo à habitação”, diz Bruno Lembi, sócio da consultoria M2 Investimentos. “Mas esse será um mercado de fortes emoções, principalmente devido a eventos internacionais importantes como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada.” Fonte: Isto É Dinheiro

Preço dos imóveis abre espaço à especulação

Dependendo do ponto de vista, o mercado imobiliário do Brasil caminha para um período prolongado de crescimento estável, ou é uma bolha que está sendo inflada rapidamente e está pronta para estourar. Tome por exemplo Luiz Eduardo Pereira, tesoureiro de uma multinacional em São Paulo. Assim como muitos brasileiros moderadamente abastados,

Pereira (nome fictício) entrou na especulação imobiliária por acidente. Três anos atrás ele comprou um novo apartamento de 200 metros quadrados para ele e a família em um bairro nobre de São Paulo por R$ 700.000. Adquiriu o apartamento "na planta" - antes do início das obras - e deve receber as chaves este mês. Há só um porém: o apartamento agora vale R$ 1,4 milhão (US$ 789.000). "Isso deixa você tentado", afirma ele. "A vontade é vender o apartamento e alugar um outro." Mas em vez de vender a casa da família, ele fez um segundo investimento."Sempre que as pessoas se reúnem em um bar, é sobre isso que elas conversam. Virou uma febre", diz. Pereira e alguns amigos investiram em um prédio de escritórios no estágio de "pré-lançamento", quando os incorporadores garantem o capital inicial antes de exibir o projeto para o mercado. Pereira aplicou nele R$ 600.000 em maio de 2009, pagando R$ 6.300 pelo metro quadrado. "Meu objetivo era chegar aos R$ 11.000 o metro quadrado depois de três anos", explica ele - meta que ele superou em 14 meses. "Minha opinião é de que obviamente se trata de uma bolha. Só não vendi ainda porque os bancos continuam emprestando e as pessoas continuam comprando. Assim que o crédito começar a secar, pulo fora." Luiz Paulo Pompéia, da Embraesp, consultoria de São Paulo especializada no mercado imobiliário, concorda. "O mercado está muito aquecido. Os compradores estão eufóricos e os incorporadores estão aproveitando isso." Ele diz que muitos investidores, incluindo estrangeiros, estão hoje comprando imóveis, apostando que os preços continuarão subindo. "Não sabemos se será mesmo o caso", afirma ele. Mas, embora muitos acreditem que os preços dos imóveis de alto padrão no Brasil atingirão um pico em breve, pouquíssimos preveem um colapso parecido com o ocorrido na crise subprime nos Estados Unidos. Isso porque os brasileiros se arriscam muito mais com suas propriedades do que nos países mais desenvolvidos, conforme explica Wilson Amaral, presidente da Gafisa, uma das maiores construtoras do Brasil. "Quando as pessoas compram na planta, elas nos dão 6% em três meses a título de adiantamento. A partir daí, elas pagam prestações mensais à Gafisa durante a construção, de modo que, quando elas recebem o imóvel, dois anos e meio depois, elas terão pago de 25% a 30% do custo final." Depois, os compradores recorrem a bancos por uma hipoteca, que normalmente cobra juros anuais de 12%. Como o imóvel é a garantia de um empréstimo de 70% a 75% de seu valor, os preços teriam que cair muito antes dos compradores serem pegos na armadilha do "patrimônio negativo". Portanto, embora os especuladores não estejam colhendo os grandes sucessos esperados, é improvável que venham a desencadear um colapso do mercado. Isso se aplica ainda mais à ponta mais baixa do mercado, onde está o volume real e para onde as construtoras brasileiras, inicialmente concentradas nos imóveis de alto padrão, estão voltando cada vez mais suas atenções. Nesse segmento, a história é de uma demanda enorme, que incorporadores e bancos terão dificuldade para atender. Amaral diz que o Brasil precisa construir 1,6 milhão de moradias todos os anos para atender as famílias que estão entrando no mercado, sem resolver o déficit estimado de moradias do país, de 5 milhões de unidades. "Se o Brasil continuar crescendo de 5,5% a 6% ao ano, com os salários aumentando mais que a inflação, jovens entrando no mercado de trabalho, mais empregos formais [do que informais] sendo criados, a demanda continuará crescendo nos níveis atuais pelos próximos 20 anos." Os bancos relutam em emprestar aos compradores de imóveis e os financiamentos imobiliários respondem por apenas 4% do PIB brasileiro -número muito baixo pelos padrões internacionais, mas duas vezes maior que o de três anos atrás. Fonte: Valor

O compulsório sobre os depósitos de poupança

O governo estuda reduzir o depósito compulsório que incide sobre as cadernetas de poupança, hoje de 30% dos saldos. Mas a liberalidade, aparentemente bem-vinda, poderá retardar o desenvolvimento de outros mecanismos de captação de recursos para imóveis. Hoje, o crédito à moradia tem como principais fontes de recursos os depósitos em caderneta de poupança e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Os saldos aplicados em caderneta, da ordem de R$ 278 bilhões, propiciaram a expansão rápida dos empréstimos, sobretudo para a classe média. As operações de crédito com recursos das cadernetas passaram de R$ 30 bilhões, em 2008, para R$ 34 bilhões, em 2009, chegando a R$ 47 bilhões, nos últimos 12 meses. Pelas regras do Banco Central (BC), os bancos têm de destinar no mínimo 65% dos recursos das cadernetas para o crédito imobiliário, sob pena de recolher o que faltar ao BC, com taxas punitivas. Mas, na prática, esse porcentual já atinge os 70%, indicando o grande interesse dos bancos pela aplicação, que mantém o cliente na instituição durante muitos anos. Dos 30% do compulsório sobre as cadernetas, 20% são remunerados a 6,17% ao ano mais TR, ou seja, a mesma remuneração paga às cadernetas; e 10%, pela taxa Selic, que é mais alta. É possível que o governo, ao estudar a liberação desses montantes para aplicação em operações de crédito à moradia, pretenda reduzir seu custo. Não há falta de recursos para emprestar, mas algumas instituições já preveem que isso ocorrerá, em dois ou três anos, com o aumento da demanda. A diminuição do compulsório sobre as cadernetas permitiria adiar a hora da escassez de recursos. Neste ano, dois instrumentos de captação de recursos para financiar imóveis ganham importância: os fundos imobiliários, que deverão captar R$ 5,5 bilhões, e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), emitidos por companhias securitizadoras, com colocações estimadas em R$ 7 bilhões, maior valor desde seu lançamento, na década passada. Mas, se a oferta de crédito é satisfatória e assim permanecer por mais tempo, a redução do compulsório tenderia a ser inócua, no curto prazo. É essencial desenvolver as modalidades de captação de recursos do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), para reduzir a dependência dos recursos das cadernetas. Se a taxa básica de juros cair, no futuro, a remuneração da caderneta poderá voltar a ser discutida. E qualquer mudança nesse instrumento dependerá da existência de mecanismos alternativos, tal sua relevância. Fonte: O Estado de S.Paulo

Custo da construção avança 0,22% em agosto, diz FGV

O Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M) teve alta de 0,22% em agosto. A taxa, no entanto, ficou abaixo do resultado do mês anterior, de 0,62%. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No ano, o INCC-M registra alta 6,18%. Em 12 meses, a taxa apurada é de 6,80%.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,38% em agosto. Em julho, a taxa foi de 0,48%. No índice referente à Mão de Obra, foi registrada variação de 0,06%, contra 0,77% no mês de julho. Segundo a FGV, esta desaceleração foi consequência de impactos decrescentes de reajustes salariais ocorridos em Porto Alegre, onde a taxa passou de 4,24% para 0,23%. Ainda segundo o levantamento, cinco capitais apresentaram desaceleração: Salvador, Brasília, Recife, Porto Alegre e São Paulo. Em sentido oposto, Belo Horizonte e Rio de Janeiro tiveram aceleração. Fonte: Jornal do Commercio online

Custo da construção avança 0,22% em agosto, diz FGV

O Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M) teve alta de 0,22% em agosto. A taxa, no entanto, ficou abaixo do resultado do mês anterior, de 0,62%. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). No ano, o INCC-M registra alta 6,18%. Em 12 meses, a taxa apurada é de 6,80%.

O índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços registrou variação de 0,38% em agosto. Em julho, a taxa foi de 0,48%. No índice referente à Mão de Obra, foi registrada variação de 0,06%, contra 0,77% no mês de julho. Segundo a FGV, esta desaceleração foi consequência de impactos decrescentes de reajustes salariais ocorridos em Porto Alegre, onde a taxa passou de 4,24% para 0,23%. Ainda segundo o levantamento, cinco capitais apresentaram desaceleração: Salvador, Brasília, Recife, Porto Alegre e São Paulo. Em sentido oposto, Belo Horizonte e Rio de Janeiro tiveram aceleração. Fonte: Jornal do Commercio online

Habitação e infraestrutura urbana ganham reforço de R$ 6 bi do FGTS

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) aumentou os repasses para os programas habitacionais e de infraestrutura urbana. De acordo com decisão tomada ontem (24), durante reunião em Brasília, serão mais de R$ 6 bilhões. Ou seja, o orçamento para habitação popular passa de R$ 20 bilhões para R$ 23 bilhões e o de infraestrutura urbana de R$ 8 bilhões para R$ 11 bilhões.

