29/06/2010
Após um pequeno intervalo de incertezas decorrentes da crise financeira internacional de 2008, as vendas das construtoras crescem de forma consistente e a estimativa de empresas líderes, como PDG Realty, MRV e Rossi, é de um aumento da ordem de 50% nas vendas neste ano. Também o lucro, que na média do setor subiu 85% no ano passado, segue em rota crescente. A Even Construtora e Incorporadora, por exemplo, registrou lucro líquido de R$ 44 milhões no primeiro trimestre, um avanço de nada menos que 283% sobre o mesmo período de 2009.
Outra das grandes do setor com expressiva expansão nos seus negócios foi a Gafisa. No primeiro trimestre, além de ampliar em 495% o número de lançamentos, a construtora e incorporadora apresentou crescimento de 53% nas vendas, que saltaram de R$ 558 milhões no primeiro trimestre de 2009 para R$ 857 no mesmo período deste ano. Com tudo isso, também o lucro líquido da Gafisa teve alta de 76%. E as perspectivas para os próximos anos também são animadoras. "Também o segmento de imóveis para a classe média, na faixa dos R$ 500 mil, e até os de alto padrão, apresentam uma retomada muito consistente na demanda", comenta Eduardo Cytrynowicz, diretor de finanças corporativas da Even. "Estamos bastante confiantes em relação a futuro, pois o cenário é de manutenção do atual ritmo de crescimento do país, em virtude do aumento da confiança dos consumidores", acrescenta Antonio Ferreira, diretor de incorporação da Gafisa. Os principais motivos para essa fase de expansão dos negócios, segundo as empresas líderes, são: maior disponibilidade de crédito para todas as faixas de renda, alongamento dos prazos dos financiamentos, redução dos juros, aumento da confiança do consumidor em razão da estabilidade econômica e do menor risco de desemprego e maior competição entre os bancos por financiar os clientes. "Comprar um imóvel é algo que a pessoa só faz se tiver plena confiança na manutenção do seu emprego e na sua fonte de renda. E hoje essa confiança é assegurada pelo ambiente econômico estável que o país construiu ao longo dos últimos 15 anos", pondera Ferreira, da Gafisa. Embalada por esse bom momento, a Cyrela, maior empresa brasileira do setor, planeja dobrar de tamanho até 2012, quando alcançaria um total de vendas anuais de R$ 9,7 bilhões. "É claro que existem as dores do crescimento. Poderemos enfrentar, de forma momentânea, alguma falta de mão de obra, além de certa elevação nos preços de materiais, mas é um movimento que o próprio mercado se encarregará de equilibrar", diz Luis Largman, diretor de relações com investidores da Cyrela. E já há, efetivamente, um leve aumento nos preços de materiais usados pelo setor. No acumulado de janeiro a maio deste ano, o INCC - Índice Nacional da Construção, da Fundação Getúlio Vargas estava em 4,47%, contra uma inflação oficial, medida pelo IBGE, de 3,09% no mesmo período. No médio e longo prazos, alguns analistas enxergam novas pressões de custos para o setor. "Acredito que em função das grandes obras de infraestrutura que o país necessita, inclusive para a realização da Copa do Mundo de 2014, deveremos ter uma maior disputa por produtos como cimento e aço", afirma Mauricio Kerbauy, da Dextron. Outro gargalo que já pode representar certo limite aos investimentos futuros das incorporadoras é o sinal de escassez de terrenos necessários aos empreendimentos, com a consequente elevação dos preços do insumo básico da indústria da construção. Algumas regiões metropolitanas como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília e Fortaleza já sentem o problema e, em alguns casos, os preços dobraram de valor em menos de um ano. Fatores como esses, aliados a uma possível elevação maior dos preços de insumos podem acender uma luz amarela na questão dos custos, afetando também outra variável correlata, que é a das dívidas. Segundo cálculos da Dextron, o nível de endividamento médio das construtoras brasileiras listadas na bolsa estava, na média, em 21% em 2007, subindo para 34% no ano seguinte e atingindo os 43% em 2009. "Endividamento não é necessariamente ruim, pois as empresas só crescem se contrair alguma dívida. Agora, o endividamento não pode é crescer de forma desordenada", afirma Kerbauy. Apesar desses alertas, a maior parte dos analistas e executivos do setor está certa de que a situação de carência crônica de moradia, aliada às condições excepcionais de crédito e de confiança do consumidor devem sustentar a expansão dos negócios ainda por um bom tempo. Além do déficit histórico de casas, um estudo feito pela Ernst & Young apontando que anualmente um contingente de 1,5 milhão de novos lares são formados, ampliando a necessidade de novas moradias. Fonte: Valor
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Desde os primordios das mais primitivas civilizações, o homen sempre se organizou em grupos. Considerou indispensável e necessário os avanços da urbanização, para facilitar e organizar o convivio dessa sociedade em crescente evolução ,bastando lembrar que o bem imovel é o combustivel indispensável e essencial a preservação e desenvolvimento da vida.
Desde os primordios das mais primitivas civilizações, o homen sempre se organizou em grupos. Considerou indispensável e necessário os avanços da urbanização, para facilitar e organizar o convivio dessa sociedade em crescente evolução ,bastando lembrar que o bem imovel é o combustivel indispensável e essencial a preservação e desenvolvimento da vida.