Com os novos recursos para a habitação, será possível financiar 75 mil unidades habitacionais. Já os recursos para infraestrutura serão destinados ao Programa de Infraestrutura de Transporte e da Mobilidade Urbana - Pró-Transporte, que permitirá a inclusão de projetos de Pavimentação e Qualificação de Vias Urbanas nas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Paulo Safady Simão a relação entre crédito imobiliário e Produto Interno Bruto (PIB) ainda é muito baixa, mas deve crescer bastante e chegar a 10% em seis anos, em três ou quatro anos será possível haver mais formas de captação que serão direcionadas ao crédito imobiliário. "Há um mercado em franca expansão e o crédito habitacional em relação ao PIB ainda é muito baixo", disse ele, estimando que essa proporção chegue a 10% ainda nos próximos seis anos. A CBIC participa do Conselho Curador do FGTS, representado pelo vice-presidente Elson Ribeiro e Póvoa.

TV BSH aborda Copa do Mundo de 2014

O evento da Copa do Mundo de 2014 no Brasil tem causado furor em várias rodas empresariais e públicas. Iniciativas do governo para incentivar a melhoria em infra-estrutura estão em andamento. Inclusive uma linha de financiamento especial foi criada pelo BNDES visando melhorar a oferta de hotéis para a Copa de 2014.

A BSH International, como especialista em conceituação, planejamento, desenvolvimento e gestão de investimentos hoteleiros criou a TV BSH para que seus consultores abordem temas importantes, publicamente. A TV BSH é mais uma iniciativa da BSH International que sempre se destacou por pioneirismo e inovação. Além disso, é uma mídia que se utiliza da internet e está disponível gratuitamente no website da BSH: www.bshinternational.com. A BSH International é a principal empresa brasileira na área de consultoria de investimentos hoteleiros e de imobiliário turístico, tendo sido fundada em 1989. Foi responsável pela introdução de diversos grupos internacionais no Brasil como Sol Meliá, SuperClubs e Tivoli, além de ter se envolvido com investimentos realizados que somam quase R$ 3 bilhões. Para conhecer mais ou obter maiores informações, visite www.bshinternational.com.

Accor vende 48 hotéis na Europa por 367 milhões de euros para reduzir dívidas

A Accor, maior grupo hoteleiro da Europa, informou que está vendendo 48 hotéis para unidades do Crédit Agricole e da Fonciere des Regions por € 367 milhões, como parte de um plano de venda de ativos imobiliários. A Accor continuará administrando os hotéis, segundo informou a companhia francesa.

A venda consiste de 31 propriedades na França, 10 na Bélgica e 7 na Alemanha, operadas sob as marcas Novotel, Suite Novotel, Ibis e Etap. O grupo hoteleiro informou em maio que pretende se desfazer de 450 hotéis nos próximos três anos, em meio a uma expectativa de recuperação dos valores dos imóveis. A venda anunciada ontem vai ajudar a companhia a reduzir seu endividamento em cerca de € 282 milhões e vai contribuir com cerca de € 3 milhões ao ano para o lucro antes dos impostos, segundo a companhia. A unidade Predica do Crédit Agricole está bancando 80% da transação e a Fonciere dês Murs, uma unidade da administradora imobiliária francesa Fonciere des Regions, arcará com o restante. O negócio será concluído antes do fim do ano, segundo a Accor. A venda de ativos faz parte da estratégia apresentada pelo grupo este ano, após o desmembramento de seu braço de serviços e cartões de benefícios (dono da marca Ticket). A divisão de hotéis ficou com o nome e as dívidas do grupo, e agora quer consolidar-se como gestora e não proprietária de hotéis. A área de serviços, lucrativa e com crescimento acelerado, passou a se chamar Edenred. Fonte: Valor

O crédito aumentou menos e já aparecem distorções

As operações de crédito cresceram 1,2% em julho, menos do que em junho (2%) e do que na média dos últimos 12 meses, segundo os dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC). O crescimento foi liderado pelos chamados empréstimos direcionados, menos sujeitos ao mercado - caso do BNDES e do crédito imobiliário -, ou das linhas de menor custo, como o crédito consignado e o crédito à aquisição de veículos.

Em pelo menos um caso houve distorção na alocação de recursos. O BNDES aumentou seus repasses em 4,7%, no mês, e em 45,4%, nos últimos 12 meses. E, como dá crédito a taxas inferiores às de mercado, atrai empresas de menor risco, deixando as demais para os bancos comerciais. Tal foi a explicação dada pelo chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, para justificar o aumento de juros das operações livres para as pessoas jurídicas de 27,3% ao ano, em junho, para 28,7% ao ano, no mês passado (+1,4 ponto porcentual). Uma das hipóteses para evitar a distorção seria reduzir o grau de concentração dos créditos do banco. Quanto ao crédito à moradia, cresceu 4%, no mês, e 51,1%, em 12 meses, com os recursos direcionados provenientes das cadernetas e do FGTS. Os dados do BC mostram aspectos positivos, como a tendência de aumento de prazos: os empréstimos com vencimento superior a três anos concedidos às pessoas físicas cresceram 3,7 pontos porcentuais, no mês, e 42,6 pontos, em 12 meses, e às pessoas jurídicas, 6,8 pontos e 50,3 pontos porcentuais, respectivamente. Além disso, as operações com cheque especial reduziram-se de 3,2%, entre junho e julho, crescendo apenas 1,1% em 12 meses. É um indicativo de prudência, pois seu custo em média foi de 167,3% ao ano, 2,2 pontos porcentuais acima do de junho. Também diminuíram as operações de leasing de veículos, de 3,1%, no mês, e 15,3%, em 12 meses - provavelmente, em parte, por dificuldades de rescisão contratual. As modalidades mais baratas foram mais atrativas não só para as pessoas jurídicas, mas para as físicas que adquiriram veículos a prazo, pagando juros médios de 24% ao ano, ou tomaram empréstimos consignados em folha de pagamento, ao custo médio de 26,8% ao ano, inferior ao de 27,1% ao ano registrado em junho.Mas, não fosse o avanço do crédito direcionado, a expansão dos empréstimos teria sido menor em julho. Provavelmente, a relação crédito/PIB, de 45,7% em junho, não teria crescido para 45,9%. Será melhor que o crédito continue a crescer dependendo menos de recursos carimbados. Fonte; O Estado de S. Paulo

Cresce demanda por imóvel de alto luxo

Pé-direito de mais de três metros, área útil de algumas centenas de metros quadrados, projeto assinado por um arquiteto de renome. Essas são características valorizadas por quem busca uma casa de luxo para morar em São Paulo. Além disso, são indispensáveis acabamento de primeira linha, isolamento térmico e acústico e sistema de automação dos portões ao controle da iluminação.

E é desejável mais de meia dúzia de vagas na garagem. Os pré-requisitos básicos de uma residência de alto padrão na capital paulista jogam o preço do metro quadrado para entre R$ 9.000 e R$ 12 mil, segundo imobiliárias especializadas. Assim, um imóvel desse tipo não sai por menos de R$ 2,5 milhões. "E o valor pode superar R$ 45 milhões", diz Alexandre Villas, sócio-diretor da Imóvel A. A casa mais cara disponível hoje para venda na imobiliária de Villas, avaliada em R$ 35 milhões, tem mais de 20 vagas na garagem. O terreno de 5.000 metros quadrados ocupa uma quadra inteira em um dos endereços mais valorizados de São Paulo: o Jardim Guedala. O bairro fica perto de outros também cobiçados pelo público do segmento de luxo: Jardim Europa, Jardim América e Cidade Jardim. Villas diz que esse mercado tem crescido no país, acompanhando o boom que atingiu os demais segmentos imobiliários. E deve ter expansão de 30% durante este ano. "No primeiro semestre deste ano, comercializamos 154% mais do que no mesmo período de 2009", diz. E a projeção da empresa é manter o ritmo de crescimento no fechamento do ano, chegando a R$ 225 milhões em vendas. André Souyoltigis, diretor da sede Jardins da imobiliária da Coelho da Fonseca, diz que o aumento do crédito tem sido responsável também pelo impulso nas vendas de alto padrão. Segundo ele, de 60% a 70% dos imóveis negociados pela imobiliária têm alguma parcela de financiamento. "Há três anos, não eram mais de 20%", diz. E destaca que há casos curiosos. "Já fechei negócio, entre dois banqueiros, de um imóvel no valor de R$ 5 milhões, cuja compra foi 100% financiada", conta Souyoltigis. "Prova de que, com taxas atrativas, compensa, mesmo para quem pode pagar à vista, aplicar o dinheiro e manter o financiamento", completa. A Axpe, que se define como "butique imobiliária", possui na carteira imóveis de até R$ 14 milhões. O dono da empresa, José Eduardo Cazzarin Silva, diz que o público atendido sabe dar "o devido valor artístico" aos projetos arquitetônicos. O publicitário decidiu investir no negócio de olho em uma demanda por "atendimentos mais personalizados". No portfólio da imobiliária de Cazzarin está uma casa de 750 metros quadrados e R$ 7 milhões no bairro City Butantã, localizado na zona oeste de São Paulo. Com projeto dos arquitetos Alice Martins e Flávio Butti, o imóvel possui três suítes com varanda e um terraço do tamanho de muitos apartamentos de dois dormitórios: 50 metros quadrados. "Selecionamos os estilos que agradam aos nossos compradores, que são principalmente o moderno e o contemporâneo", diz Cazzarin. Fonte: Folha de São Paulo

Vendas à vista superam financiamento de imóveis em São Paulo

O pagamento à vista foi escolhido pela maioria das pessoas que compraram um imóvel usado em julho na capital paulista. Dados do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) apontam que 52,14% dos 302 apartamentos e casas vendidos no mês passado foram pagos à vista. Dos imóveis financiados, 36,19% foram comprados pela CEF (Caixa Econômica Federal).

Outros 9,73% foram financiados por outros bancos, enquanto 1,56% foram pagos direto ao proprietário. O consórcio foi responsável por 0,39% das compras. O preço dos imóveis usados na cidade de São Paulo subiu 2,7% entre junho e julho. Também foram vendidos muito mais apartamentos (64,57%) do que casas (25,17%). As vendas totais, no entanto, sofreram queda de 21,82%. Baseado nos números de 488 imobiliárias, o Creci-SP observou que o tipo de imóvel que mais diminuiu de preço foi o apartamento de padrão médio, com até sete anos de construção e localizado na Zona B (bairros como Aclimação, Alto da Lapa, Brooklin, Paraíso, Cerqueira César e Chácara Flora). Os valores baixaram de R$ 4.994,73 em junho para R$ 3.320,83 em julho - queda de 33,51%. Já o preço que mais aumentou foi o de apartamentos de padrão mais simples, standard, com mais de 15 anos, localizadas na Zona C (Aeroporto, Água Branca e Bosque da Saúde), indo de R$ 2.308,61 para R$ 3.115,38 no mês passado, alta de 34,95%. Fonte: InfoMoney

Fecomercio: IPV fica estável em julho

"Este mês, os materiais de construção ficaram, em média, 2,73% mais caros", afirma. "No ano, o segmento acumula alta de 7,34%." Ela também aponta que "sem a redução do IPI (Impostos sobre Produtos Industrializados), o setor de veículos já apresenta a quarta alta consecutiva. A variação nos preços dos veículos, no entanto, foi menor em julho do que em junho. O segmento registrou variação de 0,21% em julho. No mês anterior, a alta havia sido de 1,03%. O preço dos combustíveis apresentou ligeira alta (0,05%) em julho na comparação com junho. Os outros grupos de produtos que apresentaram elevação de seus preços médios em julho foram açougues (0,86%), padarias (0,35%), relojoarias (0,31%), móveis e decoração (0,29%), óticas (0,27%), papelaria (0,27%), brinquedos (0,12%), drogarias e perfumarias (0,11%) e postos de combustíveis (0,06%). Fonte: Agencia Estado

Total de ofertas de fundos imobiliários já soma R$ 5,5 bi

Diante de um mercado muito incerto, os ativos imobiliários vêm roubando a cena. Em apenas uma semana, cerca de R$ 2 bilhões em ofertas de fundos imobiliários coordenadas pelo BTG Pactual ingressaram na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Para se ter ideia, o valor total de R$ 5,519 bilhões deste ano, considerando as operações em análise, as registradas e as dispensadas de registro, já supera os R$ 3,445 bilhões registrados no ano passado. Os aluguéis comerciais de grandes empresas são o foco do fundo imobiliário RB Capital Renda II, cuja oferta soma R$ 190 milhões. Serão emitidas 2,563 milhões de cotas, cada uma com valor unitário de R$ 74,12. O mínimo para investir é de 68 cotas, o que significa uma aplicação inicial de R$ 5.040,16. O coordenador-líder da oferta é o BB Investimentos e a administração ficará a cargo da Pentágono Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários. Já a RB Capital atuará como consultora imobiliária e gestora. Os recursos captados pela oferta serão destinados à aquisição de seis empreendimentos, construídos sob medida para quatro empresas: AmBev, Leader, Ampla e Agusta. Todos os seis empreendimentos já estão alugados, com contratos com prazo médio de 14 anos. Todos têm contratos de locação chamados de atípicos - se o locatário resolver sair antes de o prazo vencer, ele terá de pagar uma multa referente a todo o saldo remanescente. Pela lei do inquilinato normal, a companhia teria de pagar três aluguéis. Segundo o prospecto da oferta, o objetivo do fundo "consiste na exploração desses empreendimentos, passando a figurar como locador dos contratos de locação atípica já firmados, de modo que o fundo passe a receber diretamente a renda decorrente dos aluguéis". O início do prazo de reserva começa em 30 de agosto e termina em 28 de setembro. A taxa de administração e de gestão é de 0,2% ao ano. O prospeto diz ainda que, de acordo com um estudo de viabilidade realizado, o ganho esperado para o período a se encerrar em outubro de 2020 corresponde a 8,63% acrescido da variação da inflação. "Ainda de acordo com o estudo, considerando-se um período mais amplo, a se encerrar em outubro de 2060, a rentabilidade esperada corresponde a 8,89%, acrescida da inflação." O documento deixa claro, entretanto, que não existe nenhuma garantia de que esse retorno será alcançado. Esta é a segunda carteira do gênero estruturada pela RB Capital com foco em imóveis construídos sob medida para empresas. No ano passado, houve a oferta do RB Capital Renda I, que englobava empreendimentos alugados para AmBev, Danfoss, C&A e Leader. Na ocasião, a operação foi coordenada pelos bancos Bradesco BBI e BB Investimentos, no valor de R$ 132 milhões. Além dessa oferta, o Bradesco anunciou ontem que atuará como formador de mercado para as cotas do fundo Mais Shopping Largo 13. O formador de mercado é um agente contratado para garantir um mínimo de negócios, assegurando que o investidor encontrará comprador para as ações quando quiser vendê-las. Esta é a segunda vez que o banco atua como formador de mercado de fundos imobiliários. O primeiro ocorreu com as cotas da carteira Presidente Vargas. Com o anúncio, os investidores que já tiverem aderido à oferta devem confirmar, no prazo de cinco dias úteis contados a partir de ontem, o interesse em continuar na oferta. Caso o aplicador não se manifeste, ficará subentendida a manutenção do interesse. A oferta pública de cotas do Mais Shopping Largo 13 soma R$ 90,840 milhões. São ofertadas 90.840 cotas, no valor de R$ 1 mil cada uma. O investidor deverá adquirir, no entanto, o mínimo de cinco cotas, ou seja, a aplicação inicial é de R$ 5 mil. O investimento máximo é de R$ 1,5 milhão. O prazo de reserva vai até 10 de setembro. Dos recursos captados, 95,1% serão utilizados pelo fundo para a aquisição de 20% a 40% do empreendimento imobiliário "Mais Shopping Largo 13". Com inauguração prevista para outubro de 2010, o shopping está situado no Largo Treze de Maio, no bairro de Santo Amaro, zona sul de São Paulo. Os outros 4,9% serão destinados ao pagamento dos custos da operação. A taxa de administração é de 0,5% ao ano. O Mais Shopping Largo 13 é um projeto que utilizará lojas modulares, com tamanho entre 10 e 20 metros quadrados. O espaço será alugado ao lojista mediante pagamento de um preço fixo por mês, independentemente do volume de vendas. As lojas serão contratadas por prazo indeterminado, sem direito a renovação compulsória. E o mercado de fundos imobiliários deve ganhar ainda mais corpo. O Banco do Brasil já anunciou que pretende lançar em setembro um fundo imobiliário, em parceira com o Banco Votorantim. Fonte: Valor Econômico

Aluguel na cidade de São Paulo aumenta 10,9% nos últimos 12 meses

O valor de novos contratos de locação residencial de apartamentos e casas na cidade de São Paulo registrou alta de 10,89% no acumulado dos últimos 12 meses. Em relação aos valores negociados em julho, a alta no sétimo mês do ano é de 0,8%, segundo revelam dados divulgados nesta segunda-feira (23) pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

No que diz respeito aos contratos em andamento, o reajuste anual do aluguel deve seguir o IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) da FGV (Fundação Getulio Vargas ), que acumulou variação de 5,17% entre julho de 2009 e junho de 2010. Se o contrato aniversaria em agosto, a variação do IGP-M é de 5,79%. Os imóveis de um dormitório foram os que mais apresentaram alta no reajuste do aluguel em julho, de 1,2%. Em seguida, com alta de 0,8%, ficaram os imóveis com dois dormitórios. Por fim, o valor do aluguel de imóveis de três dormitórios ficou estável em julho. InfoMoney

Secovi-SP divulga balanço trimestral e analisa o bom momento do mercado imobiliário

O Secovi- SP divulgou, no último dia 19, o resultado do balanço trimestral do mercado imobiliário na cidade de São Paulo. As vendas de imóveis residenciais apresentaram equilíbrio no segundo trimestre com uma variação de 1% em relação ao primeiro trimestre do ano, em um total de 8.544 unidades comercializadas, ficando abaixo dos números de 2009, quando, no mesmo período, foram comercializados 9.537 imóveis, o que representou uma retração de 10,4%.

Os imóveis com dois dormitórios, de acordo com os dados levantados, responderam com o maior número de vendas do setor, alcançando 3.002 unidades comercializadas de abril a junho de 2010, representando 35,1% do segmento, contra 2.865 unidades de três dormitórios e 1.658 unidades de quatro dormitórios. De acordo com João Crestana, presidente do Secovi-SP, o mercado imobiliário brasileiro passa por um bom momento, e ano após ano, novas ferramentas são incorporados ao mercado imobiliário com a finalidade de cada vez mais proporcionar moradia digna para um número maior de pessoas. E um dos grandes propulsores do mercado imobiliário brasileiro é a instituição positiva chamada crédito. “O mercado sem dúvida está atendendo a grande massa de 30 milhões que estavam antes nas classes D e E e que hoje ascenderam à classe C. Este movimento vem ocorrendo nos últimos 15 anos na sociedade brasileira, que vem subindo pelo menos na área econômica. E com isso estamos cada vez vendo mais o nosso setor vender as unidades para estas pessoas. Basicamente 90% da demanda é por imóveis de menos de 120 m2”, analisou Crestana. Celso Petrucci, economista-chefe Secovi-SP, ressaltou que o país atravessa uma fase muito boa, com a geração de empregos formais, estabilização do Risco - Brasil em torno de 200 pontos e com uma perspectiva de crescimento de 7,2%, ficando atrás apenas de China e Índia. ”Especialistas dizem que já temos garantido uma taxa do PIB de 4,5% para o crescimento do próximo ano, o que é bom para termos um crescimento mais perene no Brasil”, comentou. Para a instituição, as oportunidades existem, mas algumas barreiras como contratos, registro dos imóveis e burocracia ainda precisam ser solucionados, o que indica que ainda há muito a ser feito para o crescimento do setor.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Virada Imobiliária será em SP

De 20 a 24 de outubro acontece a Virada Imobiliária, organizada pela Promocorp Marketing e Negócios. O evento será realizado no Expo Center Norte, em São Paulo, e um dos principais diferenciais será a possibilidade dos visitantes de conferir as ofertas dos expositores durante as 24 horas dos quatro primeiros dias.

Além de ter o evento com versão virtual, em que será possível ver os estandes da feira e conferir os imóveis. Fonte: DCI

Construtoras já tentam comprar casas vizinhas

A chegada do metrô já provoca mudanças na Vila Prudente, bairro da zona leste ainda caracterizado por maior quantidade de casas do que de prédios e pela grande quantidade de idosos que ali vivem. Enquanto os moradores estão na expectativa de melhorias na infraestrutura, comércio e nas opções culturais do bairro, as construtoras já buscam locais para erguer empreendimentos.

E muitos moradores já começaram a ser procurados para as negociações de terrenos. É o caso da engenheira Solange Higa, de 45 anos, que vive no bairro paulistano praticamente desde que era criança - só mudou para a região central na época da faculdade. Nesse tempo, ela presenciou algumas mudanças locais, mas diz que as mais significativas devem vir após a inauguração da estação. Mesmo antes da chegada do metrô, o bairro já começou a passar por um processo de valorização. Prova disso, contam os moradores, é que muitos imóveis antes eram isentos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e acabaram incluídos na última revisão dos valores venais, no fim do ano passado. Valorização. "Eu estou em negociação com uma construtora, que está tentando comprar todo um quarteirão para erguer um empreendimento. E meu imóvel já está valendo 60% a mais do que há pouco tempo", completa Solange. Ela afirma que pretende vender sua casa e comprar outra no mesmo bairro. "Tenho um rottweiler e meu marido, uma bateria. Temos de continuar numa casa e de preferência aqui, para ficar perto da família. Aqui é tudo familiar", completa. Outros moradores relatam que alguns imóveis já foram vendidos pelo dobro dos preços que valiam há pouco tempo para construtoras. Dados de órgãos que operam no setor imobiliário - Creci, Secovi, Embraesp - mostram que a valorização na Vila Prudente segue uma escalada histórica. Os preços chegaram a aumentar entre 30% e 40% durante as obras e devem ganhar novo impulso quando o sistema entrar em operação. Especula-se também que um terreno abandonado ao lado da estação vai dar lugar a um supermercado de uma grande rede. Com a modernidade, deve vir um aumento no custo de vida, mas isso por enquanto não parece assustar os moradores. "A única coisa que tenho medo com a inauguração da estação é de que essas ruas do entorno fiquem lotadas de camelôs", diz a contadora Isabel Neves, de 49 anos. Ela afirma que o principal benefício da estação será não precisar mais enfrentar o trânsito do horário de pico na Avenida Luís Ignácio Anhaia Mello. Atualmente, ela gasta 50 minutos todas as tardes para ir até a Estação Sacomã (também na Linha 2-Verde) para buscar a filha que retorna da USP. Por outro lado, outros moradores receiam que sejam implementadas vagas de Zona Azul perto da futura estação, o que pode acabar com o costume no bairro de parar os carros nas ruas, na frente das casas. Comércio. Outra expectativa na região é de que a inauguração da Estação Vila Prudente impulsione o comércio local. "O comércio do bairro ainda é muito ruim e não temos muitas opções culturais. Por isso ainda há muitas áreas aqui dentro que estão degradadas", diz Solange Higa. Quem já tem seu estabelecimento acredita que o movimento de passageiros vai melhorar os negócios e diz que uma nova concorrência não será prejudicial. "Certamente vai ter mais concorrência. Mas eu acredito no meu produto e no meu trabalho", diz Valmir Marsola, proprietário da Benditas Fritas, próximo do terminal de ônibus. As obras do metrô já chegaram a prejudicá-lo, quando sua rua ficou interditada e ele precisou ficar uma semana com a família em um hotel. "Mas o metrô deve ser bom, deve aumentar a segurança daqui. Só não quero que encha o bairro de carroceiros, vendendo alimentos, como acontece em outros lugares", afirma. Fonte: O Estado de São Paulo

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Na onda de expansão dos shoppings, modelos diferentes e mais baratos

Quando um brasileiro, um americano e um europeu pensam em shopping center, imagens diferentes vêm à mente. Nos Estados Unidos, é comum o conceito de "open mall", um centro de compras ao ar livre, com cinemas, lojas e restaurantes distribuídos em algumas pequenas ruas.

Um espaço menor costuma ser ocupado pelos outlets dos mercados europeu e americano, onde as lojas de grife, uma ao lado da outra em um espaço térreo, conquistam a atenção dos consumidores ao oferecer peças de coleções anteriores com descontos. Já no Brasil os empreendimentos verticais, dividido por vários andares e blocos, são os mais comuns. Mas há projetos em andamento que mudam essa paisagem. Na onda de expansão do setor - estão sendo inaugurados 39 shoppings entre agosto deste ano e dezembro de 2011, com investimentos estimados entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões -, uma leva será aberta em formatos diferentes do tradicional. General Shopping e a novata Construtora São José apostam em shoppings ao ar livre e em outlets, que custam entre 30% e 40% menos que um empreendimento tradicional e têm um custo até 70% menor de condomínio para os lojistas. A BR Malls, a maior do setor, estuda shoppings temáticos, aproveitando o crescimento de setores como móveis, eletrodomésticos, alimentação e lazer. Segundo o presidente do General Shopping, Alessandro Veronezi, a empresa tem mapeadas pelo menos 50 áreas no Sul e no Sudeste do país em que o conceito de "open mall" pode ser explorado. "São empreendimentos que consomem menos energia, por não ter ar condicionado, elevador e escada rolante, por exemplo, e podem ser adaptados a espaços menores, como um shopping de vizinhança", diz Veronezi, para quem os shoppings tradicionais vão encontrar a saturação mais cedo. A questão do espaço nas grandes cidades é um problema a ser resolvido pelos empreendedores do setor, que reclamam dos altos preços e da falta de disponibilidade dos terrenos. O General Shopping foi o primeiro a resgatar o modelo outlet de luxo, com o Premium em Itupeva (SP), inaugurado há um ano, que trouxe grifes como Diesel, Giorgio Armani e Ermenegildo Zegna a preços acessíveis. "Temos uma fila de 15 marcas esperando pelo nosso projeto de expansão", diz Alexandre Dias, diretor comercial do General Shopping. Dos sete outlets explorados pela Nike no país, o Premium é o que apresenta a melhor venda. No passado, segundo Dias, outros projetos de outlet de luxo foram testados, sem sucesso. "O local precisa estar distante das lojas das grifes, para não canibalizar o negócio principal, e o empreendimento precisa ser instalado em um prédio novo, com baixos custos de manutenção". Outros grupos, como o Aliansce e Zaffari, estariam estudando o modelo de outlet de luxo. A Aliansce nega. "Estamos nos beneficiando do período de entressafra dos nossos empreendimentos, com cinco shoppings abertos nos últimos três anos e outros três para inaugurar até o final de 2011", diz o presidente da Aliansce, Henrique Cordeiro Guerra, que esta semana anuncia o lançamento do segundo shopping da companhia em Belém. Todos no modelo tradicional. A construtora São José está investindo R$ 80 milhões em um outlet de luxo que será inaugurado em outubro de 2011 em Novo Hamburgo (RS). "O centro comercial vai atender toda a região de Porto Alegre, Gramado e Canela", diz o diretor da divisão de shoppings da construtora, Arthur Gorenstein. Com um espaço de 20 mil metros 2, o empreendimento tem 60% dos espaços locados, que estão sendo comercializados pela Jones Lang LaSalle, que prestou o mesmo serviço para o outlet de Itupeva. A BR Malls, a maior empresa do setor, trabalha em dois novos shoppings temáticos. O primeiro é o Rio Plaza, um shopping da zona sul carioca que está sendo remodelado para se tornar um pólo de decoração na região. "Não havia nenhum centro comercial com este perfil na zona sul do Rio e queremos aproveitar o crescimento deste mercado, que envolve móveis e eletroeletrônicos", diz Bernardo Aragão, superintendente do Rio Plaza, que terá 100% das lojas voltadas ao tema em dezembro de 2011. A empresa deve anunciar outro empreendimento temático fora do eixo Rio - São Paulo, provavelmente no Paraná, mas não fala do projeto. Aragão também vê oportunidades em shoppings temáticos na área de alimentação e lazer. "Aproveitamos a expansão do Norte Shopping, há três anos, para criar o Pátio Norte Shopping, uma área voltada apenas a entretenimento, com espaço para shows, jogos e até uma universidade", afirma Aragão. O modelo de "festival center", como são chamados nos Estados Unidos os empreendimentos voltados à gastronomia e ao lazer, também está no radar da General Shopping. "É uma investida interessante para pontos turísticos", afirma Dias. Na opinião de Luiz Fernando Veiga, presidente da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o que norteia as novas investidas é o aumento da concorrência. "É uma forma de manter sempre a atenção do consumidor e não deixar o modelo envelhecer", diz. Fonte: Valor Econômico

Diretor Geral da rede InterCity é painelista no 52º Congresso Nacional de Hotéis

Alexandre Gehlen fala no Painel: Grandes Projetos e as Oportunidades de Investimento. em Hotelaria, na quinta-feira, 19/08, às 16h30, no Auditório do Centro de Convenções SulAmérica, Rio de Janeiro.À frente de um dos maiores grupos hoteleiros do Brasil voltados para o turismo de negócios, o Diretor Geral do InterCity, Alexandre Gehlen é um dos painelistas convidados do CONOTEL 2010.

Ao lado de representantes da Infraero, Petrobras, Porto Maravilha, e diretores de demais empresas hoteleiras, Gehlen vai debater os projetos de investimentos previstos para o Brasil nos próximos anos, dando uma especial atenção às localidades, negócios e projetos que podem impactar a demanda por hospedagem ou que vão trazer oportunidades claras de investimento em novos hotéis. A 52º edição do Congresso Nacional de Hotelaria – Conotel 2010, que mais uma vez acontece no Rio de Janeiro, abordará o tema "O Brasil é a bola da vez", com foco na "Sustentabilidade Negocial da Hotelaria Brasileira".

A forte expansão do crédito para a compra de imóveis e veículos está "roubando" espaço de outras modalidades de financiamento. Como o bolso do brasile

O sucesso dos lançamentos dos empreendimentos imobiliários chegou também para as empresas de condomínio de alto padrão. A Damha Urbanizadora, empresa do Grupo Encalso, por exemplo, aposta em um crescimento de 40% em 2010. O faturamento deve saltar dos R$ 110 milhões, alcançados em 2009, para R$ 155 milhões neste ano.

A Damha Urbanizadora sempre se destacou pela preocupação com os detalhes dos seus empreendimentos. A estratégia foi ao encontro do gosto dos compradores mais exigentes e transformou a companhia em marca de sucesso em condomínios horizontais de alto padrão. O resultado pode ser medido pelo tempo recorde de vendas em residenciais lançados em São José do Rio Preto, São Carlos, Piracicaba, Uberaba, Campo Grande, entre outras localidades. Até agora, foram 33 empreendimentos residenciais lançados e oito estão previstos para 2010. A Damha Urbanizadora vai expandir os negócios nesse ano, com lançamentos previstos para outros locais, como Florianópolis, em Santa Catarina. A empresa planeja ainda levar seu conceito de moradia com qualidade para vários estados brasileiros, como Bahia, Rio Grande do Norte, Paraná e Rio Grande do Sul. Os empreendimentos da empresa são concebidos com diferenciais urbanísticos que agregam valor e garantem convívio e lazer especiais para as famílias. Uma das marcas são as ruas de contorno com cinturão verde junto aos muros e gradis de fechamento – os lotes não encostam nos limites do muro. Outro diferencial é a segurança e praça central com a área de lazer em dimensões sempre generosas, preferencialmente localizadas próximo à entradas dos empreendimentos. José Paranhos, Diretor-Superintendente da Damha, explica: “Nós temos o foco totalmente voltado para os nossos clientes. Procuramos não somente lhes surpreender positivamente em qualidade conceitual e construtiva, mas também no atendimento que fazemos às suas demandas, sejam elas quais forem, seja a que tempo for”, pontua Paranhos. Fonte: Portal VGV.

Crédito de longo prazo cresce e 'rouba' espaço de outros financiamentos

A forte expansão do crédito para a compra de imóveis e veículos está "roubando" espaço de outras modalidades de financiamento. Como o bolso do brasileiro é o mesmo, sobra menos dinheiro para parcelar outros produtos, como eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis.

Por ora, ninguém fala em estagnação do varejo, como os próprios números do setor têm mostrado no primeiro semestre, houve alta de 11% das vendas do comércio em relação ao mesmo período do ano passado. Mas, na margem (ou seja, na comparação mensal), os itens móveis e eletrodomésticos têm tido desempenho mais fraco do que outros segmentos. Em abril e maio, respectivamente, as vendas gerais do comércio subiram 1,5% e 1% ante o mês anterior. Em móveis e eletrodomésticos, houve queda de 0,3% e alta de 0,6%. Alguns dados do Banco Central (BC) indicam que a tendência deve se aprofundar, o que, segundo especialistas, obrigará as empresas de varejo a se adaptarem. Nos 12 meses encerrados em junho, os empréstimos para aquisição de imóveis cresceram 44% e, para veículos, 34%. No mesmo intervalo, o crédito para outros bens (que inclui eletrodomésticos e eletroeletrônicos, entre outros segmentos) avançou só 2%. Também segundo o BC, as operações de longo prazo (acima de 3 anos) se expandiram 42% nos 12 meses terminados em maio. Os financiamentos de curto prazo (6 meses a 1 ano), avançaram 15%. Os empréstimos acima de R$ 50 mil cresceram 34% no período, enquanto os financiamentos até R$ 5 mil subiram 13%. Razões estruturais. Segundo analistas, o novo cenário é explicado pela estabilidade da economia (que permite a queda das taxas de juros e o alongamento dos prazos de financiamento) e pelo aumento do emprego e da renda. Por isso, dizem, nos próximos anos o mercado de crédito para pessoa física no Brasil verá o predomínio das operações de longo prazo, a exemplo do que ocorre há décadas nos países desenvolvidos. "Estamos passando por um processo de aprofundamento financeiro", define o analista de crédito da Tendências Consultoria, Alexandre Andrade. O movimento ainda não preocupa os bancos, que avaliam haver renda e emprego suficientes para garantir o avanço de todos os segmentos do crédito à pessoa física - ainda que em velocidades diferentes. "Se o consumidor tem a mínima estabilidade, a roda gira, apesar do crescimento maior no crédito para casa e carro", afirma o diretor do Departamento de Empréstimos e Financiamentos do Bradesco, Octavio de Lazari Júnior. O superintendente executivo de empréstimos do segmento Pessoa Física do Santander, Rogério Estevão, reconhece que "qualquer empréstimo" reduz a renda disponível para a contratação de outras dívidas. Mas pondera que, tanto no caso do carro quanto no da casa, os prazos mais longos e os juros menores resultam em prestações mais baixas. Ou seja, acaba sobrando dinheiro para a compra de outros produtos. O economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, concorda. "Com essas características (juro menor e prazo mais longo), libera-se espaço para outros tipos de endividamento", pondera. A economista Mirela Scarabel, da LCA Consultores, acrescenta outro dado para sustentar a visão positiva dos bancos. Segundo ela, o comprometimento da renda do brasileiro, medida que inclui todas as modalidades de crédito, está hoje em 17%. É o mesmo nível dos Estados Unidos, o que, em um primeiro momento, surpreende e até assusta - uma vez que o país está mergulhado em uma crise justamente por causa da explosão de uma bolha de crédito. Mirela observa, porém, que há duas atenuantes. A primeira é que, nos EUA, as estatísticas já embutem uma desaceleração do endividamento, por causa da crise. Além disso, ela lembra que, apesar da forte expansão do crédito nos últimos anos, o comprometimento no Brasil ficou muito próximo do que era em 2006 - 16,25%. "Isso mostra que, por causa dos prazos maiores, dos juros menores e do emprego e da renda, o endividamento se manteve estável", argumenta. O economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, acredita que, por enquanto, a economia brasileira é capaz de acomodar as variadas demandas por crédito. "O País cresce fortemente e a renda também", afirma. Em 2004, a renda real do brasileiro era, em média, de R$ 947 por mês. No fim de 2009, alcançou R$ 1.069, ou seja, expansão de quase 13%. Fonte: O Estado de S.Paulo

Crédito de longo prazo cresce e 'rouba' espaço de outros financiamentos

A forte expansão do crédito para a compra de imóveis e veículos está "roubando" espaço de outras modalidades de financiamento. Como o bolso do brasileiro é o mesmo, sobra menos dinheiro para parcelar outros produtos, como eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis.

Por ora, ninguém fala em estagnação do varejo, como os próprios números do setor têm mostrado no primeiro semestre, houve alta de 11% das vendas do comércio em relação ao mesmo período do ano passado. Mas, na margem (ou seja, na comparação mensal), os itens móveis e eletrodomésticos têm tido desempenho mais fraco do que outros segmentos. Em abril e maio, respectivamente, as vendas gerais do comércio subiram 1,5% e 1% ante o mês anterior. Em móveis e eletrodomésticos, houve queda de 0,3% e alta de 0,6%. Alguns dados do Banco Central (BC) indicam que a tendência deve se aprofundar, o que, segundo especialistas, obrigará as empresas de varejo a se adaptarem. Nos 12 meses encerrados em junho, os empréstimos para aquisição de imóveis cresceram 44% e, para veículos, 34%. No mesmo intervalo, o crédito para outros bens (que inclui eletrodomésticos e eletroeletrônicos, entre outros segmentos) avançou só 2%. Também segundo o BC, as operações de longo prazo (acima de 3 anos) se expandiram 42% nos 12 meses terminados em maio. Os financiamentos de curto prazo (6 meses a 1 ano), avançaram 15%. Os empréstimos acima de R$ 50 mil cresceram 34% no período, enquanto os financiamentos até R$ 5 mil subiram 13%. Razões estruturais. Segundo analistas, o novo cenário é explicado pela estabilidade da economia (que permite a queda das taxas de juros e o alongamento dos prazos de financiamento) e pelo aumento do emprego e da renda. Por isso, dizem, nos próximos anos o mercado de crédito para pessoa física no Brasil verá o predomínio das operações de longo prazo, a exemplo do que ocorre há décadas nos países desenvolvidos. "Estamos passando por um processo de aprofundamento financeiro", define o analista de crédito da Tendências Consultoria, Alexandre Andrade. O movimento ainda não preocupa os bancos, que avaliam haver renda e emprego suficientes para garantir o avanço de todos os segmentos do crédito à pessoa física - ainda que em velocidades diferentes. "Se o consumidor tem a mínima estabilidade, a roda gira, apesar do crescimento maior no crédito para casa e carro", afirma o diretor do Departamento de Empréstimos e Financiamentos do Bradesco, Octavio de Lazari Júnior. O superintendente executivo de empréstimos do segmento Pessoa Física do Santander, Rogério Estevão, reconhece que "qualquer empréstimo" reduz a renda disponível para a contratação de outras dívidas. Mas pondera que, tanto no caso do carro quanto no da casa, os prazos mais longos e os juros menores resultam em prestações mais baixas. Ou seja, acaba sobrando dinheiro para a compra de outros produtos. O economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, concorda. "Com essas características (juro menor e prazo mais longo), libera-se espaço para outros tipos de endividamento", pondera. A economista Mirela Scarabel, da LCA Consultores, acrescenta outro dado para sustentar a visão positiva dos bancos. Segundo ela, o comprometimento da renda do brasileiro, medida que inclui todas as modalidades de crédito, está hoje em 17%. É o mesmo nível dos Estados Unidos, o que, em um primeiro momento, surpreende e até assusta - uma vez que o país está mergulhado em uma crise justamente por causa da explosão de uma bolha de crédito. Mirela observa, porém, que há duas atenuantes. A primeira é que, nos EUA, as estatísticas já embutem uma desaceleração do endividamento, por causa da crise. Além disso, ela lembra que, apesar da forte expansão do crédito nos últimos anos, o comprometimento no Brasil ficou muito próximo do que era em 2006 - 16,25%. "Isso mostra que, por causa dos prazos maiores, dos juros menores e do emprego e da renda, o endividamento se manteve estável", argumenta. O economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, acredita que, por enquanto, a economia brasileira é capaz de acomodar as variadas demandas por crédito. "O País cresce fortemente e a renda também", afirma. Em 2004, a renda real do brasileiro era, em média, de R$ 947 por mês. No fim de 2009, alcançou R$ 1.069, ou seja, expansão de quase 13%. Fonte: O Estado de S.Paulo

Economia melhora em julho, mas menos que o esperado

Uma série de dados da economia americana deu sinais ambíguos sobre a recuperação da economia. A atividade industrial cresceu, a atividade no setor de construção de imóveis residenciais se recuperou um pouco e os preços ao produtor voltaram a ganhar terreno.

Entretanto os resultados abaixo do esperado pelos analistas foram recebidos pelo mercado como uma evidência de que a economia americanas ainda não está em um caminho de recuperação forte. Joshua Shapiro, economista-chefe da MFR, em Nova York, disse que "os números não parecem tão maus quanto os de junho, mas não tão bons quanto se esperava", num sinal de que a economia ainda está frágil. A atividade industrial aumentou 1% em julho, após recuar 0,1% um mês antes (número revisado). A utilização da capacidade instalada da indústria subiu para 74,8% em julho, ainda bastante abaixo da média histórica de 80,6% entre 1972-2009. Em junho, o uso da capacidade foi de 74,1%. No setor imobiliário, a atividade de construção de moradias aumentou 1,7% em julho, perante o mês anterior, para uma taxa anualizada ajustada sazonalmente de 546 mil unidades. Já o Índice de Preços ao Produtor (IPP) avançou 0,2% em julho, depois do recuo de 0,5% visto em junho. Foi a primeira alta do indicador em quatro meses. Apesar disso, ele não afastou totalmente os temores de deflação. Fonte: Valor Econômico

terça-feira, 17 de agosto de 2010

BB amplia atuação em crédito imobiliário

O Banco do Brasil quer estar entre os três maiores bancos em financiamento imobiliário até 2013. A instituição, que hoje ocupa o quinto lugar neste mercado do país, colocou o setor imobiliário como um dos focos do seu crescimento e vai buscar o posicionamento principalmente via qualidade dos produtos e prazos de entrega.

"Não tenho como aspiração ser um concorrente da Caixa, mas vamos aproveitar esse negócio usando nosso relacionamento com as empresas do setor", afirmou o vice-presidente de Cartões do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, presente em evento em São Paulo para divulgação dos resultados do banco. A ideia do BB, segundo o executivo, é disputar neste mercado com os bancos privados. Um dos diferenciais da instituição é o montante disponível para o crédito imobiliário, que já soma R$ 7 bilhões. "Somos um entrante deste mercado já em posição privilegiada", afirmou Caffarelli. No segundo trimestre, a carteira de crédito imobiliário do Banco do Brasil somou R$ 2,1 bilhões, frente ao total de R$ 1,9 bilhão registrados nos três primeiros meses do ano. No segundo trimestre do ano passado, por sua vez, a carteira somava R$ 1,1 bilhão. A meta do banco é atingir R$ 3 bilhões até o final deste ano. Em seu balanço divulgado hoje, o BB anunciou que encerrou o período de abril a junho com uma carteira da crédito total de R$ 326,5 bilhões, o que representa um crescimento de 29,3% em 12 meses e resulta em um market share de 20,1% detido pela instituição. Para pessoa física, o crédito somou R$ 101,1 bilhões, alta de 47,7%, enquanto para pessoa jurídica, a carteira totalizou R$ 135,6 bilhões, avanço anual de 31,2%. Fonte: Valor

Com Agre, PDG assume liderança do segmento

Em seu primeiro balanço consolidado com Agre, a PDG Realty tirou a dúvida que ainda tinha sobre a liderança do setor. Quando comparada à Cyrela - que, até a aquisição da Agre pela PDG era líder inconteste - a nova empresa assume a primeira posição do mercado imobiliário em praticamente todos os quesitos analisados: receita líquida, lucro, vendas, lançamentos e margens.

O lucro líquido da PDG no segundo trimestre foi de R$ 221 milhões, um aumento de 179% sobre os números pró-forma das duas companhias no mesmo período de 2009. A Cyrela lucrou R$ 167 milhões de abril a junho. A receita líquida da nova companhia foi de R$ 1,32 bilhão, 49% acima do segundo trimestre do ano passado. O lajida (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 372 milhões, com margem de 28%. A margem lajida da Cyrela foi de 18,5%. A PDG, é fato, ficou maior em tamanho. Mas também aumentou consideravelmente a sua dívida -principal herança negativa de Agre. A dívida líquida da PDG, que, sozinha, era de R$ 697 milhões ao final do primeiro trimestre, subiu para R$ 2,59 bilhões. A relação dívida líquida sobre patrimônio líquido, que foi de 27% na PDG no primeiro trimestre, passou para 46% no balanço consolidado. Os benefícios do ganho de escala são visíveis no balanço, mas a PDG Realty se apressou para renegociar e melhorar o perfil da dívida de Agre para não comprometer seus resultados por um prazo longo. O bom relacionamento com os bancos permitiu à companhia que concluísse o processo de renegociação do endividamento da Agre. A dívida de capital de giro da Agre foi reduzida de R$ 1,3 bilhão para R$ 1 bilhão e houve um alongamento do prazo médio de 29 meses para 48 meses. A parcela de dívida de capital de giro, que tinha um custo elevado (CDI mais 3%) foi alongada e substituída por linhas com custo médio na casa de CDI mais 2%, em linha com o custo pago pela PDG. "Fragmentamos a dívida em vários bancos, principalmente Itaú, Bradesco, HSBC e Banco do Brasil", explica Michel Wurman, diretor financeiro e de relações com investidores da PDG. Com dificuldade de acesso ao crédito, a Agre tocava boa parte das obras com recursos próprios. A PDG contratou R$ 1 bilhão em novos contratos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), dívida mais barata e considerada "saudável" pelo setor, dos quais R$ 150 milhões liberados imediatamente. A PDG também está securitizando os recebíveis que a Agre tinha em carteira: foram cerca de R$ 300 milhões de operações de securitização de recebíveis com emissão prevista para agosto e setembro. "O efeito líquido da renegociação na despesa financeira será de R$ 10 milhões por trimestre, num total de R$ 40 milhões", diz Wurman. Com a Agre - empresa que resultava da união de Agra, Abyara e Klabin Segall - a margem líquida de PDG, que vinha na casa dos 20%, caiu para 17% no segundo trimestre - abaixo da MRV, em linha com a Rossi e acima da Cyrela e Gafisa - para comparar com as grandes. "Não vamos voltar para os 20% ainda este ano, mas fechamos a renegociação das dívidas e estamos acelerando os ganhos de escala para voltar aos níveis anteriores", afirma Zeca Grabowsky, presidente da PDG Realty. A PDG cortou perto de 15% da folha da Agre, cerca de 35 pessoas de salários mais altos e fechou escritórios do Rio e do Sul, em função da totalização da compra da LN, empresa com forte atuação no Paraná. A PDG, que já era dona de 80%, comprou 100% da LN. A nova empresa teve aumento de 27,7% nas despesas de vendas e administrativas, que passaram para R$ 297,2 milhões de janeiro a junho deste ano. Quando se compara com a receita líquida, porém, há uma queda -a soma dos gastos totais sobre a receita líquida recuou de 14,7% para 11,8% no semestre. O aumento do INCC - de 5,9% no ano - não afetou os resultados da companhia, mas o presidente da PDG reconhece que é um problema, sobretudo em São Paulo e no Rio. "Na média e alta renda, o mercado absorve aumento de preço e na baixa estamos usando métodos construtivos que reduzem custo, como os pré-moldados. Fonte: Valor Econômico

O lucro líquido da PDG no segundo trimestre foi de R$ 221 milhões, um aumento de 179% sobre os números pró-forma das duas compan

No primeiro semestre de 2010, a incorporadora e construtora João Fortes Engenharia registrou um lucro líquido de R$ 78,9 milhões contra um prejuízo de R$ 930 mil comparado ao mesmo período de 2009. Nos seis primeiros meses desse ano, a companhia apresentou uma receita líquida de R$ 393,5 milhões, um crescimento de 199% com relação ao 1º semestre de 2009.

A margem EBTIDA ajustada no 1º semestre de 2010 foi de 31%, 272% superior se comparado com o mesmo período de 2009. Já o EBTIDA ajustado alcançou R$ 120,2 milhões. As vendas contratadas no 1º semestre de 2010 atingiram o valor de R$ 361,8 milhões, apresentando um aumento de 112% em relação ao volume de vendas do 1º semestre de 2009. As vendas remanescentes no semestre alcançaram R$ 206,8 milhões, com destaque para a venda completa do retrofit Lagoa Corporate, edifício comercial localizado no Rio de Janeiro. No primeiro semestre de 2010, a João Fortes Engenharia fez quatro lançamentos, sendo três no Rio de Janeiro e um em Brasília. Os empreendimentos somaram um volume geral de vendas (VGV) de R$ 311,5 milhões. Para Francisco Almeida e Silva, diretor-superintendente da João Fortes Engenharia, o desempenho positivo da companhia no primeiro semestre de 2010 acompanha o ritmo de crescimento do mercado imobiliário e demonstra a evolução que a companhia vem passando ao longo dos últimos três anos. “Estimulado pelas condições de crédito e consumo interno, temos percebido um aumento progressivo das vendas. Esse ano, esperamos lançar outros dez empreendimentos, totalizando, aproximadamente, R$ 680 milhões em novos lançamentos”, conclui. No final de julho a João Fortes Engenharia ampliou sua área de atuação nacional com o lançamento do residencial Mirador Morro Ipiranga em Salvador, um dos principais mercados do setor imobiliário.

Consórcio formado por Andrade Gutierrez, Odebrecht e Delta vence a licitação para as obras no Maracanã

Intervenções foram orçadas em R$ 705,6 milhões e devem ser finalizadas até dezembro de 2012. Na última terça-feira (10), as construtoras Andrade Gutierrez, Odebrecht e Delta, que compõem o Consórcio Maracanã Rio 2014, foram declaradas vencedoras da licitação para as obras de reforma do estádio do no Rio de Janeiro.

O consórcio orçou as obras em R$ 705,6 milhões, valor 2,14% menor do que o teto definido no edital. O valor da reforma pode chegar a R$ 880 milhões, considerando a possibilidade de uso de aditivo de 25% previsto no edital. As obras devem ser iniciadas no final de agosto ou na primeira metade de setembro e devem ser finalizadas até dezembro de 2012. O projeto consiste na diminuição da lotação, que passará de 86 mil para 76 mil lugares e na reconstrução da arquibancada inferior, adotando geometria oval que corrige a curva de visibilidade e aproxima o público do campo. Os 112 camarotes atuais, localizados acima da arquibancada superior, serão demolidos dando lugar a 108 cabines entre os anéis superior e inferior, com 150 m² cada, sendo metade climatizada e metade aberta. O acesso ao estádio será feito através das duas rampas monumentais, que voltarão a funcionar com a derrubada dos camarotes. Ainda serão abertos mais quatro acessos para atingir o número exigido pela Fifa, reduzindo o tempo de escoamento do público de 18 para oito minutos. Também será construído um prédio para estacionamento com cerca de 3.500 vagas. No mês passado, os consórcios Brasil 2014 (Sanerio, B.A. Engenharia e Meio Ambiente e Hexagonal Construções), Novo Maracanã (Queiroz Galvão e Carioca Christiani-Nielsen), Construcap-Cetenco-Convap (Construcap-CCPS, Cetenco e Convap) e Novo Maracanã (Paulitec-Estacon-Recoma: Paulitec, Estacon e Recoma) foram barrados por não cumprir todas as exigências presentes no edital. Fonte: Revista Construção Mercado

Prédio inteligente gera economia de 30%

A construção de edifícios e casas dentro do conceito da sustentabilidade não é mais puro marketing. Várias construtoras investem no desenvolvimento de projetos que incorporam melhorias em eficiência energética. Políticas públicas incentivam a adoção de padrões inovadores para utilização de resíduos sólidos e evitar o desperdício de água.

Diversas edificações no país foram classificadas a partir de critérios de sustentabilidade ambiental. A própria indústria de construção criou modelos para a produção de cimento e outros materiais de forma sustentável. "No setor da construção civil, a conscientização do consumidor é mais fácil, porque essa é uma indústria que vai gerar mais economia para seus clientes. Por isso, a indústria não quer ficar fora do mercado da construção sustentável. O mundo corporativo quer entrar nesse jogo", diz Marcelo Takaoka, presidente do conselho deliberativo do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável. "Nossa intenção é desmistificar o mito de que os prédios sustentáveis são muito mais caros. Uma pesquisa mundial mostrou que os prédios sustentáveis custam 5% a mais para serem construídos, mas proporcionam economia de 30% na utilização de vários recursos, como água e energia elétrica, por exemplo", diz Marina Grossi, presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Recentemente, a entidade criou uma câmara técnica para mobilizar o empresariado do setor de construção no sentido de trabalhar na concepção de projetos de construção de prédios sustentáveis, a partir de metodologias de ecoeficiência. A preocupação tem cabimento. A construção civil contribui com algo em torno de 15% do PIB brasileiro, tem importância estratégia na geração de emprego formais, mas, é uma das principais responsáveis pelo consumo dos recursos naturais extraídos. No Brasil, o consumo de agregados naturais somente na produção de concreto e argamassas, por exemplo, é de 220 milhões de toneladas. A indústria consome cerca de dois terços da madeira natural extraídas e a maioria das florestas não são manejadas adequadamente. É ainda uma das principais geradoras de poluição e o maior gerador de resíduos. Mas é possível reverter esse cenário, utilizando-se inovações tecnológicas em reciclagem de materiais, reutilização de água, sistemas combinados de eficiência energética e outras soluções criativas, afirma Vanderley John, professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). "Pode-se aumentar a sustentabilidade de qualquer empreendimento sem aumento de custos." Os programas setoriais de qualidade de materiais e componentes de construção, executados por vários órgãos governamentais, estimulam à cadeia produtiva a desenvolver soluções mais adequadas do ponto de vista da sustentabilidade, diz o professor Orestes Gonçalves, também do grupo de pesquisadores da Poli. Gonçalves participou do programa setorial de louças sanitárias, dentro do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBPQ-H), do Ministério das Cidades, que levou à padronização de todos os moldes de bacias sanitárias na faixa de 6,8 litros de água por descarga a partir de 2004 (antes eram de 12 e 18 litros por descarga). "Essa vantagem tecnológica não representou qualquer aumento nos custos e melhorou o desempenho das louças sanitárias", confirma John.
Além das novas tecnologias, as políticas públicas são consideradas fundamentais para a implantação do conceito de sustentabilidade. Um exemplo é o Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações (Procel Edifica), do Ministério de Minas e Energia, que desde 2007 certifica projetos comerciais que preveem redução de consumo e uso de energias alternativas, estimulando a adoção de ações nesse sentido, e a partir deste ano, em caráter experimental, passará a certificar também prédios residenciais. Segundo Marcelo Takaoka, da CBCS, em alguns anos, as construtoras que não aderirem à conservação energética ficarão fora do mercado. "O menor custo de operação e o aumento da vida útil do imóvel compensarão largamente o pequeno custo a mais da construção sustentável." Efeito multiplicador dos propósitos de projetistas, arquitetos, engenheiros e da indústria de construção civil no desenvolvimento sustentável é a ação das agências de fomento e instituições financeiras. O Banco do Nordeste do Brasil, segundo seu presidente Roberto Smith, tem procurado investir na construção sustentável, apesar de pouco representativa para a instituição, mas que olha com interesse a movimentação do setor em relação ao PIB. A Caixa Econômica Federal, segundo Jean Benevides, gerente de meio ambiente, além de incorporar itens de eficiência energética e sustentabilidade em seus edifícios administrativos e agências, procura promover financiamentos em projetos habitacionais que valorizem aspectos de sustentabilidade - abastecimento de água, energia elétrica, coleta de lixo e transporte público. Um dos maiores empecilhos ao avanço da construção sustentável no país, segundo engenheiros e arquitetos, é a falta de capacitação técnica. "De uma forma geral, a capacidade técnica dos engenheiros e arquitetos brasileiros não inclui conhecimento e ferramentas mais avançadas na área de construção sustentável. Não adianta discutir o assunto sem conseguir fazer com que engenheiros e arquitetos que estão no mercado atualizem seu conhecimento", diz o professor e pesquisador Vanderley John, da Escola Política da Universidade de São Paulo (Poli-USP), um dos precursores do movimento no Brasil. Não é culpa de ninguém, segundo ele. Os profissionais foram formados num mundo diferente. Por isso, o principal desafio é formar recursos humanos com a visão da sustentabilidade. "Temos um problema na área de engenharia e arquitetura, que é a ausência de um conceito fundamental nos países desenvolvidos - o engenheiro ou o arquiteto se forma, mas só mantém seu título se comprovar que está permanentemente atualizado. No Brasil, não temos isso. Os profissionais se atualizam na prática. E quando têm que enfrentar alguma coisa da magnitude de soluções sustentáveis, aí começam os problemas", afirma. Para suprir algumas dessas deficiências, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), de acordo com Marina Grossi, presidente da entidade, está elaborando um guia especializado para o setor mostrando o papel a ser desempenhado por cada agente e profissional (do pessoal do nível básico ao engenheiro), suas preocupações e linguagens. "Um dos elementos que a gente busca atingir são os formuladores dos projetos, que registram todos os conceitos de sustentabilidade já no início do processo de construção de um empreendimento. Muitas vezes, a construtora vê apenas o lado da economia, sem considerar o longo prazo. Enquanto o engenheiro considera as questões de sustentabilidade, mas também muitas vezes não tem uma visão de todo o processo", diz ela. Fonte: Valor

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Sustentabilidade e cidadania

Para comemorar o Dia do Corretor de Imóveis ( 27 de agosto) e os 48 anos de qualificação profissional do Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Rio (Creci-RJ), a entidade vai promover o primeiro "Crecidadania". Realizado na sede do Movimento Ação e Cidadania (Avenida Barão de Tefé 75, Saúde) o evento levará atividades culturais e serviços gratuitos aos cariocas que passarem pelo local.

De acordo com o Creci-RJ, o "Crecidadania" foi idealizado para promover a interação social dos profissionais de compra e venda de imóveis com a sociedade. O tema central das atividades será "Sustentabilidade e o mercado imobiliário", e o seminário sobre o mercado começará cedo. As palestras terão início às 10h e irão até às 12h. “A sustentabilidade é bastante discutida nos dias atuais. É muito importante levar conhecimento sobre esse assunto para os corretores e a sociedade em geral”, afirma o presidente do conselho, Edecio Cordeiro. As atividades culturais e sociais começarão a partir das 14h. Para ser beneficiado com serviços gratuitos, como aferição de pressão, exames de glicose, massoterapia e cromoterapia, entre outros, bastarão levar ao local um quilo de alimento não perecível. Os donativos serão distribuídos em comunidades carentes. Dentre as atrações culturais, destaque para as feiras de artesanato e apresentações de bandas. Os participantes também poderão se divertir com saraus de poesia, esquetes teatrais, e oficinas de reciclagem. Para a criançada, haverá um espaço de leitura com o projeto "Contador de histórias" e palhaços para animar ainda mais a festa. O encerramento, às 21h, ficará por conta da bateria da escola de samba União da Ilha. Fonte: Extra

Em dois anos, Rossi dobra de tamanho

Nos últimos dois anos, a Rossi mudou. Mudou o modelo administrativo, profissionalizou a empresa e subiu de patamar. Em dois anos, a Rossi dobrou de tamanho. Cobrada pelo mercado para alcançar o "primeiro escalão" das construtoras, a companhia acelerou seu crescimento e conseguiu aumentar sua rentabilidade. As margens, que eram consideradas baixas em relação aos concorrentes de maior porte, estão aumentando e já ficam entre as primeiras.

No segundo trimestre, as vendas contratadas somaram R$ 905 milhões, crescimento superior a 79%, se comparado ao mesmo período do ano passado. Os lançamentos somaram R$ 1,1 bilhão, alta de 152% sobre o mesmo intervalo de 2009. De abril a junho, a Rossi lançou 28 empreendimentos, somando 6.470 unidades, sendo 4.711 do segmento econômico. Com esses números, se aproxima, em tamanho, de nomes como Gafisa e MRV. No segundo trimestre, o lucro líquido da empresa mais do que dobrou e alcançou R$ 109 milhões, crescimento de 114% em relação ao segundo trimestre de 2009. A margem líquida ficou em 16,8%, aumento de três pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2009. "Conseguimos combinar crescimento com rentabilidade", afirma Cássio Audi, diretor financeiro e de relações com investidores da Rossi. Segundo o executivo, a diversificação geográfica - a empresa está em 78 cidades - e a adoção de métodos construtivos, que permitem redução de custos, ajudaram a companhia a melhorar seus resultados operacionais e financeiros. A Rossi está investindo cada vez mais na verticalização. A empresa criou um modelo de fábrica de casas, onde constrói paredes de concreto e as transporta para a obra. Já tem quatro fábricas ativas (três na região de Campinas (SP) e uma em Canoas (RS) e planeja ter mais três ainda este ano. "Será no Centro-Oeste, Norte e Nordeste", afirma Audi. A companhia investe, agora, para acelerar sua presença entre a classe média. Está lançando uma nova marca para imóveis que custam entre R$ 140 mil e R$ 300 mil. A Rossi Mais foi criada como marca intermediária, entre a Rossi Ideal - para imóveis de baixa renda, de até R$ 130 mil e dentro do pacote habitacional do governo - e os produtos que levam o nome da companhia para o público de renda mais alta. Este mês, a companhia planeja lançar os três primeiros empreendimentos com o sobrenome Mais, na zona leste de São Paulo, em Florianópolis e em Belo Horizonte. Fonte: Valor


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Desde os primordios das mais primitivas civilizações, o homen sempre se organizou em grupos. Considerou indispensável e necessário os avanços da urbanização, para facilitar e organizar o convivio dessa sociedade em crescente evolução ,bastando lembrar que o bem imovel é o combustivel indispensável e essencial a preservação e desenvolvimento da vida.